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Noções de Dívida Pública
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Sumário
Douglas Xavier
Introdução......................................................................................................................................... 3
Noções de Dívida Pública............................................................................................................... 4
Dívida Pública: Conceitos de Receita e Despesa....................................................................... 4
Receita Pública................................................................................................................................. 4
Despesa Pública............................................................................................................................... 5
Dívida, Financiamento Público e Contas Nacionais. . ................................................................ 7
Conceitos de Dívida, Resultado Primário e Resultado Nominal........................................... 11
Tipos de Resultado ou Deficit: Primário, Operacional e Nominal.. .......................................12
Títulos Públicos e Sistema Selic..................................................................................................16
Tipos de Títulos Públicos............................................................................................................. 18
Dívida Pública no Brasil.................................................................................................................21
Mapas Mentais............................................................................................................................... 24
Questões de Concurso.................................................................................................................. 25
Gabarito............................................................................................................................................49
Referências...................................................................................................................................... 50
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Introdução
Olá, concurseiro(a) dedicado(a)! Animado com os estudos?
Nesta aula iremos estudar conceitos ligados à receita e despesa pública, Deficit Público,
Dívida Pública e Títulos Públicos. Todos esses conceitos estão ligados à ideia de orçamento
público, resultado orçamentário, Política Fiscal e Dívida. Também estudaremos quais os princi-
pais tipos de Títulos Públicos e seu papel na Política Fiscal e Monetária.
Esses pontos são cobrados no edital do Concurso do Banco do Brasil 2021 em Conheci-
mentos Bancários, item 4 - Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública.
Utilize os mapas mentais para ajudar a memorizar os conceitos e faça os exercícios para
fixar o conteúdo. Força e bons estudos!
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Receita Pública
A receita pública pode ser definida como toda entrada de recursos que possa se integrar
ao patrimônio público, ou seja, toda quantia recebida pelos cofres públicos que aumenta o
patrimônio público. Dito de forma mais clara, as receitas públicas podem ser compostas de
impostos, taxas, contribuições, operações de crédito e outras. A lei n. 4320/64 apresenta a
classificação em categorias econômicas das receitas, dividindo-as entre Receitas Correntes e
Receitas de Capital. Vejamos!
• Receitas Correntes: são as receitas tributária (impostos, taxas e contribuições de me-
lhoria), receita patrimonial, agropecuária, industrial de serviços e outras, além de recur-
sos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quanto desti-
nadas a atender despesas classificáveis em despesas correntes.
• Receitas de Capital: são aquelas oriundas de constituição de dívida, como:
− dívidas;
− conversão;
− bens e direitos:
◦ recursos recebidos de pessoas de direito público ou privado destinados a atender
despesas de capital;
◦ o superavit do orçamento corrente.
Alguns outros sinônimos encontrados para essa classificação são “receitas primárias” ou
“não financeiras” para as receitas correntes, e “receitas financeiras” para as de capital. Nota-
mos, então, que as receitas têm composição diversa e não se restringe a impostos ou a popu-
larmente conhecida “carga tributária”.
Vamos fazer uma questão de prova?
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Essa é a definição das receitas tributárias. Vale lembrar que as receitas correntes ainda são
compostas de outros tipos de receitas, como recursos recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado destinados a atender despesas correntes.
Certo.
Despesa Pública
Já o conceito de despesas públicas é ainda mais abrangente e está ligado à ideia de gastos
públicos. Cuidado, concurseiro (a), pois embora esses dois conceitos sejam, por vezes, consi-
derados sinônimos (até em provas de concurso), eles podem induzir a um erro de interpreta-
ção, já que gastos públicos são, a rigor: despesas + investimentos públicos.
Na realidade, são considerados gastos públicos todas as despesas envolvidas na produ-
ção e manutenção de bens públicos1, incluindo os investimentos, e a regulação de mercados.
Dada a complexidade e diversidade dos gastos públicos, Riani (2016) classifica as despe-
sas em três diferentes níveis de detalhamento:
a) Despesas agregadas: essa classificação gera estatísticas em nível macroeconômico, ou
seja, classifica as despesas de acordo com o os gastos da administração pública. Isso torna
possível distribuir as despesas em componentes como gastos com pessoal, transferências e
outros. Por exemplo: despesas em nível federal, em nível estadual ou em nível municipal.
b) Despesas por categorias econômicas: exibe balanços das unidades federativas, agru-
pando informações sobre o peso relativo de cada componente na estrutura de gastos, situa-
ção financeira dos entes, capacidade de investimento, rigidez e política de gastos. Conforme
veremos a seguir há duas principais categorias econômicas: despesas correntes e despesas
de capital.
c) Despesas por função: organizadas em torno das áreas de atividade, projeto, operação,
permite maior nível de agregação, por exemplo: saúde, educação, defesa, segurança etc., ou
em organização por ministérios.
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Bens públicos são aqueles bens ofertados pelo Governo Geral e que podem ser usufruídos por toda sociedade, gerando
externalidades positivas, como educação, pesquisa, saúde, segurança pública e nacional, sistema de justiça, seguridade
social, investimentos e manutenção de espaços públicos e aparelhos de logística (como aeroportos, rodovias, portos etc.),
além de regulação e fiscalização de outros serviços públicos ofertados por pessoas de direito público ou privado.
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Contrapartida direta ocorre em transações que envolvem troca de benefícios, como o trabalhador que trabalhado todo mês
para receber seu salário. Quando não há contrapartida direta podemos dizer que há transferência de valores monetários
sem necessidade de algo em troca. Um exemplo é subvenção de recursos públicos para programas sociais ou eventos cul-
turais, onde não haverá retorno financeiro imediato.
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Douglas Xavier
Despesas de saúde pública são consideradas despesas correntes, exceto aquelas para cons-
trução de novos hospitais que se enquadram em investimentos. De qualquer forma essas des-
pesas são consideradas sim gastos do governo.
Certo.
Toda essa estrutura de gastos forma o que economistas chamam de Política Fiscal. Esse
termo faz referência a forma com que o governo executa suas políticas públicas - discutiremos
isso mais a frente.
A seguir, um mapa para auxiliá-lo(a) na compreensão!
Agora que entendemos o que é receita e o que é despesa pública, iremos discutir como a
necessidade de financiamento público tem impacto na dívida pública. Para tanto, usaremos
alguns conceitos de Contas Nacionais.
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Antes de tudo é necessário destacar que para as Contas Nacionais há diferença entre va-
riáveis de fluxo e de estoque, e isso é importante para entendermos a diferença entre deficit/
superavit e dívida. Vamos lá!
Variáveis de Fluxo: correspondem a atividades econômicas ininterruptas que variam ao
longo do tempo, frequentemente fazemos analogia a um filme (você só consegue assistir um
filme durante um período). Exemplo: investimento, PIB, deficit, superavit.
