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FINANCEIRO
Despesa Pública
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Apresentação..................................................................................................................4
Despesa Pública .............................................................................................................5
1. Conceito de Despesa Pública........................................................................................5
1.1. Definições..................................................................................................................5
1.2. Diferenciação - Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias...............................6
1.3. Diferenciação – Enfoque Orçamentário e Patrimonial............................................... 7
2. Estágios da Despesa Pública Orçamentária.................................................................9
2.1. Diferença - Doutrina x Lei 4.320/1964......................................................................9
2.2. Fixação.................................................................................................................... 11
2.3. Empenho................................................................................................................ 12
2.4. Liquidação. ..............................................................................................................17
2.5. Pagamento. ............................................................................................................ 18
3. Classificação das Despesas Públicas Orçamentárias. . .............................................. 20
3.1. Quanto à Forma de Ingresso.................................................................................. 20
3.2. Classificação quanto à Efetividade / Afetação Patrimonial. . ...................................22
3.3. Classificação Institucional/Departamental.............................................................24
3.4. Classificação Funcional..........................................................................................26
3.5. Classificação por Estrutura Programática............................................................. 27
3.6. Quanto à Natureza da Despesa (por Categorias)................................................... 30
3.7. Classificação por Categoria Econômica (1º nível)....................................................35
3.8. Quanto ao GND - Grupo de Natureza da Despesa (2º nível)................................... 40
3.9. Quanto à Modalidade de Aplicação (3º nível). . ........................................................ 41
3.10. Quanto ao Elemento de Despesa (4º nível)...........................................................43
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Apresentação
Como diria Abraham Lincoln, “a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”! Então vamos
fazer nossa parte e criar o nosso futuro! Acredite! Acreditar já é meio caminho andado... o res-
to é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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Despesa Pública
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DESPESA PÚBLICA
1. Conceito de Despesa Pública
1.1. Definições
“a aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou
para investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos
recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade
da coletividade prevista no orçamento”.
“a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a cargo do governo”.
Nessa toada, a Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos
realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou
para a realização de investimentos.
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Despesa Pública
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As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento
público, com exceção das chamadas despesas extra orçamentarias.
Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a despesa é parte do orçamento, e, assim,
compõe a distribuição e emprego dos recursos públicos para custeio e investimento em dife-
rentes setores da administração governamental.
No âmbito contábil-financeiro, a despesa pública nada mais é do que a aplicação de re-
cursos monetários na realização de gastos efetivos (aqueles que geram decréscimo no patri-
mônio público) ou por mutação patrimonial (aqueles que tem efeito permutativo, pela entrada
de um bem ou valor patrimonial).
Do ponto de vista político-institucional, a despesa pública é, por seu turno, a realização de
gastos na implementação de políticas públicas e no cumprimento das finalidades inerentes à
existência do Estado.
Quando analisada em sob a ótica econômica, a despesa é o gasto é uma parcela dos agre-
gados que expressam a atividade econômica nacional.
Importante registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em or-
çamentários e extra orçamentários. Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964:
Dessa forma, podemos sintetizar esse quadro dizendo que a despesa orçamentária é toda
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orça-
mentária, para ser efetivada.
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Já o chamado dispêndio extra orçamentário é aquele que não consta na LOA - Lei Orça-
mentária Anual, e compreende certas saídas de numerário oriundas de depósitos, pagamen-
tos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita ou ainda de
recursos transitórios.
Entretanto, a própria Lei 4.320/64 reconhece o enfoque patrimonial para contabilidade pú-
blica, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da Contabilidade), no qual se
determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam elas independentes
ou resultantes da execução orçamentária.
Em relação à Receita, no enfoque patrimonial (que não é o nosso foco aqui), apenas guarde
que o seu objetivo é o de evidenciar o impacto no patrimônio de transações realizadas mesmo
que ainda os valores não tenham sido embolsados pela Administração Pública. Assim, basi-
camente deve ser registrada uma eventual variação patrimonial aumentativa, independente-
mente da execução orçamentária, em função do fato gerador, observando-se os princípios da
competência e da oportunidade. Em suma, a receita deve ser reconhecida mesmo que o valor
ainda não tenha sido efetivamente recebido.
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EXEMPLO
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque
patrimonial, temos a apropriação de um direito ao seguro. No enfoque orçamentário, a despe-
sa será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, ao final desse exer-
cício, por meio do empenho.
Errado.
Na verdade, assertiva conceituou a despesa sob o ponto de vista patrimonial. Já do ponto de
vista orçamentário, a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
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No que diz respeito às fases, estágios ou etapas de realização da despesa pública, é im-
portante destacar que a execução da despesa orçamentária pública transcorre em três es-
tágios, que conforme previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
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Certo.
Sem dúvida, inicialmente a despesa deve ser fixada na LOA (autorização orçamentária) con-
forme disposto no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO:
A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano e
ações governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a descen-
tralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo de
licitação e contratação.
Depois, temos a execução financeira da despesa pública, com os estágios previstos. Confira
no MCASP:
4.4.2. Execução
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n. 4.320/1964:
empenho, liquidação e pagamento.
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2.2. Fixação
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Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem entre
os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação, apenas para aquelas as
despesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em vista a sua natu-
2.3. Empenho
A Lei n. 4.320/64, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as des-
Sim, eu sei que você está se empenhando muito nesse curso, mas vamos ver para fins de
o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações
Guarde que, nos casos de despesas relativas a contratos ou convênios de vigência pluria-
nual, deve-se as empenhar em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido
exercício.
Aluno(a), tenha em mente que o empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode
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Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas normais com montante previamente
Já o empenho global é aquele que serve para aquelas despesas com montante previa-
mente conhecido, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias,
etc. São gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.
Entretanto, quando o serviço contratado não tenha sido prestado ou o material encomen-
dado não tiver sido entregue, bem como se houver incorreção na emissão do empenho, nes-
Importante destacar que, ao final de cada exercício, o empenho deve ser totalmente anu-
lado caso ainda não tenha sido liquidado, exceto para aqueles que se enquadrarem nas con-
Veja o que nos diz a esse respeito o Decreto 93.872/1986 em seus artigos 35 e 28:
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Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o
empenho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à res-
pectiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade ges-
tora.
O empenho serve, na verdade, para reservar parte dos créditos disponíveis, em consonân-
cia com o artigo 60 da Lei 4.320/64, que veda a realização de despesa sem prévio empenho.
Em outras palavras, após a realização do empenho, o montante correspondente da do-
tação necessário para fazer face à despesa fica protegido, evitando-se, assim, que, depois
de executado o contrato, não haja recursos financeiros para o pagamento do bem ou serviço
prestado à Administração Pública.
Importante destacar que o empenho da despesa não pode exceder o limite dos créditos
concedidos, ou seja, as despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orça-
mentários iniciais e dos créditos orçamentários adicionais, em consonância com o cronogra-
ma de desembolso da unidade gestora, devidamente aprovado.
Guarde também que o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orça-
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Certo.
Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas se acordo
com a Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que
foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
Guarde que a Lei 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, inde-
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pa-
determina que os empenhos não podem ultrapassar o limite dos respectivos créditos con-
Estado.
Importante destacar ainda que o Decreto 93.872/1986, aquele que dispõe sobre a unifi-
cação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, também dispõe acerca dos estágios da
despesa. De acordo com o referido Decreto, o empenho importa deduzir seu valor de dotação
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O Decreto 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja contempo-
râneo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de empenho, mas nunca o
empenho.
Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo necessário
uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor original inicial.
Seguindo essa linha de raciocínio, somos agora apresentados ao empenho denominado
“empenho de anulação”, que é aquele empenho emitido posteriormente e que se destina à
anulação parcial ou total dos empenhos originais ou, eventualmente, dos empenhos de refor-
ço, que são chamados de empenho excedente (anulação parcial) e empenho incorreto ou de
objeto não cumprido (anulação total).
Parte da Doutrina ainda classifica/divide o empenho em função das fases a que se refe-
rem: licitação ou sua dispensa, autorização e formalização.
Lembrando que licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar,
entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aqui-
sição de bem ou serviço, enquanto a autorização é a permissão dada por autoridade compe-
tente para a realização da despesa e a formalização é a dedução do valor da despesa, feita
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2.4. Liquidação
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Assim, a liquidação visa verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para
extinguir a obrigação, sendo realizada no SIAFI, por meio da Nota de Lançamento - NL, nos
casos de despesas federais. Além disso, é na fase de liquidação que é cobrada a prestação
dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma,
o pagamento sem o implemento de condição.
Errado.
Na verdade, para que a despesa seja paga é necessário que tenha sido empenhada e liquida-
da. Confira essa condição no MCASP, com grifos nossos:
“4.4.2.4. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens
de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa”.
2.5. Pagamento
O pagamento é o terceiro e último estágio execução da despesa. Regulado no artigo 64
da Lei 4.320/64, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga”.
