Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
AFO
Despesa Pública – Parte I
Sumário
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Então vamos fazer nossa parte e criar o nosso futuro. Acredite! Acreditar já é meio cami-
nho andado... o resto é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula.
Prof. Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para
investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos
públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletivi-
dade prevista no orçamento.
A aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a cargo do governo.
Nessa toada, a Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos rea-
lizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para
a realização de investimentos.
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento
público, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.
Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a despesa é parte do orçamento, e, assim,
compõe a distribuição e emprego dos recursos públicos para custeio e investimento em dife-
rentes setores da administração governamental.
No âmbito contábil-financeiro, a despesa pública nada mais é do que a aplicação de recur-
sos monetários na realização de gastos efetivos (aqueles que geram decréscimo no patrimô-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
nio público) ou por mutação patrimonial (aqueles que tem efeito permutativo, pela entrada de
um bem ou valor patrimonial).
Do ponto de vista político-institucional, a despesa pública é, por seu turno, a realização de
gastos na implementação de políticas públicas e no cumprimento das finalidades inerentes à
existência do Estado.
Quando analisada em sob a ótica econômica, a despesa é o gasto é uma parcela dos agre-
gados que expressam a atividade econômica nacional.
Dessa forma, podemos sintetizar esse quadro dizendo que a despesa orçamentária é toda
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orça-
mentária, para ser efetivada.
Já o chamado dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na LOA - Lei Orça-
mentária Anual, e compreende certas saídas de numerário oriundas de depósitos, pagamen-
tos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita ou ainda de
recursos transitórios.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Assim, na maior parte do nosso curso estudamos o enfoque orçamentário, como as clas-
sificações da despesas e receitas orçamentárias.
Entretanto, a própria Lei n. 4.320/1964 reconhece o enfoque patrimonial para contabili-
dade pública, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da Contabilidade), no
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
qual se determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam elas indepen-
dentes ou resultantes da execução orçamentária.
Lembre-se de que em relação à Receita, no enfoque patrimonial, o seu objetivo é o de
evidenciar o impacto no patrimônio de transações realizadas mesmo que ainda os valores não
tenham sido embolsados pela Administração Pública. Assim, basicamente deve ser registrada
uma eventual variação patrimonial aumentativa, independentemente da execução orçamentá-
ria, em função do fato gerador, observando-se os princípios da competência e da oportunida-
de. Tenha em mente que a receita deve ser reconhecida mesmo que o valor ainda não tenha
sido efetivamente recebido.
Já para a Despesa, no enfoque patrimonial a ideia é registrar a variação patrimonial diminu-
tiva em função do fato gerador da despesa, que é um decréscimo nos benefícios econômicos
durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos ou incremento
em passivos, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido.
DICA
A despesa sob o enfoque patrimonial sempre gera diminuição
do Patrimônio líquido do ente, não se confundindo, assim, com
a despesa sob a ótica orçamentária.
Note, por exemplo, que uma despesa de capital relativa à amortização de um empréstimo
obtido não é considerada despesa sob a ótica patrimonial.
EXEMPLO
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque patri-
monial, temos a apropriação de um direito ao seguro. No enfoque orçamentário, a despesa
será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, ao final desse exercício,
por meio do empenho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A Lei n. 4.320/1964 manda que as receitas sejam reconhecidas quando arrecadadas (entrada
no caixa), ou seja, manda usar o regime de caixa para as receitas. No regime de caixa, a con-
tabilização ocorre no momento da entrada ou saída do numerário do caixa
Para as despesas, a Lei n. 4.320/1964 manda que sejam reconhecidas quando empenhadas
(fato gerador), ou seja, pelo regime de competência. No regime de competência, a contabili-
zação ocorre no momento do fato gerador, independentemente da entrada ou saída de caixa.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Planejamento
Ordinário
Empenho Global
Estimativa
Execução Lei n. 4.320/1964
Liquidação
Pagamento
Controle e avaliação
Permitida a reprodução total ou parcial desta
publicação desde que citada a fonte.
2.2. Planejamento
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação (ou programação
da despesa orçamentária), a descentralização e movimentação de créditos, a programação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Execução
Entrega de bens
Contrato Empenho
e/ou serviços
Execução
Pagamento e
Liquidação Retenção
recolhimento
Assertiva errada, pois a banca colocou ao seu final a expressão “previstos na legislação em
vigor”. E isso não é verdade.
A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme pre-
visto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Errado.
Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem entre
os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação e apenas para aquelas as
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
despesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em vista a sua nature-
za de imprevisibilidade e urgência não passa pela fase da programação.
