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AFO
Despesa Pública – Parte II
Sumário
Manuel Piñon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Despesa Pública – Parte II............................................................................................................. 4
1. Restos a Pagar.............................................................................................................................. 4
1.1. Conceito....................................................................................................................................... 4
1.2. Classificação dos Restos a Pagar. . ........................................................................................ 5
1.3. Outros Aspectos Relevantes.................................................................................................. 8
1.4. Principais Alterações na Legislação................................................................................... 14
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar...........................................................................................16
2. Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)............................................................................. 17
3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada..................................................................................... 22
3.1. Dívida Flutuante...................................................................................................................... 23
3.2. Dívida Fundada.. ...................................................................................................................... 25
4. Regime de Adiantamentos (Suprimento de Fundos)......................................................... 26
4.1. Conceito e Tipos de Suprimento.......................................................................................... 26
4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos........................................................ 29
4.3. Prestação de Contas. . ............................................................................................................ 32
4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal. . ................................................................... 35
5. Ordenador de Despesas........................................................................................................... 36
Resumo............................................................................................................................................. 39
Mapas Mentais............................................................................................................................... 43
Questões de Concurso..................................................................................................................46
Gabarito............................................................................................................................................64
Referências...................................................................................................................................... 65
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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública.
Como disse o jornalista David Brinkley: “Um homem de sucesso é aquele que cria uma pa-
rede com os tijolos que jogaram nele”.
Então vamos botar a mão na massa e pavimentar a nossa estrada da aprovação, usan-
do para isso as dificuldades que aparecem todos os dias em nossa jornada, como se fos-
sem tijolos.
Boa aula.
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Obs.: relembrando as etapas ou fases da execução da despesa, temos que após a realiza-
ção do empenho da despesa com base na sua dotação orçamentária, considera-se ini-
ciado o cumprimento do convênio, contrato ou determinação legal. A etapa seguinte é
a liquidação da despesa, onde verifica-se o direito do credor, para que posteriormente
ocorra seu o pagamento.
1.1. Conceito
Restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro
do mesmo ano do empenho.
Falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram pagas no
exercício.
Errado.
Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa de
liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação, empe-
nhados e não pagos, devem ser inscritos “restos a pagar”.
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Importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho uma
despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.
DICA!
Não confunda Restos a pagar com obrigações a pagar. Veja o
termo obrigações a pagar como sendo o gênero da qual restos
a pagar é espécie, assim como outras obrigações passadas,
atuais e até mesmo futuras.
RESTOS A PAGAR
DICA!
Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios
da despesa é importante. Guarde que temos de um lado
as despesas processadas, referem-se a empenhos execu-
tados e liquidados, prontos para o pagamento, e de outro
as despesas não processadas que são os empenhos de
contratos e convênios ainda em plena execução, e, por
isso, ainda não existe direito líquido e certo do credor.
Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.
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Temos um caso de um caso de Restos a pagar processados, já que o computador foi recebido
em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada
Certo.
Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas da
despesa efetuadas:
Restos a pagar
Classificação
Restos a pagar
Estágios da Despesa
Processados Não processados
Fixação X X
Empenho X X
Liquidação X --------
Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e
as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.
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Podemos concluir, portanto, que existem 3 possíveis classificações para os restos a pagar
de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
• por fase da despesa (processada e não processada);
• por ano de inscrição;
• por credor.
Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o cre-
dor favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, essa
despesa será inscrita em Restos a Pagar, constando SIM o registro do beneficiário específico.
Errado.
De acordo com o manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP - Restos a Pagar em
3 tipos de acordo com a fase da despesa:
• Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava liquidada e
a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora
ou por pessoa por ele autorizada;
• Processados e Não Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou
prestado o serviço, mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não
tendo sido formalizado recebimento definitivo do material ou do serviço;
• Processados: no momento da inscrição a despesa já estava liquidada.
DICA!
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste muita
atenção no comando da questão e nas assertivas ou alternati-
vas, já que todas as classificações apresentadas são válidas e
podem ser cobradas em sua prova.
Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar não
processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições neces-
sárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a pagar que
são considerados não processados (já que não ocorreu ainda o fato gerador da obrigação)
a liquidar.
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Note essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do exercício
financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.
Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos que o
fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da liquidação,
devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro do exercício.
Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a pagar não pro-
cessados em liquidação.
Exemplo: imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor
entregou a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá concluída no ano
seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecen-
do, ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio de que o fornecedor já cumpriu sua obrigação.