Variáveis de Estoque: correspondem a atividades econômicas em uma determinada data.
Frequentemente, fazemos analogia a uma fotografia (é um recorte no tempo, ou um único fra-
me de um filme). Exemplo: riqueza, capital, dívida, reservas.
Assim, percebemos que dívida é um estoque, ou seja, seu nível advém de períodos ante-
riores e é possível mensurar o nível de dívida nesse exato momento. Já conceitos de deficit/
superavit são resultados de um exercício, ou seja, resultado de atividade durante um período de
tempo que pode ser um mês, um ano, ou qualquer outro período. O acúmulo desses resultados
terá impacto direto no montante de dívida.
Pense da seguinte maneira: No mês de Julho deste ano você acabou gastando um mon-
tante maior que o seu salário, e com isso acabou usando seu limite de cheque especial. Nesse
sentido você acabou seu mês com um saldo negativo ou um deficit em suas contas. Já no mês
de Agosto você terá um novo salário, em um novo período ou exercício. Porém agora, além de
cumprir com seus gastos do mês de Agosto você ainda tem uma dívida herdada do mês de
Julho, onde foi gerado deficit.
Relembre os conceitos:
Variável de fluxo: varia ao longo do tempo, deve ser analisada dentro de um período de tempo,
é um filme.
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No âmbito das Contas Nacionais, poupança é expressa de forma ampla. Não se trata, apenas,
daquela conta que você abre no banco para deixar seu dinheiro guardado, mas sim todo o
dinheiro que pode ser usado para ampliar a capacidade produtiva de um país, como crédito
por exemplo.
Voltando à identidade entre Poupança e Investimento! Sabendo que uma economia na-
cional aberta, como a do Brasil, engloba tanto o setor privado como o setor público e o setor
externo (resto do mundo) temos que:
S (poupança total) = Poupança privada (Spri) + Poupança pública (Sgov) + Poupança
Externa (Sext)
e
I – (investimento total) = Investimento público (Igov) + Investimento privado (Ipri)
E lembrando que:
Isolando os indicadores que fazem referência ao setor público (ou seja, poupança do go-
verno e investimento do governo), temos:
Sgov – Igov = Ipri – Spri – Sext
Caso a diferença entre o Investimento público e a Poupança pública seja negativa, ou seja,
se o setor público gastou mais com investimentos do que tinha em poupança, teremos o Defi-
cit público (DP, que é por definição negativo). Assim:
DP = + Spriv + Sext – Ipriv
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Douglas Xavier
Podemos concluir que o deficit no setor público será financiado pela poupança do setor
privado e pela poupança do setor externo. Ou seja, sempre que o Estado incorre em resultado
negativo no exercício, ou em deficit, ele terá necessidade de se financiar de alguma forma –
frequentemente, recorrendo à poupança privada ou do setor externo.
Os sucessivos deficits públicos (fluxo) alimentam a dívida pública (estoque). Em termos
contábeis, o aumento da dívida pública significa, então, um aumento de obrigações do Estado.
Ao mesmo tempo, significa um Ativo para o setor privado e para o setor externo, pois eles em-
prestam ao Estado.
Setor público não financeiro = Administrações diretas federais, estaduais e municipais; ad-
ministrações indiretas; sistema público de previdência e seguridade social e empresas estatais
não-financeiras de todos os entes da federação (exceto Petrobrás e Eletrobrás).
A exclusão das empresas Petrobrás e Eletrobrás ocorre porque são empresas de capital
aberto, com ações negociadas em bolsas de valores, o que impõe a essas empresas regras
contábeis próprias daquelas empresas privadas que participam do mercado de capitais. Já a
inclusão do Banco Central ocorre devido a particularidades do arranjo institucional brasileiro e
a necessidade de financiamento de suas atividades por parte do orçamento público.
É importante ressaltar que as Contas Nacionais destacam o papel que os investimentos
podem ter em gerar deficit público quando são superiores ao nível de poupança pública. Na
prática, conforme apresentado anteriormente, as despesas públicas são divididas entre despe-
sas correntes e de capital, e embora apenas a última esteja ligada a investimentos, ambas têm
o poder de gerar deficit público. Sendo assim é possível haver diferentes tipos de deficit, muito
embora todos se enquadrem na definição geral das Contas Nacionais.
No item a seguir, discutiremos as três principais formas de expressar o deficit público.
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De forma geral, o superavit indica que o governo arrecada mais do que gasta, o que quer
dizer que o governo está realizando uma política fiscal contracionista. Já quando há deficit o
governo gasta mais do que arrecada em suas receitas, indicando que pode haver uma política
fiscal expansionista.
Quando o governo incorre em deficit público, ou deficit fiscal, dizemos que há uma Neces-
sidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) e, portanto, é necessário que haja cobertura
dessa necessidade de financiamento. Isso ocorre de duas formas:
Emissão de moeda: o Banco Central ou autoridade monetária equivalente pode emitir mo-
eda e depositá-la na conta do Tesouro Nacional, e em troca pode receber títulos de dívida do
Tesouro ou não. Esse tipo de operação pode não ter impacto direto na dívida pública, mas tem
o poder de aumentar a base monetária de uma economia já que o dinheiro é criado sem ne-
cessária contrapartida de expansão da atividade econômica. Esse aumento de base monetária
pode levar a inflação. Devido a essa característica, no momento, esse tipo de operação não é
permitido no Brasil devido a arranjos legais como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Operações de Mercado Aberto (Open Market): frente ao deficit fiscal, o Tesouro Nacional
pode emitir títulos de dívida ao setor privado. Essa operação permite que o setor privado, e no
Brasil, o setor externo, comprem esses títulos, direcionando suas poupanças para o cobrir o
deficit fiscal. Todavia, essa operação aumenta o nível de dívida do setor público, uma vez que
representa a criação de obrigações para o setor público.
A partir de meados dos anos 1980, com reformas nos Sistemas de Contas Nacionais que
buscavam seguir recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), criou-se uma no-
menclatura de três tipos de NSFP, que se complementam. Essa nomenclatura utiliza os crité-
rios de “acima” e “abaixo” da linha para descrever o impacto na dívida pública, veremos isso
com mais detalhe a seguir.
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Douglas Xavier
O PULO DO GATO
Caso a banca traga apenas o conceito de NFSP, sem especificar se faz referência ao conceito
nominal, primário ou operacional, deve-se tratar como se fosse o resultado nominal, que é mais
amplo e utilizado. Quando se trata de resultado primário, normalmente, aparece discriminado,
já o operacional é menos importante atualmente.