Veja a relação entre as etapas e a legislação suporte na figura seguinte:
LOA Lei n. 8.666/1993 Lei n. 4.320/1964
Entrega
Organização das Escolha da me- Identificação
Origem e objeto do numerário
estimativas lhor proposta do credor
ao credor
Conversão
Importância
da proposta Isonomia Autorização Autorização
exata a ser paga
em orçamento
Programação Certificação
Publicidade Formalização Formalização
da despesa do credor
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Planejamento ou
Execução
pré-empenho
Fixação da despesa
Empenho
Descentralização
dos créditos Liquidação
Programação
orçamentária e Pagamento
financeira
Licitação e
contratação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Note que a fixação da despesa tem como correspondente a etapa de previsão da receita
ainda durante o processo de elaboração da LOA e lembre-se de que o processo da fixação da
despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo por meio da
LOA - Lei Orçamentária Anual, ressalvadas, claro, as eventuais aberturas de créditos adicionais
no decorrer da vigência do orçamento.
O PULO DO GATO
A fixação, etapa inerente ao Planejamento (programação) da Despesa, está presente na Dou-
trina e no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO, mas não na legisla-
ção vigente.
Sem dúvida, inicialmente a despesa deve ser fixada na LOA (autorização orçamentária) confor-
me disposto no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO:
A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano e ações
governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/
movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo de licitação e
contratação.
Depois, temos a execução financeira da despesa pública, com os estágios previstos. Confi-
ra no MCASP:
4.4.2. Execução
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n. 4.320/1964:
empenho, liquidação e pagamento.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O PULO DO GATO
Enquanto parte da Doutrina entende “pré-empenho” como sendo sinônimo de toda a etapa de
planejamento, outra parte da Doutrina entende a sistemática do “pré-empenho”, como sen-
do uma etapa específica que antecede os estágios da execução da despesa, e que funcio-
na como uma espécie de reserva de dotação orçamentária, ocorrendo após o recebimento
do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a realização da despesa, de
modo a “cobrir” o lapso de tempo inerente a todo o processo licitatório de contratação dos
respectivos bens e serviços a que se referem os gastos, servindo para “guardar” o crédito até
o final da licitação.
PPA
LDO LOA
• Fase entendida
Ordinário
pela Doutrina
• Autorização dada Global
pelo Poder
Por estimativa
Legislativo ao
Poder Executivo
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
2.3.1. Empenho
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele legalmente empenhadas.
Sim, eu sei que você está se empenhando muito nesse curso, mas vamos ver para fins de
Finanças Públicas o que vem a ser o empenho de uma despesa pública:
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no art.
58 da Lei n. 4.320/1964:
O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Despesa Pública
Estágios da Despesa
Guarde que, nos casos de despesas relativas a contratos ou convênios de vigência pluria-
nual, deve-se as empenhar em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido
exercício.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Aluno(a), tenha em mente que o empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode
ser ordinário, global ou por estimativa.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas normais com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global é aquele que serve para aquelas despesas com montante previa-
mente conhecido, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com
aluguéis, prestação de serviços, salários etc.
Assertiva do tipo “cara-crachá” com o que diz o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964 a seguir repro-
duzido com grifos nossos:
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
São gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
É importante destacar que, ao final de cada exercício, o empenho deve ser totalmente
anulado caso ainda não tenha sido liquidado, exceto para aqueles que se enquadrarem nas
condições previstas para inscrição em Restos a Pagar.
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o em-
penho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respec-
tiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.
O empenho serve, na verdade, para reservar parte dos créditos disponíveis, em consonância
com o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964, que veda a realização de despesa sem prévio empenho.
Em outras palavras, após a realização do empenho, o montante correspondente da dota-
ção necessário para fazer face à despesa fica protegido, evitando-se, assim, que, depois de
executado o contrato, não haja recursos financeiros para o pagamento do bem ou serviço
prestado à Administração Pública.
É importante destacar que o empenho da despesa não pode exceder o limite dos créditos
concedidos, ou seja, as despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orça-
mentários iniciais e dos créditos orçamentários adicionais, em consonância com o cronogra-
ma de desembolso da unidade gestora, devidamente aprovado.
Guarde também que o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orça-
mentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem cor-
respondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.
Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas se acordo
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que
foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição
poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, in-
dependentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pa-
gamento sem o implemento de condição.
Certo.
