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AFO

Despesa Pública – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Despesa Pública – Parte I

Sumário
Manuel Piñon

Despesa Pública – Parte I.. ............................................................................................................. 4


1. Conceito de Despesa Pública..................................................................................................... 5
1.1. Definições. . .................................................................................................................................. 5
1.2. Diferenciação - Despesas Orçamentárias, Extraorçamentárias e
Intraorçamentárias......................................................................................................................... 6
1.3. Diferenciação – Enfoque Orçamentário e Patrimonial..................................................... 8
2. Estágios da Despesa Pública Orçamentária......................................................................... 11
2.1. Diferença - Doutrina x Lei n. 4.320/1964. . .......................................................................... 11
2.2. Planejamento........................................................................................................................... 11
2.3. Execução da Despesa............................................................................................................. 17
3. Classificação das Despesas Públicas Orçamentárias....................................................... 27
3.1. Quanto à Forma de Ingresso. . ............................................................................................... 27
3.2. Classificação Quanto À Efetividade/Afetação Patrimonial. . ......................................... 29
3.3. Classificação Institucional/Departamental......................................................................31
3.4. Classificação Funcional........................................................................................................ 32
3.5. Classificação por Estrutura Programática.. ...................................................................... 35
3.6. Quanto à Natureza da Despesa (Por Categorias)............................................................ 42
3.7. Classificação por Categoria Econômica (1º Nível)........................................................... 47
3.8. Quanto ao GND - Grupo de Natureza da Despesa (2º Nível).........................................51
3.9. Quanto à Modalidade de Aplicação (3º Nível). . ................................................................ 53
3.10. Quanto ao Elemento de Despesa (4º Nível).................................................................... 54
3.11. Classificação da Lei n. 4.320/1964.................................................................................... 55
3.12. Classificação na LRF. . ...........................................................................................................60
3.13. Portaria Interministerial n. 163/2001...............................................................................60
3.14. Classificação Regional. . ........................................................................................................61
3.15. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado...............................................................61
3.16. Quanto à Regularidade ou Periodicidade........................................................................ 62

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3.17. Quanto à Esfera Orçamentária.. ......................................................................................... 62


3.18. Por Identificador de Uso – IDUSO e por Identificador De Doação/Operação de
Crédito - IDOC................................................................................................................................. 63
3.19. Por Competência Institucional.. ......................................................................................... 63
Resumo.............................................................................................................................................64
Mapa Mental.................................................................................................................................... 71
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 72
Questões de Concurso.................................................................................................................. 75
Gabarito.............................................................................................................................................91
Referências Bibliográficas. . ......................................................................................................... 92

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Despesa Pública – Parte I
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DESPESA PÚBLICA – PARTE I

Olá, amigo(a) concurseiro(a)!


O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer os principais aspectos relacionados às Des-
pesas Públicas presentes em nosso edital.

Como disse Abraham Lincoln:

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Então vamos fazer nossa parte e criar o nosso futuro. Acredite! Acreditar já é meio cami-
nho andado... o resto é ter persistência, disciplina e não desistir.
Seja IMPARÁVEL!
Boa aula.
Prof. Manuel Piñon

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

1. Conceito de Despesa Pública


1.1. Definições
De acordo com a melhor Doutrina, a Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios
do Estado, ou de outra pessoa de Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos ser-
viços públicos e de atendimento às necessidades coletivas aplicando certa quantia dentro de
uma autorização legislativa, buscando a manutenção das atividades do ente estatal ou para a
conservação ou construção de bens públicos.
Em outras palavras, a Despesa Pública é o conjunto de dispêndios efetuados pelo Estado,
em dinheiro, que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Está contida no orçamento
e compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições governamentais.
Ampliando um pouco mais o conceito, podemos dizer que a Despesa Pública é o conjunto
de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público a qualquer título, a fim de saldar
gastos fixados na lei do orçamento ou em lei especial, visando à realização e ao funcionamen-
to dos serviços públicos.
De acordo com a definição presente no site do Tesouro Nacional, a despesa pública é:

A aplicação (em dinheiro) de recursos do Estado para custear os serviços de ordem pública ou para
investir no próprio desenvolvimento econômico do Estado. É o compromisso de gasto dos recursos
públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletivi-
dade prevista no orçamento.

Para o saudoso Mestre Aliomar Baleeiro, despesa pública é

A aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agente público competente,
dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a cargo do governo.

Nessa toada, a Despesa pública também pode ser definida como o conjunto de gastos rea-
lizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para
a realização de investimentos.

As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, compondo o orçamento
público, com exceção das chamadas despesas extraorçamentárias.

Nessa linha de raciocínio, podemos dizer que a despesa é parte do orçamento, e, assim,
compõe a distribuição e emprego dos recursos públicos para custeio e investimento em dife-
rentes setores da administração governamental.
No âmbito contábil-financeiro, a despesa pública nada mais é do que a aplicação de recur-
sos monetários na realização de gastos efetivos (aqueles que geram decréscimo no patrimô-
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nio público) ou por mutação patrimonial (aqueles que tem efeito permutativo, pela entrada de
um bem ou valor patrimonial).
Do ponto de vista político-institucional, a despesa pública é, por seu turno, a realização de
gastos na implementação de políticas públicas e no cumprimento das finalidades inerentes à
existência do Estado.
Quando analisada em sob a ótica econômica, a despesa é o gasto é uma parcela dos agre-
gados que expressam a atividade econômica nacional.

1.2. Diferenciação - Despesas Orçamentárias, Extraorçamentárias e


Intraorçamentárias
É importante registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em
orçamentários e extra orçamentários. Segundo o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964:

Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Dessa forma, podemos sintetizar esse quadro dizendo que a despesa orçamentária é toda
transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orça-
mentária, para ser efetivada.
Já o chamado dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na LOA - Lei Orça-
mentária Anual, e compreende certas saídas de numerário oriundas de depósitos, pagamen-
tos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita ou ainda de
recursos transitórios.

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Note na figura anterior que também os chamados “desembolsos extraorçamentários” não


caracterizam uma despesa pública, assim como uma despesa enquadrada como intraorça-
mentária (mera “arrumação” de contas dentro do próprio orçamento do ente, sem alterar o total
da despesa pública).

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1.3. Diferenciação – Enfoque Orçamentário e Patrimonial


Em termos de regime a ser utilizado no registro de receitas e despesas públicas tenha em
mente que o regime a ser utilizado nas matérias Direito Financeiro e AFO é o regime misto,
em que receitas são contabilizadas pelo regime de caixa (arrecadadas - entradas efetivas de
dinheiro) para as receitas e regime de competência para as despesas (empenhadas – com-
prometimento do recurso no orçamento).
Nosso mantra é o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964 que define o seu enfoque orçamentário.
O objetivo desse enfoque orçamentário é evitar o risco de que a execução das despesas or-
çamentárias ultrapasse a arrecadação efetiva que foi “colocada” na conta. Veja-o novamente:

Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:


I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Assim, na maior parte do nosso curso estudamos o enfoque orçamentário, como as clas-
sificações da despesas e receitas orçamentárias.
Entretanto, a própria Lei n. 4.320/1964 reconhece o enfoque patrimonial para contabili-
dade pública, sendo tratada em título específico da citada lei (Título IX – Da Contabilidade), no

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qual se determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam elas indepen-
dentes ou resultantes da execução orçamentária.
Lembre-se de que em relação à Receita, no enfoque patrimonial, o seu objetivo é o de
evidenciar o impacto no patrimônio de transações realizadas mesmo que ainda os valores não
tenham sido embolsados pela Administração Pública. Assim, basicamente deve ser registrada
uma eventual variação patrimonial aumentativa, independentemente da execução orçamentá-
ria, em função do fato gerador, observando-se os princípios da competência e da oportunida-
de. Tenha em mente que a receita deve ser reconhecida mesmo que o valor ainda não tenha
sido efetivamente recebido.
Já para a Despesa, no enfoque patrimonial a ideia é registrar a variação patrimonial diminu-
tiva em função do fato gerador da despesa, que é um decréscimo nos benefícios econômicos
durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução de ativos ou incremento
em passivos, que resulte em decréscimo do patrimônio líquido.

DICA
A despesa sob o enfoque patrimonial sempre gera diminuição
do Patrimônio líquido do ente, não se confundindo, assim, com
a despesa sob a ótica orçamentária.

Note, por exemplo, que uma despesa de capital relativa à amortização de um empréstimo
obtido não é considerada despesa sob a ótica patrimonial.

Normalmente, o fato gerador será simultâneo tanto na liquidação da despesa, como na


aquisição de bens de consumo. Entretanto, em algumas situações, o fato gerador poderá
ocorrer em momento diferente da liquidação.

EXEMPLO
Veja o caso da aquisição de um seguro com vigência de 12 meses. Enquanto no enfoque patri-
monial, temos a apropriação de um direito ao seguro. No enfoque orçamentário, a despesa
será reconhecida apenas na liquidação durante o exercício corrente e, ao final desse exercício,
por meio do empenho.

001. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e des-


pesas públicas.
Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução
de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido.

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Na verdade, assertiva conceituou a despesa sob o ponto de vista patrimonial. Já do ponto


de vista orçamentário, a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A propósito de despesa e receita públicas, julgue o


item subsequente.
De acordo com as normas de contabilização das receitas e das despesas públicas, as receitas
orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa; e as despesas orçamentárias, pelo
regime de competência.

A Lei n. 4.320/1964 manda que as receitas sejam reconhecidas quando arrecadadas (entrada
no caixa), ou seja, manda usar o regime de caixa para as receitas. No regime de caixa, a con-
tabilização ocorre no momento da entrada ou saída do numerário do caixa
Para as despesas, a Lei n. 4.320/1964 manda que sejam reconhecidas quando empenhadas
(fato gerador), ou seja, pelo regime de competência. No regime de competência, a contabili-
zação ocorre no momento do fato gerador, independentemente da entrada ou saída de caixa.
Certo.

Os Manuais da STN/SOF nos trazem como novidade a classificação sob o aspecto


patrimonial.
No que diz respeito à entidade que apropria a despesa, sob o enfoque patrimonial temos a
despesa pública (quando efetuada por entidade pública) e despesa privada (quando efetuada
por entidade privada).
No que diz respeito à dependência da execução orçamentária temos a despesa resultan-
te da execução orçamentária (aquela depende de autorização orçamentária para acontecer
como as despesas com salários) e a despesa independente de autorização orçamentária para
acontecer (a que não depende de autorização orçamentária para acontecer como despesa
com depreciação).

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2. Estágios da Despesa Pública Orçamentária


2.1. Diferença - Doutrina x Lei n. 4.320/1964
No que diz respeito às fases, estágios ou etapas de realização da despesa pública, é impor-
tante destacar que a execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios,
que conforme previsto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.

No entanto, a Doutrina majoritária e o MCASP incluem a Fixação (ou programação) da despesa


inerente à etapa do Planejamento que antecede a execução da despesa como sendo um dos
estágios. Logo, os estágios da despesa, doutrinariamente falando, são:
1 –Fixação.
2 – Empenho.
3 – Liquidação.
4 - Pagamento.

Veja no desenho seguinte a sobreposição da visão doutrinária das etapas da despesa,


em que temos a etapa relativa ao planejamento da despesa, em relação à previsão da Lei n.
4.320/1964 que prevê apenas a parte relativa à sua execução.

Estágios da Despesa Orçamentária

Planejamento

Ordinário
Empenho Global
Estimativa
Execução Lei n. 4.320/1964
Liquidação

Pagamento

Controle e avaliação
Permitida a reprodução total ou parcial desta
publicação desde que citada a fonte.

2.2. Planejamento
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação (ou programação
da despesa orçamentária), a descentralização e movimentação de créditos, a programação

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orçamentária e financeira e o processo de licitação com a formalização do contrato, embora


não esteja prevista na Lei n. 4.320/1964.

Estágios da Despesa Orçamentária


Planejamento
Descentralização Programação
Fixação da Processo
de créditos orçamentária e
despesa licitatório
orçamentários financeira

Execução

Entrega de bens
Contrato Empenho
e/ou serviços

Execução

Pagamento e
Liquidação Retenção
recolhimento

Permitida a reprodução total ou parcial desta


publicação desde que citada a fonte.

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em determinada situação ideali-
zada, conforme os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo, é
um dos estágios da despesa pública previstos na legislação em vigor.

Assertiva errada, pois a banca colocou ao seu final a expressão “previstos na legislação em
vigor”. E isso não é verdade.
A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que conforme pre-
visto na Lei n. 4.320/1964 são: empenho, liquidação e pagamento.
Errado.

Nesse sentido, é importante destacar que a legislação não permite a troca de ordem entre
os estágios, com exceção apenas para o estágio da programação e apenas para aquelas as

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despesas realizadas via abertura de créditos extraordinários, que, tendo em vista a sua nature-
za de imprevisibilidade e urgência não passa pela fase da programação.
Veja a relação entre as etapas e a legislação suporte na figura seguinte:
LOA Lei n. 8.666/1993 Lei n. 4.320/1964

Fixação Licitação Empenho Liquidação Pagamento

Entrega
Organização das Escolha da me- Identificação
Origem e objeto do numerário
estimativas lhor proposta do credor
ao credor

Conversão
Importância
da proposta Isonomia Autorização Autorização
exata a ser paga
em orçamento

Programação Certificação
Publicidade Formalização Formalização
da despesa do credor

Outras formas de visualizar:

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Planejamento ou
Execução
pré-empenho

Fixação da despesa
Empenho
Descentralização
dos créditos Liquidação
Programação
orçamentária e Pagamento
financeira
Licitação e
contratação

Vamos agora falar de cada uma dessas etapas.

2.2.1. Fixação da Despesa

A fase de fixação engloba a adoção de medidas em direção a uma situação idealizada,


tendo em vista os recursos disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas pelo
governo. A criação ou expansão da despesa requer adequação orçamentária e compatibilida-
de com a LDO e o PPA.

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Note que a fixação da despesa tem como correspondente a etapa de previsão da receita
ainda durante o processo de elaboração da LOA e lembre-se de que o processo da fixação da
despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder legislativo por meio da
LOA - Lei Orçamentária Anual, ressalvadas, claro, as eventuais aberturas de créditos adicionais
no decorrer da vigência do orçamento.

O PULO DO GATO
A fixação, etapa inerente ao Planejamento (programação) da Despesa, está presente na Dou-
trina e no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE DO SETOR PÚBLICO, mas não na legisla-
ção vigente.

004. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-


nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.
A autorização orçamentária deve preceder a execução financeira da despesa pública.