A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as despe-
sas empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu) daquelas
onde os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).
Art. 35 O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Também deve existir suficiente disponibilidade de caixa para atender as despesas inscri-
tas, conforme determina o artigo 42 da LRF:
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.
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Nesse ponto merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como limpeza
e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses do ano, ou
seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto
n. 7.654/2011, a inscrição da despesa empenha em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tan-
to a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas) indica-
das pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por outro lado, os
restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas para inscrição
são anuladas automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão ou não serem pagos no exer-
cício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito garantido ao pagamento no exercício
seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir satisfatoriamente a etapa da liquidação.
Seguindo essa linha de raciocínio, alguns empenhos inscritos em restos a pagar, mas ainda não
liquidados, podem ser cancelados caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de acordo
com o Parecer n. 401/2000 da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o cancelamen-
to de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado, considerando
que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que o Estado não po-
derá descumprir com a obrigação de pagar.
O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre com o
empenho de exercício anterior.
Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício em
que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como despesa
extraorçamentária.
Além disso, não existe a conversão de uma despesa extraorçamentária em orçamentária no
pagamento. A despesa só seria considerada orçamentária no exercício se fosse novamente
empenhada.
Errado.
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Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos os
serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada, mas não
paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente realizada e
registrada à conta da dotação respectiva, sendo, assim, relacionada em conta própria dos
Depósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de eventu-
al cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária Anual
ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer o reconhe-
cimento da dívida.
Obs.: guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processa-
das, deve ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou exe-
cução da obra, obedecendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orça-
mentárias pagas no exercício.
Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser feita
via SIAFI ou SIAFEM mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO (AP).
Em casos excepcionais poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua definiti-
va inscrição, utilizando-se para esta finalidade a emissão de AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO
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(AP) em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o respectivo código
de inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte para ter a visão geral:
EXERCÍCIO
DESPESA ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO CORRENTE
SUBSEQUENTE
Não
Empenhada Paga
Restos a Pagar
Liquidada Não Paga
Processados
Disponível
Dotação Restos a Pagar
Orçamentária Empenhada Não Liquidada
Não Processados
Contingenciada
Lembre-se que, de acordo com a Doutrina existe a fase ou etapa da despesa denominada
em liquidação, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.
Exemplo: ocorre quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço foi
efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa nota
fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).
Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e
a Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.
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no encerramento do exercício (31/12) deve ser efetuada pelo valor devido, ou, caso ainda
não exatamente conhecido, pelo valor estimado, mas apenas se cumpridas as condições
inerentes ao empenho e liquidação da despesa, já que, em verdade, são encargos incor-
ridos no exercício.
No caso dos empenhos por estimativa podemos ter duas situações distintas:
• quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos à Pagar, a diferença será
empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores;
• quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será
cancelado.
A Lei n. 4.320/1964, em seus artigos 36 e 37, conceitua os restos a pagar, enquanto o De-
creto n. 93.872/1986 faz o seu detalhamento. Recomendo uma leitura no mencionado decreto,
que pode ser encontrado em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.html
A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédi-
to próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem
como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encer-
ramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada
no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.
Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor. Nesses
casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar, é importante guardar que eles devem constituir item es-
pecífico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite
de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes a exercícios
financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com vi-
gência plurianual. Os que não tenham sido liquidados só devem ser computados como restos
a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores, somente devem ser
inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.
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Entenda que quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou total.
Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.
DICA!
Não confunda cancelamento de restos a pagar (que são receitas
arrecadadas em exercícios anteriores) com o recebimento de re-
cursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despe-
sas pagas em exercícios anteriores (que devem ser reconhecidos
como receita orçamentária do exercício, ou seja, nova receita).
Despesa
paga
Despesa
liquidada
Despesa
não paga
Despesa
empenhada
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Em resumo:
• RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA;
• RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA.
O artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986 foi objeto de mudanças significativas, tendo sido inclu-
ído o artigo 68-A, efetivadas por meio do Decreto n. 7.654/2011 e do Decreto n. 9.428/2018.
Vamos ver as principais alterações.
O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi re-
tirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 a nível federal, mas que merece
uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será tratado no
tópico 1.5 desta aula.
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1) Não é mais possível que seja feita a inscrição automática de Restos a Pagar não Pro-
cessados, já que tal inscrição passou a depender da observância de algumas regras do Decre-
to n. 93.872/1986. Confira:
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indica-
ção pelo ordenador de despesas.