O Decreto n. 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja contem-
porâneo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de empenho, mas nunca
o empenho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo necessário
uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor original inicial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
2.3.2. Liquidação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
De acordo com a Doutrina existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o empe-
nho e a liquidação propriamente dita. Ocorre por exemplo quando se recebe a nota fiscal, mas
demora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamente
recebido. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Em
Empenho Liquidação Pagamento
liquidação
Na verdade, para que a despesa seja paga é necessário que tenha sido empenhada e liquidada.
Confira essa condição no MCASP, com grifos nossos:
4.4.2.4. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens
de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
Errado.
2.3.3. Pagamento
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
É importante gravar que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado
após sua regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor, no
estágio da liquidação.
Em regra, o pagamento deve ser realizado via de ordem bancária, precedida da autorização
do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI, me-
diante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida. Em outros termos, equivale
à assinatura do gestor público determinando o pagamento.
Tecnicamente falando, a ordem bancária - OB é o documento do SIAFI utilizado para o pa-
gamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento
de fundos.
O Decreto n. 93.872/1986 determina, em seu artigo 38 que:
Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as in-
dispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no
edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.
Um ponto que merece destaque diz respeito à reposição de valores pagos indevidamente,
no mesmo exercício financeiro, que deve ser procedida à conta bancária da Unidade Gestora
de origem, usando-se a Guia de Recebimento. Caso a reposição ocorra em outro exercício fi-
nanceiro, no caso da União deve-se usar o DARF, a crédito do Tesouro Nacional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autori-
dade competente determina que a despesa seja liquidada.
PEGADINHA DA BANCA
O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra “liqui-
dada”, quando deveria ser paga. Veja a reprodução a seguir do artigo 64 da Lei n. 4.320/1964,
com grifos nossos:
A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, determinando que a des-
pesa seja paga.
Errado.
O PULO DO GATO
Somente as despesas orçamentárias são objeto de classificação, ou seja, as despesas extra-
orçamentárias nem classificadas são.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
forma, penso que que os termos “forma de ingresso” seja o mais adequado para utilizar no que
diz respeito ao critério aplicado nessa classificação.
Basicamente, podemos dizer que as despesas orçamentárias são aquelas que PRECISAM
estar previstas na LOA ou nas Leis de Créditos Adicionais e que financiam o funcionamento
dos serviços públicos. Guarde que a sua realização depende de autorização legislativa.
Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos
adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa e obedecendo
aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em decor-
rência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do Passivo em
decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir o regime da
competência.
O PULO DO GATO
A partir da classificação da despesa em orçamentária é que vem todas as demais classifica-
ções, ou seja, as despesas extra orçamentárias não são objeto de outras classificações.
Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.
São despesas extraorçamentárias aquelas que não constam na LOA ou nas leis de Cré-
ditos Adicionais, tendo em vista o seu caráter transitório. Em suma, a sua realização não se
vincula à execução do orçamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Em outras palavras, são aquelas despesas não presentes no orçamento ou nas leis de
créditos adicionais, correspondendo à devolução de recursos transitórios que foram obtidos
como receitas extraorçamentárias que pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Nessa toada, contabilmente falando, constituem despesas extra orçamentárias a redução
do Ativo em decorrência da desincorporação de bens e direitos e o aumento do passivo em de-
corrência do surgimento de obrigações, ambas independentes da execução orçamentária. Em
suma, são, na verdade, restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título de receitas
extra orçamentárias.
I – As despesas extraorçamentárias constituem-se em saídas do ativo e do passivo finan-
ceiro do Estado.
PORQUE
II – As despesas extraorçamentárias são mera devolução dos valores cuja entrada no ativo
financeiro do Estado se deu por meio de receitas extraorçamentárias.
Podemos citar as seguintes para exemplificar: devoluções de cauções, fianças, salários e
vencimentos não reclamados; pagamentos de restos a pagar, restituições a pagar e consigna-
ções em folha de pagamento.
O PULO DO GATO
Enquanto o pagamento do principal das operações de crédito por antecipação de receita orça-
mentária é despesa extraorçamentária, o pagamento da parte relativas aos encargos referen-
tes a tais despesas é despesa orçamentária classificada no elemento de despesa “25 - Encar-
gos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.
Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não re-
duz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.
DICA
A grande dica aqui é que, no geral, a despesa orçamentária
efetiva é despesa corrente, mas pode haver despesa corrente
não efetiva como a despesa com a aquisição de materiais para
estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fa-
tos permutativos, embora sejam despesas correntes.
Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem despe-
sas de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação patri-
monial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas
de capital.