Como nem só de teoria, vive o (a) concurseiro (a) esperto (a), vamos a uma questão!
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
O resultado primário é calculado com base nas receitas e despesas não financeiras. O que
considera as despesas financeiras e não financeiras é o resultado nominal.
Errado.
Note que esses conceitos não nos dizem diretamente qual o impacto desses resultados na
dívida, portanto os consideramos como resultado fiscal “acima da linha”, enquanto o resultado
“abaixo da linha” consideram a variação da dívida líquida total. Esses critérios são equivalentes
e para entendermos melhor esses dois conceitos apresentarei abaixo um exemplo.
Despesas Receitas
Educação 1000 Arrecadação tributária 2000
Segurança 700 Contribuições 200
Saúde 1100
Total 2800 Total 2200
Acima da linha
Abaixo da linha
NFSP = 2200 – 2800 = 600
No critério “acima da linha” é possível medir o resultado do exercício em termos do que foi
gerado de receita e das despesas. No critério “abaixo da linha” é onde realmente se mensura
o resultado, que neste caso foi um deficit, considerando a necessidade de financiamento, mas
sem considerar a contribuição dos componentes individualmente. A análise pelo critério “abai-
xo da linha” aponta diretamente qual é o impacto do resultado desse exercício na dívida. Esse
é o método utilizado pelo Bacen para apresentar as estatísticas de variação do endividamento
do setor público.
Nesse ponto entendemos por que consideramos o resultado do exercício, ou o deficit/
superavit como uma variável de fluxo. O deficit apresenta o resultado de um período de tempo,
que por convenção é de um ano ou um trimestre. Os deficits impactam diretamente na dívida
pública que é uma variável de estoque, uma vez que pode ser possível identificar qual é o mon-
tante de dívida nesse exato momento, além de envolver o acúmulo de resultados (deficits ou
superavits) de períodos anteriores.
A seguir iremos explorar mais dois conceitos sobre dívida pública que servem para diferen-
ciar o nível de endividamento agregando mais informações. Isso pode ser muito importante
para análise de economistas e investidores que querem identificar o real nível de endividamen-
to do Estado, são eles a dívida bruta e a dívida líquida do governo federal.
Dívida Bruta do Governo Federal, ou dívida interna, compreende o total de débitos de res-
ponsabilidade do Governo Federal, governos estaduais e municipais, junto ao setor privado,
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ao setor público financeiro e ao resto do mundo, e dívida de empresas estatais, exceto Grupo
Petrobrás e Grupo Eletrobrás. É composta da dívida mobiliária do Governo Federal (ou seja,
títulos públicos emitidos por todas as esferas de governo), operações compromissadas (em
grande medida ligadas à política monetária), dívida bancária dos governos federal, estaduais e
municipais, majoritariamente em moeda própria.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) corresponde ao endividamento líquido do Gover-
no Federal (incluindo previdência social), dos governos estaduais e municipais junto ao setor
público financeiro, setor privado e resto do mundo. Compreende a soma da dívida interna e ex-
terna do setor público, excluindo ativos do setor público, como reservas internacionais, crédito
com setor privado e eventuais privatizações (ativos que podem ser vendidos).
A noção de DLSP traz novos conceitos, como o de reservas internacionais. Por isso vamos
destacar mais dois conceitos adicionais sobre dívida pública que frequentemente são confun-
didos: dívida interna e dívida externa.
Dívida interna: compreende o total de obrigações do setor público junto ao setor público
financeiro, setor privado e resto do mundo em moeda doméstica. O conceito de dívida interna
está intimamente ligado ao de Dívida Bruta do Setor Público, e podem ser encarados como
sinônimos. Em grande medida, ainda que o governo possa vender títulos de dívida pública para
estrangeiros, ele o faz em moeda nacional. Dessa forma consideramos esses títulos como
dívida interna.
Dívida externa: compreende o total apurado em determinada data dos débitos emitidos
ou contratados no exterior, onde haja obrigação de pagamentos de principal e/ou juros. Por
se tratar de dívida contratada no estrangeiro, as operações são convertidas em dólares norte-
-americanos. É possível que algumas dessas operações sejam realizadas em outras moedas
que não o dólar norte-americano, porém a conversão é realizada com a finalidade de facilitar
a análise das informações contábeis. Essa dívida é de responsabilidade do Banco Central, que
trata dos depósitos em moeda estrangeira e reservas internacionais.
A Dívida Externa apresenta particularidades em relação a Dívida interna por ser uma dívida
em moeda estrangeira. Assim, ainda que seja responsabilidade do Banco Central o seu mane-
jo, ele não tem capacidade de emitir títulos em outra moeda que não seja a moeda nacional
(Real). Há ainda outra questão, tanto na mensuração da DLSP como na Dívida Externa, esta-
mos trabalhando com dívida não necessariamente contratada pelo governo federal.
Reservas internacionais: sabemos que as reservas internacionais são depósitos ou apli-
cações em moeda estrangeira administrada pelo Bacen, porém em uma economia aberta não
é apenas o setor público que faz transações com o resto do mundo. Parte importante dos
dólares que estão nas reservas administradas pelo Bacen ingressaram no país por via de ex-
portação ou outras transações realizadas pelo setor privado com o resto do mundo. Porém, ao
realizar essas transações é necessário que ocorra a troca de moedas estrangeiras por moeda
doméstica, transação essa que é regulada pelo Bacen no mercado cambial.
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Em períodos nos quais há maior ingresso de dólares que saída de dólares do país há um
aumento das reservas. Já períodos em que há maior saída de dólares que ingresso, já redução
das reservas. Esse movimento pode também impactar na DLSP.
Por fim é importante destacar como ocorre a contabilização do resultado das contas públi-
cas, de acordo com os regimes contábeis.
• Regime de competência: fatos contábeis são registrados no período que ocorre o fato
gerador, seja receita ou despesa. Exemplo: caso o governo brasileiro compre R$ 100 mi-
lhões em livros pra escolas públicas, essa despesa será contabilizada no momento da
compra e não quando realiza o pagamento.
• Regime de caixa: fatos contábeis são registrados apenas na efetivação do pagamento
ou recebimento, e não no momento do fato gerador. Assim a compra dos livros seria
contabilizada apenas na data de pagamento da despesa.
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Todavia, muito dificilmente o nível de inflação será mantido constante em 0%. É natural que
com o crescimento da economia haja algum nível de inflação, que pode ser benéfico ao suge-
rir que a economia está em expansão. Já processos inflacionários mais persistentes exigem
atenção. Eles acontecem quando o nível de inflação está alto, e são ligados principalmente a
mudanças repentinas como choques externos (secas, choques de oferta como aumento no
preço de commodities como petróleo etc.) ou mesmo a algum desarranjo na economia que
reduza o nível de confiança dos agentes econômicos na moeda. Como já apresentado em
aulas anteriores, um dos objetivos centrais de Política Monetária no Brasil é perseguir a meta
de inflação.