Note, portanto, que passa a ser necessária indicação do Ordenador de Despesas, e precisam
ser observadas as regras do Decreto n. 93.872/1986, que permanecem as mesmas, ou seja:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
2) Em regra, os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao da sua inscrição, ou seja, os restos a pagar não Processados que
permaneceram sem ser liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano subse-
quente ao da sua inscrição, mas temos algumas exceções.
Guarde que antes era 31/12 do ano subsequente, mas de 2012 para cá é 30/06 do segundo
ano subsequente ao da sua inscrição. As mencionadas exceções estão previstas no § 3º do
artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986, que regulou a Lei n. 4.320/1964 nesse aspecto. Confira:
§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados serão
bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos em conta contábil
específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi. (Redação
dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência) (Vide Decreto n. 9.428, de 2018) (Vide Decreto n.
10.315, de 2020)
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§ 3º Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas: (Re-
dação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou (Reda-
ção dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III - decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Fe-
deral impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
Obs.: entretanto, esse entendimento não é pacífico na Doutrina e no meio Jurídico. Boa parte
dos Doutrinadores e Juristas, considera que a prescrição dos Restos a Pagar continua
sendo de cinco anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil (Lei n.
10.406/2002).
Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:
Importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento da
inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.
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Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) de emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do decreto n. 9.428/2018.
Confira com grifos nossos:
Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
Como o próprio nome sugere, as Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) são dívidas
resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores a aqueles em que
ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEAs são despesas cujas obrigações se referem a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados, seja
indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.
Obs.: note que diferentemente de restos a pagar, quando tivemos necessariamente o empe-
nho, no caso das DEAs, nem mesmo o empenho foi realizado ou se realizado foi
cancelado.
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Em outras palavras, DEAs são as despesas de exercícios encerrados, cuja LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
fora processado tempestivamente ou na época própria.
Note ainda que diferentemente de restos a pagar que são inscritos somente no final de cada
exercício (31/12), no caso das DEAs, o reconhecimento se dá durante o exercício.
Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição inter-
rompida e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício cor-
respondente.
Compromissos
Despesas que não Despesas de
reconhecidos após
se tenha processado exercícios
o encerramento
na época própria anteriores
do exercício
Restos a pagar
com prescrição
interrompida
PEGADINHA DA BANCA
Restos a pagar e Despesas de Exercício Anteriores não são a mesma coisa. Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas, eventual-
mente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser atendida à
conta de DEA.
Vamos ver os conceitos na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
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Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.
Errado.
De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagas à conta de do-
tação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos, e obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.
Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo con-
signava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo su-
perveniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação;
• aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida.
Exemplo: podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancelados por
erro. Assim, para fins de prescrição não se considera a data da inscrição dos restos a pagar não
processados, mas sim a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.
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Exemplo: podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor
faz jus a receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de
X1, mas só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.
Guarde que para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser em-
penhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.
DICA!
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamen-
tária.
DICA!
O pagamento de despesas de exercícios anteriores se pro-
cessa nos mesmos modos das demais despesas orçamentá-
rias, já que são despesas orçamentárias, diferentemente do
pagamento de restos a pagar que são despesas extraorça-
mentárias.
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Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
Certo.
DICA!
As DEAs embora sejam relativas a despesas de anos anterio-
res são despesas orçamentárias, já que a emissão da Nota de
Empenho foi efetuada utilizando dotação orçamentária do ano
corrente.
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Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade com-
petente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
Confira agora uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEAs e seu efeito no
orçamento:
Despesa
Quando do pagamento Despesa orçamentária
extraorçamentária
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A dívida flutuante é composta por passivos financeiros exigíveis em até 12 meses e que
não necessitam de autorização orçamentária para que sejam pagas. Na verdade, já foram auto-
rizadas anteriormente pelo Poder Legislativo faltando apenas a etapa do pagamento, ou ainda
são relativas a dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam tal autorização.
Vamos agora comentar cada um dos incisos desse artigo para facilitar o seu entendimento:
Vale ter em mente que restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício
financeiro, valendo essa definição tanto para os processados quanto para os não processados.
Confira na legislação:
III - Os depósitos.
IV - Os débitos de tesouraria.