Guarde:
DESPESA
ORÇAMENTÁRIA
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Certo.
Classificação Institucional
25 2 01
ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é o titu-
lar da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades Orçamen-
tárias, às quais caberão a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser executada
pelo órgão setorial de controle interno.
O PULO DO GATO
O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois primei-
ros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.
www.grancursosonline.com.br 32 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja di-
reta ou indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos nacionais.
De acordo com o MTO 2020:
A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do
setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como cultura, educação, saúde, defesa,
que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de
uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de
uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais,
aquela que está mais relacionada com a ação.
Atualmente temos 28 funções com códigos de dois dígitos, já que as funções são divididas
em sub funções. A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determina-
do subconjunto de despesas do setor público. Veja na tabela a seguir, a título exemplificativo,
parte das funções e subfunções extraídas do SIAFI:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Guarde que, enquanto o código das funções é composto por dois dígitos numéricos, o das
subfunções, por três dígitos, sem significado especial.
Destaca-se a função Encargos Especiais, que engloba as despesas que não podem ser as-
sociadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjun-
to de despesas do setor público.
De acordo com o MTO 2020:
A Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei
n. 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, sub função, programa, projeto, atividade,
operações especiais; e dá outras providências.
Vale registar ainda que, além da classificação funcional da mencionada Portaria n.
42/1999, temos ainda a classificação da execução orçamentária dos últimos exercícios finan-
ceiros segundo a classificação das Funções de Governo COFOG – Classification of Functions
of Government, que foi desenvolvida pela OCDE, para as despesas do governo central.
Registre-se que orçamento brasileiro com base na COFOG está disponível no Painel do
Orçamento Federal e compreende gastos do governo a partir de 2015.
Guarde que os dados contemplam apenas as despesas do governo central, envolvendo
todas as unidades orçamentárias inclusas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. As-
sim, o Orçamento de Investimento da Estatais não consta nessa classificação funcional.
A ideia é aumentar a transparência e a comparabilidade das despesas do governo brasi-
leiro com as despesas de outras nações.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Eixos estratégicos
Legenda
estratégica
Dimensão
Não
Tema LOA
orçamentário
Dimensão
indicador de
tática
Ação Plano
Produto
operacional
orçamentária orçamentário
Dimensão
Ação não
Produto
orçamentária
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O Programa Finalístico pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações orça-
mentárias e não orçamentárias suficientes para enfrentar um problema da sociedade com
definição de objetivos, metas e unidade responsável.
Em outras palavras, os programas finalísticos resultam em bens e serviços diretamente
prestados à sociedade.
O Programa de Gestão pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações orçamen-
tárias e não orçamentárias que não são passíveis de associação aos programas finalísticos,
ou seja, abrange ações de gestão governamental.
O PULO DO GATO
Registre-se que somente os programas finalísticos têm definidos unidade responsável, obje-
tivo, meta e indicador, ou seja, os programas de gestão não têm esses atributos.
DICA
No PPA somente temos os programas finalísticos e gestão,
mas na LOA temos os programas tipo operações especiais, já
que eles não integram o PPA.
Os programas são definidos e organizados no PPA, após a etapa de elaboração da “dimensão estra-
tégica” que define diretrizes, objetivos e metas.
Guarde que, para alcançar os objetivos estratégicos definidos no PPA toda a ação do gover-
no deve estar estruturada em programas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Os programas, por sua vez, nada mais são do que uma organização de ações, e, devemos
que destacar que são as execuções das ações que tornam um programa algo prático por meio
do alcance do seu objetivo e das suas metas, ou seja, as ações é que são executáveis.
O PULO DO GATO
Em suma, as ações são instrumentos de realização dos programas.
Nenhuma ação pode conter simultaneamente dotações destinadas a despesas financeiras e primá-
rias, ressalvada a reserva de contingência.
É importante registrar que na LOA uma ação orçamentária padronizada pode estar vincula-
da a mais de um objetivo e que as ações devem estar relacionadas às subfunções relativas à
finalidade do gasto, independente do ente público a que pertençam.
Nesse sentido, o MTO recomenda que quando do cadastro das ações, deve-se primeiro
identificar se ela é uma atividade, um projeto ou uma operação especial e, em seguida, faz-se
o registro das demais características das ações como título, tipo, descrição, base legal, produ-
to, unidade de medida etc.
Desse modo, precisamos agora conhecer os conceitos dos 3 tipos de ações: atividade,
projeto e operações especiais.
A Atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e perma-
nente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplos:
Despesas com manutenção, com atividades de fiscalização e monitoramento e campanhas
anuais de vacinação.
Ação 4339 - Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Pode-se dizer as ações do tipo projeto aumentam a produção pública e criam condições
para novas atividades ou que tratam de ações inéditas com prazo determinado.
Exemplos:
Construção de uma escola ou de um hospital.
Ação 7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO.
DICA
Cada projeto ou atividade, devidamente quantificada em sua
unidade de medida, somente pode ser associada a um único
produto, dando origem à respectiva meta.
A Operação Especial é usada para despesas que não contribuem para a manutenção, ex-
pansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não
geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.
Pense, por exemplo, em uma despesa com juros da dívida pública ou em uma despesa com
contribuição para organismos internacionais como a ONU. Essas despesas não contribuem
para a manutenção das ações do governo e não geram bens e serviços para a população
sendo, portanto, operações especiais.
Destaque-se que as operações especiais têm como característica não retratar a atividade
produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou ser-
viços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
Guarde que, por sua vez, o Plano Orçamentário - PO é, nas palavras do MTO, uma identifi-
cação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamen-
tária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompa-
nhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do
subtítulo (localizador de gasto) da ação. O código do PO é uma identificação alfanumérica de
quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação qualita-
tiva e programação quantitativa. Vamos conhecê-los e diferenciá-los.
Programação qualitativa - o programa de trabalho define qualitativamente a programação
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que carac-
terizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos
de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional,
Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
PROGRAMA
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR COM
AÇÃO: DESCRIÇÃO,FORMA DE A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
INFORMAÇÕES PRINCIPAIS DA AÇÃO PÚBLICA?
IMPLEMENTAÇÃO, PRODUTO, UNIDADE
DE MEDIDA E SUBTÍTULO
O QUE SERÁ DESENVOLVIMENTO PARA
ALCANÇAR O OBJETIVO DO PROGRAMA?
O QUE É FEITO? COMO É FEITO? O QUE
SERÁ PRODUZIDO OU PRESTADO? COMO
É MENSURADO? ONDE É FEITO? ONDE
ESTÁ O BENEFICIÁRIO DO GASTO?
O exemplo clássico é o da vacinação dos idosos contra a gripe, em que a meta é regionalizada
de acordo com o número de idosos de cada Estado, mesmo sendo uma campanha nacional e
as vacinas sejam compradas pelo Governo Federal.
Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natu-
reza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito,
identificador de resultado primário, dotação e justificativa.
DICA
É por meio da classificação quantitativa financeira que os re-
cursos correspondentes aos créditos orçamentários pretendi-
dos são inseridos na programação, com a especificação das
respectivas fontes de recursos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
ITEM DA ESTRUTURA
PERGUNTA A SER RESPONDIDA
GRUPO DE NATUREZA DE
EM QUAL CLASSE DE GASTO SERÁ
REALIZADA A DESPESA?
DESPESA(GND)
ELEMENTO DE DESPESA
QUAIS OS INSUMOS QUE SE PRETENDE
UTILIZAR OU ADQUIRIR?
IDENTIFICADOR DE USO (IDUSO)
IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE
DE ONDE VIRÃO OS RECURSOS PARA
OPERAÇÃO DE CRÉDITO (IDOC) REALIZAR A DESPESA?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Categoria Grupo de Natureza Modalidade de Elemento de
Subelemento
Econômica da Despesa Aplicação Despesa
3 1 90 11 00
DICA
Guarde o mnemônico: C-G-MM-EE-DD, CGMMEE ou CGMED.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica a
categoria econômica (3-corrente ou 4-capital), o segundo, o grupo de natureza de despesa
(1 a 6), o terceiro e quarto indicam a modalidade de aplicação e os dois últimos, o elemento
de despesa.
Memorize:
Com 6 dígitos (sem os desdobramentos dos subelementos
que são facultativos) C-G-MM-EE.
Com 8 dígitos (completo, com os subelementos) C-G-MM-EE-
-DD.
No que diz respeito ao Grupo de natureza de despesa – GND, podemos dizer que é um agre-
gador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
No que diz respeito à Modalidade de Aplicação, podemos dizer que, visando eliminar a
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, indica se os recursos serão
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orça-
mentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para enti-
dades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade
detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível
de Governo. Ressalte-se que a modalidade de Aplicação 90 é a mais utilizada, pois é a aplica-
ção direta do recurso público pelo próprio ente.