A execução da Política Monetária no Brasil é feita, em grande parte, por meio do Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), que é uma infraestrutura do mercado financeiro no
Brasil que faz parte do Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB). Trata-se de um sistema que
efetua custódia e registro de transações de maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacio-
nal, bem como de compromissadas (papel que onde o vendedor assume o compromisso de
recomprar um título em uma data futura, acrescido juros).
Também é desse sistema que deriva a Taxa Selic, considerada a taxa de juros básica da
economia. Ela é um dos principais instrumentos de política monetária utilizada pelo Bacen
para controle da inflação. É considerada a taxa de juros básica porque influencia todas as de-
mais taxas de juros do país, em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
Para manter a inflação dentro da meta o Bacen opera no mercado de títulos públicos para
que a taxa Selic esteja em linha com a meta da Selic que é definida em reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Bacen.
Assim o Bacen realiza atuação direta em operações de mercado aberto (Open Market),
comprando e vendendo títulos públicos federais, com o objetivo de manter a taxa de juros tran-
sacionada em valores próximos ao valor definido na reunião do Copom. O Bacen também pode
negociar Operações Compromissadas, que como já explicado anteriormente, têm capacidade
de ajudar a manter a taxa de juros Selic próxima à meta Selic. Essas Operações Compromissa-
das são em grande parte de curtíssimo prazo (de 5 a 45 dias), e representam parte importante
da Dívida pública.
Open Market: são operações de mercado aberto, por meio das quais o Banco Central vende
ou compra em Balcão, ou por meio de leilões, títulos de dívida pública a bancos comerciais.
Parte dos títulos também podem ser negociados com o público em geral, por meio do Tesouro
Direto. Essas negociações ocorrem em tempo real e podem acontecer a todo momento, com
o objetivo de manter a Taxa Selic próxima da meta.
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Ou seja, a execução da Política Monetária tem impacto na Dívida Pública. Isso ocorre por-
que, ao negociar títulos públicos com o objetivo de manter a meta de inflação, o Bacen acaba
realizando operações de venda ou compra de títulos para manejar a base monetária. Todavia,
ao realizar uma Política Monetária expansionista, comprando títulos, o Bacen não apenas au-
menta a base monetária, mas também aumenta o seu passivo, ou seja, aumenta o endivida-
mento público. Ao mesmo tempo os títulos passam a ser direitos nas mãos do setor privado
que adquiriu esses títulos.
Ainda assim, outra parte de títulos de dívida são negociados diretamente pelo Tesouro
Nacional. Esses títulos têm como objetivo principal cobrir deficit fiscal, primário ou nominal. A
seguir veremos quais são os principais títulos de dívida negociados.
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4. Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B principal): é um título misto. Parte da rentabilidade é uma
taxa de juros prefixada e parte é variação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consu-
midor Amplo (IPCA). Por envolver o IPCA a rentabilidade pode variar ao longo do tempo para o
comprador, porém pode ser mais negociado em títulos de prazos mais longos. Antes conheci-
do por NTN-B principal (Notas do Tesouro Nacional série B principal).
5. Tesouro IPCA+ com juros semestrais (antigo NTN-B): é um título misto. Assim como o
anterior tem envolve taxa de juros prefixado e IPCA, a diferença é que há pagamento de juros
semestralmente. Antes conhecido por NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B).
Algumas bancas ainda usam os nomes antigos, Letras do Tesouro Nacional (LTN) para os
títulos prefixados, atuais Tesouro prefixado, e Nota do Tesouro Nacional tipo B (NTN-B) para
títulos mistos, atuais Tesouro IPCA+. Esses nomes foram alterados na última década. Há ainda
títulos mais antigos como o Tesouro IGPM+ ou NTN-C, indexado ao Índice Geral de Preços do
Mercado (IGPM), que tem forte ligação com a taxa de câmbio em sua composição. Esse último
não é mais negociado atualmente.
Vamos resolver uma questão de prova, elaborada especialmente para sua aula (olha só rs!).
a) Títulos pós-fixados não são ligados a inflação necessariamente, como o Tesouro Selic, e
nem sempre garantem retorno positivo. Errado.
b) Certo.
c) Não há regra que obrigue a taxa Selic a estar sempre acima do nível de inflação, sendo
possível que títulos como o Tesouro Selic tenham retorno real negativo em algumas situa-
ções. Errado.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Note que há uma diversidade de títulos, mas que todos estão ligados às características
apresentadas anteriormente: ou são prefixados ou pós-fixados, ou mistos. A decisão de qual
título é mais ofertado depende das condições de mercado. Normalmente, quando há expecta-
tivas de aumento da Taxa Selic os investidores privados buscam mais os títulos pós-fixados, e
quando há queda da Selic a procura maior pode ser por prefixados/mistos. Isso ocorre porque
quando há inflação mais elevada, a taxa de juros real paga pelos títulos prefixados fica menor.
Com a alta inflação, haverá expectativa de elevação na taxa de juros Selic. Assim, os títulos
pós-fixados, como o Tesouro Selic, podem ter rentabilidade maior que os prefixados.
Cada tipo de título pode ter um prazo de vencimento diferente, assim é possível ter títulos
Tesouro Prefixado com vencimento para daqui 2, 5, 10 anos ou mais. Isso vale para os demais
títulos. Normalmente, os títulos com maior prazo para vencimento (cerca de 20 a 40 anos) são
os Tesouro IPCA+, que conseguem proteger o título de oscilações da inflação e ainda pagar
uma rentabilidade prefixada.
É importante ressaltar que esses títulos são negociados em leilões ou venda direta, ou seja,
diariamente o Bacen ou STN podem realizar operações de mercado aberto (Open Market) para
vender os títulos. Entretanto, ao realizar a contratação, a pessoa física ou jurídica não precisa
reter o título até a sua data de vencimento. Pode haver venda desse título no mercado secun-
dário, antes da data de vencimento.
Assim, é possível que, ao negociar o título antes do vencimento, aquele que detém o título
possa vendê-lo por um valor de face diferente do contratado. Dizendo de outra forma: se con-
dições no mercado de títulos se alteram, como a inflação, a taxa Selic, ou mesmo outras vari-
áveis que possam afetar a taxa de juros, o titular do papel pode vendê-lo antes do vencimento
conseguindo um valor diferente do que ele realmente valia quando foi comprado no mercado
primário. Isso pode fazer com que o proprietário do título tenha ganho ou perda acima das
condições de contratação do título.