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A contraída pelo Tesouro Nacional, por um breve e determinado período de tempo, quer como admi-
nistrador de terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de
caixa. Segundo o art. 92 da Lei n. 4.320/1964, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, ex-
cluídos os serviços de dívida, os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.
Dívida Flutuante
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Note que na situação em tela temos um caso de Restos a pagar Processados, já que o com-
putador foi recebido em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada. Nessa toada, deve ser
classificado como Dívida Flutuante.
Certo.
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Lei n. 4.320/1964. Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender
a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
LRF, Art. 29. Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Fede-
ração, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.
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IV – os débitos de tesouraria
Apesar de o suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma despe-
sa pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu redução no
patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre
o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de
receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do
numerário adiantado, constituindo-se assim um fato permutativo.
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Guarde que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.
Guarde que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira no Decreto n. 93.872/1986, com
grifos nossos:
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Errado.
Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas situ-
ações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regula-
mento e constar do ato de concessão; ou
• para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ul-
trapasse aos limites estabelecidos pela legislação.
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DICA!
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas de
pequeno vulto é que tem limites monetários definidos, usan-
do como parâmetro os valores da Lei de Licitações.
O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa, não
existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere, por exem-
plo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.
Importante destacar ainda que o suprimento poderá ser concedido ao servidor designado
para a execução do serviço, a coordenador, a presidente de comissão ou de grupo de trabalho,
quando for o caso, para as despesas em conjunto ou, isoladamente, de cada integrante da co-
missão ou grupo de trabalho, bem assim a servidor a quem se atribua o encargo do pagamento
das despesas autorizadas pela autoridade ordenadora.
Guarde que pode ser concedido também aquele que, eventualmente, tenha sido encarre-
gado do cumprimento de missão que exija transporte, quando a repartição não dispuser de
meios próprios, ou para atender a situações de emergência.
Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam a
suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.
Registre-se ainda que os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem
como o limite máximo para despesas de pequeno vulto, serão fixados em Portaria do Ministé-
rio da Fazenda (atual Ministério da Economia) e disponibilizados no SIAFI para consulta.
De acordo com a IN STN n. 04/2004, não é admitido o fracionamento das despesas e nem
falta de planejamento não justifica a realização de compras continuada por meio do suprimen-
to de fundos. A aquisição de material permanente também, em regra, não pode ser efetuada
por meio do suprimento de fundos, exceto em casos especiais devidamente justificados.
DICA!
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que po-
dem ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se su-
jeitar ao processo normal de aquisição por causarem algum
prejuízo ao ente público.
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Falsa, já que nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é SIM permitida a con-
cessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do
material a adquirir. Confira no decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:
Obs.: entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de supri-
mento, no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude
de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a
sua guarda, verificados na prestação de contas.
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Embora não possa ser autorizado suprimentos de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado no
estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas no prazo
ou que teve as contas reprovadas.
Errado.
RESTRIÇÕES AO SUPRIDO
Não se concederá
suprimento de fundos
Importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a
90 dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à
importância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subse-
quente. Além disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos
em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva
responsabilidade.
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Na verdade, a comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de de-
zembro do exercício financeiro anterior deve ser feita até 15 de janeiro do Exercício Seguinte,
conforme disposto no artigo 46, parágrafo único, do Decreto n. 93.872/86 que diz: “A importân-
cia aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte”.
Errado.
Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser
procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar con-
tas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo
assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apura-
ção das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.
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Assim, a assertiva é errada, já que a tomada de contas automática de suprimento de fundo não
ocorrerá assim que cessarem os motivos da concessão, mas apenas quando o servidor res-
ponsável pelo suprimento não apresentar a prestação de contas dentro do prazo estabelecido
pelo ordenador de despesas.
Errado.
Caso exista algum eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades
“off-line”, deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à
conta bancária da unidade gestora, mediante depósito direto na conta única – se no mesmo
exercício da concessão –, ou ao Tesouro Nacional, no caso da União, mediante DARF – se em
exercício posterior ao da concessão.
Assim, o saldo de suprimento de fundos das unidades “on-line” será, no exercício, revertido
ao seu limite de saque, mediante depósito direto na Conta Única; em exercício posterior, se
constituirá em receita do Tesouro Nacional, no caso da União, mediante GRU.
Importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja total-
mente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim, promover
a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.
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Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Errado.
Por seu turno, as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevi-
da, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerra-
mento do exercício.
Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa toa-
da, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o exercício
financeiro em que ocorra a devolução:
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INSTRUMENTO CPGF
OBRAS E SERVIÇOS DE
NATUREZA COMPRAS E SERVIÇOS
ENGENHARIA
5. Ordenador de Despesas
O Ordenador de Despesas é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho,
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80
do Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos
orçamentários, empenhar despesa, inscrever restos a pagar e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capacitação em
áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras, recursos
humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimoniais etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais
sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma en-
tidade pública.
Interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um
Presidente de órgão ou entidade.
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Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização admi-
nistrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na
proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se
dispuser em regulamento.
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Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.
Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, des-
vio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades
administrativas, sob pena de corresponsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares,
deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a toma-
da de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.
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RESUMO
Restos à Pagar
São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas
que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às des-
pesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho
Inscrição de
Valor Inscrição pelo
Despesa Empenho Liquidação restos a pagar
conhecido? valor devido
processados
sim sim
não
não
Diferença será
Valor empenhada
Inscrição pelo
estimado em despesa
valor estimado
< valor real? de exercícios
Inscrição de restos a anteriores
pagar não processados
não sim
Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos Adi-
cionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo super-
veniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido;
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Dívida Flutuante
Dívida Fundada
Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Suprimento de Fundos
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Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de servi-
dor em viagem quando esse houver recebido diária.
Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime es-
pecial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplica-
ção no prazo previsto; e
• a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.
Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo re-
gulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque, falta
ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na prestação
de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades pre-
vistas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada no
documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o exer-
cício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro
ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é detentor de
suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de
contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do su-
primento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro,
a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
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Entretanto, se o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser procedi-
da a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para apuração
das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
Resumindo temos o seguinte fluxo:
Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso
Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU
[devolução
Inscrição em diversos
integral]
responsáveis
[Else]
Estorno de
Prestação de
Aprovação de inscrição em diversos
contas aprovada
prestação de contas responsáveis
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MAPAS MENTAIS
É um procedimento
que consiste na São os restos a
entrega de numerário pagar relativos
a um servidor, Processados às despesas cuja
sempre precedida de execução alcançou
empenho na dotação o estágio da
própria à despesa liquidação.
Restos a Pagar
a realizar, que não
possa subordinar-se ao
São os restos a
processo orçamentário
pagar relativos
normal.
Não Processados às despesas cuja
execução abrangeu
apenas o estágio do
empenho.
Para atender despesas
Suprimento de
eventuais, inclusive em
viagens e com serviços Fundos ou Regime
especiais, que exijam de Adiantamentos
Aquelas que podem
pronto pagamento em ser atendidas à conta
espécie. de dotação específica
consignada no
orçamento anual do
Quando a despesa deva Estado em Créditos
ser feita em caráter Adicionais, desde que
sigiloso, conforme Situações passíveis
reconhecido o direito do
se classificar em de utilização de
requerente.
regulamento e constar suprimento de fundos:
do ato de concessão.
As despesas de
Para atender despesas exercícios já encerrados
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte II para as quais o
entendidas aquelas cujo orçamento respectivo
valor não ultrapasse aos consignava crédito
limites estabelecidos próprio com saldo
pela legislação. suficiente para atendê-
las, mas que, por
motivo superveniente,
Despesas de Exercícios não tenha sido
I – os restos a Anteriores empenhado na época
pagar, excluídos os própria, desde que
serviços da dívida. o fornecimento do
material, a prestação do
serviço ou a execução
II – os serviços da da obra já tenha
dívida a pagar. Compreende Flutuante
efetivamente ocorrido.
III – os depósitos.
Restos a pagar com
prescrição interrompida.
IV – os débitos de
Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após
o encerramento do
Os compromissos de exercício desde que
exigibilidade superior a tenham decorrido
doze meses, contraídos de situação ou fato
Compreende Fundada
para atender a desequilíbrio independente da
orçamentário ou a financeiro vontade do ordenador
de obras e serviços públicos. da despesa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
021. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-
ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Certo.
A assertiva ERRA ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a
pagar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre proces-
sada ou não processada.
Errado.
A ideia básica é que a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamen-
tária no exercício em que foi empenhada, logo, no exercício de pagamento, será classificada
como despesa extraorçamentária. Se não fosse assim, a mesma despesa seria contabilizada
duas vezes.
Certo.
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Na verdade, Restos a pagar são despesas JÁ EMPENHADAS cujo pagamento ainda está quan-
do do encerramento do exercício financeiro.
Errado.