Sem dúvida, inicialmente a despesa deve ser fixada na LOA (autorização orçamentária) confor-
me disposto no MCASP – MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO:

A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano e ações
governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a descentralização/
movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo de licitação e
contratação.
Depois, temos a execução financeira da despesa pública, com os estágios previstos. Confi-
ra no MCASP:

4.4.2. Execução
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios, na forma prevista na Lei n. 4.320/1964:
empenho, liquidação e pagamento.
Certo.

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2.2.2. Descentralização de Créditos Orçamentários

A Descentralização de Créditos Orçamentários corresponde à movimentação de parte dos


créditos orçamentários para que outras unidades administrativas possam executar a despesa
orçamentária, assunto esse normalmente tratado em aula específica (Programação e Execu-
ção Orçamentária e Financeira) do nosso curso.

2.2.3. Programação Orçamentária e Financeira

A Programação Orçamentária e Financeira basicamente é compatibilização do fluxo de


pagamentos ao fluxo de recebimentos, de modo a ajustar a execução da despesa fixada às
disponibilidades de caixa do ente, assunto esse normalmente tratado em aula específica (Pro-
gramação e Execução Orçamentária e Financeira) do nosso curso.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Para realizar uma despesa pública, a autoridade com-


petente deve proceder, sucessivamente, às etapas de
a) fixação, programação financeira, pagamento, empenho e liquidação.
b) programação financeira, empenho, fixação, liquidação e pagamento.
c) fixação, empenho, programação financeira, liquidação e pagamento.
d) programação financeira, fixação, empenho, pagamento e liquidação.
e) fixação, programação financeira, empenho, liquidação e pagamento.

Normalmente a doutrina considera a existência de 4 fases/etapas para realizar uma despesa


seguindo a seguinte sequência: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
O diferencial dessa questão foi exigir que o candidato soubesse que a etapa da programa-
ção financeira ocorre entre a fixação e o empenho. É importante destacar que a programação
financeira também pode ser considerada uma espécie “pré-empenho”, ou seja, faz parte do
planejamento da despesa.
Letra e.

2.2.4. Processo de Licitação

O Processo de Licitação é um procedimento administrativo formal para contratação de


serviços ou aquisição de produtos pelos entes da Administração Pública direta ou indireta,
sendo regulado pelas Leis n. 8.666/1993 e 10.520/2002, assunto esse estudado no Direito
Administrativo.

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2.2.5. Formalização do Contrato

Findo o processo de licitação e selecionado o vencedor, firma-se um contrato administrati-


vo que também é objeto de estudo do Direito Administrativo.

O PULO DO GATO
Enquanto parte da Doutrina entende “pré-empenho” como sendo sinônimo de toda a etapa de
planejamento, outra parte da Doutrina entende a sistemática do “pré-empenho”, como sen-
do uma etapa específica que antecede os estágios da execução da despesa, e que funcio-
na como uma espécie de reserva de dotação orçamentária, ocorrendo após o recebimento
do crédito orçamentário e antes do seu comprometimento para a realização da despesa, de
modo a “cobrir” o lapso de tempo inerente a todo o processo licitatório de contratação dos
respectivos bens e serviços a que se referem os gastos, servindo para “guardar” o crédito até
o final da licitação.

Despesa Pública: Estágios

PPA

LDO LOA

Fixação Pré-empenho Empenho

• Fase entendida
Ordinário
pela Doutrina
• Autorização dada Global
pelo Poder
Por estimativa
Legislativo ao
Poder Executivo

2.3. Execução da Despesa


Tenha em mente que quando falamos em “executar o orçamento”, estamos falando que
vamos realizar as despesas públicas nele previstas e apenas estas, já que para que qualquer
utilização de recursos públicos seja efetuada, o primeiro requisito é que esse gasto tenha sido
legalmente autorizado pelo Poder Legislativo, e que sejam seguidas as 3 etapas da execução
das despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.

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2.3.1. Empenho

A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, II, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
despesas nele legalmente empenhadas.

Mas, e você, sabe o que é empenho?

Sim, eu sei que você está se empenhando muito nesse curso, mas vamos ver para fins de
Finanças Públicas o que vem a ser o empenho de uma despesa pública:
O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no art.
58 da Lei n. 4.320/1964:

O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.

Na verdade, o empenho gera somente obrigação orçamentária, ou seja, é uma autorização


da autoridade competente para a realização da despesa.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações
orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
A obrigação jurídica de pagar decorre da etapa seguinte: a liquidação. Somente com a
liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a prestação dos ser-
viços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pagamento sem o
implemento de condição.

Despesa Pública
Estágios da Despesa

1º Estágio – Empenho da Despesa


É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Es-
tado a obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento
de condição. Em outras palavras, o empenho é o ato que oficial-
mente reserva (destaca) um determinado montante de uma do-
tação orçamentária para fazer frente a uma despesa específica.

Guarde que, nos casos de despesas relativas a contratos ou convênios de vigência pluria-
nual, deve-se as empenhar em cada exercício financeiro pela parte a ser executada no referido
exercício.

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2.3.1.1. Modalidades de Empenho

Aluno(a), tenha em mente que o empenho, de acordo com sua natureza e finalidade, pode
ser ordinário, global ou por estimativa.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas normais com montante previamente
conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global é aquele que serve para aquelas despesas com montante previa-
mente conhecido, mas cujo pagamento seja parcelado, como nos casos das despesas com
aluguéis, prestação de serviços, salários etc.

006. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determina-
do, sujeitas a parcelamento.

Assertiva do tipo “cara-crachá” com o que diz o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964 a seguir repro-
duzido com grifos nossos:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Certo.

Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
São gastos que ocorrem regularmente, mas cujos valores oscilam bastante.

2.3.1.2. Anulação de um Empenho

Um empenho pode ser anulado, ao longo do exercício, seja parcial ou totalmente.


É importante destacar que, quando o valor empenhado é superior ao montante da despesa,
deve-se anulá-lo parcialmente, no valor correspondente ao excesso.
Entretanto, quando o serviço contratado não tenha sido prestado ou o material encomen-
dado não tiver sido entregue, bem como se houver incorreção na emissão do empenho, nesses
casos deve-se anular o empenho totalmente.

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É importante destacar que, ao final de cada exercício, o empenho deve ser totalmente
anulado caso ainda não tenha sido liquidado, exceto para aqueles que se enquadrarem nas
condições previstas para inscrição em Restos a Pagar.

E qual o destino dos valores correspondentes aos empenhos anulados?

Os valores correspondentes à anulação do empenho revertem ao programa de trabalho,


tornando-os novamente disponíveis para empenho.
Veja o que nos diz a esse respeito o Decreto n. 93.872/1986 em seus artigos 35 e 28:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Art. 28 A redução ou cancelamento no exercício financeiro, de compromisso que caracterizou o em-
penho, implicará sua anulação parcial ou total, revertendo a importância correspondente à respec-
tiva dotação, pela qual ficará automaticamente desonerado o limite de saques da unidade gestora.

2.3.1.3. Características do Empenho

O empenho serve, na verdade, para reservar parte dos créditos disponíveis, em consonância
com o artigo 60 da Lei n. 4.320/1964, que veda a realização de despesa sem prévio empenho.
Em outras palavras, após a realização do empenho, o montante correspondente da dota-
ção necessário para fazer face à despesa fica protegido, evitando-se, assim, que, depois de
executado o contrato, não haja recursos financeiros para o pagamento do bem ou serviço
prestado à Administração Pública.
É importante destacar que o empenho da despesa não pode exceder o limite dos créditos
concedidos, ou seja, as despesas só podem ser empenhadas até o limite dos créditos orça-
mentários iniciais e dos créditos orçamentários adicionais, em consonância com o cronogra-
ma de desembolso da unidade gestora, devidamente aprovado.
Guarde também que o empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orça-
mentária, nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado.

007. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.

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O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem cor-
respondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.

Numa primeira leitura, nossa tendência é achar que a assertiva está errada, mas se acordo
com a Lei n. 4.320/1964, o empenho é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
Assim, o empenho em verdade é uma garantia ao credor que, se ele cumprir os termos do que
foi tratado com a Administração, receberá o pagamento que estará reservado para ele.
Mas é bom destacar que mesmo estando a despesa legalmente empenhada, o Estado ainda
não se vê obrigado a efetuar o pagamento, já que o implemento de uma determinada condição
poderá estar concluído ou não.
Guarde que a Lei n. 4.320/1964 determina que o pagamento de qualquer despesa pública, in-
dependentemente do valor, passe pela fase “decisiva” da liquidação.
Somente com a liquidação, segundo estágio da execução da despesa, que será cobrada a
prestação dos serviços, a entrega dos bens ou a realização da obra, de modo a impedir o pa-
gamento sem o implemento de condição.
Certo.

Nesse contexto, devemos mencionar ao princípio do equilíbrio, quando a Lei n. 4.320/1964


determina que os empenhos não podem ultrapassar o limite dos respectivos créditos concedi-
dos, evitando-se, assim, a criação de obrigação de pagamento superior à capacidade do Estado.
É importante destacar ainda que o Decreto n. 93.872/1986, aquele que dispõe sobre a uni-
ficação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, também dispõe acerca dos estágios da
despesa. De acordo com o referido Decreto, o empenho importa deduzir seu valor de dotação
adequada à despesa a realizar, por força do compromisso assumido.

O Decreto n. 93.872/1986 admite que, em caso de urgência, o ato do empenho seja contem-
porâneo à realização da despesa, podendo ser dispensada a nota de empenho, mas nunca
o empenho.

A Nota de Empenho - NE é a materialização do empenho, sendo é elaborada no SIAFI


quando da União e tendo uma NE para cada empenho, que serve para registrar as operações
que geram o comprometimento de despesa, seu reforço ou anulação, indicando o nome do
credor, a especificação e o valor da despesa, bem como a dedução desse valor do saldo da
dotação própria.

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2.3.1.4. Outra Classificação dos Empenhos

Existem situações em que o valor do empenho original não é suficiente, sendo necessário
uma espécie de “empenho de reforço” para complementar o valor original inicial.

008. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No exercício de 2016, uma escola pública do DF rece-


beu dotação orçamentária para a execução do programa de merenda escolar. A dotação previa
dispêndio com despesas correntes para a aquisição de gêneros alimentícios necessários à
elaboração das refeições a serem servidas aos alunos daquela escola. A SEE/DF providenciou
licitação para a escolha da empresa que irá fornecer os gêneros. Com referência a essa situa-
ção hipotética, julgue o item subsequente.
No caso de o valor empenhado ser insuficiente para atender as despesas com a merenda esco-
lar, o executor de despesas deverá providenciar a anulação total do empenho e elaborar outro
empenho no valor adequado.

Na situação em tela, em que o valor do empenho original é insuficiente, faz-se necessário um


empenho de reforço para complementar o valor inicial e não a anulação do empenho.
Errado.

Seguindo essa linha de raciocínio, somos agora apresentados ao empenho denominado


“empenho de anulação”, que é aquele empenho emitido posteriormente e que se destina à
anulação parcial ou total dos empenhos originais ou, eventualmente, dos empenhos de refor-
ço, que são chamados de empenho excedente (anulação parcial) e empenho incorreto ou de
objeto não cumprido (anulação total).
Parte da Doutrina ainda classifica/divide o empenho em função das fases a que se refe-
rem: licitação ou sua dispensa, autorização e formalização.
Lembrando que licitação é o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar,
entre vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas para a aquisi-
ção de bem ou serviço, enquanto a autorização é a permissão dada por autoridade competente
para a realização da despesa e a formalização é a dedução do valor da despesa, feita no saldo
disponível da dotação ou do crédito apropriado comprovada pela Nota de Empenho.
É importante registar que existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o empenho
e a liquidação propriamente dita. Ocorre por exemplo quando se recebe a nota fiscal, mas de-
mora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamente recebi-
do. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”, mas muita atenção na hora
da prova. Você deve prestar atenção ao enunciado da questão para respondê-la corretamente.

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2.3.2. Liquidação

A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e


serviços contratados. Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação
da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos
e documentos comprobatórios do respectivo crédito.

Aí você me pergunta: e para que serve finalmente a liquidação?

Colega, na liquidação da despesa é verificada a correção da execução do contrato pelo


fornecedor, para apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
Assim, a liquidação visa verificar a importância exata a pagar e a quem se deve pagar, para
extinguir a obrigação, sendo realizada no SIAFI, por meio da Nota de Lançamento - NL, nos
casos de despesas federais. Além disso, é na fase de liquidação que é cobrada a prestação
dos serviços ou a entrega dos bens, ou, ainda, a realização da obra, evitando, dessa forma, o
pagamento sem o implemento de condição.

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De acordo com a Doutrina existe ainda a fase denominada em liquidação, entre o empe-
nho e a liquidação propriamente dita. Ocorre por exemplo quando se recebe a nota fiscal, mas
demora-se para conferir se o serviço foi efetivamente prestado ou o material efetivamente
recebido. Nesse caso, registra-se essa nota fiscal como “em liquidação”.

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Estágios da despesa pública


Esquematizando:
Execução

Em
Empenho Liquidação Pagamento
liquidação

Documento: Busca do Confirma o Ordem de


Nota Empenho registro no direito do pagamento
patrimônio credor em ao credor
documentos

009. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios reali-


zados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a
realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
De acordo com a legislação vigente, para que determinado ente público efetue o pagamento
a fornecedores de material de consumo, basta que, no processo de execução orçamentária, a
despesa a que se refira o pagamento tenha sido empenhada.

Na verdade, para que a despesa seja paga é necessário que tenha sido empenhada e liquidada.
Confira essa condição no MCASP, com grifos nossos:

4.4.2.4. Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens
de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
Errado.

2.3.3. Pagamento

O pagamento é o terceiro e último estágio execução da despesa. Regulado no artigo 64 da


Lei n. 4.320/1964, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga”.

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É importante gravar que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado
após sua regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor, no
estágio da liquidação.
Em regra, o pagamento deve ser realizado via de ordem bancária, precedida da autorização
do titular da Unidade Gestora ou seu preposto. Em termos de União, é realizado via SIAFI, me-
diante ordem bancária correspondente à respectiva dívida líquida. Em outros termos, equivale
à assinatura do gestor público determinando o pagamento.
Tecnicamente falando, a ordem bancária - OB é o documento do SIAFI utilizado para o pa-
gamento de compromissos, bem como para a liberação de recursos para fins de suprimento
de fundos.
O Decreto n. 93.872/1986 determina, em seu artigo 38 que:

Art. 38. Não será permitido o pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública, admitindo-se, todavia, mediante as in-
dispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela contratual na vigência do respectivo
contrato, convênio, acordo ou ajuste, segundo a forma de pagamento nele estabelecida, prevista no
edital de licitação ou nos instrumentos formais de adjudicação direta.