Importante gravar que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado
após sua regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor,
no estágio da liquidação.
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Em regra, o pagamento deve ser realizado via de ordem bancária, precedida da autoriza-
ção do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI,
mediante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida.
De acordo com a definição da lei 4.320/1964:
Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as
indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no
edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.
Um ponto que merece destaque diz respeito à reposição de valores pagos indevidamente,
no mesmo exercício financeiro, que deve ser procedida à conta bancária da Unidade Gestora
de origem, usando-se a Guia de Recebimento. Caso a reposição ocorra em outro exercício
financeiro, no caso da União deve-se usar o DARF, a crédito do Tesouro Nacional.
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Errado.
PEGADINHA DA BANCA
O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra “liqui-
dada”, quando deveria ser paga! Veja a reprodução abaixo do artigo 64 da Lei 4.320/64, com
grifos nossos:
“A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, determinando que a des-
pesa seja paga”.
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Basicamente, podemos dizer que as despesas orçamentárias são aquelas que PRECISAM
estar previstas na LOA ou nas Leis de Créditos Adicionais e que financiam o funcionamento
dos serviços públicos. Guarde que a sua realização depende de autorização legislativa.
Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos
adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa e obedecendo
aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em de-
corrência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do Passivo
em decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir o regime
da competência.
São despesas extra orçamentárias aquelas que não constam na LOA ou nas leis de Cré-
ditos Adicionais, tendo em vista o seu caráter transitório. Em suma, a sua realização não se
vincula à execução do orçamento.
Em outras palavras, são aquelas despesas não presentes no orçamento ou nas leis de
créditos adicionais, correspondendo à devolução de recursos transitórios que foram obtidos
como receitas extraorçamentárias que pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Nessa toada, contabilmente falando, constituem despesas extra orçamentárias a redução
do Ativo em decorrência da desincorporação de bens e direitos e o aumento do passivo em
decorrência do surgimento de obrigações, ambas independentes da execução orçamentária.
Em suma, são, na verdade, restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título de re-
ceitas extra orçamentárias.
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Enquanto o pagamento do principal das operações de crédito por antecipação de receita or-
çamentária é despesa extraorçamentária, o pagamento da parte relativas aos encargos re-
ferentes a tais despesas é despesa orçamentária classificada no elemento de despesa “25
- Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.
Errado.
Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na
situação líquida patrimonial em:
Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
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Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não re-
duz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.
DICA
A grande dica aqui é que, no geral, a despesa orçamentária
efetiva é despesa corrente, mas pode haver despesa corrente
não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição
de materiais para estoque e a despesa com adiantamentos,
que representam fatos permutativos, embora sejam despesas
correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem despesas
de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação patrimo-
nial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas de
capital.
Guarde:
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Certo.
A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Tam-
bém chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
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• Administração Indireta
− Autarquias
− Fundações Públicas
− Empresas Públicas
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é
o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades
Orçamentárias, às quais caberá a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser
ra administrativa, como Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir apenas em
uma classificação para agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”, “Reserva
de Contingência”, etc.
Guarde ainda que na classificação institucional, a nível federal, são Órgãos: Presidência
da República e Ministérios, Câmara dos Deputados, Senado Federal e TCU, STF, STJ, Justiça
Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho e a Justiça do Distrito
Importante destacar também que além das subdivisões de cada Órgão, são também Uni-
dades Orçamentárias os chamados órgãos autônomos, as autarquias, as fundações públicas,
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O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois pri-
meiros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.
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Certo.
Sim, a assertiva conceituou corretamente a classificação funcional da despesa. Vamos apro-
veitar a oportunidade para dar uma lida, com grifos nossos, no que diz o MCASP - Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público sobre esse assunto:
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
O Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023 (Lei 13.971/2020) apresenta 4
(quatro) pilares em sua construção, quais sejam: simplificação metodológica; realismo fiscal;
integração entre planejamento e avaliação; e, visão estratégica e foco em resultados.
Conforme a figura abaixo, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende 3 dimensões:
1) a Dimensão Estratégica, composta pelos eixos da Estratégia Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social (Endes), as diretrizes do PPA e os Temas;
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tamente aos novos programas. Portanto, o produto de uma ação, como resultado, deve visar
a concretização/realização dos objetivos pretendidos nos programas.
O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do objetivo e o
cumprimento da meta geral estabelecida para um programa finalístico, mensurada por um
indicador de resultado.
Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos pro-
gramas do novo PPA, a metodologia visa contribuir para um adequado desenho dos progra-
mas, o que posteriormente auxilia na avaliação das políticas públicas na medida em que iden-
tifica claramente os objetivos e resultados esperados do programa, bem como os indicadores
de resultado.
A ação orçamentária representa operação da qual resultam produtos (bens ou serviços)
que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito
de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pesso-
as físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros,
e os financiamentos.
A Atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e perma-
nente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplo: ação 4339 - Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.
O Projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um
produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Exemplo:
ação 7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO.
A Operação Especial é usada para despesas que não contribuem para a manutenção, ex-
pansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não
geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. Destaque-se que as opera-
ções especiais têm como característica não retratar a atividade produtiva no âmbito federal,
podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou serviços à sociedade, quando
caracterizada por transferências a outros entes.
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Guarde que, por sua vez, o Plano Orçamentário - PO é, nas palavras do MTO, uma identifi-
cação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamen-
tária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompa-
nhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do
subtítulo (localizador de gasto) da ação. O código do PO é uma identificação alfanumérica de
quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação qualita-
tiva e programação quantitativa. Vamos conhece-los e diferenciá-los.
Programação qualitativa - o programa de trabalho define qualitativamente a programação
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que carac-
terizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos
de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional,
Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.
Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira. A programação
física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta física, que correspon-
de à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, se for o caso, num
determinado período e instituída para cada ano. Já a programação financeira define o que
adquirir e com quais recursos, por meio da natureza da despesa, identificador de uso, fonte de
recursos, identificador de operações de crédito, identificador de resultado primário, dotação
e justificativa.
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Pela LEI 4320/64, as despesas correntes são divididas em despesas de custeio e transfe-
em seus artigos 12 e 13, mas atualmente, em regra, devemos seguir o Anexo II da Portaria
Interministerial SOF/STN 163/2001. Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 6º dessa
Portaria, “Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo,
Nessa pegada, o conjunto de informações que formam o código é conhecido como clas-
sificação por natureza de despesa e informa a Categoria econômica, o Grupo a que pertence,
DICA
Guarde o mnemônico: C-G-MM-EE-DD ou CGMED!
por categoria econômica, por grupo de despesa, por modalidade de aplicação e pelo elemento
de despesa.
Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica a
despesa.
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Importante saber que a classificação por natureza de despesa é obrigatória para todos os
entes da federação e tem por finalidade a obtenção de informações macroeconômicas sobre
os efeitos dos gastos do setor público na economia e o controle gerencial do gasto. Guarde
ainda que o conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária for-
ma um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de apli-
cação e o elemento. Também, compõe o código o sub elemento que é facultativo.
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Registre-se que o 5º nível, desdobramento facultativo ou sub elemento deve ser aplicado
de acordo com a necessidades cada Ente em termos de escrituração contábil e controle da
execução orçamentária.
Errado.
Na verdade, o Elemento de Despesa identifica o objeto do gasto e o Desdobramento do Ele-
mento de Despesa é Facultativo, conforme necessidades de escrituração contábil e controle
da execução orçamentária.
No que diz respeito à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas
como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as re-
servas do RPPS – Regime Próprio de Previdência Social e as reservas de contingência serão
identificadas como grupo “9”, todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para
abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será
classificada nos respectivos grupos.
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A Lei n. 4.320/64, em seu artigo 12, instituiu a classificação das despesas segundo sua
categoria econômica, que é dividida em duas categorias: Despesa Corrente e Despesa de
Capital.
As Despesas Correntes são as que não contribuem diretamente para a formação ou aqui-
sição de um bem de capital. São, portanto, as que contribuem para a manutenção das ativi-
dades.
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Certo.
Confira a classificação da despesa pública quanto à categoria econômica diretamente no
MCASP, com grifos nossos:
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Saiba que o PIB - Produto Interno Bruto se refere ao valor agregado de todos os bens e
serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da na-
cionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e ser-
viços finais dessa economia.
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No caso de uma inversão financeira, como, por exemplo, a aquisição de um prédio já pron-
to (usado) para a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alteran-
do o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens e, gerando
acréscimos ao PIB. Veja, por exemplo, a construção de um novo prédio para abrigar um órgão
público, que é uma despesa de capital - investimento, incrementou o PIB ao agregar valor a
um bem que não existia (prédio novo).
Letra d.