Exemplo: Suponha que você comprou um título prefixado no valor de R$ 1000 a uma taxa
de juros de 9% a.a. para vencimento daqui a 2 anos. Dois meses após comprar o título, a taxa
de juros do mesmo título subiu para 10%a.a., isso quer dizer que o valor de face do seu título
será menor, ele vale menos porque quando foi contratado pagava a rentabilidade de 9%a.a (se
um título novinho está rendendo 10%, quem comprar um “usado” que rende 9% vai querer pagar
menos por ele, não é mesmo?).
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Nesses termos se você vender o seu título nesse momento, provavelmente terá de vendê-lo
por um preço menor que os R$ 1000 pagos inicialmente. Com isso você poderá ter algum pre-
juízo. Claro que você pode optar por manter o título em suas mãos até a data de vencimento e
receber a rentabilidade contratada, de 9%a.a.
Não se preocupe com essas relações, pois o exemplo serviu apenas para ilustrar como
a rentabilidade de um título pode variar ao longo do tempo de validade dele. Agora que já en-
tendemos os conceitos fundamentais de dívida, e sobre os títulos públicos, no item a seguir
discutiremos sobre a sustentabilidade da dívida no Brasil.
O PULO DO GATO
É possível que o Governo tenha superavit primário e deficit nominal. Isso ocorre quando as
receitas não-financeiras conseguem cobrir as despesas correntes, mas não conseguem cobrir
totalmente as despesas financeiras. Pense que você consegue pagar suas contas de casa,
aluguel, supermercado, energia, logo pagou todas as despesas não financeiras. Porém não
consegue pagar toda sua a parcela de um empréstimo (despesa financeira).
Usando o Brasil como exemplo, entre meados dos anos 2000 até 2013 a União trabalhava
com superavits primários anuais, ou seja, as despesas não-financeiras eram menores que as
receitas não-financeiras. Isso permitiu que houve uma relativa redução da relação dívida bruta
do setor público/PIB. No mesmo período houve acúmulo de Reservas Internacionais, o que
também ajudou para que houvesse redução no nível de Dívida Líquida do Setor Público/PIB.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Entretanto na maior parte do tempo até os anos 1990, e após 2013 ocorreu deficit primário. Mas
como isso se mantém sustentável no tempo? Bem, temos que entender que ainda que comparações
entre a finanças públicas e finanças pessoas sejam frequentes, elas são em grande parte erradas.
Enquanto você, frequentemente, precisa de passar por uma análise de crédito, dar infor-
mações sobre suas fontes de renda e capacidade de pagamento para ter acesso a um finan-
ciamento em um banco, o mesmo não se aplica para o Governo. Em parte, isso se deve ao
tamanho do Estado e as suas próprias instituições e finalidades.
Uma empresa não precisa sempre recorrer a um banco para ter acesso a crédito, ela pode
fazer isso no mercado de capitais emitindo papéis como ações ou debêntures. Todavia ela
ainda precisa informar ao mercado suas condições financeiras por meio de extensos e deta-
lhados demonstrativos e relatórios contábeis. Bem, o Governo também busca fazer isso dispo-
nibilizando por meio da STN uma série de informações e dados sobre sua situação financeira.
Mas diferentemente das empresas é o governo que tem capacidade de regular o mercado
monetário e literalmente produzir moeda.
Não pense nisso como uma impressora que imprime dinheiro no sentido literal, mas sim
que o Governo pode simplesmente ofertar mais títulos de dívida pública sem precisar de qual-
quer intermediário. Ao fazer isso o Governo tem maior nível de liberdade em suas decisões de
financiamento, e isso se deve ao seu peso na Economia. Países não tem faturamento, mas tem
o Produto Interno Bruto (PIB), que é a somatória de toda sua produção de bens e serviços de um
país. E o Governo representa uma parte importante desse PIB, basta pensar na quantidade de es-
colas, universidades, infraestrutura, hospitais, postos de polícia, escritórios, e tudo mais que são
bens públicos. Todos eles empregam pessoas e realizam investimentos para sua expansão e
manutenção. Isso gera produção de bens e serviços que demandam produção no setor privado e
ao mesmo tempo gera salário para milhões de trabalhadores, o que por definição é parte do PIB.
Ainda que o Governo capture parte do PIB na forma de impostos e outras receitas, ele não
pode capturar todo o PIB. Entretanto, países com economias grandes e moedas próprias po-
dem ter maior liberdade para se endividar. Por isso para medir se um país está com um nível
de endividamento sustentável, ou não, se utiliza do indicador de Dívida/PIB.
Podemos destacar alguns conceitos básicos para analisar a relação Dívida/PIB:
Solvência da dívida: com base na expectativa de receitas futuras do governo, crescimento
da economia e inflação, a dívida pública pode ser considerada mais solvente ou menos. Se a
expectativa aponta para melhora na economia e na arrecadação a dívida pode ser mais solven-
te. Em caso de crise aguda que aumente o endividamento e diminua a arrecadação o Governo
pode estar se encaminhando para uma situação de insolvência.
Liquidez: refere-se à capacidade de reverter ativos em dinheiro. Diz-se que o Governo tem
maior liquidez quando tem maior acesso a poupança privada para financiamento da dívida.
Sustentabilidade: indica que o nível de dívida está dentro dos parâmetros esperados, e que é
possível rolar a dívida sem maiores problemas. De certa forma junta os conceitos de solvência
e liquidez, pois quando há solvência e liquidez a dívida tem sustentabilidade ao longo do tempo.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Durante maior parte da década de 2000 e até 2013 o Governo Federal do Brasil apresen-
tou superavits primários e deficits nominais, o que indicava para sustentabilidade da dívida.
Isso ocorreu em um momento de crescimento econômico e certa estabilidade inflacionária e,
portanto, maior liquidez e melhor solvência da dívida. Nesse período o tempo de pagamento
dos títulos cresceu o que indicava maior confiança do mercado financeiro na capacidade de
pagamento do Governo. O gráfico abaixo apresenta a trajetória da Dívida Líquida do Governo
Federal com relação ao PIB.
Fonte: Ipeadata.
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Noções de Dívida Pública
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MAPAS MENTAIS
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA/2014/ADAPTADA). A dívida mobiliária é representada por tí-
tulos emitidos pela União - incluindo os do Banco Central do Brasil – pelos estados e pelos
municípios.
A banca fez uso do conceito de dívida mobiliária, conforme apresentado pelo art. 29 da LRF
“Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios”.
Certo.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
e) Dependendo do enfoque, tanto o deficit quanto a dívida pública podem ser considerados
variáveis “estoque” ou variáveis “fluxo”.