Um ponto que merece destaque diz respeito à reposição de valores pagos indevidamente,
no mesmo exercício financeiro, que deve ser procedida à conta bancária da Unidade Gestora
de origem, usando-se a Guia de Recebimento. Caso a reposição ocorra em outro exercício fi-
nanceiro, no caso da União deve-se usar o DARF, a crédito do Tesouro Nacional.

010. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e despe-


sas públicas.

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O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autori-
dade competente determina que a despesa seja liquidada.

PEGADINHA DA BANCA
O examinador colocou uma casca de banana no final da assertiva colocando a palavra “liqui-
dada”, quando deveria ser paga. Veja a reprodução a seguir do artigo 64 da Lei n. 4.320/1964,
com grifos nossos:

A ordem de pagamento é despacho exarado por autoridade competente, determinando que a des-
pesa seja paga.
Errado.

3. Classificação das Despesas Públicas Orçamentárias


Sob o enfoque orçamentário, as classificações orçamentárias da despesa pública, que
têm evoluído ao longo do tempo no sentido de uniformização, servem para atender
diversas necessidades de informação, exercendo o papel de organizar logicamente os
gastos públicos de modo a dotá-las de maior transparência no atendimento das neces-
sidades da população.
Seguindo o que a legislação orienta, com destaque para a Lei n. 4.320/1964 e para
o MTO – Manual Técnico Orçamentário, a classificação da despesa no orçamento público
deve ser desdobrada de acordo com os seguintes critérios: institucional (órgão e uni-
dade orçamentária), funcional (função e subfunção), por programas (programa, projeto,
atividade e operações especiais) e segundo a natureza (categorias econômicas, gru-
pos, modalidades de aplicação e elementos). Entretanto, temos também classificações
doutrinárias que também são cobradas em prova.
Vamos agora conhecer as classificações das Despesas Públicas mais relevantes para con-
cursos públicos.

O PULO DO GATO
Somente as despesas orçamentárias são objeto de classificação, ou seja, as despesas extra-
orçamentárias nem classificadas são.

3.1. Quanto à Forma de Ingresso


Parte da Doutrina utiliza o termo “natureza” nessa classificação, mas não devemos con-
fundir com a classificação por natureza da despesa que estudaremos ao longo da aula. Dessa

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Despesa Pública – Parte I
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forma, penso que que os termos “forma de ingresso” seja o mais adequado para utilizar no que
diz respeito ao critério aplicado nessa classificação.

3.1.1. Despesas Orçamentárias

Basicamente, podemos dizer que as despesas orçamentárias são aquelas que PRECISAM
estar previstas na LOA ou nas Leis de Créditos Adicionais e que financiam o funcionamento
dos serviços públicos. Guarde que a sua realização depende de autorização legislativa.
Em outras palavras, são as despesas fixadas nas leis orçamentárias ou nas de créditos
adicionais, instituídas em bases legais, dependendo de autorização legislativa e obedecendo
aos estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.
Contabilmente falando, constituem despesas orçamentárias a redução do Ativo em decor-
rência de desembolso financeiro pela execução da despesa à vista ou aumento do Passivo em
decorrência da despesa a prazo, posto que a despesa orçamentária deve seguir o regime da
competência.

O PULO DO GATO
A partir da classificação da despesa em orçamentária é que vem todas as demais classifica-
ções, ou seja, as despesas extra orçamentárias não são objeto de outras classificações.

011. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

3.1.2. Despesas Extraorçamentárias

São despesas extraorçamentárias aquelas que não constam na LOA ou nas leis de Cré-
ditos Adicionais, tendo em vista o seu caráter transitório. Em suma, a sua realização não se
vincula à execução do orçamento.

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Em outras palavras, são aquelas despesas não presentes no orçamento ou nas leis de
créditos adicionais, correspondendo à devolução de recursos transitórios que foram obtidos
como receitas extraorçamentárias que pertencem a terceiros e não aos órgãos públicos.
Nessa toada, contabilmente falando, constituem despesas extra orçamentárias a redução
do Ativo em decorrência da desincorporação de bens e direitos e o aumento do passivo em de-
corrência do surgimento de obrigações, ambas independentes da execução orçamentária. Em
suma, são, na verdade, restituição ou à entrega de valores arrecadados sob o título de receitas
extra orçamentárias.
I – As despesas extraorçamentárias constituem-se em saídas do ativo e do passivo finan-
ceiro do Estado.
PORQUE
II – As despesas extraorçamentárias são mera devolução dos valores cuja entrada no ativo
financeiro do Estado se deu por meio de receitas extraorçamentárias.
Podemos citar as seguintes para exemplificar: devoluções de cauções, fianças, salários e
vencimentos não reclamados; pagamentos de restos a pagar, restituições a pagar e consigna-
ções em folha de pagamento.

O PULO DO GATO
Enquanto o pagamento do principal das operações de crédito por antecipação de receita orça-
mentária é despesa extraorçamentária, o pagamento da parte relativas aos encargos referen-
tes a tais despesas é despesa orçamentária classificada no elemento de despesa “25 - Encar-
gos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita”.

012. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

Na verdade, guarde que a despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização
legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
Errado.

3.2. Classificação Quanto À Efetividade/Afetação Patrimonial


Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na
situação líquida patrimonial em:

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Despesa Orçamentária Efetiva - aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não re-
duz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial.

DICA
A grande dica aqui é que, no geral, a despesa orçamentária
efetiva é despesa corrente, mas pode haver despesa corrente
não efetiva como a despesa com a aquisição de materiais para
estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fa-
tos permutativos, embora sejam despesas correntes.

Já a despesa não efetiva normalmente é uma despesa de capital, mas existem despe-
sas de capital que são efetivas como as transferências de capital, que causam variação patri-
monial diminutiva e, por isso, classificam-se como despesa efetiva, embora sejam despesas
de capital.
Guarde:

No momento de sua realização, reduz a


Efetiva situação líquida patrimonial da entidade.
Constitui fato contábil modificativo diminutivo.

DESPESA
ORÇAMENTÁRIA

No momento de sua realização, não reduz a


situação líquida patrimonial da entidade
Não Efetiva
e constitui fato contábil permutativo.
Também chamada de despesa “por mutação/mu-
dança patrimonial.

013. (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item subsequente.


Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida patrimo-
nial da entidade no momento de sua realização.

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A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Certo.

3.3. Classificação Institucional/Departamental


Considerada como sendo uma classificação qualitativa, a classificação Institucional da
Despesa ordena as despesas de acordo com o ente político competente à sua instituição ou
realização, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal, relacionan-
do os órgãos orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias.

Classificação Institucional

25 2 01

ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil

Corresponde aos órgãos e à s unidades orçamentárias que constituem o agrupamento


de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas
dotações próprias.

Sua principal utilidade é permitir a identificação da instituição responsável pela execução


e prestação de contas do programa ou ação governamental.
Para facilitar a sua compreensão, vamos nos basear na estrutura administrativa do Poder
Executivo Federal, que se divide em:
• Administração Direta:
− Presidência da República;
− Ministérios;

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− Órgãos Autônomos – são órgãos que se destinam à pesquisa, ao ensino e às ati-


vidades industriais, comerciais e agrícolas. A estrutura funcional desses órgãos é
dotada de um Fundo Especial de Natureza Contábil.
• Administração Indireta:
− Autarquias;
− Fundações Públicas;
− Empresas Públicas;
− Sociedades de Economia Mista.

A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente é o titu-
lar da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades Orçamen-
tárias, às quais caberão a execução das despesas, bem como a fiscalização a ser executada
pelo órgão setorial de controle interno.

Guarde que uma Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao


mesmo órgão ou repartição para a qual serão consignadas dotações próprias.
É importante destacar que as Unidades Orçamentárias podem corresponder a uma estru-
tura administrativa, como Tribunais, Ministérios etc., bem como podem se constituir apenas
em uma classificação para agrupar despesas afins, tais como “Encargos Financeiros”, “Reser-
va de Contingência” etc.
Guarde ainda que na classificação institucional, a nível federal, são Órgãos: Presidência
da República e Ministérios, Câmara dos Deputados, Senado Federal e TCU, STF, STJ, Justiça
Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho e a Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios.
É importante destacar também que além das subdivisões de cada Órgão, são também Uni-
dades Orçamentárias os chamados órgãos autônomos, as autarquias, as fundações públicas,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

O PULO DO GATO
O código da classificação Institucional é composto por cinco dígitos, sendo que os dois primei-
ros identificam o Órgão e os três últimos, a Unidade Orçamentária.

3.4. Classificação Funcional


A ideia-chave da classificação Funcional, considerada uma classificação qualitativa, é fun-
cionar como elemento de ligação dos gastos públicos nas três esferas de governo, sendo utili-
zada, tanto no orçamento da União, quanto no orçamento dos Estados. Também os Municípios
estão obrigados a observar essa regra.
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Despesa Pública – Parte I
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O objetivo é que as funções representem as ações desenvolvidas pelo Governo, seja di-
reta ou indiretamente, aglutinadas em grupos maiores, de acordo com os objetivos nacionais.
De acordo com o MTO 2020:

A função pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do
setor público. Reflete a competência institucional do órgão, como cultura, educação, saúde, defesa,
que guarda relação com os respectivos Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de
uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais podem envolver mais de
uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais,
aquela que está mais relacionada com a ação.

Atualmente temos 28 funções com códigos de dois dígitos, já que as funções são divididas
em sub funções. A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determina-
do subconjunto de despesas do setor público. Veja na tabela a seguir, a título exemplificativo,
parte das funções e subfunções extraídas do SIAFI:

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Guarde que, enquanto o código das funções é composto por dois dígitos numéricos, o das
subfunções, por três dígitos, sem significado especial.
Destaca-se a função Encargos Especiais, que engloba as despesas que não podem ser as-
sociadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra.
A utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas.
A subfunção representa uma partição da função, visando agregar determinado subconjun-
to de despesas do setor público.
De acordo com o MTO 2020:

A subfunção representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar


a natureza da atuação governamental. De acordo com a Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999, é
possível combinar as subfunções a funções diferentes daquelas a elas diretamente relacionadas, o
que se denomina matricialidade.

A Portaria n. 42/1999 atualiza a discriminação da despesa por funções de que trata a Lei
n. 4.320/1964; estabelece os conceitos de função, sub função, programa, projeto, atividade,
operações especiais; e dá outras providências.
Vale registar ainda que, além da classificação funcional da mencionada Portaria n.
42/1999, temos ainda a classificação da execução orçamentária dos últimos exercícios finan-
ceiros segundo a classificação das Funções de Governo COFOG – Classification of Functions
of Government, que foi desenvolvida pela OCDE, para as despesas do governo central.
Registre-se que orçamento brasileiro com base na COFOG está disponível no Painel do
Orçamento Federal e compreende gastos do governo a partir de 2015.
Guarde que os dados contemplam apenas as despesas do governo central, envolvendo
todas as unidades orçamentárias inclusas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. As-
sim, o Orçamento de Investimento da Estatais não consta nessa classificação funcional.
A ideia é aumentar a transparência e a comparabilidade das despesas do governo brasi-
leiro com as despesas de outras nações.

014. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
Na classificação funcional da despesa orçamentária, a função, via de regra, relaciona-se com
a missão institucional do órgão, e a subfunção deve evidenciar cada área da atuação go-
vernamental.

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Sim, a assertiva conceituou corretamente a classificação funcional da despesa. Vamos apro-


veitar a oportunidade para dar uma lida, com grifos nossos, no que diz o MCASP - Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público sobre esse assunto:

4.2.2. Classificação Funcional


A classificação funcional segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções, buscando
responder basicamente à indagação “em que área” de ação governamental a despesa será reali-
zada.
(...)
4.2.2.1. Função
A função é representada pelos dois primeiros dígitos da classificação funcional e pode ser traduzida
como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A função quase
sempre se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação, saúde,
defesa, que, na União, de modo geral, guarda relação com os respectivos Ministérios.
(...)
4.2.2.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível de
agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação governamental,
por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza
básica das ações que se aglutinam em torno das funções.
Certo.

3.5. Classificação por Estrutura Programática


Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
O Plano Plurianual (PPA) para o período de 2020-2023 (Lei n. 13.971/2020) apresenta 4
(quatro) pilares em sua construção, quais sejam:
• simplificação metodológica;
• realismo fiscal;
• integração entre planejamento e avaliação; e
• visão estratégica e foco em resultados.

Conforme a figura seguinte, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende 3 dimensões:


1) a Dimensão Estratégica, composta pelos eixos da Estratégia Nacional de Desenvolvi-
mento Econômico e Social (Endes), as diretrizes do PPA e os Temas.
2) a Dimensão Tática, composta pelos Programas e seus objetivos, meta e indicador de
resultado.
3) a Dimensão Operacional, em que estão as ações orçamentárias e não orçamentárias.

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Eixos estratégicos
Legenda
estratégica
Dimensão

Diretrizes PPA Integração PPA

Não
Tema LOA
orçamentário
Dimensão

indicador de
tática

Programa objetivo meta


resultado

Ação Plano
Produto
operacional

orçamentária orçamentário
Dimensão

Ação não
Produto
orçamentária

Segundo a metodologia para elaboração do PPA 2020-2023, foram adotados os seguintes


conceitos:
Diretrizes – possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e indicam as pre-
ferências políticas dos governantes eleitos.
Temas – buscam refletir a estrutura institucional adotada pela administração federal.
Programa – é a categoria que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não orçamen-
tárias) suficientes para enfrentar um problema. Seu desempenho deve ser passível de aferição.
Assim sendo, a ótica de organização governamental integrando Planejamento e Orçamen-
to está consubstanciada na ligação das ações orçamentárias e não orçamentárias direta-
mente aos novos programas. Portanto, o produto de uma ação, como resultado, deve visar a
concretização/realização dos objetivos pretendidos nos programas.
O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do objetivo e o
cumprimento da meta geral estabelecida para um programa finalístico, mensurada por um
indicador de resultado.
Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos progra-
mas do novo PPA, a metodologia visa contribuir para um adequado desenho dos programas,
o que posteriormente auxilia na avaliação das políticas públicas na medida em que identifica

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Despesa Pública – Parte I
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claramente os objetivos e resultados esperados do programa, bem como os indicadores de


resultado.

No PPA 2020-2023 temos 2 tipos de programas, os programas finalísticos e os programas de


gestão, além das operações especiais.

O Programa Finalístico pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações orça-
mentárias e não orçamentárias suficientes para enfrentar um problema da sociedade com
definição de objetivos, metas e unidade responsável.
Em outras palavras, os programas finalísticos resultam em bens e serviços diretamente
prestados à sociedade.