Caro(a) aluno(a), a despesa correspondente à aquisição de equipamentos novos necessários
à execução de determinada obra, deve ser classificada como investimento, pois se enquadra
na definição legal desse tipo de gasto: “despesas com softwares e com o planejamento e a
execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realiza-
ção destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente”.
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DICA
A classificação por GND diverge daquela por Grupo de Despe-
sa utilizada nas leis de orçamento.
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Não confunda “amortização de dívida” com “amortização de empréstimos”, que é uma das
origens das receitas de capital. Guarde que o grupo “amortização da dívida” deve ser clas-
sificado na categoria econômica das despesas de capital. Guarde ainda que o grupo “juros
e encargos da dívida” deve ser classificado na categoria econômica de despesas correntes.
Importante saber que a classificação por modalidade de aplicação serve para possibilitar
a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
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o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se ser-
ve a administração pública para a consecução dos seus fins.
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Por sua vez, de acordo com o previsto o artigo 12 da Lei 4.320/64, a estrutura de agru-
pamento está um pouco diferente da estrutura atual, mas não está errado, já que a estrutura
atual está apenas um pouco mais detalhada.
Se numa eventual questão de prova o examinador pedir para você julgar a seguinte asser-
tiva: “de acordo com a lei n. 4.320/64, as despesas correntes têm como grupo despesas de
custeio e transferências correntes”, você pode marcar a questão como correta!
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gundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
dotações para amortização da dívida pública”.
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da des-
pesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte
esquema:
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Essa diferenciação aparece na literalidade do artigo 12 da LEI 4.320/64, sendo que esse
dispositivo legal não foi revogado. Entretanto, no MTO, essa diferenciação NÃO É APRESEN-
TADA. Confira no trecho extraído do MTO com grifos nossos:
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Errado.
Na verdade, a Lei 4.320/64 determina que a dotação para a constituição de instituição bancá-
ria seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:
O artigo 15 da lei n. 4.320/1964, diz que a despesa na lei do orçamento será detalhada até
o nível elemento e seu §2º traz o requisito para classificação de material permanente como
duração superior a dois anos:
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços,
obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração su-
perior a dois anos.
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Note que de acordo com a LEI 4320/64, a Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-
-se-á no mínimo por elementos (artigo 15), sendo por elementos o desdobramento da des-
pesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração
pública para consecução dos seus fins. Mas, de modo distinto, pela Portaria 163/2001, na
LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria
econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação.
DICA
Em uma questão de prova fique atento ao comando da ques-
tão. Se citar a legislação, responda conforme acima. Se não
citar, qualquer das duas situações estão corretas.
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes
e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e
composto de:
I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
II – demonstrativos da execução das:
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação ini-
cial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.
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A portaria 163/2001 regulou o uso da classificação por natureza para elaboração e con-
trole dos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federal. Veja:
Observe abaixo que no artigo 5º dessa portaria, a exigência maior de detalhamento é para
a execução do orçamento. Lembre-se que para a elaboração do orçamento, ou seja, para a
LOA, consta apenas a exigência de classificação por grupo e modalidade (a e b).
Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º, a estrutura da natureza da despesa a ser observada
na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:
a) ’c’ representa a categoria econômica;
b) ‘g’ o grupo de natureza da despesa;
c) ’mm’ a modalidade de aplicação;
d) ’ee’ o elemento de despesa; e
e) ’dd’ o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
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As despesas públicas são distribuídas por região, estados e municípios. Há casos em que
as despesas são especificadas até em bairros de cidades, mas essa localização não faz parte
da classificação regional.
A classificação regional consiste em instrumento que visa possibilitar a verificação do
atendimento ao dispositivo constitucional que determina o uso das leis orçamentárias, com-
patibilizadas com o Plano Plurianual - PPA, para reduzir as desigualdades inter-regionais
segundo o critério populacional.
Para evitar confusão entre Municípios com o mesmo nome, mas em Estados diferentes,
cada Municípios recebe um código de identificação composto de cinco dígitos, que é forneci-
do pelo IBGE no início de cada processo orçamentário no Congresso Nacional.
A LRF, também conhecida por nós como Lei Complementar n. 101, de 2000 (Lei de Res-
continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo nor-
mativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a
dois exercícios”.
um requisito introduzido pela LRF, para assegurar que não haverá a criação de nova despesa
(§ 3º do art. 17 da LRF).
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vada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obriga-
ção legal de sua execução por um período superior a dois exercícios (caput do art. 17 da LRF).
Podem ser Ordinárias, aquelas despesas perenes e que possuem característica de conti-
nuidade, pois se repetem em todos os exercícios, como as despesas com pessoal, encargos,
etc. ou Extraordinárias, aquelas que não integram sempre o orçamento, pois são despesas de
Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Públi-
co;
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A classificação por código do IDUSO, embora pouco presente em provas de concursos pú-
blicos, serve para completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se
a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos, doações ou des-
tinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
As classificações por IDUSO são as seguintes:
0 Recursos não destinados à contrapartida.
1 Contrapartida de empréstimos do BIRD2.
2 Contrapartida de empréstimos do BID3.
3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo.
4 Contrapartida de outros empréstimos.
5 Contrapartida de doações.
6 Recursos não destinados à contrapartida, para identificação dos recursos destinados à
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde.
Já a classificação por IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou opera-
ções de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de
recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados
com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respec-
tiva operação de crédito, enquanto que para as contrapartidas de doações serão utilizados o
IDUSO 5 e o respectivo IDOC.
4. Precatórios
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4.1. Introdução
Amigo(a), é fundamental ter logo em mente que o diferencial entre a execução contra um
particular e a execução contra a Fazenda é facilmente observado tendo como parâmetro as-
pectos como a impenhorabilidade de bens públicos e a tramitação constitucional dos preca-
tórios (que é o nosso foco).
Importante destacar que o principal fato que marcou o regime de precatórios foi sua ele-
vação ao status constitucional com o advento da Constituição de 1934, tendo surgido a partir
desse momento importantes inovações com o fito de regular o pagamento das dívidas oriun-
das de decisões transitadas em julgado.
Tendo sua gênese na Constituição de 1934, o mesmo tornou-se um artifício legal usado
para contornar a impenhorabilidade dos bens públicos.
De lá para cá, o ordenamento jurídico evoluiu em aspectos como a transparência (exigên-
cia do respeito à ordem cronológica), a imposição de sanções como o sequestro, a interven-
ção, o poder liberatório, a responsabilização dos agentes em crimes de responsabilidade, etc.
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Seguindo a evolução histórica dos precatórios, seu atual perfil constitucional, constante
no artigo 100 da nossa CF/88, foi atualizado principalmente pelas Emendas Constitucionais
n. 62/2009 e n. 94/2016, e também relevantes decisões do STF. Temos também o artigo 67
da Lei 4.320/64.
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O instituto do precatório traz certa controvérsia no tocante sua natureza, por se tratar de
ato praticado por membro do Poder Judiciário, que nesse caso exerce funções eminentemen-
te administrativas, sem nenhuma carga decisória. Em verdade, não há caráter de ato judicial,
existindo apenas mera comunicação interna ao Poder Executivo, por intermédio de ato do
Poder Judiciário.
Nessa pegada, trata-se o precatório de ato administrativo, não contendo carga decisória,
não podendo ser classificado como ato legislativo, porquanto não fixe norma de ordem geral.
Além disso, apesar de ser uma expedição na seara do Judiciário, o requisitório corres-
ponde a ato não judicial, mesmo porque ocorre posteriormente ao término da fase judicial do
processo de execução contra a Fazenda Pública.
Conclui-se, caro colega, que o precatório, muito embora seja ato praticado pelo Poder Ju-
diciário, tem natureza jurídica de ato administrativo, sendo perfeitamente possível que qual-
quer um dos Poderes pratique atos que não correspondam a suas funções precípuas.
Importante destacar logo de início que, a impessoalidade deve imperar, ou seja, os paga-
mentos dos precatórios devem ser feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresen-
tação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou
de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. Essa
condição de impessoalidade já prevista na Lei 4.320/64, e foi reforçada na CF/88.
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Os denominados Requisitórios de Pequeno valor -RPV foram abordados pela primeira vez
pela Emenda Constitucional n.. 20, de 15 de dezembro de 1998, que segundo o parágrafo 3º
do artigo 100, não se aplicaria o regime de precatório aos pagamentos de obrigações defini-
das em lei como de pequeno valor, as quais a Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal
fosse parte, exigindo-se da mesma forma sentença judicial transitada em julgado.
A Emenda Constitucional número 30 acrescentou o § 5º ao artigo 100 da Constituição
Federal, o qual previu a possibilidade de fixação de valores diferentes para se determinar pe-
queno valor para União, Estados e Municípios, respeitando as diferentes capacidades de cada
o § 5º, acrescentado pela Emenda Constitucional n.. 30/2000 expõe “[...] a lei poderá fixar [...]”,
sendo necessário que lei discipline o que é obrigação de pequeno valor. Entretanto, tal lei não
fora editada no momento oportuno, e, durante um longo período, tal normativa ficou latente.