No que diz respeito ao Elemento de despesa, podemos dizer que tem por finalidade identifi-
car os objetos de gasto, enquanto o seu desdobramento facultativo visa atender necessidades
específicas de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
A título meramente exemplificativo, podemos mencionar o caso das despesas com aqui-
sição de material de consumo que tem a natureza da despesa classificada como 3.3.90.30.
São classificadas como “3 - Despesas Correntes”, no grupo de despesa “3 – Outras Des-
pesas Correntes”. Como essa despesa executada diretamente pela União, quanto à modali-
dade de aplicação é classificada “90 – Aplicações Diretas. Já o elemento de despesa no qual
devem ser registrados os gastos com aquisição de material de consumo é o “30 – Material
de Consumo”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O PULO DO GATO
É importante saber que a classificação por natureza de despesa é obrigatória para todos os
entes da federação e tem por finalidade a obtenção de informações macroeconômicas sobre
os efeitos dos gastos do setor público na economia e o controle gerencial do gasto. Guarde
ainda que o conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma
um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação
e o elemento. Também, compõe o código o sub elemento que é facultativo.
O PULO DO GATO
No que diz respeito à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas
como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as
reservas do RPPS – Regime Próprio de Previdência Social e as reservas de contingência serão
identificadas como grupo “9”, todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será
classificada nos respectivos grupos.
Errado.
O PULO DO GATO
As Despesas de Capital, ao contrário, contribuem diretamente para a formação ou aquisição
de um bem de capital, implicando em aumento patrimonial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os pa-
drões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pe-
los órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou
não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas cor-
rentes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas as dotações destinadas a co-
brir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros
alimentícios ou outros materiais e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a
produtores de determinados gêneros ou materiais.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins
lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial.
Despesas de Capital
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Saiba que o PIB - Produto Interno Bruto se refere ao valor agregado de todos os bens e
serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da na-
cionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e servi-
ços finais dessa economia.
No caso de uma inversão financeira, como a aquisição de um prédio já pronto (usado) para
a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alterando o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens e, gerando
acréscimos ao PIB.
Veja, por exemplo, a construção de um novo prédio para abrigar um órgão público, que é uma
despesa de capital - investimento, incrementou o PIB ao agregar valor a um bem que não exis-
tia (prédio novo).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
DICA
A classificação por GND diverge daquela por Grupo de Despe-
sa utilizada nas leis de orçamento.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Não confunda “amortização de dívida” com “amortização de empréstimos”, que é uma das
origens das receitas de capital. Guarde que o grupo “amortização da dívida” deve ser classi-
ficado na categoria econômica das despesas de capital. Guarde ainda que o grupo “juros e
encargos da dívida” deve ser classificado na categoria econômica de despesas correntes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
20 – Transferências à União
Despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transfe-
rência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.
40 – Transferências a Municípios
www.grancursosonline.com.br 53 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
80 – Transferências ao Exterior
90 – Aplicações Diretas
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de
descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguri-
dade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. Essa é a modalidade de aplicação mais
usada, já que é a aplicação direta do recurso pelo órgão.
99 – A Definir
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve
a administração pública para a consecução dos seus fins.
Por sua vez, de acordo com o previsto o artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, a estrutura de agru-
pamento está um pouco diferente da estrutura atual, mas não está errado, já que a estrutura
atual está apenas um pouco mais detalhada.
Se numa eventual questão de prova o examinador pedir para você julgar a seguinte asser-
tiva: “de acordo com a lei n. 4.320/1964, as despesas correntes têm como grupo despesas de
custeio e transferências correntes”, você pode marcar a questão como correta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital”
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços ante-
riormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não cor-
responda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últi-
mas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos
e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter
comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que
outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo
derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações
para amortização da dívida pública”.
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da des-
pesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte
esquema:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
4 - Investimentos - Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de
obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas,
e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 - Inversões Financeiras - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital
já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qual-
quer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a cons-
tituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Quanto à
Lei n. 46320/1964
O artigo 15 da lei n. 4.320/1964, diz que a despesa na lei do orçamento será detalhada até
o nível elemento e seu §2º traz o requisito para classificação de material permanente como
duração superior a dois anos:
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras
e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração su-
perior a dois anos.
Note que de acordo com a Lei n. 4.320/1964, a Lei de Orçamento, a discriminação da despesa
far-se-á no mínimo por elementos (artigo 15), sendo por elementos o desdobramento da des-
pesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração
pública para consecução dos seus fins.
Mas, de modo distinto, pela Portaria 163/2001, na LOA, a discriminação da despesa, quanto
à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa
e modalidade de aplicação.