Exemplo: Programa Brasil Universitário.

O Programa de Gestão pode ser conceituado como sendo um conjunto de ações orçamen-
tárias e não orçamentárias que não são passíveis de associação aos programas finalísticos,
ou seja, abrange ações de gestão governamental.

Exemplo: Programa Gestão da Política de Saúde.

O PULO DO GATO
Registre-se que somente os programas finalísticos têm definidos unidade responsável, obje-
tivo, meta e indicador, ou seja, os programas de gestão não têm esses atributos.

DICA
No PPA somente temos os programas finalísticos e gestão,
mas na LOA temos os programas tipo operações especiais, já
que eles não integram o PPA.

De acordo com o mestre Augustinho Paludo:

Os programas são definidos e organizados no PPA, após a etapa de elaboração da “dimensão estra-
tégica” que define diretrizes, objetivos e metas.

Guarde que, para alcançar os objetivos estratégicos definidos no PPA toda a ação do gover-
no deve estar estruturada em programas.

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Os programas, por sua vez, nada mais são do que uma organização de ações, e, devemos
que destacar que são as execuções das ações que tornam um programa algo prático por meio
do alcance do seu objetivo e das suas metas, ou seja, as ações é que são executáveis.

O PULO DO GATO
Em suma, as ações são instrumentos de realização dos programas.

A ação orçamentária representa operação da qual resultam produtos (bens ou serviços)


que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito de
ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas
físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, e
os financiamentos.
No âmbito da despesa pública, de acordo com o mestre Augustinho Paludo:

Nenhuma ação pode conter simultaneamente dotações destinadas a despesas financeiras e primá-
rias, ressalvada a reserva de contingência.

É importante registrar que na LOA uma ação orçamentária padronizada pode estar vincula-
da a mais de um objetivo e que as ações devem estar relacionadas às subfunções relativas à
finalidade do gasto, independente do ente público a que pertençam.
Nesse sentido, o MTO recomenda que quando do cadastro das ações, deve-se primeiro
identificar se ela é uma atividade, um projeto ou uma operação especial e, em seguida, faz-se
o registro das demais características das ações como título, tipo, descrição, base legal, produ-
to, unidade de medida etc.
Desse modo, precisamos agora conhecer os conceitos dos 3 tipos de ações: atividade,
projeto e operações especiais.
A Atividade é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um
programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e perma-
nente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Exemplos:
Despesas com manutenção, com atividades de fiscalização e monitoramento e campanhas
anuais de vacinação.
Ação 4339 - Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.

O Projeto é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um pro-


grama, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um pro-
duto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.

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Despesa Pública – Parte I
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Pode-se dizer as ações do tipo projeto aumentam a produção pública e criam condições
para novas atividades ou que tratam de ações inéditas com prazo determinado.

Exemplos:
Construção de uma escola ou de um hospital.
Ação 7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO.

DICA
Cada projeto ou atividade, devidamente quantificada em sua
unidade de medida, somente pode ser associada a um único
produto, dando origem à respectiva meta.

A Operação Especial é usada para despesas que não contribuem para a manutenção, ex-
pansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto e não
geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Pense, por exemplo, em uma despesa com juros da dívida pública ou em uma despesa com
contribuição para organismos internacionais como a ONU. Essas despesas não contribuem
para a manutenção das ações do governo e não geram bens e serviços para a população
sendo, portanto, operações especiais.

Destaque-se que as operações especiais têm como característica não retratar a atividade
produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para a produção de bens ou ser-
viços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
Guarde que, por sua vez, o Plano Orçamentário - PO é, nas palavras do MTO, uma identifi-
cação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamen-
tária, que tem por finalidade permitir que tanto a elaboração do orçamento quanto o acompa-
nhamento físico e financeiro da execução ocorram em um nível mais detalhado do que o do
subtítulo (localizador de gasto) da ação. O código do PO é uma identificação alfanumérica de
quatro posições.
A estrutura da programação orçamentária da despesa é dividida em programação qualita-
tiva e programação quantitativa. Vamos conhecê-los e diferenciá-los.
Programação qualitativa - o programa de trabalho define qualitativamente a programação
orçamentária e deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que carac-
terizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos
de informação: Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional,
Estrutura Programática e principais informações do Programa e Ação.

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Despesa Pública – Parte I
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BLOCOS DA ESTRUTURA ITEM DA ESTRUTURA PERGUNTA A SER RESPONDIDA

CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ESFERA ORÇAMENTÁRIA EM QUAL ORÇAMENTO?

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL ÓRGÃO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA QUEM É O RESPONSÁVEL POR FAZER?

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO EM QUE ÁREAS DE DESPESA A AÇÃO


CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
GOVERNAMENTAL SERÁ REALIZADA?

PROGRAMA
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA
O QUE SE PRETENDE ALCANÇAR COM
AÇÃO: DESCRIÇÃO,FORMA DE A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA
INFORMAÇÕES PRINCIPAIS DA AÇÃO PÚBLICA?
IMPLEMENTAÇÃO, PRODUTO, UNIDADE
DE MEDIDA E SUBTÍTULO
O QUE SERÁ DESENVOLVIMENTO PARA
ALCANÇAR O OBJETIVO DO PROGRAMA?
O QUE É FEITO? COMO É FEITO? O QUE
SERÁ PRODUZIDO OU PRESTADO? COMO
É MENSURADO? ONDE É FEITO? ONDE
ESTÁ O BENEFICIÁRIO DO GASTO?

Programação quantitativa: compreende a programação física e financeira.


A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto por meio da meta
física, que corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionaliza-
da, se for o caso, num determinado período e instituída para cada ano.
As metas físicas são indicadas são indicadas no nível de subtítulo e agregadas de acordo
com os respectivos projetos, atividades ou operações especiais.

O exemplo clássico é o da vacinação dos idosos contra a gripe, em que a meta é regionalizada
de acordo com o número de idosos de cada Estado, mesmo sendo uma campanha nacional e
as vacinas sejam compradas pelo Governo Federal.

Já a programação financeira define o que adquirir e com quais recursos, por meio da natu-
reza da despesa, identificador de uso, fonte de recursos, identificador de operações de crédito,
identificador de resultado primário, dotação e justificativa.

DICA
É por meio da classificação quantitativa financeira que os re-
cursos correspondentes aos créditos orçamentários pretendi-
dos são inseridos na programação, com a especificação das
respectivas fontes de recursos.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

ITEM DA ESTRUTURA
PERGUNTA A SER RESPONDIDA

QUAL O EFEITO ECONÔMICO DA


CATEGORIA ECONÔMICA DA DESPESA
REALIZAÇÃO DA DESPESA?

GRUPO DE NATUREZA DE
EM QUAL CLASSE DE GASTO SERÁ
REALIZADA A DESPESA?
DESPESA(GND)

DE QUE FORMA SERÃO APLICADOS OS


MODALIDADE DE APLICAÇÃO
RECURSOS?

ELEMENTO DE DESPESA
QUAIS OS INSUMOS QUE SE PRETENDE
UTILIZAR OU ADQUIRIR?
IDENTIFICADOR DE USO (IDUSO)

FONTE DE RECURSOS OS RECURSOS SÃO DESTINADOS PARA


CONTRAPARTIDA?

IDENTIFICADOR DE DOAÇÃO E DE
DE ONDE VIRÃO OS RECURSOS PARA
OPERAÇÃO DE CRÉDITO (IDOC) REALIZAR A DESPESA?

IDENTIFICADOR DE RESULTADO A QUE OPERAÇÃO DE CRÉDITO


OU DOAÇÃO OS RECURSOS SE
PRIMÁRIO RELACIONAM?

DOTAÇÃO QUAL O EFEITO DA DESPESA SOBRE O


RESULTADO PRIMÁRIO DA UNIÃO?

QUAL O MONTANTE ALOCADO?

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Exemplo Estrutura Completa da Programação Extraída do MTO

3.6. Quanto à Natureza da Despesa (Por Categorias)


A classificação “por natureza”, também chamada de classificação econômica, basicamen-
te divide as despesas em correntes (não contribuem diretamente para a formação de ou aqui-
sição de um bem de capital) e as despesas de capital (que contribuem diretamente para a
formação de ou aquisição de um bem de capital).
É importante informar que a classificação econômica foi instituída pela Lei n. 4.320/1964,
sendo adotada até hoje, com as devidas atualizações instituídas pela Portaria SOF/STN
163/2001. Aqui temos um ponto importante: as bancas cobram tanto as classificações da Lei
n. 4.320/1964 quanto da PORTARIA 163/2001. Por isso precisamos conhecer as 2 classifica-
ções e prestar MUITA ATENÇÃO AO COMANDO DA QUESTÃO, de modo a identificar exatamen-
te qual classificação a banca quer.

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Despesa Pública – Parte I
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Pela Lei n. 4.320/1964, as despesas correntes são divididas em despesas de custeio e


transferências correntes. Já as despesas de capital são divididas em investimentos, inversões
financeiras e transferências de capital.
A Lei n. 4.320/1964 trata da classificação da despesa por categoria econômica e elemen-
tos em seus artigos 12 e 13, mas atualmente, em regra, devemos seguir o Anexo II da Portaria
Interministerial SOF/STN 163/2001. Registre-se ainda que, de acordo com o artigo 6º dessa
Portaria, “Na LOA, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação”.
Nessa pegada, o conjunto de informações que formam o código é conhecido como classi-
ficação por natureza de despesa e informa a Categoria econômica, o Grupo a que pertence, a
Modalidade de aplicação e o Elemento, e o desdobramento facultativo do elemento da Despe-
sa (sub elemento).

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Categoria Grupo de Natureza Modalidade de Elemento de
Subelemento
Econômica da Despesa Aplicação Despesa

Exemplo: código “3.1.90.11.00”, segundo o esquema abaixo:


Categoria Econômica
Grupo de Natureza da Despesa
Modalidade de Aplicação
Elemento de Despesa
Desdobramento Facultativo do elemento (Subelemento)

3 1 90 11 00

Vencimentos e Vantagens Fixa: Pessoal Civil


Aplicação Direta
Pessoal e Encargos Sociais
Despesa Corrente

DICA
Guarde o mnemônico: C-G-MM-EE-DD, CGMMEE ou CGMED.

Em outras palavras, a classificação por natureza, na verdade, engloba as classificações


por categoria econômica, por grupo de despesa, por modalidade de aplicação e pelo elemen-
to de despesa.

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Despesa Pública – Parte I
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Dessa forma, constitui-se um código de seis dígitos, no qual o primeiro dígito indica a
categoria econômica (3-corrente ou 4-capital), o segundo, o grupo de natureza de despesa
(1 a 6), o terceiro e quarto indicam a modalidade de aplicação e os dois últimos, o elemento
de despesa.

Memorize:
Com 6 dígitos (sem os desdobramentos dos subelementos
que são facultativos) C-G-MM-EE.
Com 8 dígitos (completo, com os subelementos) C-G-MM-EE-
-DD.

No que diz respeito a Categoria econômica obedece ao critério econômico, e denota o


impacto dos gastos públicos na economia do país, sendo classificada em duas categorias
econômicas, com os seguintes códigos:
3 - Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4 - Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Classificação por ND: Categoria Econômica


Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir para formação ou aquisi-
ção de um bem de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
Não contribui para Pode provocar registro
DESPESA
formação ou aquisição em ATIVOS ou PASSIVO
CORRENTE
bem de capital CIRCULANTES.
Contribui para formação
Provoca, em geral,
DESPESA DE ou aquisição de bem de
registro no ATIVO ou no
CAPITAL capital ou amortização
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
de dívida

Permitida a reprodução total ou parcial desta


publicação desde que citada a fonte.

No que diz respeito ao Grupo de natureza de despesa – GND, podemos dizer que é um agre-
gador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto.

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No que diz respeito à Modalidade de Aplicação, podemos dizer que, visando eliminar a
dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados, indica se os recursos serão
aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orça-
mentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para enti-
dades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade
detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível
de Governo. Ressalte-se que a modalidade de Aplicação 90 é a mais utilizada, pois é a aplica-
ção direta do recurso público pelo próprio ente.
No que diz respeito ao Elemento de despesa, podemos dizer que tem por finalidade identifi-
car os objetos de gasto, enquanto o seu desdobramento facultativo visa atender necessidades
específicas de escrituração contábil e controle da execução orçamentária.
A título meramente exemplificativo, podemos mencionar o caso das despesas com aqui-
sição de material de consumo que tem a natureza da despesa classificada como 3.3.90.30.
São classificadas como “3 - Despesas Correntes”, no grupo de despesa “3 – Outras Des-
pesas Correntes”. Como essa despesa executada diretamente pela União, quanto à modali-
dade de aplicação é classificada “90 – Aplicações Diretas. Já o elemento de despesa no qual
devem ser registrados os gastos com aquisição de material de consumo é o “30 – Material
de Consumo”.

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O PULO DO GATO
É importante saber que a classificação por natureza de despesa é obrigatória para todos os
entes da federação e tem por finalidade a obtenção de informações macroeconômicas sobre
os efeitos dos gastos do setor público na economia e o controle gerencial do gasto. Guarde
ainda que o conjunto de informações que constitui a natureza de despesa orçamentária forma
um código estruturado que agrega a categoria econômica, o grupo, a modalidade de aplicação
e o elemento. Também, compõe o código o sub elemento que é facultativo.

Ressalte-se que a categoria econômica e o grupo de natureza integram a classificação


econômica, que tem por objetivo de evidenciar o efeito econômico da realização da despesa.
Nessa pegada, essa classificação viabiliza o fornecimento de elementos para avaliação do
efeito econômico das transações do setor público, com ênfase no efeito dos gastos sobre a
economia. A seguir uma visão sistematizada da classificação quanto à natureza da despesa:
Registre-se que o 5º nível, desdobramento facultativo ou sub elemento deve ser aplicado
de acordo com a necessidades cada Ente em termos de escrituração contábil e controle da
execução orçamentária.

015. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Independentemente do ente federativo, para fins de escrituração contábil e controle da execu-
ção orçamentária, é obrigatório o desdobramento dos elementos de despesa em níveis meno-
res de classificação.

Na verdade, o Elemento de Despesa identifica o objeto do gasto e o Desdobramento do Ele-


mento de Despesa é Facultativo, conforme necessidades de escrituração contábil e controle
da execução orçamentária.

O PULO DO GATO
No que diz respeito à natureza da despesa orçamentária, as reservas não são classificadas
como despesas correntes nem como despesas de capital. Para efeito de classificação, as
reservas do RPPS – Regime Próprio de Previdência Social e as reservas de contingência serão
identificadas como grupo “9”, todavia, não são passíveis de execução, servindo de fonte para

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

abertura de créditos adicionais, mediante os quais se dará efetivamente a despesa que será
classificada nos respectivos grupos.
Errado.