Apenas com a promulgação da Lei n. 10.099/2000, a qual alterou a Lei n.. 8.213/1991
valor”, atribuindo como tal às obrigações de natureza previdenciária que não excedessem R$
Posteriormente com o advento da lei que instituiu os Juizados Especiais da Justiça Fe-
deral – Lei n.. 10.259/2000 passou-se a usar o limite estabelecido para competência dos
Juizados Especiais Federais, ou seja, 60 salários mínimos, seguindo para tanto o disposto na
Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão,
o pagamento será efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisição, por
ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica
Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório. [...]
§ 2º Desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará o sequestro do numerário suficiente ao
cumprimento da decisão.
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pequeno valor e fixou parâmetro distinto para os entes da administração pública, conforme
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Assim, cabe a cada ente fixar por leis próprias o valor a ser considerado como de pequeno
valor, observando-se o mínimo estipulado como o valor do maior benefício do regime geral de
previdência social.
Muito embora os créditos de pequeno valor não se prendam à sistemática dos precató-
rios estes devem da mesma forma obedecer a uma ordem cronológica própria deles, ou seja,
existe um controle da ordem cronológica de apresentação das condenações consideradas
pequeno valor, sob pena de sequestro da quantia necessária para o pagamento de débito
preterido.
Dessa forma, as obrigações oriundas das requisições de pequeno valor, deverão ser pa-
gas pela Fazenda Pública em qualquer época do ano, no prazo de 60 (sessenta) dias contados
a partir do recebimento da requisição sob pena de sequestro, dispensando-se assim o prazo
constitucional para o pagamento dos precatórios que prevê a obrigatoriedade de inclusão no
orçamento, para pagamento até o final do exercício seguinte.
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Têm natureza alimentar, e, portanto, devem ser pagos de uma única vez, devidamente
atualizados, independentemente de ordem cronológica, os créditos relativos a vencimentos
de funcionário público, objeto de execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, apo-
sentadoria e pensões dos servidores, bem como os benefícios acidentários e previdenciários.
Na CF/88, o artigo 100, § 1º – A, definiu o que seria o crédito de natureza alimentar englo-
bando dentre os créditos de natureza alimentícia os salários, vencimentos, proventos, pen-
sões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou inva-
lidez fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado.
A doutrina discute se o rol do § 1º - A é apenas exemplificativo podendo outros créditos,
considerados de natureza alimentícia, se beneficiar da precedência sobre os demais.
Alguns Doutrinadores entendem que estão inclusos nesses créditos os decorrentes de:
a) relações trabalhistas;
Porém, esse entendimento não é pacífico na Doutrina, gerando inúmeras discussões acer-
taxativo, já que trata de uma exceção que retira os créditos mencionados no dispositivo da
ordem cronológica dos precatórios de natureza comum, não havendo, portanto, como aplicar
a interpretação extensiva.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o entendimento da Súmula editada pelo Supremo Tribunal Federal existe
tão somente uma simples preferência de pagamento dos precatórios alimentares. Veja
o que determina a Súmula do 655 do STF:
Súmula n. 655: A exceção prevista no art. 100, “caput”, da Constituição, em favor dos
créditos de natureza alimentícia, não dispensa a expedição de precatório, limitando-se
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trouxe dentro do quadro de preferência para os precatórios de natureza alimentar outra ex-
cepcionalidade, a precedência dos precatórios a credores que na data de sua expedição pos-
suíam 60 anos de idade ou mais ou sejam portadores de doença grave. Veja inclusive no
Por exclusão, não sendo os créditos contra a Fazenda Pública de caráter alimentar e nem
enquadrado nos limites atualmente tomados como parâmetro para caracterizar como requi-
sições de pequeno valor, estamos falando do crédito conhecido como de natureza não-ali-
mentar também chamados de “de outras espécies”, termo utilizado pelo departamento com-
petente da entidade pública responsável pela expedição do ofício requisitório que é a peça
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JURISPRUDÊNCIA
Os honorários advocatícios são verbas de natureza alimentar.
JURISPRUDÊNCIA
Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos conselhos de fis-
calização não se submetem ao regime de precatórios. O STF manifestou entendimento
no sentido de que não é possível incluir os Conselhos (Conselho fiscalizador – e fisca-
lizador, no caso, profissional), como por Fazenda Pública. Assim, não há como aplicar o
artigo 100 da CF/88 a eles.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF, os privilégios da Fazenda Pública NÃO são extensíveis às socie-
dades de economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que
tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. Assim, tais empresas não
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Vamos agora comentar e reproduzir os principais aspectos relativos à disciplina dos pre-
com impacto significativo nos efeitos de cada um deles, quando for o caso.
Os principais aspectos relacionados aos precatórios na CF/88 estão regulados pelo artigo
100 da CF/88, sendo alguns deles já comentados. Abaixo reproduzo-o, sublinhando e grifan-
do em negrito os trechos mais importantes para você e apresentando questões de prova que
cobraram praticamente o conhecimento da literalidade do artigo 100 da CF/88, intercalan-
do-o com as respectivas decisões do STF, sendo que algumas delas tem impacto direto na
constitucionalidade da norma.
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Munici-
pais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apre-
sentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimen-
tos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por
morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial tran-
sitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre
aqueles referidos no § 2º deste artigo.
A decisão do STF relativa as ADIs 4.425, 4.400, 4.372 e 4.357 teve impacto nos parágrafos 2º,
9º, 10º, 12º e 15º do artigo 100 e no artigo 97 do ADCT (parágrafo 1º, inciso II e parágrafo 16º).
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JURISPRUDÊNCIA
O STF entendeu ser inconstitucional a EC 62/2009, mas considerando a existência de
pagamentos já realizados e ainda em curso pelas regras dessa EC 62/2009, a Suprema
Corte decidiu pela manutenção da vigência do regime especial por 5 exercícios financei-
ros a contar a partir de 01/01/2016, ou seja, esse prazo acaba em 01/01/2021.
O STF decidiu ainda que durante esse período ficam mantidas a vinculação de percentuais míni-
mos de RCL – Receita Corrente Líquida ao pagamento de precatórios, nos termos do artigo 97, pa-
rágrafo 10, do ADCT, bem como as sanções para o caso de não liberação tempestiva dos recursos
destinados ao pagamento de precatórios, conforme o mesmo dispositivo.
A decisão do STF foi no sentido de que o parágrafo 2º ofendeu o princípio da isonomia, já que
limitou a preferência do pagamento de precatórios alimentares aos titulares com 60 anos ou
mais na data da expedição do precatório.
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JURISPRUDÊNCIA
O STF, por meio da Súmula Vinculante 17, determina que durante o período previsto no
§ 1º do art. 100 da Constituição (atualmente é o § 5º), não incidem juros de mora sobre
os precatórios que nele fossem pagos. Assim, não temos incidência de Juros de Mora
sobre precatórios apresentados até 1º de julho e pagos até o final do exercício seguinte.
JURISPRUDÊNCIA
De acordo o STF, aplicando a tese de repercussão geral, o precatório é um certificado de
que o Estado se mostrou inadimplente e que não há um período, antes de que seja cum-
prida a dívida, que o Estado perde essa qualificação, devendo, sim, o credor ser compen-
sado pela demora.
Em suma, para o STF devem incidir juros da mora entre a data da realização dos cálculos
e a data da requisição de pequeno valor ou do precatório.
De acordo com o STF, entre a data de realização dos cálculos e a data de requisição de pe-
queno valor ou do precatório deve incidir juros de mora, mas a partir da sua apresentação até
o dia 01 de julho, fazendo-se o pagamento até o final do ano, não deve incidir juros de mora.
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JURISPRUDÊNCIA
De acordo com o STF, os atos praticados por Presidentes de Tribu-
nais no tocante ao processamento e pagamento de precatório judicial têm
natureza administrativa, ou seja, em termos de precatórios não praticam atos jurisdicio-
nais.
Os parágrafos 9º e 10º foram julgados inconstitucionais pelo STF, que vedou a compensação
unilateral dos débitos da Fazenda Pública inscritos em precatórios ou em requisição de pe-
queno valor.
JURISPRUDÊNCIA
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§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entre-
ga de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado.
O parágrafo 12º foi julgado inconstitucional pelo STF! Na verdade, foi uma inconstitucionali-
dade parcial, especificamente da expressão “independentemente da sua natureza”.
JURISPRUDÊNCIA
A atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o
índice oficial de remuneração da caderneta de poupança viola o direito fundamental de
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propriedade (CF, art. 5º, XXII), na medida em que é manifestamente incapaz de preservar
o valor real do crédito de que é titular o cidadão.