Na verdade, os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida flutuante. Confira
na Lei 4.320/1964:
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Basicamente, restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas no exercício, sen-
do considerados despesas orçamentárias no ano de seu empenho, mesmo não tendo ocorrido
a liquidação e o pagamento. Nessa toada, para compensar a inclusão dos restos a pagar como
despesa orçamentária no balanço financeiro, a Lei n. 4.320/1964 determinou a inclusão dos
restos a pagar como receita extraorçamentária. Confira, com grifos nossos:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Errado.
A ideia básica é que o suprimento de fundos deve ser contabilizado e incluído nas contas do or-
denador como despesa realizada. Guarde ainda que as restituições, seja por falta de aplicação,
seja ela parcial ou total, ou por aplicação indevida, anulam a despesa ou receita orçamentária,
quando recolhidas após o encerramento do exercício.
Para responder essa questão precisamos conjugar os artigos 38 e 68 da Lei n. 4.320/1964.
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Ora, da leitura em conjunto desses dispositivos, podemos concluir que como o empenho da
despesa objeto do suprimento de fundos já foi previamente realizado, logo ele deve ser rever-
tido como receita orçamentária do exercício em que for anulada essa despesa orçamentária.
Certo.
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Sim, as despesas não pagas até 31 de dezembro devem ser inscritas em restos a pagar, confor-
me determina o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, e as despesas já liquidadas devem ser inscritas
como processadas (veja no trecho do MCASP reproduzido a seguir) e devem ser registradas
por exercício e por credor em conformidade com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Confira os
mencionados dispositivos com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas as não pagas até o dia 31 de de-
zembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
MCASP: os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os
estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral,
não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obri-
gação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Certo.
Na verdade, são classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas,
mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o está-
gio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas
cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Logo, não existe essa condição de que tenham sido pagas com atraso, o que torna a asser-
tiva errada.
Errado.
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Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
Errado.
Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro e estão em conformidade com o artigo 36 da
Lei n. 4.320/1964:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
Certo.
Fundamental ter em mente que o suprimento de fundos, seja ele via adiantamento, seja por
meio da utilização do cartão de pagamento, exige prévia dotação orçamentária, sempre.
Errado.
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Em uma primeira olhada, temos a reação natural de marcar essa assertiva como errada. Que
absurdo! Usar dinheiro público, via suprimento de fundos, para comprar bebida alcoólica, mas
temos que observar o que os normativos dizem a esse respeito e não existe restrição específi-
ca para a despesa com bebidas alcoólicas.
O artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986 autoriza o suprimento de fundos para despesas de pe-
queno vulto, despesas sigilosas e despesas eventuais onde a despesa com bebidas alcoólicas
pode ser encaixada.
Vamos ver agora a íntegra desse dispositivo, além dos artigos 46 e 47 (com grifos nossos).
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§ 5º As despesas com suprimento de fundos serão efetivadas por meio do Cartão de Pagamento
do Governo Federal - CPGF
§ 6º É vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas:
I – de que trata o art. 47; II - decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos
do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a trinta por cento do
total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento de fundos.
III – decorrentes de situações específicas da Agência Reguladora, nos termos do autorizado em
portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a trinta por cento do total da despesa anual da
Agência efetuada com suprimento de fundos
Art. 45-A. É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimentos de
fundos
Art. 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em
seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsa-
bilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da
despesa.
Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro
seguinte.
Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a pe-
culiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República,
do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações
Exteriores, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução
estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação
de competência.
Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput restringe-se
I – com relação ao Ministério da Saúde: a atender às especificidades decorrentes da assistência à
saúde indígena;
II – com relação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a atender às especificida-
des dos adidos agrícolas em missões diplomáticas no exterior;
III – com relação ao Ministério das Relações Exteriores: a atender às especificidades das reparti-
ções do Ministério das Relações Exteriores no exterior.
Certo.
Realmente a despesa com suprimento de fundos é uma despesa orçamentária, já que segue
os estágios do empenho, liquidação e pagamento.
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Tenha em mente que a diferença precípua de uma despesa realizada via suprimento de fundos
é em relação a uma despesa realizada pelo processo normal é em relação ao momento do seu
reconhecimento sob o enfoque patrimonial, já que no caso do suprimento de fundos este só
ocorre quando da prestação de contas por parte do suprido.
Certo.
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que o impacto orçamentário da despesa ocorre no exercício em que ela é empenhada, e, como
os restos a pagar são empenhados no exercício corrente, o impacto orçamentário é no exercí-
cio corrente.