A questão trabalha conceitos de fluxo e estoque. Lembre-se podemos fazer alusão entre variá-
veis de fluxo e um filme e variáveis de estoque e uma fotografia. Sendo assim o Deficit público
é resultado de um exercício, ou de analisar um período (ano, trimestre, mês) para saber seu
resultado, portanto é uma variável de fluxo. Já informações Dívida pública pode ser capturada
em qualquer momento, já que ela é fruto do acúmulo de deficits de períodos anteriores, ou seja,
podemos tirar uma fotografia do momento. Dívida pública é uma variável de estoque.
Letra b.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Ao apontar que o governo deste país quer aumentar seu gasto, sendo financiado por venda de
títulos da dívida podemos concluir que: essa operação causa aumento do nível de dívida, essa
operação faz parte da política fiscal do país, que em questão está sendo expansionista, pois
está aumentando os gastos do governo deste país.
a) Certo.
b) Decisões sobre taxa de juros fazem parte da Política Monetária e da autoridade monetária/
Banco Central. Não se relaciona decisões de com aumento dos gastos, que ocorre na Política
Fiscal. Errado.
c) Como já existe deficit o aumento dos gastos irá aumentar ainda mais esse deficit. Errado.
d) Não é possível concluir, mas o aumento dos gastos significa aumento da demanda e da ati-
vidade econômica, o que pode aumentar a arrecadação fiscal no futuro. Errado.
e) Não é possível concluir pelo enunciado se há relação entre aumento de gastos e importa-
ções. Errado.
Letra a.
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Noções de Dívida Pública
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Política fiscal expansionista tem capacidade de aumentar a NFSP, uma vez que significa au-
mento de gastos públicos que devem ser financiados pela emissão de títulos públicos.
Errado.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
b) flutuante.
c) líquida do setor público.
d) interna.
e) mobiliária pública.
É considerado dívida representada por títulos emitidos pela União, Estados e Municípios, in-
cluindo o Bacen a dívida imobiliária.
Letra e.
a) Se os impostos arrecadados são maiores que os gastos públicos não financeiros então
teremos um superavit primário. Porém isso não implica necessariamente em redução da rela-
ção dívida pública/PIB. Para que isso acontecesse seria necessário um superavit operacional,
ou seja, que a arrecadação de impostos fosse também maior que as despesas corrente mais
despesas financeiras. Certo.
b) O deficit público é uma variável de fluxo, pois ocorre em um período de tempo. Certo.
c) A dívida pública é uma variável de estoque, pois advém de deficits em períodos anteriores.
Certo.
d) Normalmente a relação dívida pública/PIB é apresentada em percentual, mas também pode
ser utilizada na base 1. Em ambos os casos não há nenhuma regra que impeça a dívida pública
de ser maior que o PIB e, portanto, de ser maior que 1 ou que 100% do PIB. Atualmente países
como Japão, EUA e alguns países europeus já têm a razão dívida pública/PIB muito maiores
que 1. Errado.
e) Taxas maiores normalmente implicarão em maiores despesas financeiras e, portanto, maior
deficit nominal. Certo.
Letra d.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Considerando que o governo tem objetivo de usar uma política fiscal expansionista, analisamos:
a) Taxa de juros é determinada na política monetária. Errado.
b) Taxa de câmbio sofre influência da política monetária e da política cambial. Errado.
c) Para uma política fiscal expansionista é necessário aumentar o gasto público, e não reduzir.
Errado.
d) Uma política fiscal expansionista pode levar a aumento do deficit público e não redução.
Errado.
e) A redução de impostos reduz as receitas públicas, mas pode significar mais recursos sendo
transferidos ao setor privado. Certo.
Letra e.
A venda de títulos públicos em carteira do Bacen significa aumento do passivo público e con-
tração monetária, já que parte da base monetária será captura pelo Bacen na venda desses
títulos, assim
a) De fato, há contração na oferta de moeda, mas a Selic diária tende a aumentar, pois a maior
oferta de títulos derruba seu valor de face, e consequentemente aumenta os juros. Errado.
b) Há redução na oferta de moeda. Errado.
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Noções de Dívida Pública
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Despesas de saúde pública são consideradas despesas correntes, exceto aquelas para cons-
trução de novos hospitais que se enquadram em investimentos. De qualquer forma essas des-
pesas são consideradas sim gastos do governo.
Certo.
É importante notar que a nova meta Selic é menor que a taxa Selic diária, assim podemos
concluir que o Bacen quer fazer uma política monetária expansionista. Para reduzir os juros e
atingir a meta de 6,75% é necessário comprar títulos, injetando liquidez no mercado, ou seja,
aumentando a base monetária. Assim:
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
a) Certo.
b) Vender títulos reduziria a base monetária e aumentaria ainda mais a taxa de juros. Errado.
c) Emitir é o mesmo que vender, o que aumentaria os juros. Errado.
d) A impressão de papel-moeda não tem relação direta com a taxa Selic. Errado.
e) Mudanças no superavit primário não afetam a taxa Selic imediatamente e fazem parte da
política fiscal e não da política monetária. Errado.
Letra a.
a) Certo.
b) Aumentar o imposto de renda pode ser considerado uma medida contracionista, pois ape-
sar de aumentar a receita pública, reduz os gastos no setor privado, e não necessariamente
aumenta os gastos públicos. Errado.
c) Aumentar o superavit público é uma medida contracionista. Errada.
d) Como dito na letra b, aumentar a receita do governo não significa necessariamente aumento
de gastos públicos. Errado.
e) É aumento de receita, não de gastos. Errado.
Letra a.
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Noções de Dívida Pública
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a) A decisão de manter e aumentar deficit, criando NFSP a ser coberta pela emissão de títulos
de dívida é uma política fiscal expansionista. Certo.
b) O aumento da venda de títulos tende a forçar queda no preço do título, e consequentemente,
aumento da taxa de juros. Errado.
c) O próprio enunciado diz que já há deficit e que o governo quer ampliar ainda mais os gastos,
o que aumentará ainda mais o deficit existente. Errado.
d) No geral, políticas fiscais expansionistas tem capacidade de estimular a economia e, portan-
to, aumentar a arrecadação tributária futura. Errado.
e) Não é possível dizer o comportamento das importações apenas pelo enunciado, mas o
aquecimento da economia ocasionado pela política fiscal expansionista pode aumentá-las.
Errado.
Letra a.
020. (CESPE/CEBRASPE/SEDF/ANALISTA/ADAPTADA/2017)
O gráfico acima apresenta o resultado primário e as despesas com juros, conforme apuração
do Banco Central do Brasil (BCB). A partir dessas informações dos conceitos de contabilidade
fiscal, julgue o item seguinte.
Os resultados primários, deficitários em 2014 e 2015, foram impactados pelo aumento da des-
pesa com juros incidentes sobre a dívida pública, que se elevaram por força de uma política
monetária contracionista.