(...) A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em
precatórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o prin-
cípio constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput) ao incidir sobre débitos estatais de
natureza tributária, pela discriminação em detrimento da parte processual privada que,
salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora tributária à
taxa de 1% ao mês em favor do Estado (art. 161, § 1º, CTN). Declaração de inconstitucio-
nalidade parcial sem redução da expressão “independentemente de sua natureza”, con-
tida no art. 100, § 12, da CF, incluído pela EC 62/2009, para determinar que, quanto aos
precatórios de natureza tributária, sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes
sobre todo e qualquer crédito tributário (ADI 4.425, rel. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgamento
em 14-3-2013, Plenário, DJE de 19-12- 2013).
JURISPRUDÊNCIA
Inconstitucionalidade parcial de “independentemente de sua natureza”
Aos precatórios de natureza tributária, devem ser aplicados os mesmos juros de mora
incidentes sobre todo e qualquer crédito tributário.
Confere-se eficácia prospectiva à declaração de inconstitucionalidade dos seguintes
aspectos da ADI, fixando como marco inicial a data de conclusão do julgamento da pre-
sente questão de ordem (25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos
ou pagos até esta data, a saber:
(i) fica mantida a aplicação do índice oficial de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), nos termos da EC 62/2009, até 25.03.2015, data após a qual (a) os cré-
ditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
Especial (IPCA-E); e os precatórios tributários deverão observar os mesmos critérios
pelos quais a Fazenda Pública corrige seus créditos tributários; e
(ii) ficam resguardados os precatórios expedidos, no âmbito da administração pública
federal, com base nos arts. 27 das Leis 12.919/13 e 13.080/15, que fixam o IPCA-E como
índice de correção monetária (ADI 4.425 Questão de Ordem, rel. min. Luiz Fux, j. 25-3-
2015, P, DJE de 4-8-2015).
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, in-
dependentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos
§§ 2º e 3º.
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§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
O parágrafo 15º foi julgado inconstitucional pelo STF, que entendeu que o regime “especial”
de pagamento de precatórios para Estados e Municípios, ao veicular nova moratória na qui-
tação dos débitos judiciais da Fazenda Pública e ao impor o contingenciamento de recursos
para esse fim, viola diversos postulados constitucionais.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá
estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal
e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação.
JURISPRUDÊNCIA
“O regime ‘especial’ de pagamento de precatórios para Estados e Municí-
pios criado pela EC 62/2009, ao veicular nova moratória na quitação dos débi-
tos judiciais da Fazenda Pública e ao impor o contingenciamento de recur-
sos para esse fim, viola a cláusula constitucional do Estado de Direito (CF, art.
1º, caput), o princípio da Separação de Poderes (CF, art. 2º), o postulado da isonomia (CF,
art. 5º), a garantia do acesso à justiça e a efetividade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º,
XXXV), o direito adquirido e à coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI).” (ADI 4.425, rel. p/ o ac.
Min. Luiz Fux, julgamento em 14-3-2013, Plenário, DJE de 19-12-2013).
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de preca-
tórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base
anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento de
precatórios e obrigações de pequeno valor.
DICA
Destaque-se que a Emenda Constitucional n. 94/2016 acres-
centou o conceito de Receita Corrente Líquida oriundo da LRF
ao § 17 do artigo 100 da CF/88. Guarde que esse conceito
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§ 18. Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das
receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da
Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente an-
terior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas:
I – na União, as parcelas entregues aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios por determi-
nação constitucional;
II – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
III – na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para
custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compen-
sação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal
§ 19. Caso o montante total de débitos decorrentes de condenações judiciais em precatórios e
obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do comprome-
timento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a par-
cela que exceder esse percentual poderá ser financiada, excetuada dos limites de endividamento
de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limites
de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a vedação de vinculação de
receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal.
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a 15% (quinze por cento) do montante dos precató-
rios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cento) do valor deste precatório
serão pagos até o final do exercício seguinte e o restante em parcelas iguais nos cinco exercícios
subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos,
perante Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta
por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não penda recurso ou
defesa judicial e que sejam observados os requisitos definidos na regulamentação editada pelo
ente federado.
O Ato das Disposições Constitucionais transitórias – ADCT tem natureza de norma cons-
titucional, contendo regras para assegurar a harmonia da transição do regime constitucional
anterior (1969) para o novo regime (1988), além de estabelecer regras de caráter meramente
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transitório, relacionadas com essa mudança, cuja eficácia jurídica é exaurida assim que ocor-
re a situação prevista.
Importante destacar que uma grande inovação advinda da Emenda Constitucional n. 62
foi a nova redação do art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que dentre
tantas inovações instituiu nova sistemática para o pagamento dos precatórios dos Estados,
o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional,
estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações dire-
ta e indireta, inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído
pela referida Emenda. Abaixo, comentamos e reproduzimos alguns desses dispositivos.
Art. 97. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição
Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda
Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas adminis-
trações direta e indireta, inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial
instituído por este artigo, farão esses pagamentos de acordo com as normas a seguir estabeleci-
das, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º,
9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data
de promulgação desta Emenda Constitucional.
O §1º desse artigo detalha como os Estados, DF e Municípios devem fazer a sua opção,
enquanto o §2º regula como devem ser saldados os precatórios vencidos e a vencer por parte
desses entes e o §3º define o que a Receita Líquida.
Por sua vez, o §4º do art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias dispõe
que os valores apurados serão devidamente depositados em contas especiais para paga-
mento de precatórios pelo regime especial serão administradas pelo Tribunal de Justiça local.
No §5º desse dispositivo é determinado que os recursos depositados nas contas espe-
ciais de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo não poderão retornar para Estados, Distrito
Federal e Municípios devedores.
A alteração constitucional traz todo procedimento a ser adotado e prevê ainda uma divi-
são que delimita percentuais mínimos de pagamento dos créditos, assim tem-se:
§ 6º Pelo menos 50% (cinquenta por cento) dos recursos de que tratam os §§ 1º e 2º deste artigo
serão utilizados para pagamento de precatórios em ordem cronológica de apresentação, respei-
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tadas as preferências definidas no § 1º, para os requisitórios do mesmo ano e no § 2º do art. 100,
para requisitórios de todos os anos.
§ 7º Nos casos em que não se possa estabelecer a precedência cronológica entre 2 (dois) preca-
tórios, pagar-se-á primeiramente o precatório de menor valor.
§ 8º A aplicação dos recursos restantes dependerá de opção a ser exercida por Estados, Distrito
Federal e Municípios devedores, por ato do Poder Executivo, obedecendo à seguinte forma, que
poderá ser aplicada isoladamente ou simultaneamente:
I – destinados ao pagamento dos precatórios por meio do leilão;
II – destinados a pagamento a vista de precatórios não quitados na forma do § 6º e do inciso I, em
ordem única e crescente de valor por precatório;
III – destinados a pagamento por acordo direto com os credores, na forma estabelecida por lei
própria da entidade devedora, que poderá prever criação e forma de funcionamento de câmara de
conciliação.
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lidade esteja suspensa nos termos da legislação, ou que já tenham sido objeto de abatimento nos
termos do § 9º do art. 100 da Constituição Federal;
III – ocorrerão por meio de oferta pública a todos os credores habilitados pelo respectivo ente fe-
derativo devedor;
IV – considerarão automaticamente habilitado o credor que satisfaça o que consta no inciso II;
V – serão realizados tantas vezes quanto necessário em função do valor
disponível;
VI – a competição por parcela do valor total ocorrerá a critério do credor, com deságio sobre o valor
desta;
VII – ocorrerão na modalidade deságio, associado ao maior volume ofertado cumulado ou não com
o maior percentual de deságio, pelo maior percentual de deságio, podendo ser fixado valor máximo
por credor, ou por outro critério a ser definido em edital;
VIII – o mecanismo de formação de preço constará nos editais publicados para cada leilão;
IX – a quitação parcial dos precatórios será homologada pelo respectivo
Tribunal que o expediu.
Registre-se que, quando do julgamento das ADIs 4.425, 4.400, 4.372 e 4.357 o STF também
julgou inconstitucionais parte do artigo 97 do ADCT (parágrafo 1º, inciso II e parágrafo 16º).
JURISPRUDÊNCIA
O STF decidiu que são inconstitucionais os meios de pagamento via leilão, em ordem
única e crescente de valor via acordo direto, em virtude de violarem os princípios da
impessoalidade e da moralidade, além de obstar o direito à execução da sentença judi-
cial transitada em julgado.
A EC 94/2016 Introduziu os artigos 101 a 105 do ADCT com o objetivo de adequar as dis-
posições relativas aos precatórios à Decisão do STF sobre a validade do regime criado pela
EC 62/2009. Vale a pena dar uma lida.