3.7. Classificação por Categoria Econômica (1º Nível)


A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 12, instituiu a classificação das despesas segundo
sua categoria econômica, que é dividida em duas categorias: Despesa Corrente e Despesa
de Capital.
As Despesas Correntes são as que não contribuem diretamente para a formação ou
aquisição de um bem de capital. São, portanto, as que contribuem para a manutenção das
atividades.

O PULO DO GATO
As Despesas de Capital, ao contrário, contribuem diretamente para a formação ou aquisição
de um bem de capital, implicando em aumento patrimonial.

Não contribui para formação ou


Despesa corrente aquisição de bem de capital

Pode provocar registro em ativos ou


Classificação da despesa passivos circulares
por categoria econômica
Contribui para formação ou aquisição
Despesa de de bem de capital
capital
Provoca geralmente registro no ativo
ou passivo NÃO circulante

016. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios reali-


zados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a
realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
Segundo a categoria econômica, as despesas públicas são classificadas em despesas corren-
tes e despesas de capital.

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Despesa Pública – Parte I
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Confira a classificação da despesa pública quanto à categoria econômica diretamente no


MCASP, com grifos nossos:

4.2.4.2. Categoria Econômica


A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária, é classificada em duas categorias
econômicas, com os seguintes códigos:
3 Despesas Correntes
4 Despesas de Capital.
Certo.

Vamos detalhar mais isso.


Despesas Correntes
As Despesas Correntes são subdivididas em Despesas de Custeio e Transferências
Correntes.
3. Despesas Correntes
3.1. Despesas de Custeio
3.2. Transferências Correntes
Segundo o artigo 12, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, as Despesas de Custeio são aquelas des-
tinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a
obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
As Transferências Correntes, por outro lado, são as dotações para despesas às quais não
corresponda contraprestação direta em bens ou serviços.
Além dessas, classificam-se como correntes as contribuições e subvenções destinadas a
atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado, neste caso, evidente-
mente, com contraprestação em bens ou serviços deficitários, mas de interesse público.
As transferências podem ser constitucionais, legais, decorrentes de convênios ou contra-
tos de repasse ou simplesmente decorrentes de autorizações orçamentárias.
As subvenções são transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades
beneficiadas, distinguindo-se como subvenções sociais e econômicas.
As subvenções sociais são as que se destinem a instituições públicas ou privadas de cará-
ter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa.
As subvenções econômicas são as que se destinem a empresas públicas ou privadas de
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subven-
ções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educa-
cional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objeti-
vos, revelar-se mais econômica.

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Despesa Pública – Parte I
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O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base em unidades de
serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados obedecidos os pa-
drões mínimos de eficiência previamente fixados.
Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas satisfatórias pe-
los órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou
não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas cor-
rentes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas as dotações destinadas a co-
brir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros
alimentícios ou outros materiais e as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a
produtores de determinados gêneros ou materiais.
A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qualquer título, a empresa de fins
lucrativos, salvo quando se tratar de subvenções cuja concessão tenha sido expressamente
autorizada em lei especial.

Despesas de Capital

As Despesas de Capital são subdivididas em Investimentos, Inversões Financeiras e Trans-


ferências de Capital.
4. Despesas de Capital
4.1. Investimentos
4.2. Inversões Financeiras
4.3. Transferências de Capital
Investimentos: são as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as
destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à sua realização, bem como para
os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material per-
manente e constituição ou aumento do capital de empresas industriais ou agrícolas.
É importante destacar que são classificados como Investimentos, as Sentenças Judiciárias
e Despesas de Exercícios Anteriores, quando expressamente se referirem a investimentos.
Inversões Financeiras: são as dotações destinadas à aquisição de imóveis, ou de bens de
capital já em utilização, aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entida-
des de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, e
a constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
A construção de um prédio, portanto, constitui investimento, enquanto a aquisição de um
prédio já em utilização consiste em inversão financeira. A aquisição de um imóvel novo para
ser utilizado especificamente no fim a que se destina o órgão público é classificada como in-
vestimento.

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Despesa Pública – Parte I
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As despesas de capital do grupo investimento contribuem para a formação do Produto Interno


Bruto, diferentemente da despesa de capital do grupo inversão financeira, que não contribui
para o incremento do PIB.

017. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 determina que a dotação para a constituição de instituição


bancária seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:

Art. 12, § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Errado.

Saiba que o PIB - Produto Interno Bruto se refere ao valor agregado de todos os bens e
serviços finais produzidos dentro do território econômico do país, independentemente da na-
cionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses bens e serviços.
Assim, a despesa de capital só impacta o PIB se servir para agregar valor aos bens e servi-
ços finais dessa economia.
No caso de uma inversão financeira, como a aquisição de um prédio já pronto (usado) para
a instalação de um serviço público não agrega valor à economia, não alterando o PIB.
Já os investimentos são as despesas de capital que agregam valor aos bens e, gerando
acréscimos ao PIB.

Veja, por exemplo, a construção de um novo prédio para abrigar um órgão público, que é uma
despesa de capital - investimento, incrementou o PIB ao agregar valor a um bem que não exis-
tia (prédio novo).

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018. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Se determinado órgão público precisar adquirir equi-


pamentos novos necessários à execução de determinada obra, a despesa correspondente
será classificada como
a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.

Caro(a) aluno(a), a despesa correspondente à aquisição de equipamentos novos necessários


à execução de determinada obra, deve ser classificada como investimento, pois se enquadra
na definição legal desse tipo de gasto: “despesas com softwares e com o planejamento e a
execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente”.
Letra d.

Transferências de Capital: são as dotações para investimentos ou inversões financeiras


que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de con-
traprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contri-
buições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem
como as dotações para amortização da dívida pública.

3.8. Quanto ao GND - Grupo de Natureza da Despesa (2º Nível)


Basicamente o grupo- GND funciona como um agregador de elementos de despesa, man-
tendo as mesmas características no que diz respeito ao objeto do gasto. A ideia é que a clas-
sificação por Grupo de Natureza de Despesa - GND agrupe aquelas despesas com caracterís-
ticas comuns.
Em termos de utilidade prática dessa classificação, podemos citar o caso do atendimento
às emendas no Congresso Nacional quando, por exemplo, por força de dispositivos constitu-
cionais, as despesas classificadas nos GND 1, 2 e 6 não podem ser canceladas.

DICA
A classificação por GND diverge daquela por Grupo de Despe-
sa utilizada nas leis de orçamento.

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A Classificação GND é a seguinte.

3.8.1. GND das Despesas Correntes

1 – pessoal e encargos sociais: despesas de natureza salarial decorrentes do pagamento


pelo efetivo exercício do cargo ou do emprego ou de função de confiança no setor público, quer
civil ou militar, ativo ou inativo, bem como das obrigações trabalhistas de responsabilidade do
empregador, incidentes sobre a folha de salários.
2 – juros e encargos da dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida públi-
ca mobiliária federal.
3 – outras despesas correntes: despesas com aquisição de material de consumo, paga-
mento de serviços prestados por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa jurídica,
independentemente de forma contratual, e outras da categoria econômica “Despesas Corren-
tes” não classificáveis nos grupos anteriores.

3.8.2. GND das Despesas de Capital

4 – investimentos: despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras,


inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas,
com assim com os programas especiais de trabalho (regime de execução especial) e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 – inversões financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entida-
des de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
e com a constituição ou aumento do capital de empresas que visem a objetivos comerciais ou
financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
6 – amortização da dívida: despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal
e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mo-
biliária. Os GND 1, 2 e 3 constituem as despesas correntes, e os GND 4, 5 e 6, as despesas de
capital, segundo a classificação por categoria econômica.

Não confunda “amortização de dívida” com “amortização de empréstimos”, que é uma das
origens das receitas de capital. Guarde que o grupo “amortização da dívida” deve ser classi-
ficado na categoria econômica das despesas de capital. Guarde ainda que o grupo “juros e
encargos da dívida” deve ser classificado na categoria econômica de despesas correntes.

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3.9. Quanto à Modalidade de Aplicação (3º Nível)


É importante saber que a classificação por modalidade de aplicação serve para possibili-
tar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
Nessa linha de pensamento, serve para indicar se os recursos serão aplicados:
Diretamente pela própria unidade detentora do crédito orçamentário ou pela entidade no
âmbito do mesmo nível de governo.
OU
Indiretamente, via transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização or-
çamentária para outras esferas de governo, seus órgãos ou entidades, ou ainda para entidades
privadas sem fins lucrativos e outras instituições.
A especificação da modalidade de aplicação observará, no mínimo, o seguinte de-
talhamento:
30 – governo estadual;
40 – administração municipal;
50 – entidade privada sem fins lucrativos;
90 – aplicação direta; ou
99 – a ser definida.
Em outras palavras, a modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão
aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou transferidos, ainda
que na forma de descentralização, a outras esferas de governo, órgãos ou entidades, de acor-
do com a especificação estabelecida pela Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG (que foi absorvido pelo Ministério da Economia),
observando-se, no mínimo, o seguinte detalhamento:

20 – Transferências à União

Despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transfe-
rência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.

30 – Transferências a Estados e ao Distrito Federal

Despesas realizadas mediante transferências de recursos financeiros da União ou dos


Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administra-
ção indireta.

40 – Transferências a Municípios

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Esta-


dos aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.
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50 – Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades sem fins


lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

60 – Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades com fins


lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

70 – Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades nacio-


nais, criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.

80 – Transferências ao Exterior

Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos e entidades


governamentais pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a fundos instituí-
dos por diversos países, inclusive aqueles que tenham sede ou recebam os recursos no Brasil.

90 – Aplicações Diretas

Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriundos de
descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguri-
dade Social, no âmbito da mesma esfera de governo. Essa é a modalidade de aplicação mais
usada, já que é a aplicação direta do recurso pelo órgão.

99 – A Definir

Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para classificação orçamen-


tária da Reserva de Contingência e da Reserva do RPPS, vedada a execução orçamentária
enquanto não houver sua definição.

3.10. Quanto ao Elemento de Despesa (4º Nível)


A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 15, estabelece o princípio da descriminação que exige
que as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define ele-
mentos como:

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O desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve
a administração pública para a consecução dos seus fins.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO normalmente reafirma a necessidade de que as leis


orçamentárias venham discriminadas por elementos de despesa, mas abre a possibilidade de
que essa discriminação esteja disponível apenas em meio eletrônico.
Na prática, o projeto de lei orçamentária impresso é encaminhado ao Congresso Nacional
sem a discriminação por elemento de despesa. A informação, contudo, estará disponível em
meio eletrônico aos membros do Congresso.
Os elementos de despesa não são avaliados durante a tramitação do projeto de lei no Con-
gresso Nacional. Aprovada a lei orçamentária, o Poder Executivo faz as adequações necessá-
rias das despesas no nível de elemento.
A classificação da despesa quanto ao seu elemento de despesas visa identificar os objetos
de gasto, ou seja, aquilo que será adquirido, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e ou-
tros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.
Como exemplos de elemento de despesa, temos: 01 - Aposentadorias e Reformas, 13 -
Obrigações Patronais, 19 - Auxílio Fardamento, 43 - Subvenções Sociais, 51 – Obras e Instala-
ções, dentre outros.

3.11. Classificação da Lei n. 4.320/1964


O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo da
Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas...

Por sua vez, de acordo com o previsto o artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, a estrutura de agru-
pamento está um pouco diferente da estrutura atual, mas não está errado, já que a estrutura
atual está apenas um pouco mais detalhada.
Se numa eventual questão de prova o examinador pedir para você julgar a seguinte asser-
tiva: “de acordo com a lei n. 4.320/1964, as despesas correntes têm como grupo despesas de
custeio e transferências correntes”, você pode marcar a questão como correta.

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Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:
DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital”
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços ante-
riormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens
imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não cor-
responda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções
destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir
despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras,
inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últi-
mas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos
e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter
comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais
ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que
outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo
derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações
para amortização da dívida pública”.

Já o artigo 13 da Lei n. 4.320/1964 apresenta os elementos:

Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou especificação da des-
pesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de governo, obedecerá ao seguinte
esquema:

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DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL


Despesas de Custeio Investimentos
- Pessoa Civil -Obras Públicas
- Pessoal Militar -Serviços em Regime de Programação Espe-
- Material de Consumo cial
- Serviços de Terceiros -Equipamentos e Instalações
- Encargos Diversos -Material Permanente
Transferências Correntes -Participação em Constituição ou Aumento de
- Subvenções Sociais Capital de Empresas ou Entidades Industriais
- Subvenções Econômicas ou Agrícolas
- Inativos Inversões Financeiras
- Pensionistas - Aquisição de Imóveis
- Salário Família e Abono Familiar - Participação em Constituição ou Aumento de
- Juros da Dívida Pública Capital de Empresas ou Entidades Comerciais
-Contribuições de Previdência Social ou Financeiras
-Diversas Transferências Correntes. - Aquisição de Títulos Representativos de Ca-
pital de Empresa em Funcionamento
- Constituição de Fundos Rotativos
- Concessão de Empréstimos
- Diversas Inversões Financeiras
Transferências de Capital
- Amortização da Dívida Pública
- Auxílios para Obras Públicas
- Auxílios para Equipamentos e Instalações
- Auxílios para Inversões Financeiras
- Outras Contribuições.

É importante destacar que a participação em constituição ou aumento de Capital de Empre-


sas ou Entidades Industriais ou Agrícolas é considerada investimento e a participação em
constituição ou aumento de Capital de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras é
considerada inversão financeira.

Essa diferenciação aparece na literalidade do artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, sendo que


esse dispositivo legal não foi revogado. Entretanto, no MTO, essa diferenciação NÃO É APRE-
SENTADA. Confira no trecho extraído do MTO com grifos nossos:

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4 - Investimentos - Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de
obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas,
e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
5 - Inversões Financeiras - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital
já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qual-
quer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a cons-
tituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

Existem diferenças no conceito de inversões financeiras entre a Lei n. 4.320/1964 e o previsto


nos Manuais que orientam a Classificação por Natureza da Despesa. Note que enquanto nos
Manuais temos que são inversões financeiras a despesa orçamentária com a constituição ou
aumento do capital de empresas (sem restrições); a Lei n. 4.320/1964 prevê que são inversões
financeiras apenas as despesas orçamentárias com a constituição ou aumento do capital de
entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações
bancárias ou de seguros (e as demais despesas orçamentárias com a constituição ou aumen-
to do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro são classificadas
como investimentos).