Por outro lado, de modo distinto, o impacto financeiro ocorre quando a despesa é efetivamen-
te desembolsada/paga e, como no caso dos restos a pagar o pagamento ocorre no exercício
posterior, o impacto financeiro é no ano seguinte.
Certo.
Na verdade, o suprimento de fundos para um servidor pode ocorrer tanto via o chamado “car-
tão corporativo” (Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF) quanto via adiantamento
de numerário em conta corrente.
Entretanto, de acordo com a Portaria n. 95/2002 do Ministério da Fazenda, os limites totais que
podem ser usados por essas 2 modalidades são distintos, sendo os do CPGF o dobro daquele
suprimento de fundos tradicional.
Errado.
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material e prestação de serviços, enquadrados como suprimento de fundos, desde que obser-
vados o disposto nos artigos 45, 46 e 47 do Decreto n. 93.872/1986.
Certo.
A assertiva é falsa, já que ao afirmar que “em cada exercício financeiro os valores deverão ser
inscritos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados” contraria o dispos-
to no parágrafo único do artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, pois esse dispositivo excetua os casos
em que forem créditos de vigência superior a um ano (plurianual). Confira, com grifos nossos:
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Errado.
Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.
Certo.
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Na verdade, todas as receitas da União devem ser recolhidas à Conta Única do Tesouro Nacio-
nal, sem exceções. Confira no Decreto n. 93.872/1986, na parte que trata da Conta Única do
Tesouro Nacional, com grifos nossos:
Art. 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo Ministério
da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do Tesouro Nacional no
Banco do Brasil S.A.
§ 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer ingresso de caráter
originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza orçamentária ou extraorçamentária,
seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente, produzido ou realizado direta ou indiretamente
pelos órgãos competentes.
Errado.
Na verdade, existem duas situações distintas que devem ser consideradas quando das restitui-
ções. Se foram feitas no mesmo exercício devem ser contabilizadas como anulações de des-
pesas, mas se ocorrerem após o término do exercício, devem ser contabilizadas como receita
orçamentária. Confira no Decreto n. 93.872/1986, com grifos nossos:
Art. 45, § 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como des-
pesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constitui-
rão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
Errado.
Confirme na literalidade do decreto n. 93.872/1986, com grifos nossos: “Art. 45-A. É vedada a
abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimentos de fundos”.
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A assertiva ERRA ao afirmar que o suprimento de fundos não constitui despesa orçamentária.
Veja a definição de suprimentos de fundos feita pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Se-
tor Público (MCASP), com grifos nossos:
049. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A empresa X foi contratada para executar uma obra de dez
milhões de reais em dezembro, no final do exercício financeiro do ano anterior. A ordem de servi-
ço emitida previu o início da obra no mês de janeiro do ano seguinte. Foram empenhados cinco
milhões em dezembro, quando da assinatura do contrato, tendo o valor sido inscrito em restos
a pagar. O restante do valor da obra, que estava previsto no orçamento do exercício financeiro
seguinte, foi empenhado no início do ano. A empresa X executou um milhão de reais em serviços
e abandonou a obra em março. A administração então convidou a segunda colocada no certame,
a empresa Y, para concluir o objeto do contrato. A empresa Y prontamente aceitou.
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Temos uma situação em que o empenho da despesa, que gerou a inscrição em restos a pagar,
foi feito em benefício da empresa X, mas como tivemos o abandono da obra por ela, o saldo de
restos a pagar deve ser cancelado.
Note, entretanto, que o saldo de restos a pagar refere-se a recursos do ano anterior e que, des-
sa forma, não passíveis de reutilização no ano seguinte, já que não pode ser feito empenho em
um ano utilizando-se de recursos de ano anterior.
Podemos concluir, portanto, que para dar continuidade à obra, deve ser efetuado novo em-
penho utilizando recursos do ano corrente em benefício da empresa Y, considerando que os
recursos cancelados de restos a pagar não são mais passíveis de utilização.
Errado.
Na verdade, o empenho não será automaticamente anulado apenas pelo fato de que o gestor não
realizou o procedimento de inscrição em Restos a Pagar do Exercício, já que pode estar configurada
uma das situações em que o empenho não deve ser anulado, ou seja, pode se enquadrar em uma
das exceções previstas. Confira no Decreto n. 93.872/1986 tais exceções, com grifos nossos:
Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Errado.