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Art. 101. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, em 25 de março de 2015, se encontra-
vam em mora no pagamento de seus precatórios quitarão, até 31 de dezembro de 2024, seus débi-
tos vencidos e os que vencerão dentro desse período, atualizados pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), ou por outro índice que venha a substituí-lo, depositando
mensalmente em conta especial do Tribunal de Justiça local, sob única e exclusiva administração
deste, 1/12 (um doze avos) do valor calculado percentualmente sobre suas receitas correntes lí-
quidas apuradas no segundo mês anterior ao mês de pagamento, em percentual suficiente para a
quitação de seus débitos e, ainda que variável, nunca inferior, em cada exercício, ao percentual pra-
ticado na data da entrada em vigor do regime especial a que se refere este artigo, em conformidade
com plano de pagamento a ser anualmente apresentado ao Tribunal de Justiça local. (Redação
dada pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
§ 1º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este artigo, o somatório
das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de contribuições e de serviços, de
transferências correntes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da
Constituição Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediatamente an-
terior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas:
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
I – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
II – nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio
de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação fi-
nanceira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 94, de 2016)
§ 2º O débito de precatórios será pago com recursos orçamentários próprios provenientes das
fontes de receita corrente líquida referidas no § 1º deste artigo e, adicionalmente, poderão ser
utilizados recursos dos seguintes instrumentos: (Redação dada pela Emenda constitucional n. 99,
de 2017)
I – até 75% (setenta e cinco por cento) dos depósitos judiciais e dos depósitos administrativos
em dinheiro referentes a processos judiciais ou administrativos, tributários ou não tributários, nos
quais sejam parte os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, e as respectivas autarquias,
fundações e empresas estatais dependentes, mediante a instituição de fundo garantidor em mon-
tante equivalente a 1/3 (um terço) dos recursos levantados, constituído pela parcela restante dos
depósitos judiciais e remunerado pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia (Selic) para títulos federais, nunca inferior aos índices e critérios aplicados aos depósitos
levantados; (Redação dada pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
II – até 30% (trinta por cento) dos demais depósitos judiciais da localidade sob jurisdição do res-
pectivo Tribunal de Justiça, mediante a instituição de fundo garantidor em montante equivalente
aos recursos levantados, constituído pela parcela restante dos depósitos judiciais e remunerado
pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais,
nunca inferior aos índices e critérios aplicados aos depósitos levantados, destinando-se: (Redação
dada pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
a) no caso do Distrito Federal, 100% (cem por cento) desses recursos ao próprio Distrito Federal;
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
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b) no caso dos Estados, 50% (cinquenta por cento) desses recursos ao próprio Estado e 50% (cin-
quenta por cento) aos respectivos Municípios, conforme a circunscrição judiciária onde estão
depositados os recursos, e, se houver mais de um Município na mesma circunscrição judiciária,
os recursos serão rateados entre os Municípios concorrentes, proporcionalmente às respectivas
populações, utilizado como referência o último levantamento censitário ou a mais recente estima-
tiva populacional da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (Redação dada
pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
III – empréstimos, excetuados para esse fim os limites de endividamento de que tratam os incisos
VI e VII do caput do art. 52 da Constituição Federal e quaisquer outros limites de endividamento
previstos em lei, não se aplicando a esses empréstimos a vedação de vinculação de receita previs-
ta no inciso IV do caput do art. 167 da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda constitu-
cional n. 99, de 2017)
IV – a totalidade dos depósitos em precatórios e requisições diretas de pagamento de obrigações
de pequeno valor efetuados até 31 de dezembro de 2009 e ainda não levantados, com o cancela-
mento dos respectivos requisitórios e a baixa das obrigações, assegurada a revalidação dos re-
quisitórios pelos juízos dos processos perante os Tribunais, a requerimento dos credores e após a
oitiva da entidade devedora, mantidas a posição de ordem cronológica original e a remuneração de
todo o período. (Incluído pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
§ 3º Os recursos adicionais previstos nos incisos I, II e IV do § 2º deste artigo serão transferidos
diretamente pela instituição financeira depositária para a conta especial referida no caput deste ar-
tigo, sob única e exclusiva administração do Tribunal de Justiça local, e essa transferência deverá
ser realizada em até sessenta dias contados a partir da entrada em vigor deste parágrafo, sob pena
de responsabilização pessoal do dirigente da instituição financeira por improbidade. (Incluído pela
Emenda constitucional n. 99, de 2017)
§ 4º No prazo de até seis meses contados da entrada em vigor do regime especial a que se refere
este artigo, a União, diretamente, ou por intermédio das instituições financeiras oficiais sob seu
controle, disponibilizará aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como às respec-
tivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes, linha de crédito especial para pa-
gamento dos precatórios submetidos ao regime especial de pagamento de que trata este artigo,
observadas as seguintes condições: (Incluído pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
I – no financiamento dos saldos remanescentes de precatórios a pagar a que se refere este pa-
rágrafo serão adotados os índices e critérios de atualização que incidem sobre o pagamento de
precatórios, nos termos do § 12 do art. 100 da Constituição Federal; (Incluído pela Emenda cons-
titucional n. 99, de 2017)
II – o financiamento dos saldos remanescentes de precatórios a pagar a que se refere este pará-
grafo será feito em parcelas mensais suficientes à satisfação da dívida assim constituída; (Incluído
pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
III – o valor de cada parcela a que se refere o inciso II deste parágrafo será calculado percen-
tualmente sobre a receita corrente líquida, respectivamente, do Estado, do Distrito Federal e do
Município, no segundo mês anterior ao pagamento, em percentual equivalente à média do com-
prometimento percentual mensal de 2012 até o final do período referido no caput deste artigo,
considerados para esse fim somente os recursos próprios de cada ente da Federação aplicados no
pagamento de precatórios; (Incluído pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
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IV – nos empréstimos a que se refere este parágrafo não se aplicam os limites de endividamento de
que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 52 da Constituição Federal e quaisquer outros limites
de endividamento previstos em lei. (Incluído pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
Art. 102. Enquanto viger o regime especial previsto nesta Emenda Constitucional, pelo menos 50%
(cinquenta por cento) dos recursos que, nos termos do art. 101 deste Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias, forem destinados ao pagamento dos precatórios em mora serão utilizados
no pagamento segundo a ordem cronológica de apresentação, respeitadas as preferências dos
créditos alimentares, e, nessas, as relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência, nos termos
do § 2º do art. 100 da Constituição Federal, sobre todos os demais créditos de todos os anos. (In-
cluído pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
§ 1º A aplicação dos recursos remanescentes, por opção a ser exercida por Estados, Distrito Fe-
deral e Municípios, por ato do respectivo Poder Executivo, observada a ordem de preferência dos
credores, poderá ser destinada ao pagamento mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares
de Conciliação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do cré-
dito atualizado, desde que em relação ao crédito não penda recurso ou defesa judicial e que sejam
observados os requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente federado. (Numerado do
parágrafo único pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
§ 2º Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, as preferências relativas à idade, ao estado de saúde e à deficiência serão atendi-
das até o valor equivalente ao quíntuplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º do art. 100
da Constituição Federal, admitido o fracionamento para essa finalidade, e o restante será pago
em ordem cronológica de apresentação do precatório. (Incluído pela Emenda constitucional n. 99,
de 2017)
Art. 103. Enquanto os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estiverem efetuando o pagamen-
to da parcela mensal devida como previsto no caput do art. 101 deste Ato das Disposições Cons-
titucionais Transitórias, nem eles, nem as respectivas autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes poderão sofrer sequestro de valores, exceto no caso de não liberação tempestiva dos
recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
Parágrafo único. Na vigência do regime especial previsto no art. 101 deste Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, ficam vedadas desapropriações pelos Estados, pelo Distrito Federal
e pelos Municípios, cujos estoques de precatórios ainda pendentes de pagamento, incluídos os
precatórios a pagar de suas entidades da administração indireta, sejam superiores a 70% (setenta
por cento) das respectivas receitas correntes líquidas, excetuadas as desapropriações para fins de
necessidade pública nas áreas de saúde, educação, segurança pública, transporte público, sanea-
mento básico e habitação de interesse social. (Incluído pela Emenda constitucional n. 99, de 2017)
Art. 104. Se os recursos referidos no art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias para o pagamento de precatórios não forem tempestivamente liberados, no todo ou em parte:
(Incluído pela Emenda Constitucional n. 94, de 2016)
I – o Presidente do Tribunal de Justiça local determinará o sequestro, até o limite do valor não
liberado, das contas do ente federado inadimplente; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 94,
de 2016)
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RESUMO
1 – Conceito de Despesa Pública
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Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diá-
rias, etc.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320, de 17/03/64, a liqui-
dação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do art. 64 da
Lei 4.320/64 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga.
Despesas Orçamentárias
As despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previstas na lei orçamentária
anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua realização depende de
autorização legislativa.
Despesas Extra orçamentárias
São despesas extra orçamentárias as que não podem ser previstas na lei orçamentária
anual e têm caráter transitório. Sua realização não se vincula à execução orçamentária.