019. (CESPE/PREFEITURA-MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.

Na verdade, a Lei n. 4.320/1964 determina que a dotação para a constituição de instituição


bancária seja classificada como inversão financeira. Confira com grifos nossos:

Art. 12, § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Errado.

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RESUMINDO, na Lei n. 4.320/1964 TEMOS:

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

O artigo 15 da lei n. 4.320/1964, diz que a despesa na lei do orçamento será detalhada até
o nível elemento e seu §2º traz o requisito para classificação de material permanente como
duração superior a dois anos:

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras
e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração su-
perior a dois anos.

Note que de acordo com a Lei n. 4.320/1964, a Lei de Orçamento, a discriminação da despesa
far-se-á no mínimo por elementos (artigo 15), sendo por elementos o desdobramento da des-
pesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração
pública para consecução dos seus fins.
Mas, de modo distinto, pela Portaria 163/2001, na LOA, a discriminação da despesa, quanto
à sua natureza, far-se-á, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa
e modalidade de aplicação.

DICA
Em uma questão de prova fique atento ao comando da ques-
tão. Se citar a legislação, responda conforme a situação ante-
rior. Se não citar, qualquer das duas situações estão corretas.

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Despesa Pública – Parte I
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3.12. Classificação na LRF


A LRF – Lei de responsabilidade Fiscal também traz informações acerca da Classificação
da Despesa, e determina que o RREO - Relatório Resumido de Execução Orçamentária deverá
conter o balanço orçamentário e o demonstrativo de execução das despesas classificados
quanto à natureza. Veja:

Art. 52. O relatório a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o
Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre e composto
de:
I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa liquidada
e o saldo;
II – demonstrativos da execução das:
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando dotação
inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício.

3.13. Portaria Interministerial n. 163/2001


A Portaria n. 163/2001 regulou o uso da classificação por natureza para elaboração e
controle dos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios e do Distrito Federal. Veja:

Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:


I – categoria econômica;
II – grupo de natureza da despesa;
III – elemento de despesa;
§ 1º A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “modali-
dade de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por
órgãos ou por entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e
suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem
dos recursos transferidos ou descentralizados.
§ 2º Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregação de elementos de despesa que
apresentam as mesmas características quanto ao objeto de gasto.
§ 3º O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimen-
tos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qual-
quer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros de que a administração pública se serve para a consecução de seus fins.
§ 4º As classificações da despesa por categoria econômica, por grupo de natureza, por modalidade
de aplicação e por elemento de despesa, e respectivos conceitos e/ou especificações, constam do
Anexo II desta Portaria.
§ 5º É facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das
necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária”.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Observe que no artigo 5º dessa portaria, a exigência maior de detalhamento é para a exe-
cução do orçamento. Lembre-se de que para a elaboração do orçamento, ou seja, para a LOA,
consta apenas a exigência de classificação por grupo e modalidade (a e b).

Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º, a estrutura da natureza da despesa a ser observada
na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd”, onde:
a) ’c’ representa a categoria econômica;
b) ‘g’ o grupo de natureza da despesa;
c) ’mm’ a modalidade de aplicação;
d) ’ee’ o elemento de despesa; e
e) ’dd’ o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa.

3.14. Classificação Regional


As despesas públicas são distribuídas por região, estados e municípios. Há casos em que
as despesas são especificadas até em bairros de cidades, mas essa localização não faz parte
da classificação regional.
A classificação regional consiste em instrumento que visa possibilitar a verificação do
atendimento ao dispositivo constitucional que determina o uso das leis orçamentárias, com-
patibilizadas com o Plano Plurianual - PPA, para reduzir as desigualdades inter-regionais
segundo o critério populacional.
Para evitar confusão entre Municípios com o mesmo nome, mas em Estados diferentes,
cada Municípios recebe um código de identificação composto de cinco dígitos, que é forneci-
do pelo IBGE no início de cada processo orçamentário no Congresso Nacional.

3.15. Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado


A LRF, também conhecida por nós como Lei Complementar n. 101 de 2000 (Lei de Respon-
sabilidade Fiscal) introduziu na Administração Pública o conceito de despesa obrigatória de
caráter continuado, assim definida no art. 17 da LRF: “Considera-se obrigatória de caráter conti-
nuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que
fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios”.
A estimativa da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado é
um requisito introduzido pela LRF, para assegurar que não haverá a criação de nova despesa
sem fontes consistentes de financiamento, entendidas essas como aumento permanente de
receita ou redução de outra despesa de caráter continuado.
O aumento permanente de receita é definido como aquele proveniente da elevação de alí-
quotas, ampliação da base de cálculo ou majoração ou criação de tributo ou contribuição (§
3º do art. 17 da LRF).

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Demonstrar Origem dos Recursos


Demonstrar que não afeta as metas fiscais

Medidas que devem Estimar o impacto financeiro e orçamentário


ser adotadas no exercício inicial e nos 2 seguintes
Adotar medidas compensatória via aumento de
DOCC - DESPESAS receitas ou redução permanente da despesa
OBRIGATÓRIAS DE
CARÁTER
CONTINUADO
Serviço da Dívida
Exceções às
Reajuste da remuneração de pessoal
medias
conforme inciso X do artigo 37 da CF/1988

Em suma, considera-se como obrigatória de caráter continuado a despesa corrente deri-


vada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obriga-
ção legal de sua execução por um período superior a dois exercícios (caput do art. 17 da LRF).

3.16. Quanto à Regularidade ou Periodicidade


Podem ser ordinárias, aquelas despesas perenes e que possuem característica de conti-
nuidade, pois se repetem em todos os exercícios, como as despesas com pessoal, encargos
etc. ou extraordinárias, aquelas que não integram sempre o orçamento, pois são despesas de
caráter não continuado, eventual, inconstante, imprevisível, como as despesas decorrentes de
calamidade pública, guerras, comoção interna etc.

3.17. Quanto à Esfera Orçamentária


A classificação por esfera orçamentária, considerada pela Doutrina como sendo uma clas-
sificação qualitativa, serve apenas para identificar se o orçamento é fiscal, da seguridade social
ou de investimento das empresas estatais, conforme disposto no § 5º do art. 165 da CF/1988:
Orçamento Fiscal: referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Orçamento de Investimento: orçamento das empresas em que a União, direta ou indireta-
mente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e que sejam não dependentes.
Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da Administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público.

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3.18. Por Identificador de Uso – IDUSO e por Identificador De


Doação/Operação de Crédito - IDOC
A classificação por código do IDUSO, embora pouco presente em provas de concursos pú-
blicos, serve para completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se
a indicar se os recursos compõem contrapartida nacional de empréstimos, doações ou des-
tinam-se a outras aplicações, constando da lei orçamentária e de seus créditos adicionais.
As classificações por IDUSO são as seguintes:
0 Recursos não destinados à contrapartida.
1 Contrapartida de empréstimos do BIRD2.
2 Contrapartida de empréstimos do BID3.
3 Contrapartida de empréstimos por desempenho ou com enfoque setorial amplo.
4 Contrapartida de outros empréstimos.
5 Contrapartida de doações.
6 Recursos não destinados à contrapartida, para identificação dos recursos destinados à
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde.
Já a classificação por IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou opera-
ções de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de
recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados
com o Identificador de Uso – IDUSO – igual a 1, 2, 3 ou 4 e o IDOC com o número da respectiva
operação de crédito, enquanto para as contrapartidas de doações serão utilizados o IDUSO 5
e o respectivo IDOC.

3.19. Por Competência Institucional


Trata-se de uma classificação doutrinária que classifica as despesas de acordo com o
ente político competente à sua instituição ou realização, quais sejam: Governo Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Municipal.

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RESUMO
Conceito de Despesa Pública

A Despesa Pública representa o conjunto de dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de


Direito Público, com a finalidade de funcionamento dos serviços públicos e de atendimento
às necessidades coletivas aplicando certa quantia dentro de uma autorização legislativa, bus-
cando a manutenção das atividades do ente estatal ou para a conservação ou construção de
bens públicos, com exceção são as chamadas despesas extraorçamentárias. É importante
registrar que os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e
extraorçamentários.

Estágios/Fases da Despesa Pública

A execução da despesa orçamentária pública transcorre em três estágios, que, confor-


me previsto na Lei n. 4.320/1964, são: empenho, liquidação e pagamento. No entanto, a
doutrina majoritária inclui a fixação da despesa como sendo um dos estágios, integrando o
planejamento.
A etapa do planejamento e contratação abrange, de modo geral, a fixação da despesa or-
çamentária, a descentralização e movimentação de créditos, a programação orçamentária e
financeira e o processo de licitação.
O empenho é o primeiro estágio da despesa. Nos termos do disposto no art. 58 da Lei n.
4.320/1964, o empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de condição. O empenho
não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações orçamentárias destinadas à
satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito.
Usa-se o empenho ordinário para acudir despesas com montante previamente conhecido
e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez.
Já o empenho global atende às despesas com montante previamente conhecido, mas cujo
pagamento seja parcelado.
Por seu turno, para acolher despesas cujo valor não se possa determinar previamente,
usa-se o empenho por estimativa, como nos casos de contas de água, luz, telefone, diárias etc.
A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e
serviços contratados. Nos termos do disposto no art. 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da
despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
O pagamento é o terceiro e último estágio da despesa. Dispositivo constante do artigo 64
da Lei n. 4.320/1964 define: a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade com-
petente, determinando que a despesa seja paga.

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Classificações da Despesa Pública


Classificação da Despesas quanto à Presença no Orçamento
Despesas Orçamentárias

As despesas orçamentárias são aquelas que podem ser previstas na Lei Orçamentária
Anual e que financiam o funcionamento dos serviços públicos. Sua realização depende de
autorização legislativa.

Despesas Extraorçamentárias

São despesas extraorçamentárias as que não podem ser previstas na Lei Orçamentária
Anual e têm caráter transitório. Sua realização não se vincula à execução orçamentária.

Classificação quanto à Efetividade/Afetação Patrimonial

Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento de sua realização, reduz a situa-
ção líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesa Orçamentária Não Efetiva – aquela que, no momento da sua realização, não reduz
a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também cha-
mada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.

Classificação Institucional da Despesa

Classificação Institucional

25 2 01

ÓRGÃO OU
Ministério da Fazenda

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 – Direta
2 – Autarquia, Fundação e Agência
3 – Fundo

UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Banco Central do Brasil

Corresponde aos órgãos e à s unidades orçamentárias que constituem o agrupamento


de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas
dotações próprias.

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Classificação Funcional da Despesa Orçamentária

20 604 0371 2154


Ação (*): Classificação e inspeção de
produtos de origem animal
Programa

Subfunção: Produção animal

Função: Agricultura

Para que servem algumas classificações das despesas:

responde à indagação; “quem” é o responsável pela


Classificação Institucional
programação?

responde à indagação; “em que área” de ação governamental


Classificação Funcional
a despesa será realizada?

responde à indagação; “para que” os recursos são alocados?


Classificação Programática
(finalidade).

Classificação da Despesa por responde à indagação; “o que” será adquirido e “qual” o efeito
Natureza econômico da realização da despesa?

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Classificação da Despesa quanto à Natureza Econômica

Classificação por Categoria Econômica

Classificação por ND: Categoria Econômica


Categoria Econômica: identifica se o gasto vai contribuir para formação ou aquisi-
ção de um bem de capital.
CATEGORIA ECONÔMICA
Não contribui para Pode provocar registro
DESPESA
formação ou aquisição em ATIVOS ou PASSIVO
CORRENTE
bem de capital CIRCULANTES.
Contribui para formação
Provoca, em geral,
DESPESA DE ou aquisição de bem de
registro no ATIVO ou no
CAPITAL capital ou amortização
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
de dívida

Permitida a reprodução total ou parcial desta


publicação desde que citada a fonte.

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Classificação por Grupos de Natureza da Despesa

Classificação por Modalidade de Aplicação

CLASSIFICAÇÃO POR ND: MODALIDADE DE APLICAÇÃO

MODALIDADE DE APLICAÇÃO
20 TRANSFERÊNCIAS À UNIÃO
22 TRANSFERÊNCIAS DELEGADAS À UNIÃO
30 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL
31 TRANSFERÊNCIAS A ESTADOS E DF - FUNDO A FUNDO
32 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A ESTADO E DF
40 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS
41 TRANSFERÊNCIAS A MUNICÍPIOS - FUNDO A FUNDO
42 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A MUNICÍPIOS
50 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
60 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS
70 TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES MULTIGOVERNAMENTAIS
71 TRANSFERÊNCIAS A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
72 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DELEGADA A CONSÓRCIOS PÚBLICOS
80 TRANSFERÊNCIAS AO EXTERIOR
90 APLICAÇÕES DIRETAS
91 APLICAÇÃO DIRETA INTRA-ORÇAMENTÁRIA (OFSS)

Classificação quanto ao Elemento de Despesa

A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 15, estabelece o princípio da discriminação que exige que
as despesas sejam discriminadas, no mínimo, por elementos. Em seguida, define elementos

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como “o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras e outros meios de
que se serve a administração pública para a consecução dos seus fins”.

Classificação da Lei n. 4.320/1964

O artigo 2º da Lei n. 4.320/1964 estabelece que o orçamento terá quadro demonstrativo da


Receita e Despesa organizado pela Categoria Econômica.

A despesa é classificada nas seguintes categorias econômicas:


DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes
DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

Esquema:

Quanto à
Lei n. 46320/1964

Despesas Correntes Despesas de Capital

Transferências Despesas de Inversões Transferências


Investimentos
Correntes Custeio Financeiras de Capital

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Classificação por Esfera Orçamentária

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MAPA MENTAL
Pela forma de ingresso ou
presença no orçamento

Quanto à efetividade/ Despesa Extraorçamentária


afetação patrimonial Conceito
Despesas Orçamentárias
Institucional ou departamental

Funcional

Programática

Por natureza da despesa Classificações mais


importantes Fixação
Por categoria econômica Por estimativa

Por GND Empenho Ordinário


DESPESA
Estágios
Por modalidade de aplicação PÚBLICA Liquidação Global

Por elemento de despesa


Pagamento
Pela Lei n. 4.320/1964

Pela Portaria n. 163/2001

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e des-
pesas públicas.
Do ponto de vista orçamentário, as despesas públicas correspondem aos decréscimos nos
benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos, redução
de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido.

002. (CESPE/MPE-PI/TÉCNICO/2018) A propósito de despesa e receita públicas, julgue o


item subsequente.
De acordo com as normas de contabilização das receitas e das despesas públicas, as receitas
orçamentárias são contabilizadas pelo regime de caixa; e as despesas orçamentárias, pelo
regime de competência.

003. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
A fixação da despesa, que compreende a adoção de medidas em determinada situação ideali-
zada, conforme os recursos disponíveis e as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo, é
um dos estágios da despesa pública previstos na legislação em vigor.

004. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-


nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.
A autorização orçamentária deve preceder a execução financeira da despesa pública.

005. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Para realizar uma despesa pública, a autoridade com-


petente deve proceder, sucessivamente, às etapas de
a) fixação, programação financeira, pagamento, empenho e liquidação.
b) programação financeira, empenho, fixação, liquidação e pagamento.
c) fixação, empenho, programação financeira, liquidação e pagamento.
d) programação financeira, fixação, empenho, pagamento e liquidação.
e) fixação, programação financeira, empenho, liquidação e pagamento.

006. (CESPE/CGM/JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O empenho do tipo global é utilizado para despesas contratuais ou outras de valor determina-
do, sujeitas a parcelamento.

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007. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Acerca dos mecanismos necessários à execução do


orçamento, julgue o item que se segue.
O empenho de despesa impõe ao Estado uma obrigação de pagamento, ainda que o bem cor-
respondente não tenha sido fornecido ou o serviço correspondente não tenha sido prestado.

008. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No exercício de 2016, uma escola pública do DF rece-


beu dotação orçamentária para a execução do programa de merenda escolar. A dotação previa
dispêndio com despesas correntes para a aquisição de gêneros alimentícios necessários à
elaboração das refeições a serem servidas aos alunos daquela escola. A SEE/DF providenciou
licitação para a escolha da empresa que irá fornecer os gêneros. Com referência a essa situa-
ção hipotética, julgue o item subsequente.
No caso de o valor empenhado ser insuficiente para atender as despesas com a merenda esco-
lar, o executor de despesas deverá providenciar a anulação total do empenho e elaborar outro
empenho no valor adequado.

009. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios reali-


zados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a
realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
De acordo com a legislação vigente, para que determinado ente público efetue o pagamento
a fornecedores de material de consumo, basta que, no processo de execução orçamentária, a
despesa a que se refira o pagamento tenha sido empenhada.

010. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e despe-


sas públicas.
O estágio de pagamento da despesa caracteriza-se pelo despacho por meio do qual a autori-
dade competente determina que a despesa seja liquidada.

011. (CESPE/CGM/JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

012. (CESPE/CGM/JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Denomina-se despesa orçamentária a despesa que tenha sido realizada com o sacrifício de
receitas orçamentárias, ainda que não tenha sido objeto de dotação orçamentária.

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013. (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item subsequente.


Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida patrimo-
nial da entidade no momento de sua realização.

014. (CESPE/CGM/JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
Na classificação funcional da despesa orçamentária, a função, via de regra, relaciona-se com
a missão institucional do órgão, e a subfunção deve evidenciar cada área da atuação go-
vernamental.

015. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Independentemente do ente federativo, para fins de escrituração contábil e controle da execu-
ção orçamentária, é obrigatório o desdobramento dos elementos de despesa em níveis meno-
res de classificação.

016. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Despesa pública é o conjunto de dispêndios reali-


zados pelos entes públicos para custear os serviços públicos prestados à sociedade ou para a
realização de investimentos. A respeito de despesa pública, julgue o item.
Segundo a categoria econômica, as despesas públicas são classificadas em despesas corren-
tes e despesas de capital.

017. (CESPE/PREFEITURA MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.

018. (CESPE/TCE-PB/AUDITOR/2018) Se determinado órgão público precisar adquirir equi-


pamentos novos necessários à execução de determinada obra, a despesa correspondente
será classificada como
a) subvenção econômica.
b) transferência de capital.
c) inversão financeira.
d) investimento.
e) subvenção social.

019. (CESPE/PREFEITURA MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964 e


das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
A dotação orçamentária inserida no orçamento do município que se destine à constituição de
instituição bancária é classificada como investimento.
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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO
020. (CESPE/ABIN/OFICIAL-TÉCNICO/2018) Acerca do orçamento público, julgue o
item a seguir.
As funções representam os produtos finais da ação governamental na classificação funcional-
-programática.

Na verdade, de acordo com a Portaria n. 42/1999, enquanto os programas que representam os


produtos finais da ação governamental, as funções correspondem ao maior nível de agregação
das áreas que competem ao setor público.
Errado.

021. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2018) A respeito dos instrumentos de planejamento da gestão


pública, julgue o item a seguir.
Os objetivos da estrutura de programação orçamentária incluem atender às necessidades de
informação das organizações privadas, da sociedade em geral e de outros interessados.

Sim, é um dos objetivos da estrutura da programação orçamentária é atender às necessidades


de informação das organizações privadas, da sociedade em geral e de outros interessados.
Veja o que diz o MTO acerca desse aspecto do orçamento, com grifos nossos:

5.1. ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implemen-
tadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de aten-
der às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças
públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em
programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou finan-
ceiras.
Certo.

022. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A respeito dos principais mecanismos no planejamento


e execução do orçamento público, julgue o item que se segue.
A identificação da localização do gasto público na estrutura programática é feita por meio do
subtítulo.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Essa é inclusive a orientação do MTO. Confira com grifos nossos:

SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados espe-
cialmente para identificar a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por conse-
guinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas estabelecidas. A adequada localização
do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas
adotadas, além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental.
Certo.

023. (CESPE/TCE-PA/ANALISTA/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
O empenho, primeiro estágio da despesa pública, consiste em reserva de dotação orçamentá-
ria para um fim específico e deve ser assinado pelo ordenador da despesa.

Observe que o CESPE considerou que o empenho é o primeiro estágio da despesa pública.
Guarde a ideia, também, de que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca,
das dotações orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao
resgate do débito.
Certo.

024. (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Com relação às técnicas e mecanismos de elaboração, à


execução e ao controle do orçamento público, julgue o item.
Deve-se usar a modalidade de aplicação se for preciso distinguir os recursos a serem aplica-
dos diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de governo daqueles
transferidos para outro ente da Federação.

A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Modali-


dade de Aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente
por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federa-
ção e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla
contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.
Veja que o objetivo da modalidade de aplicação é eliminar a dupla contagem de recursos
transferidos ou descentralizados. Por isso identifica se a aplicação foi do próprio órgão ou de
outro ente.
Certo.

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Despesa Pública – Parte I
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025. (CESPE/TCE-RN/AUDITOR/2015) Considerando as regras e os princípios relacionados à


receita pública, à despesa pública e à execução orçamentária no Brasil, julgue o seguinte item.
São despesas extra orçamentárias os desembolsos realizados tanto para pagamento das ope-
rações de crédito por antecipação de receita quanto para satisfação das dívidas inscritas em
restos a pagar.

Em regra, são despesas extra orçamentárias as que não podem ser previstas na lei orçamen-
tária anual e têm caráter transitório, ou seja, não dependem de autorização orçamentária para
que sejam pagas.
Dentre os dispêndios extra orçamentários mais famosos nós temos os desembolsos realiza-
dos para pagamento das operações de crédito por antecipação de receita - ARO, isso no que
diz respeito à parte do principal do ARO, pois os juros são despesas orçamentárias.
A satisfação das dívidas inscritas em restos a pagar também tem a característica de ser um
fato permutativo, inerente à condição de despesa extra orçamentária.
Certo.

026. (CESPE/SUFRAMA/ANALISTA/2014) Julgue o item seguinte, referentes aos sistemas


integrados de administração financeira e orçamentária, a conceitos básicos de receita e des-
pesa pública e ao uso da conta única do Tesouro Nacional.
Quanto à natureza da despesa, o primeiro passo para a classificação de determinada despe-
sa pública é identificar sua categoria econômica, verificando se é uma despesa corrente ou
de capital.

PEGADINHA DA BANCA
Na verdade, o primeiro passo para a classificação de determinada despesa pública é identifi-
car se o registro do fato é de caráter orçamentário ou extra orçamentário. Depois de vencida
essa etapa e, em se tratando de despesa orçamentária, é que vamos para a identificação da
categoria econômica.
Errado.

027. (CESPE/PF/ADMINISTRADOR/2014) No que se refere às receitas e às despesas públi-


cas, julgue o item que se segue.
Considera-se cumprido o estágio da liquidação da despesa assim que se apura a pessoa jurídi-
ca a quem se deve pagar determinada importância a fim de extinguir obrigação decorrente do
fornecimento de bem ou de serviço a órgão público.

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Despesa Pública – Parte I
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A assertiva está incompleta, já que na liquidação da despesa é verificada a correção da exe-


cução do contrato pelo fornecedor e essa verificação tem por fim apurar a origem e o objeto
do que se deve pagar, a importância exata a pagar e a quem se deve pagar a importância, para
extinguir a obrigação.
Errado.

028. (CESPE/ANS/TÉCNICO/2013) Julgue o próximo item, relativo a receitas e despe-


sas públicas.
Por meio da classificação institucional, pode-se identificar o responsável pela programação da
despesa pública.

A classificação institucional faz parte da programação qualitativa da despesa, sendo identifi-


cado nela “quem é o responsável por fazer”.
Certo.

029. (CESPE/ANTT/TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2013) Considerando o conceito, as etapas,


os estágios e as categorias econômicas da despesa pública, julgue os itens subsequentes.
O grupo de despesas denominado outras despesas correntes permite contemplar as despe-
sas com aquisição de material de consumo, veículos para uso, auxílio-alimentação e auxílio-
-transporte.

Amigo(a), os gastos com material de consumo, auxílio-alimentação e auxílio-transporte podem


sim ser classificadas no grupo “outras despesas correntes”, mas os gastos com Veículos para
uso são classificados no grupo investimentos como uma despesa de capital, e não no grupo
outras despesas correntes.
Errado.

030. (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) A respeito de receitas, despesas e sistema de apuração


de custos no setor público, julgue o próximo item.
O empenho da despesa é o ato emanado da autoridade competente que cria para o Estado
uma obrigação de pagamento, sem registro de obrigação no passivo da entidade, no momento
da emissão da nota de empenho.

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Despesa Pública – Parte I
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O empenho é o primeiro estágio da execução da despesa. Nos termos do disposto no art. 58


da Lei n. 4.320/1964:

O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obriga-
ção de pagamento, pendente ou não de implemento de condição.
Vale dizer que o empenho não cria obrigação jurídica de pagar, mas destaca, das dotações
orçamentárias destinadas à satisfação da despesa, a quantia necessária ao resgate do débito,
logo não deve haver registro de obrigação no passivo da entidade, no momento da emissão da
nota de empenho.
Certo.

031. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2010) O crescimento da despesa pública é fenômeno obser-


vado em todo o mundo, sobretudo no período posterior à Segunda Guerra Mundial. As causas
desse fenômeno, além do aumento populacional, têm origem principal no que se veio a chamar
de estado do bem-estar social. Segundo Aliomar Baleeiro, esse estado fundamentou-se na
melhoria do nível político, moral e cultural da humanidade, o que levou o indivíduo a conceber
e a exigir a ampla e eficaz expansão dos serviços públicos prestados pelo Estado, os quais,
atualmente, sob nova ideologia político-econômica, deseja-se reduzir, para conter a despesa.
Considerando as ideias do texto anterior, relativas a despesas públicas, e com base na Lei n.
4.320/1964, julgue o item a seguir.
De acordo com a doutrina dominante, a despesa pública é a aplicação de certa quantia, por
parte da autoridade ou do agente público competente, dentro de uma autorização legislativa,
para a execução de um fim a cargo do governo.

Assertiva correta, e simplesmente reproduz o que nos disse em sua obra o mestre Aliomar
Baleeiro, pertencente à Doutrina dominante:

A despesa pública é a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte de autoridade ou agente
público competente, dentro de uma autorização legislativa, para a execução de um fim a cargo do
governo.
Certo.

032. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) A respeito de orçamento-programa, julgue o item


que se segue.
As despesas que não resultam em produto específico e não geram contraprestação direta em
bens ou serviços são denominadas operações especiais.

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Lembre-se de que operações especiais são as despesas que não contribuem para a manuten-
ção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação
direta sob a forma de bens ou serviços.
Certo.

033. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito das classificações da despesa pública, julgue


o item a seguir.
Todos os equipamentos e materiais permanentes adquiridos são considerados despesas
de capital.

Com base na Portaria Interministerial STN/SOF n. 163/2001 os equipamentos e materiais per-


manentes adquiridos são considerados despesas de capital no grupo de investimentos. Confi-
ra no trecho a seguir, extraído da mencionada norma:

4 – investimentos: despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição


de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, com assim com os programas
especiais de trabalho (regime de execução especial) e com a aquisição de instalações, equipamen-
tos e material permanente.
Certo.

(CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca dos conceitos, princípios, normas e classificações orça-


mentárias, julgue o próximo item.

034. A classificação funcional-programática manteve-se nos mesmos parâmetros desde a en-


trada em vigor da Lei n. 4.320/1964 até o exercício de 2010.

Na verdade, a classificação funcional programática, não mais usada atualmente, não foi man-
tida nos mesmos parâmetros desde a entrada em vigor da Lei n. 4.320/1964, pois em 1999
houve uma grande alteração, que foi a Portaria da Secretaria do Tesouro Nacional n. 42/1999.
Errado.

035. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) A respeito de orçamento-programa, julgue o item


que se segue.
Na classificação orçamentária, o programa constitui o maior nível de agregação das diversas
áreas do setor público.

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Despesa Pública – Parte I
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Na verdade, na classificação orçamentária, é função e não o programa que se constitui no


maior nível de agregação das diversas áreas do setor público.
Errado.

036. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
Subvenções sociais são as transferências que se destinam a instituições públicas ou privadas
de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; subvenções econômicas destinam-
-se a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

Confira na literalidade do § 3º do artigo 12 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir des-
pesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I – subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
cial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II – subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter indus-
trial, comercial, agrícola ou pastoril.
Certo.

037. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
Alguns programas especiais de trabalho, por sua natureza, não podem ser cumpridos na forma
subordinada às normas gerais de execução da despesa. Nesse caso, esses programas podem
ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital.

Realmente, guarde que os PETs -Programas Especiais de Trabalho, que por sua natureza, não
possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa, podem ser
custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de capital.
Confira na literalidade do artigo 20 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cum-
prir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por
dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
Certo.

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Despesa Pública – Parte I
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038. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) O orçamento público no Brasil compreende a estimati-


va de arrecadação das receitas federais para o ano seguinte e a autorização para a realização
de despesas do governo. Com base nos princípios de planejamento e orçamento público, jul-
gue o item.
A liquidação da despesa cria para o Estado a obrigação de pagamento independente de imple-
mento de condição.