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Vamos ver uma classificação constante do MCASP 8ª Edição que divide os Restos a Pagar
(RAP) não processados em RAP não processados a liquidar e RAP não processados em liqui-
dação. Confira com grifos nossos:
Note, portanto, que a assertiva caracteriza os restos a pagar não processados em liquidação.
Errado.
Considerando que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas que não foram
pagas no exercício, e que as despesas somente podem ser pagas após regular liquidação, in-
dependentemente de serem processadas ou não, as despesas inscritas em restos a pagar só
serão pagas somente após liquidadas regularmente. Confira na Lei n. 4.320/1964: “Art. 62. O
pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.”
Certo.
Vamos direto no MCASP 8ª Edição o que pode ser considerado como Despesas de Exercícios
Anteriores (DEA), com grifos nossos:
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Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
a. Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha
sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
Assim, podemos concluir que os restos a pagar com prescrição interrompida são consi-
derados DEA.
Certo.
Na verdade, apenas a obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores deve ser
reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo específico, não sen-
do aplicável aos Restos a Pagar. Confira diretamente no MCASP 8ª Edição, com grifos nossos:
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela auto-
ridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário,
no mínimo, os seguintes elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Errado.
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Note que o empenho ocorreu em X2, mas o fato gerador ocorreu em X1, ou seja, a entrega ocor-
reu ainda em X1. Assim, temos um caso de Despesas de Exercícios Anteriores (DEA), que são
as despesas de exercícios encerrados, cuja a LOA e Créditos Adicionais consignavam crédito
próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não fora processado tempestivamente
ou na época própria.
Confira no MCASP 8ª Edição, o item 4.8. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, com gri-
fos nossos:
São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocor-
rer o pagamento.
O art. 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se
tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida
e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser
pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obe-
decida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.
Guarde que a devolução de valores não aplicados no mesmo exercício da concessão é clas-
sificada como anulação de despesa, mas a devolução de valores não aplicados no exercício
seguinte ao da concessão é deve ser classificada como receita do período.
Certo.
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b. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c. A servidor declarado em alcance, ou seja, aquele que não prestou contas no prazo regulamentar
ou o que teve suas contas recusadas ou impugnadas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má
aplicação de dinheiro, bens ou valores;
Certo.
O suprimento de fundos deve ser utilizado para atender a despesas eventuais, inclusive em
viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, ou quando a despesa deva
ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento, ou ainda para atender a
despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapas-
sar limite estabelecido em ato normativo próprio.
Desse modo, a despesa com revitalização das margens do rio São Francisco não pode ser
realizada através de suprimento de fundos pois não se trata de uma despesa eventual, nem
sigilosa e nem de pequeno vulto, devendo seguir o processo normal de execução da despesa,
inclusive com o devido processo licitatório.
Errado.
Guarde a ideia de que os Restos a Pagar são despesas empenhadas e não pagas.
Por sua vez, para que possa ser realizada a concessão do suprimento de fundos, faz-se neces-
sário que os três estágios da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) sejam
percorridos, de modo que nenhum deles fique pendente.
Perceba, portanto, que, no caso de suprimento de fundos, como a despesa já foi empenha-
da, liquidada e paga, não há inscrição em restos a pagar da despesa executa via suprimento
de fundos.
Errado.
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O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.
Os restos a pagar processados, que são aqueles que passaram pela fase da liquidação.
Podemos calcular os restos a pagar processados inscritos no período pela diferença entre o
total das despesas liquidadas e o total das despesas pagas. Assim temos:
RAP processados inscritos = 70.000.000−60.000.000
RAP processados inscritos = 10.000.000,00.
Certo.
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GABARITO
1. E 37. E
2. C 38. C
3. E 39. E
4. E 40. C
5. E 41. E
6. C 42. E
7. C 43. C
8. E 44. E
9. C 45. E
10. C 46. C
11. C 47. E
12. C 48. E
13. E 49. E
14. E 50. E
15. E 51. E
16. E 52. C
17. E 53. C
18. E 54. E
19. E 55. C
20. E 56. C
21. C 57. C
22. E 58. E
23. C 59. E
24. E 60. C
25. E
26. E
27. E
28. C
29. C
30. E
31. E
32. C
33. E
34. C
35. C
36. C
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REFERÊNCIAS
PALUDO, A. Orçamento Público (AFO e LRF). 10. ed. São Paulo: Editora Juspodivm.
PASCOAL, V. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Editora Método.
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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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