Classificação quanto à efetividade / afetação patrimonial
Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situ-
ação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não re-
duz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.
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A Lei n. 4.320/64, em seu art. 15, estabelece o princípio da descriminação que exige que
as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elemen-
tos como
“o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se
serve a administração pública para a consecução dos seus fins”.
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Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital”
Esquema:
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MAPA MENTAL
Pela forma de ingresso ou presença no Despesa Extraorçamentária
orçamento
Conceito Despesa Orçamentária
Quanto à efetividade/ afetação patrimonial
Institucional ou departamental
FIXAÇÃO
Funcional
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a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A identificação da localização do gasto público na estrutura programática é feita por meio do
subtítulo.
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d) A despesa de custeio engloba os gastos públicos com o pagamento dos juros e encargos
da dívida pública e sua amortização.
e) A liquidação da despesa pública é o pagamento mediante a apresentação de nota que cer-
tifica a prestação do serviço ou a entrega do produto.
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Gastos com passagens e despesas com locomoção para fins de fiscalização de obra pública
em andamento são despesas correntes do grupo pessoal e encargos sociais, sujeitas aos li-
ria para um fim específico e deve ser assinado pelo ordenador da despesa.
despesas públicas.
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autori-
a) funcional.
b) por modalidade.
d) por esfera.
e) institucional.
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Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que a tabela poderá ser corrigida
mediante a
a) reclassificação da amortização de empréstimos como despesa corrente.
b) reclassificação da aquisição de materiais de consumo como despesa de capital.
c) reclassificação da dívida ativa tributária como receita de capital e a reclassificação da re-
ceita imobiliária como receita corrente.
d) revisão dos valores de despesas de capital, que não podem suplantar as receitas de mesma
classificação.
e) reclassificação da aquisição de softwares como despesa de capital e a reclassificação da
receita imobiliária como receita corrente.
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Questão 38 (CESPE/PF/DELEGADO/2018)
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GABARITO
1. C 28. E
2. e 29. C
3. E 30. e
4. E 31. E
5. C 32. C
6. E 33. C
7. e 34. C
8. d 35. C
9. c 36. E
10. a 37. E
11. E 38. C
12. e 39. E
13. E 40. a
14. E 41. C
15. E 42. E
16. C 43. C
17. C 44. E
18. E 45. C
19. E 46. E
20. C 47. C
21. E 48. C
22. a 49. E
23. C
24. E
25. C
26. C
27. E
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no plane-
jamento e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A identificação da localização do gasto público na estrutura programática é feita por meio do
subtítulo.
Certo.
Essa é inclusive a orientação do MTO. Confira com grifos nossos:
SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados es-
pecialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por
conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas. A adequada loca-
lização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas
públicas adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governa-
mental.
Letra e.
De acordo com a Lei n. 4.320, artigo 12, §5º, classificam-se como inversões financeiras:
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Na verdade, o Plano Orçamentário não consta na LOA - Lei Orçamentária Anual.
Errado.
Na verdade, de acordo com a Portaria 42/1999, enquanto os programas que represen-
tam os produtos finais da ação governamental, as funções correspondem ao maior nível de
agregação das áreas que competem ao setor público.
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Certo.
Sim, é um dos objetivos da estrutura da programação orçamentária atender às necessidades
de informação das organizações privadas, da sociedade em geral e de outros interessados.
Veja o que diz o MTO acerca desse aspecto do orçamento, com grifos nossos:
Errado.
Na verdade, a Lei 4.320/64 determina que a dotação para a constituição de instituição bancá-
ria seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Letra e.
Normalmente a doutrina considera a existência de 4 fases/etapas para realizar uma despesa
seguindo a seguinte sequência: fixação, empenho, liquidação e pagamento. O diferencial des-
sa questão foi exigir que o candidato soubesse que a etapa da programação financeira ocorre
entre a fixação e o empenho. Importante destacar que a programação financeira também é
conhecida como “pré-empenho”, ou seja, juntamente com a fixação ainda fazem parte do
planejamento da despesa.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Letra d.
Uma despesa para ser classificada como “Operação Especial” não deve contribuir para a ma-
nutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não devem resultar
um produto, além de não gerar contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. De-
ve-se ressaltar ainda que esse tipo de despesa apesar de constar no LOA não integra o PPA.
Se enquadram como Operação Especial despesas como amortizações de encargos da dívida,
transferências, aposentadorias e pensões, subvenções econômicas e subsídios, transferên-
cias governamentais e financiamentos.
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Letra c.
Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:
I – Errado. Já que trouxe o conceito de Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Esta-
do. Confira no MTO – MANUAL TÉCNICO DO ORÇAMENTO, com grifos nossos:
- Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens
e serviços à sociedade;- Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que ex-
pressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamen-
tal.
III – Certo e de acordo com a classificação funcional, a função reflete a competência insti-
tucional do órgão e representa o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do
setor público. Confira no MTO, com grifos nossos:
A função [tabela no item 8.2.2.] pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas
áreas de atuação do setor público.
IV – Errado. Pois trouxe o conceito de Projeto. Confira tais conceitos diretamente no MTO
2018, com grifos nossos:
5.5.2.1. ATIVIDADE
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um pro-
duto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
5.5.2.2. PROJETO
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a ex-
pansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Letra a.
a) Verdade, já que subvenções são aquelas transferências destinadas a cobrir despesas de
custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como em subvenções sociais, as que se
destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalida-
de lucrativa, e subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas
de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
b) Errada, pois o prévio empenho não é dispensável, já que o suprimento de fundos é um re-
gime especial de execução da despesa orçamentária que precisa cumprir os estágios da
despesa pública: empenho, liquidação e pagamento, sendo, em regra, vedada a realização da
despesa sem o empenho prévio.
c) Errada, pois o empenho é “um ato emanado de autoridade competente que cria para o Es-
tado obrigação de pagamento pendente “ou não” de implemento de condição”.
d) Errada, já que a amortização da dívida pública é uma despesa de capital.
e) Errada, já que liquidação e pagamento são etapas distintas da execução da despesa.
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Letra e.
Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Errado.
Na situação em tela, em que o valor do empenho original é insuficiente, faz-se necessário um
empenho de reforço para complementar o valor inicial e não a anulação do empenho.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Na verdade, a amortização da dívida é um grupo de natureza de despesa diferente do grupo
de natureza da despesa Investimentos. Confira abaixo:
Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Amortização da Dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da
atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Certo.
Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas se acordo
com a Lei 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que
foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição
poderá estar concluído ou não.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Guarde que a Lei 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, inde-
pendentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pa-
gamento sem o implemento de condição.
Certo.
Aproveite para revisar:
GND das despesas correntes
Pessoal e Encargos Sociais: despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionis-
tas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros
de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos
sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabele-
ce o caput do art. 18 da LRF.
Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros en-
cargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública
mobiliária.
Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de
diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio- transporte, além de outras
despesas da categoria econômica “despesas correntes” não classificáveis nos demais gru-
pos de natureza de despesa.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Na verdade, as despesas indenizatórias, como passagens e gastos com locomoção não se
enquadram como despesas com pessoal, sendo classificadas no Grupo de Natureza de Des-
pesa 3 – Outras Despesas Correntes.
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Assertiva errada, pois a banca colocou ao seu final a expressão “previstos na legislação em
vigor”. E isso não é verdade!
A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme pre-
visto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Certo.
Observe que o CESPE considerou que o empenho é o primeiro estágio da despesa pública!
Guarde a ideia também de que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca,
das dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao
resgate do débito.
Errado.
PEGADINHA DA BANCA
O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra “liqui-
dada”, quando deveria ser paga!
Veja a reprodução abaixo do artigo 64 da Lei 4.320/64, com grifos nossos:
A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, determinando que a des-
pesa seja paga.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Letra a.
O tipo de classificação da despesa pública que define as áreas específicas de atuação para a
ação governamental denomina-se classificação Funcional ou funcional programática.
A estrutura da classificação programática centrada no gerenciamento interministerial de pro-
gramas, sendo o Programa o instrumento de organização da ação governamental visando à
concretização dos objetivos pretendidos e o elo de ligação entre o planejamento estatal, cujo
detalhamento da despesa vai até o nível de programa, e o orçamento anual, cujo detalhamen-
to se inicia no nível de programa.
Certo.
A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Moda-
lidade de Aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados direta-
mente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da
Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação
da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
É justamente o inverso. O examinador quis pegar os apressados e desatentos. Veja abaixo
como reescrever a assertiva corretamente.
A classificação orçamentária da receita influencia a destinação do recurso arrecadado, ou
seja, a segregação permite que a contabilidade separe a receita que é vinculada (contribui-
ções) da que não é vinculada (impostos).
Certo.