Excelente questão, pois conta com uma armadilha. Primeiro relembre do conceito de deficit
primário, que ocorre quando as despesas não financeiras são superiores as receitas não finan-
ceiras. No cálculo do deficit primário são desconsideradas as despesas financeiras, portanto
os gastos com juros não têm impacto no deficit primário. O aumento das despesas com juros
nominais vai ter impacto no superavit nominal, não no primário.
Errado.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
O enunciado cita a dificuldade do setor público em manter superavits fiscais, não especifican-
do se é primário, nominal ou operacional, o que gera constante NFSP. Podemos concluir que:
I – Emitir dívida pública pode cobrir a NFSP. Certo
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II – Criar impostos podem aumentar as receitas não financeiras, o que tem impacto positivo
em reduzir o deficit primário. Certo.
III – Valorizar a taxa de câmbio não tem nenhum efeito direto sobre os resultados das contas
públicas. Errado.
IV – Emitir dinheiro pode ser um instrumento a ser adotado pelo Bacen, muito embora esse tipo
de operação seja proibido no Brasil atualmente por determinações legais. Certo.
Letra b.
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Noções de Dívida Pública
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Seguindo o enunciado percebemos que os EUA realizaram redução de taxa de juros pelo Banco
Central o que consiste em Política Monetária. A Argentina realizou aumento de subsídios para
pessoas vulneráveis, o que pode ser considerado como uma forma de subvenção ou transfe-
rência de renda, e ampliou investimentos em obras públicas, ambas as políticas são de cunho
fiscal. Logo a questão correta é EUA realizaram política monetária e Argentina política fiscal.
Letra a.
Lembre-se: Política fiscal expansionista eleva a atividade econômica, pode gerar deficit fiscal
e pode ser feita com aumento de gastos do governo e das transferências ou redução dos
impostos. Política fiscal contracionista reduz o nível de atividade econômica, pode gerar supe-
ravit fiscal e pode ser feita com redução de gastos do governo ou transferências, e aumento
de impostos.
Logo, a Política fiscal contracionista com o objetivo de diminuir a produção, emprego, a renda
e o consumo, isto tende a causar um superavit no orçamento. Suas principais medidas são:
redução dos gastos do governo; redução das transferências do governo para o setor privado e
elevação dos impostos.
Letra d.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
O resultado primário é calculado com base nas receitas e despesas não financeiras. O que
considera as despesas financeiras e não financeiras é o resultado nominal.
Errado.
O Tesouro IPCA+, antigo NTN-B, é um título que paga juros semestrais (não confunda com o
NTN-B – principal, que não tem pagamento de juros semestrais). É um título misto que paga
parte de juros prefixados mais a variação do IPCA. Dessa forma podemos considerar a ques-
tão correta.
Certo.
Segundo o site do Tesouro Nacional, o Tesouro Direto é um programa concebido em 2002 com
o objetivo e democratizar o acesso a títulos públicos entre pessoas físicas. Pessoas jurídicas
ainda precisam de outros intermediários.
Errado.
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Mercados secundários tem o objetivo de renegociar títulos de dívida e outros papeis sem a ne-
cessidade de se esperar o vencimento do título para resgate do principal investido. Assim mer-
cados secundários permitem maior liquidez dos títulos e maior confiança entre investidores.
Certo.
O investidor tem expectativa de que a taxa de juros irá reduzir quando a inflação está bem con-
trolada. Com a redução dos juros Selic, a rentabilidade de títulos prefixados pode ser maior,
portanto, essa será a opção do investidor.
Letra c.
Quando há deficit primário as despesas não financeiras são maiores que as receitas não fi-
nanceiras, ou seja, há NFSP. Isso quer dizer que o governo não consegue pagar suas despesas
correntes, e deve recorrer a emissão de títulos para financiar esses gastos. Com isso não só os
juros da dívida têm pagamento prejudicado, como o saldo devedor principal da dívida também
aumentará.
Errado.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Relembre dos conceitos: resultado operacional é medido pelo resultado nominal (que inclui
receitas e despesas financeiras) menos os juros reais da dívida pública, ou seja, desconta
também a correção monetária e cambial. O conceito apresentado no enunciado faz referência
ao resultado nominal, que considera as despesas e receitas inclusive financeiras, mas em ter-
mos nominais.
Errado.
O resultado primário é medido como a diferença entre despesas e receitas não financeiras,
enquanto o deficit nominal é medido pela diferença entre receitas e despesas não financeiras e
financeiras. Assim para se chegar ao resultado primário a partir do resultado nominal (que in-
clui despesas financeiras como juros nominais da dívida) deve-se descontar os juros nominais.
Resultado nominal = resultado primário + receitas financeiras – despesas financeiras (ju-
ros nominais)
Certo.
Exatamente isso. Nos anos 2000 houve forte ingresso de capitais no Brasil o que permitiu redu-
ção da dívida externa e acúmulo de reservas internacionais. A DLSP é calculada descontando
da Dívida interna as Reservas internacionais, portanto esse acúmulo de reservas contribuiu
para redução da DLSP.
Certo.
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Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
Relembre os conceitos:
Acima da linha é a medição do resultado fiscal pela execução orçamentária, ou seja, considera
a origem das receitas e despesas (o que foi gasto em cada ministério, por exemplo).
Abaixo da linha é a medição do resultado fiscal pela NFSP, ou seja, qual é a necessidade de
financiamento exigida para cobrir o deficit ou qual é o crédito que o governo tem em caso de
superavit.
Sendo assim:
a) A inclusão ou não dos juros se refere a conceitos de resulto primário, nominal e operacional.
Errado.
b) Correção monetária faz referência ao conceito de resultado operacional. Errado.
c) Os conceitos “acima” e “abaixo” da linha são equivalentes, não distintos. Errado.
d) Certo.
e) Os conceitos são equivalentes, não distintos. Além disso a inclusão de despesas de capital
remete ao resultado nominal.
Letra d.
A banca não foi muito feliz em colocar o nome de “previdência oficial”, entretanto podemos ler
isso como a Previdência Social do Governo Federal. Nesses termos a previdência está entre as
despesas correntes não financeiras que fazem parte do cálculo de superavit primário.
Certo.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Noções de Dívida Pública
Douglas Xavier
038. (INÉDITA) O gráfico abaixo faz parte do Relatório de Acompanhamento Fiscal do Instituto
Fiscal Independente, ligado ao Legislativo Federal, e nele são apresentadas projeções sobre o
comportamento futuro da trajetória da Dívida Bruta do Governo Gera/PIB. São elaborados três
cenários para essa década, o básico, o otimista e o pessimista.
I – O cenário pessimista aponta para descontrole da dívida pública, o que pode levar a uma
situação de insolvência do Estado Brasileiro no final desta década.