DICA
Em uma questão de prova fique atento ao comando da ques-
tão. Se citar a legislação, responda conforme a situação ante-
rior. Se não citar, qualquer das duas situações estão corretas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto
de:
I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
II – demonstrativos da execução das:
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Observe que no artigo 5º dessa portaria, a exigência maior de detalhamento é para a exe-
cução do orçamento. Lembre-se de que para a elaboração do orçamento, ou seja, para a LOA,
consta apenas a exigência de classificação por grupo e modalidade (a e b).
Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º, a estrutura da natureza da despesa a ser observada
na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:
a) ’c’ representa a categoria econômica;
b) ‘g’ o grupo de natureza da despesa;
c) ’mm’ a modalidade de aplicação;
d) ’ee’ o elemento de despesa; e
e) ’dd’ o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
RESUMO
Conceito de Despesa Pública
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
As despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previstas na Lei Orçamentária
Anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua realização depende de
autorização legislativa.
Despesas Extraorçamentárias
São despesas extraorçamentárias as que não podem ser previstas na Lei Orçamentária
Anual e têm caráter transitório. Sua realização não se vincula à execução orçamentária.
Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz
a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também cha-
mada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Classificação Institucional
25 2 01
ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda
TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo
UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Função: Agricultura
Classificação da Despesa por responde à indagação; “o que” será adquirido e “qual” o efeito
Natureza econômico da realização da despesa?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
22 TRANSFERÊNCIAS DELEGADAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF - FUNDO A FUNDO
32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADO E DF
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO
42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA INTRA-ORÇAMENTÁRIA (OFSS)
A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da discriminação que exige que
as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elementos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
como “o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de
que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins”.
Esquema:
Quanto à
Lei n. 46320/1964
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
MAPA MENTAL
Pela forma de ingresso ou
presença no orçamento
Funcional
Programática
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
www.grancursosonline.com.br 74 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
QUESTÕES DE CONCURSO
020. (CESPE/ABIN/OFICIAL-TÉCNICO/2018) Acerca do orçamento público, julgue o
item a seguir.
As funções representam os produtos finais da ação governamental na classificação funcional-
-programática.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados espe-
cialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por conse-
guinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas. A adequada localização
do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas
adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental.
Certo.
Observe que o CESPE considerou que o empenho é o primeiro estágio da despesa pública.
Guarde a ideia, também, de que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca,
das dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao
resgate do débito.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Em regra, são despesas extra orçamentárias as que não podem ser previstas na lei orçamen-
tária anual e têm caráter transitório, ou seja, não dependem de autorização orçamentária para
que sejam pagas.
Dentre os dispêndios extra orçamentários mais famosos nós temos os desembolsos realiza-
dos para pagamento das operações de crédito por antecipação de receita - ARO, isso no que
diz respeito à parte do principal do ARO, pois os juros são despesas orçamentárias.
A satisfação das dívidas inscritas em restos a pagar também tem a característica de ser um
fato permutativo, inerente à condição de despesa extra orçamentária.
Certo.
PEGADINHA DA BANCA
Na verdade, o primeiro passo para a classificação de determinada despesa pública é identifi-
car se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extra orçamentário. Depois de vencida
essa etapa e, em se tratando de despesa orçamentária, é que vamos para a identificação da
categoria econômica.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações
orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito,
logo não deve haver registro de obrigação no passivo da entidade, no momento da emissão da
nota de empenho.
Certo.
Assertiva correta, e simplesmente reproduz o que nos disse em sua obra o mestre Aliomar
Baleeiro, pertencente à Doutrina dominante:
A despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte de autoridade ou agente
público competente, dentro de uma autorização legislativa, para a execução de um fim a cargo do
governo.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Lembre-se de que operações especiais são as despesas que não contribuem para a manuten-
ção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação
direta sob a forma de bens ou serviços.
Certo.
Na verdade, a classificação funcional programática, não mais usada atualmente, não foi man-
tida nos mesmos parâmetros desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, pois em 1999
houve uma grande alteração, que foi a Portaria da Secretaria do Tesouro Nacional n. 42/1999.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir des-
pesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.
Certo.
Realmente, guarde que os PETs -Programas Especiais de Trabalho, que por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa, podem ser
custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital.