Questão está de acordo com o art. 6º da Portaria Interministerial STN/SOF n. 163/2001.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Agora veja o que diz o MCASP que se posiciona de acordo com a portaria:
A aprovação e a alteração da lei orçamentária elaborada até o nível de elemento de despesa poderá
ser mais burocrática e, consequentemente, menos eficiente, pois exige esforços de planejamento
em um nível de detalhe que nem sempre será possível ser mantido. Por exemplo, se um ente tivesse
no seu orçamento um gasto previsto no elemento 39 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Ju-
rídica e pudesse realizar esse serviço com uma pessoa física, por um preço inferior, uma alteração
orçamentária por meio de lei demandaria tempo e esforço de vários órgãos, o que poderia levar
em alguns casos, a contratação de um serviço mais caro. No entanto, sob o enfoque de resultado,
pouco deve interessar para a sociedade a forma em que foi contratado o serviço, se com pessoa
física ou jurídica, mas se o objetivo do gasto foi alcançado de modo eficiente.
Observa-se que a identificação, nas leis orçamentárias, das funções, sub funções, programas, pro-
jetos, atividades e operações especiais, em conjunto com a classificação do crédito orçamentário
por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação, atende ao
princípio da especificação. Por meio dessa classificação, evidencia-se como a Administração Pú-
blica está efetuando os gastos para atingir determinados fins.
Mas cuidado com o comando da questão, se falar em lei 4.320/1964 veja se tem opção com
elemento, caso contrário opte pela orientação do MCASP.
Lembre-se que além da identificação quanto à natureza, há que se identificar as ações em
termos de funções, sub funções, programas, projetos, atividades e operações especiais:
Certo.
A LRF em seu artigo 8º, parágrafo único, reforça essa ideia. Veja:
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclu-
sivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.
Seguindo as diretrizes da LDO, a classificação por fontes serve para detalhar os recursos le-
galmente vinculados às finalidades específicas, que devem ser usados para atender ao objeto
de sua vinculação.
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DIREITO FINANCEIRO
Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Pegadinha da BANCA
Na verdade, o primeiro passo para a classificação de determinada despesa pública é identifi-
car se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extra orçamentário. Depois de vencida
essa etapa é que vamos para a identificação da categoria econômica.
Errado.
Errada, pois a assertiva está incompleta, já que na liquidação da despesa é verificada a corre-
ção da execução do contrato pelo fornecedor e essa verificação tem por fim apurar a origem e
o objeto do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a impor-
tância, para extinguir a obrigação.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Certo.
A classificação institucional faz parte da programação qualitativa da despesa, sendo identifi-
cado nela “quem é o responsável por fazer”.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que a tabela poderá ser corrigida
mediante a
a) reclassificação da amortização de empréstimos como despesa corrente.
b) reclassificação da aquisição de materiais de consumo como despesa de capital.
c) reclassificação da dívida ativa tributária como receita de capital e a reclassificação da re-
ceita imobiliária como receita corrente.
d) revisão dos valores de despesas de capital, que não podem suplantar as receitas de mesma
classificação.
e) reclassificação da aquisição de softwares como despesa de capital e a reclassificação da
receita imobiliária como receita corrente.
Letra e.
Note que a aquisição de softwares deve ser reclassificada para despesa de capital, e, da mes-
ma forma, a receita imobiliária deve ser reclassificada para receita corrente. Confira os res-
pectivos trechos no MCASP, com grifos nossos:
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Errado.
Amigo(a), os gastos com material de consumo, auxílio-alimentação e auxílio-transporte po-
dem sim ser classificadas no grupo “outras despesas correntes”, mas os gastos com Veículos
para uso são classificados no grupo investimentos como uma despesa de capital, e não no
grupo outras despesas correntes.
Certo.
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no art. 58
da Lei n. 4.320/64:
“o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição”.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações or-
çamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito,
logo não deve haver registro de obrigação no passivo da entidade, no momento da emissão
da nota de empenho.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Certo.
As funções representam ações desenvolvidas pelo Governo, direta ou indiretamente, reunidas
em seus grupos maiores, através das quais o governo procura alcançar seus objetivos nacio-
nais, sendo desdobradas em sub funções.
Certo.
A Classificação Institucional da Despesa ordena as despesas de acordo com o ente político
competente à sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Dis-
trito Federal e Municipal, relacionando os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades
orçamentárias.
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é o
titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades Or-
çamentárias, às quais caberá a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser exe-
cutada pelo órgão setorial de controle interno.
Guarde que uma Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao mes-
mo órgão ou repartição para a qual serão consignadas dotações próprias.
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Certo.
Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situ-
ação líquida patrimonial em:
Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz a
situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também cha-
mada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.
O MACETE aqui é que, no geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente, mas pode
haver despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de ma-
teriais para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos permutativos,
embora sejam despesas correntes. Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de
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Despesa Pública
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capital, mas existem despesas de capital que são efetivas como as transferências de capital,
que causam variação patrimonial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva,
embora sejam despesas de capital.
Errado.
PEGADINHA DA BANCA
O CESPE foi muito maldoso nessa questão! A assertiva inicia afirmando que o MPU vai cons-
truir uma nova sede e que essa despesa é um investimento/despesa de capital. Até aqui be-
leza! Mas, depois a assertiva diz que os equipamentos para o funcionamento das novas ins-
talações serão classificados como despesas correntes. OPA! Aqui está errado, já que gastos
com equipamentos são classificados como Investimentos/despesas de capital!
Errado.
Apesar de a destinação de recursos do orçamento para a constituição ou aumento do capital
de empresas que visem a objetivos comerciais, incluindo-se operações bancárias ou de se-
guros ser realmente uma despesa de capital, o seu Grupo de Natureza da despesa é Inversão
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Despesa Pública
Manuel Piñon
Questão 38 (CESPE/PF/DELEGADO/2018)
Certo.
Com base nos artigos 12 e 13 da Lei n. 4.320/64, a classificação das Despesas Orçamentárias,
a seguir listamos as despesas de capital, fazendo a indicação dos valores conforme tabela
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Despesa Pública
Manuel Piñon
da questão. Note que, com exceção das despesas com obras públicas e com amortização de
dívida, todas as demais despesas listadas são despesas correntes.
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras Públicas = 3.000
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais
ou Agrícolas
INVERSÕES FINANCEIRAS
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
Amortização da Dívida Pública = 3.000
Auxílios para Obras Públicas
Auxílios para Equipamentos e Instalações
Auxílios para Inversões Financeiras
Outras Contribuições.
TOTAL = 6.000
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Manuel Piñon
Errado.
Na verdade, o credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a ter-
ceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o
disposto nos já citados §§ 2º (preferência para maiores de 60 anos ou com doenças graves) e
3º (obrigações definidas em lei como de pequeno valor). No entanto, a cessão de precatórios
somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal
de origem e à entidade devedora.
Letra a.
Como dizia Arnaldo, “a regra é clara”!
Para sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados
até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte.
Assim, no caso em tela, apresentada o precatório até 01/07/2016, o valor será pago até
31/12/2017.
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Manuel Piñon
Certo.
Confira no parágrafo 5º do artigo 100 da CF/88. Confira, com grifos nossos:
Errado.
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Manuel Piñon
Assertiva errada, já que não existe essa possibilidade. O artigo 100 da nossa CF/88, em seu
§ 5º deixa claríssimo que é obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito pú-
blico, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas
em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o
pagamento até o final do exercício seguinte, sem aceitar exceções para isso!
Certo.
O precatório, muito embora seja ato praticado pelo Poder Judiciário, tem natureza jurídica de
ato administrativo, não tendo assim natureza jurisdicional.
Errado.
Assertiva errada e totalmente oposta ao que nos diz o § 13 do artigo 100 da CF/88. Veja ...
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, inde-
pendentemente da concordância do devedor ...
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Certo.
Assertiva correta, praticamente literal com o § 7º do artigo 100 de nossa CF/88. Releia-o:
“§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar
frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá,
também, perante o Conselho Nacional de Justiça”.
Errado.
Assertiva errada por estar em desacordo com o § 1º do artigo 100 da CF/88, já que esse
normativo deixa claro que os débitos de natureza alimentícia serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º desse artigo.
Certo.
Assertiva correta, já que está plenamente de acordo com o caput e com o § 6º do artigo 100
de nossa CF/88.
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Manuel Piñon
Certo.
Assertiva do tipo “cara crachá” com o que diz o artigo 60 da Lei 4.320/64 abaixo reproduzido
com grifos nossos:
Errado.
De acordo com a classificação programática, existem três tipos de ações. Note que a asser-
tiva conceituou a atividade e não o projeto. Vamos ver as definições do MCASP, com grifos
nossos:
“a. Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Moni-
toramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
b. Projeto
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 –Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.
4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.
Espero que tenha gostado da aula! Se gostou marque as estrelas e, se não gostou de algo,
comente e nos ajude a melhorar! Como diria Mark Twain:
“Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou de fazer.
Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra”.
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Manuel Piñon
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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