II – Não é possível que o cenário pessimista ocorra, uma vez que a dívida não pode ser maior
que o PIB de um país.
III – No cenário otimista a trajetória de crescimento da dívida se inverte, o que pode apontar
para maior liquidez do Estado Brasileiro.
IV – A forte elevação da relação Dívida Bruta/PIB entre os anos de 2020 e 2021 está relaciona-
da à política fiscal expansionista no período em resposta à Crise do novo Coronavírus.
Considerando essas informações marque a alternativa que julgar correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas III está errada.
c) Apenas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
I – A elevação da relação Dívida Bruta/PIB pode levar a insolvência, isto é, à não cumprimento
dos compromissos financeiros do Estado, ainda que essa relação não seja direta. Certo.
II – É possível que um país tenha relação Dívida Bruta/PIB maior que 100%, isso já acontece
com EUA, Japão e outros países, e nem por isso esses países estão em situação de insolvên-
cia de suas dívidas. Errado.
III – A menor relação Dívida Bruta/PIB pode indicar para maior liquidez e menores taxas de
juros no futuro, e uma trajetória sustentável da dívida. Certo.
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Douglas Xavier
IV – Em resposta à Crise do novo Coronavírus o governo brasileiro adotou uma política fiscal
expansionista, com a criação de programas como o auxílio emergencial e empréstimos para
pequenas e médias empresas cumprirem seus compromissos e manter empregos, o que ge-
rou um elevado deficit público. Ainda assim o PIB teve queda significativa em 2020, levando a
um importante aumento da relação Dívida Bruta/PIB.
Letra c.
a) Títulos pós-fixados não são ligados a inflação necessariamente, como o Tesouro Selic, e
nem sempre garantem retorno positivo. Errado.
b) Certo.
c) Não há regra que obrigue a taxa Selic a estar sempre acima do nível de inflação, sendo pos-
sível que títulos como o Tesouro Selic tenham retorno real negativo em algumas situações.
Errado.
d) A vantagem dos títulos prefixados é justamente saber na contratação qual é o rendimento,
já que a taxa e juros é fixada na aquisição. Errado.
e) Tesouro IPCA+ com juros semestrais tem esse nome porque paga juros semestralmente.
Letra b.
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Isso mesmo. Quando há períodos de expansão da economia o PIB cresce mais rapidamente, o
que pode indicar maior facilidade para controle da dívida. Todavia em períodos de crise econô-
mica, além da queda da arrecadação que pode gerar deficit primário, a queda no denominador
da fração pode levar a aumento da relação.
Certo.
042. (INÉDITA) Sobre o Sistema Especial de Liquidação e Custódia e o Banco Central, assinale
a alternativa INCORRETA
a) A meta Selic é decidida pelo Copom e tem impacto direto em toda estrutura de juros do país.
b) O Banco Central pode emitir operações compromissadas como instrumento de política
monetária.
c) A taxa Selic sofre oscilações diárias, mas sempre converge para a meta Selic por atuação
do Banco Central.
d) A Dívida Pública é impactada por períodos nos quais houve deficit primário, não sofrendo
interferência da política monetária.
e) A inflação é o aumento generalizado no nível de preços, e seu controle pode trazer mais
confiança na moeda.
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a) Certo.
b) Operações compromissadas são um papel onde o Banco Central visa atuar no mercado
futuro, em grande parte com fins de política monetária. Certo.
c) Embora o Copom fixe a meta Selic, na prática a taxa Selic pode sofrer pequenas alterações
diante das negociações diárias de títulos, mas o BCB sempre busca convergi-la para a meta.
Certo.
d) De fato, a dívida pública é impactada quando há deficit primário, porém ela também pode
sofrer impacto da política monetária, já que o BCB pode realizar operações de mercado aberto
(open market) com fins de política monetária resultado em aumento ou redução do estoque de
dívida. Errado.
e) Certo.
Letra d.
A elevação da taxa de juros Selic pode tornar os títulos públicos mais atrativos para investidores
internacionais, fazendo com que aumente o ingresso de dólares no país. O aumento do ingresso
de dólares pode levar a aumento no nível de reservas internacionais, que por sua vez pode reduzir
o nível de dívida externa e consequentemente da dívida líquida do setor público (DLSP).
Certo.
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a) O SELIC é uma infraestrutura que faz parte do sistema financeiro brasileiro. Trata-se de um
sistema que efetua custódia e registro de transações de maioria dos títulos emitidos pelo Te-
souro Nacional, bem como de compromissadas. Errado.
b) Tesouro IPCA+ tem prazo maior justamente por ter mecanismo que protege os investidores
da inflação. Errado.
c) Títulos prefixados tem maior previsibilidade por já apresentar de antemão a taxa de juros
contratada, mas em caso de aumento da inflação pode ter sua rentabilidade real reduzida.
Certo.
d) Estava correto até citar baixa liquidez, justamente por poder ser negociados com facilidade
os títulos públicos têm liquidez elevada. Errado.
e) Títulos pós-fixados podem ter menor rentabilidade quando a Taxa Selic está em trajetória de
queda. Errado.
Letra c.
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c) Em caso de deficit fiscal, este será financiado pela poupança do setor privado e do setor
externo (resto do mundo). Errado.
d) Essa é a definição para a identidade contábil poupança = investimento. Certo
Letra c.
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Assim
I – Receita de capital;
II – Receita corrente;
III – Receita corrente.
Letra d.
Exatamente isso. A dívida mobiliária é um dos principais componentes da Dívida Bruta e seu
comportamento está ligado a decisões na política fiscal e monetária.
Certo.
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GABARITO
1. c 37. c
2. b 38. c
3. b 39. b
4. d 40. c
5. a 41. d
6. c 42. d
7. e 43. c
8. e 44. c
9. c 45. c
10. e 46. c
11. d 47. e
12. e 48. d
13. d 49. c
14. e 50. c
15. a
16. c
17. a
18. a
19. a
20. e
21. c
22. b
23. E
24. a
25. d
26. e
27. c
28. c
29. e
30. e
31. c
32. e
33. e
34. c
35. c
36. d
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REFERÊNCIAS
RIANI, Flávio. Economia Do Setor Público: Uma Abordagem Introdutória. Grupo Gen-LTC, 2000.
FEIJÓ, Carmen. Contabilidade social: referência atualizada das contas nacionais do Brasil. El-
sevier Brasil, 2013.
Douglas Xavier
Mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Ciências Econômicas
pela mesma instituição. Aprovado e convocado nos concursos de escriturário do Banco do Brasil (2013)
e escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2017), cargo que ocupa atualmente. Ministra
aulas na disciplina de Conhecimentos Bancários e na área de Economia.
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