A liquidação é o segundo estágio da despesa e é caracterizada pela entrega dos bens e ser-
viços contratados. Nos termos do disposto no artigo 63 da Lei n. 4.320/1964, a liquidação da
despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Entretanto, quem cria para o Estado a obrigação de pagamento não é a liquidação, mas sim o
empenho. Além disso, depende do implemento de condição.
Errado.

039. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da despesa pública, julgue o próximo item.


A Lei n. 4.320/1964 veda a realização de despesas sem prévio empenho e estabelece que o
pagamento da despesa só possa ser efetuado após regular liquidação.

O pagamento é o terceiro e último estágio execução da despesa. Regulado no artigo 64 da


Lei n. 4.320/1964, “a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga”.
Importante gravar que o pagamento da despesa só pode ser efetuado quando ordenado após
sua regular liquidação, ou seja, desde que seja verificado o direito adquirido do credor, no está-
gio da liquidação, e para isso, já deve ter passado pelo estágio do empenho.
Certo.

040. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito das classificações da despesa pública, julgue


o item a seguir.
A destinação de recursos do orçamento para a constituição ou aumento do capital de em-
presas que visem a objetivos comerciais, incluindo-se operações bancárias ou de seguros, é
operação considerada despesa de capital, na modalidade investimento.

Apesar de a destinação de recursos do orçamento para a constituição ou aumento do capital


de empresas que visem a objetivos comerciais, incluindo-se operações bancárias ou de segu-
ros ser realmente uma despesa de capital, o seu Grupo de Natureza da despesa é Inversão

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Despesa Pública – Parte I
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Financeira e não investimento como consta na assertiva. Confira no § 5º do artigo 12 da Lei n.


4.320/1964, com grifos nossos:

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Errado.

041. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) O orçamento público registra a estimativa das receitas


e das despesas administradas pelo Estado. Acerca desse assunto, julgue o próximo item.
Considere que o MPU decida pela construção de uma nova sede. Nessa situação, o investi-
mento nessa obra constitui-se em uma despesa de capital, enquanto as aquisições dos equi-
pamentos para o funcionamento das novas instalações são classificadas como despesas
correntes.

PEGADINHA DA BANCA
O CESPE foi muito maldoso nessa questão. A assertiva inicia afirmando que o MPU vai cons-
truir uma nova sede e que essa despesa é um investimento/despesa de capital.
Até aqui beleza.
Mas, depois a assertiva diz que os equipamentos para o funcionamento das novas instalações
serão classificados como despesas correntes.
OPA!
Aqui está errado, já que gastos com equipamentos são classificados como Investimentos/
despesas de capital.
Errado.

042. (CESPE/PREVIC/CONTADOR/2011) Com relação às normas estabelecidas pela Lei n.


4.320/1964, julgue os itens a seguir.
Se determinado órgão público adquirir um tipo de carvão ativado, destinado aos filtros de ar de
suas instalações, cujo prazo de validade estabelecido pelo fornecedor seja de trinta meses, tal
produto deverá ser contabilizado no grupo de material de consumo.

Questão que explora a comum confusão na classificação entre o elemento Material de Consu-
mo e o elemento Material Permanente.

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços, obras
e outros meios de que se serve a administração pública para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de duração supe-
rior a dois anos.
A questão fez menção direta a Lei n. 4.320/1964 e colocou um prazo superior a dois anos.
Ficou evidente que ela queria saber se você conhecia o 2º parágrafo do artigo 15.
Errado.

043. (CESPE/TRT10/ANALISTA/2013) Problemas financeiros originados no Estado pro-


vocaram diversas crises econômicas ao longo da história brasileira. A Lei Complementar n.
101/2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — representou uma resposta a essa realida-
de, tendo sido um esforço organizado no sentido de garantir um melhor equilíbrio nas contas
públicas. À luz desse instrumento legal e da legislação pertinente ao orçamento público no
Brasil, julgue o item que se segue, referente à receita e à despesa pública.
No âmbito federal, a classificação por fontes de recursos permite a visualização de eventuais
vinculações existentes entre receitas e despesas, cuja principal base legal encontra-se na lei
de diretrizes orçamentárias.

Amigo(a), na verdade, a classificação por fonte de recursos possui dupla finalidade, já que per-
mite indicar a destinação dos recursos para determinado tipo de despesa, além de localizar a
respectiva fonte que financia a despesa em questão.
Certo.

044. (CESPE/CNJ/TÉCNICO/2013) Consoante à despesa pública, julgue o item subsequente.


Uma despesa pública é considerada não efetiva quando não reduz a situação líquida patrimo-
nial da entidade no momento de sua realização.

A despesa pública considerada não efetiva é aquela que, no momento da sua realização, não
reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Também
chamada de despesa “por mutação/mudança patrimonial”.
Certo.

045. (CESPE/STJ/ANALISTA/2015) Com relação a sistema e processo de orçamentação,


classificações orçamentárias, estrutura programática e créditos ordinários e adicionais, julgue
o próximo item.
Um aspecto na classificação orçamentária por fontes de recursos é o estabelecimento de uma
vinculação entre a origem e a aplicação de determinados recursos, de tal modo que estes te-

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Despesa Pública – Parte I
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nham uma destinação exclusiva. Isso pode, eventualmente, provocar ociosidade ou escassez
de recursos para financiar determinadas ações.

Realmente, um dos possíveis efeitos da vinculação mencionada é o de “engessar” a execução


orçamentária, já que pode ocorrer sobra ou falta de recurso em determinado programa/ação
e não se pode remanejá-los.
Certo.

046. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal


(LRF), julgue o item a seguir, relativos a receitas e despesas públicas e seu tratamento para
fins de controle e avaliação.
Gastos com passagens e despesas com locomoção para fins de fiscalização de obra pública
em andamento são despesas correntes do grupo pessoal e encargos sociais, sujeitas aos li-
mites estabelecidos na LRF.

Na verdade, as despesas indenizatórias, como passagens e gastos com locomoção não se en-
quadram como despesas com pessoal, sendo classificadas no Grupo de Natureza de Despesa
3 – Outras Despesas Correntes.
Errado.

047. (CESPE/CGM-JOÃO-PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
Segundo a classificação programática da despesa orçamentária, o projeto é um instrumento
de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa e envolve um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente e de que resulta um produto ou
serviço necessário à manutenção da ação de governo.

De acordo com a classificação programática, existem três tipos de ações. Note que a assertiva
conceituou a atividade e não o projeto. Vamos ver as definições do MCASP, com grifos nossos:

a. Atividade
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo. Exemplo: “Fiscalização e Monito-
ramento das Operadoras de Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde”.
b. Projeto
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo
um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a

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Despesa Pública – Parte I
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expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo: “Implantação da rede nacional de
bancos de leite humano”.
c. Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de
governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens
ou serviços.
Errado.

048. (CESPE/FUB/ADMINITRADOR/2018) Acerca dos mecanismos técnicos utilizados na


administração do orçamento público, julgue o item a seguir.
Havendo necessidade de detalhar o localizador de determinado gasto para efeito de acom-
panhamento físico financeiro, a administração deve usar a identificação por meio do plano
orçamentário.

A assertiva está em conformidade com o MTO - Manual Técnico do Orçamento. Confira, com
grifos nossos:

Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante


da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade permitir que, tanto a elaboração do
orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução, ocorram num nível mais
detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto.
Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de
esfera-unidade orçamentária-função-subfunção-programa- ação. Por conseguinte, variando qual-
quer um destes classificadores, o conjunto de POs varia também.
Em termos quantitativos, no entanto, os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus
subtítulos/localizadores de gasto. Assim, se uma ação possui POs vinculados, a captação da pro-
posta orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação subtítulo+PO. A proposta
de dotação para o subtítulo será, pois, a soma das propostas dos POs associados àquele subtítulo.
Já a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o produto do PO em geral é diferente do pro-
duto da ação, impedindo o somatório.
Certo.

049. (CESPE/PF/DELEGADO/2018)
receitas arrecadadas R$ mil
IPTU 14.000
cota-parte no fundo de participação dos municípios 5.000
taxas 2.000
aluguéis 2.000
tarifas e preços públicos 1.000
vendas de bens imóveis 1.000

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AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

despesas empenhadas R$ mil


pessoal 15.000
despesas de custeio 3.000
juros e encargos da dívida 1.000
obras públicas 3.000
amortização da dívida 3.000

Considere que, ao final de 2017, um município brasileiro tenha apresentado as informações


precedentes, relativas à execução orçamentária e financeira naquele exercício financeiro. Com
referência a essas informações, julgue o item que se segue.
O total de despesas de capital foi de R$ 6.000.000.

Com base nos artigos 12 e 13 da Lei n. 4.320/1964, a classificação das Despesas Orçamen-
tárias, a seguir listamos as despesas de capital, fazendo a indicação dos valores conforme
tabela da questão.
Note que, com exceção das despesas com obras públicas e com amortização de dívida, todas
as demais despesas listadas são despesas correntes.
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras Públicas = 3.000
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Industriais
ou Agrícolas
INVERSÕES FINANCEIRAS
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou
Entidades Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
Amortização da Dívida Pública = 3.000
Auxílios para Obras Públicas
Auxílios para Equipamentos e Instalações
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AFO
Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

Auxílios para Inversões Financeiras


Outras Contribuições.
TOTAL = 6.000
Certo.

050. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Acerca do sistema de custos do governo federal, julgue


o item a seguir.
Na relação entre despesa e custo, o estágio da despesa que mais se aproxima à informação
que alimenta o sistema é o valor correspondente ao pagamento.

Na verdade, o estágio da despesa que se aproxima da informação de custo é a liquidação.


De acordo com informações sobre o sistema de custos do governo federal, extraídas do
site da STN:

A informação de custo surge a partir de ajustes efetuados na informação inicial obtida do SIAFI. O
estágio da despesa orçamentária que mais se aproxima da informação de custo é o da liquidação,
sendo, portanto, a despesa liquidada o ponto de partida da informação que deve alimentar o sis-
tema de custos.
Errado.

051. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR/2020) Relativamente a tópicos específicos de finanças


públicas, julgue o item a seguir.
A classificação institucional da despesa orçamentária deve atribuir a cada órgão público com
competência para realizar despesas uma unidade orçamentária única e exclusiva.

Na verdade, pela classificação institucional uma unidade orçamentária não corresponde ne-
cessariamente a um órgão da estrutura administrativa. Pode haver uma unidade orçamentária
que englobe vários órgãos administrativos. Em contraste, um único órgão pode conter diversas
unidades orçamentárias.
Errado.

052. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Julgue o item a seguir, acerca de despesas públicas.


Classificam-se como investimentos as dotações destinadas a constituição ou aumento do
capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros.

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Despesa Pública – Parte I
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Na verdade, as dotações destinadas a constituição ou aumento do capital de entidades ou


empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, são classificadas como inversões
financeiras. Confira diretamente no artigo 13 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:


I – aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II – aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie,
já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III – constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
É importante destacar que a Lei n. 4.320/1994 apresenta diferenciação para classificar em
investimento ou inversão financeira a dotação para constituição ou o aumento de capital em
entidades ou empresas. Se a empresa ou entidade visar a fins que não sejam comerciais ou
financeiros, a dotação destinada à sua constituição ou aumento de capital deve ser classifi-
cada como investimento. Caso a entidade ou empresa vise a fins comerciais ou financeiros, a
dotação a ela destinada para constituição ou aumento de capital deverá ser classificada como
inversão financeira.
É importante destacar ainda que, atualmente, com a vigência da Portaria Interministerial SOF/
STN n. 163/2001, que se aplica à classificação da despesa por natureza, não há mais essa dis-
tinção, sendo que as dotações destinadas a constituição ou aumento de capital de empresas
de qualquer fim são classificadas como inversões financeiras.
Errado.

053. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) Com relação às etapas das receitas públicas e das


despesas públicas, bem como a seus estágios e suas categorias, julgue o item a seguir.
Na fase da despesa em liquidação, as despesas que já possuem reserva de dotação orçamen-
tária são separadas daquelas que ainda precisam de autorização legislativa.

Na verdade, para que a despesa esteja no estágio intermediário “em liquidação” precisa
ser empenhada e os empenhos necessitam de autorização orçamentária. Confira na Lei n.
4.320/1964:

Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.


Errado.

054. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito da receita e da despesa públicas, julgue


o item a seguir.

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Despesa Pública – Parte I
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De acordo com a classificação de despesa pública estabelecida na Lei n. 4.320/1964, as trans-


ferências de capital se referem às dotações para investimentos ou inversões financeiras que
outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contra-
prestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribui-
ções, bem como dotações para amortização da dívida pública.

Confira o conceito de transferência de capital diretamente na Lei n. 4.320/1964:

Art. 12, § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras
que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contra-
prestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições,
segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
dotações para amortização da dívida pública.
Certo.

055. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) Considerando as transações do setor público e as


etapas e os estágios das despesas e receitas públicas, julgue o item subsequente.
A ordem de pagamento deve ser registrada em documentos processados pelos serviços de
contabilidade.

De acordo com o artigo 64 da Lei n. 4.320/1964, a ordem de pagamento é o despacho exarado


por autoridade competente, determinando que a despesa liquidada seja paga. Dessa forma,
deve sim ser lastreada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.
Certo.

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GABARITO
1. E 37. C
2. C 38. E
3. E 39. C
4. C 40. E
5. e 41. E
6. C 42. E
7. C 43. C
8. E 44. C
9. E 45. C
10. E 46. E
11. E 47. E
12. E 48. C
13. C 49. C
14. C 50. E
15. E 51. E
16. C 52. E
17. E 53. E
18. d 54. C
19. E 55. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. C
25. C
26. E
27. E
28. C
29. E
30. C
31. C
32. C
33. C
34. E
35. E
36. C

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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Direito Financeiro– 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

2 – Orçamento Público (AFO e LRF) – Editora Campus – Autor Augustinho Paludo.

3 – Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.

4 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.

5 – Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

6 – Finanças Públicas – Editora Campus – Autor Sávio Nascimento.

7 – Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição - Editora Juspodium – Autor Giovan-


ni Pacelli.

8 – Manual de Direito Financeiro - 9ª Edição - Editora Juspodium – Autor Harrison Leite.

Como diria Mark Twain:

“Daqui a vinte anos, você não terá arrependimento das coisas que fez, mas das que deixou de fazer.
Por isso, veleje longe do seu porto seguro. Pegue os ventos. Explore. Sonhe. Descubra”.

ESTUDE!
Faça o seu melhor!
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Acredite! Esse é o segredo!
Tenha fé que tudo vai dar certo!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
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Despesa Pública – Parte I
Manuel Piñon
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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