Confira na literalidade do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cum-
prir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por
dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e ser-
viços contratados. Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da
despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Entretanto, quem cria para o Estado a obrigação de pagamento não é a liquidação, mas sim o
empenho. Além disso, depende do implemento de condição.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
PEGADINHA DA BANCA
O CESPE foi muito maldoso nessa questão. A assertiva inicia afirmando que o MPU vai cons-
truir uma nova sede e que essa despesa é um investimento/despesa de capital.
Até aqui beleza.
Mas, depois a assertiva diz que os equipamentos para o funcionamento das novas instalações
serão classificados como despesas correntes.
OPA!
Aqui está errado, já que gastos com equipamentos são classificados como Investimentos/
despesas de capital.
Errado.
Questão que explora a comum confusão na classificação entre o elemento Material de Consu-
mo e o elemento Material Permanente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras
e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração supe-
rior a dois anos.
A questão fez menção direta a Lei n. 4.320/1964 e colocou um prazo superior a dois anos.
Ficou evidente que ela queria saber se você conhecia o 2º parágrafo do artigo 15.
Errado.
Amigo(a), na verdade, a classificação por fonte de recursos possui dupla finalidade, já que per-
mite indicar a destinação dos recursos para determinado tipo de despesa, além de localizar a
respectiva fonte que financia a despesa em questão.
Certo.
A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
nham uma destinação exclusiva. Isso pode, eventualmente, provocar ociosidade ou escassez
de recursos para financiar determinadas ações.
Na verdade, as despesas indenizatórias, como passagens e gastos com locomoção não se en-
quadram como despesas com pessoal, sendo classificadas no Grupo de Natureza de Despesa
3 – Outras Despesas Correntes.
Errado.
De acordo com a classificação programática, existem três tipos de ações. Note que a assertiva
conceituou a atividade e não o projeto. Vamos ver as definições do MCASP, com grifos nossos:
a. Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monito-
ramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
b. Projeto
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de
bancos de leite humano”.
c. Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de
governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens
ou serviços.
Errado.
A assertiva está em conformidade com o MTO - Manual Técnico do Orçamento. Confira, com
grifos nossos:
049. (CESPE/PF/DELEGADO/2018)
receitas arrecadadas R$ mil
IPTU 14.000
cota-parte no fundo de participação dos municípios 5.000
taxas 2.000
aluguéis 2.000
tarifas e preços públicos 1.000
vendas de bens imóveis 1.000
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Com base nos artigos 12 e 13 da Lei n. 4.320/1964, a classificação das Despesas Orçamen-
tárias, a seguir listamos as despesas de capital, fazendo a indicação dos valores conforme
tabela da questão.
Note que, com exceção das despesas com obras públicas e com amortização de dívida, todas
as demais despesas listadas são despesas correntes.
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras Públicas = 3.000
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais
ou Agrícolas
INVERSÕES FINANCEIRAS
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
Amortização da Dívida Pública = 3.000
Auxílios para Obras Públicas
Auxílios para Equipamentos e Instalações
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
A informação de custo surge a partir de ajustes efetuados na informação inicial obtida do SIAFI. O
estágio da despesa orçamentária que mais se aproxima da informação de custo é o da liquidação,
sendo, portanto, a despesa liquidada o ponto de partida da informação que deve alimentar o sis-
tema de custos.
Errado.
Na verdade, pela classificação institucional uma unidade orçamentária não corresponde ne-
cessariamente a um órgão da estrutura administrativa. Pode haver uma unidade orçamentária
que englobe vários órgãos administrativos. Em contraste, um único órgão pode conter diversas
unidades orçamentárias.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Na verdade, para que a despesa esteja no estágio intermediário “em liquidação” precisa
ser empenhada e os empenhos necessitam de autorização orçamentária. Confira na Lei n.
4.320/1964:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Art. 12, § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras
que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contra-
prestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições,
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
dotações para amortização da dívida pública.
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
GABARITO
1. E 37. C
2. C 38. E
3. E 39. C
4. C 40. E
5. e 41. E
6. C 42. E
7. C 43. C
8. E 44. C
9. E 45. C
10. E 46. E
11. E 47. E
12. E 48. C
13. C 49. C
14. C 50. E
15. E 51. E
16. C 52. E
17. E 53. E
18. d 54. C
19. E 55. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. C
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. C
31. C
32. C
33. C
34. E
35. E
36. C
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.
4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.
“Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou de fazer.
Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra”.
ESTUDE!
Faça o seu melhor!
Isso é o que importa. O resto é consequência...
Agora quero pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
Siga-me (profmanuelpinon) no instagran e facebook. Temos excelentes cards para revisão!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 94
AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 94
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Naiana - 04535309400, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.