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AFO

Despesa Pública – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO
Despesa Pública – Parte II

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Despesa Pública – Parte II............................................................................................................. 4
1. Restos a Pagar.............................................................................................................................. 4
1.1. Conceito....................................................................................................................................... 4
1.2. Classificação dos Restos a Pagar. . ........................................................................................ 5
1.3. Outros Aspectos Relevantes.................................................................................................. 8
1.4. Principais Alterações na Legislação................................................................................... 14
1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar...........................................................................................16
2. Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)............................................................................. 17
3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada..................................................................................... 22
3.1. Dívida Flutuante...................................................................................................................... 23
3.2. Dívida Fundada.. ...................................................................................................................... 25
4. Regime de Adiantamentos (Suprimento de Fundos)......................................................... 26
4.1. Conceito e Tipos de Suprimento.......................................................................................... 26
4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos........................................................ 29
4.3. Prestação de Contas. . ............................................................................................................ 32
4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal. . ................................................................... 35
5. Ordenador de Despesas........................................................................................................... 36
Resumo............................................................................................................................................. 39
Mapas Mentais............................................................................................................................... 43
Questões de Concurso..................................................................................................................46
Gabarito............................................................................................................................................64
Referências...................................................................................................................................... 65

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Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer um pouco mais acerca da Despesa Pública.

Como disse o jornalista David Brinkley: “Um homem de sucesso é aquele que cria uma pa-
rede com os tijolos que jogaram nele”.
Então vamos botar a mão na massa e pavimentar a nossa estrada da aprovação, usan-
do para isso as dificuldades que aparecem todos os dias em nossa jornada, como se fos-
sem tijolos.
Boa aula.

Prof. Manuel Piñon

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DESPESA PÚBLICA – PARTE II


1. Restos a Pagar

 Obs.: relembrando as etapas ou fases da execução da despesa, temos que após a realiza-
ção do empenho da despesa com base na sua dotação orçamentária, considera-se ini-
ciado o cumprimento do convênio, contrato ou determinação legal. A etapa seguinte é
a liquidação da despesa, onde verifica-se o direito do credor, para que posteriormente
ocorra seu o pagamento.

1.1. Conceito
Restos a pagar são despesas empenhadas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro
do mesmo ano do empenho.

001. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019/ADAPTADA) Com base nas regras do orçamento pú-


blico dispostas na Lei n.º 4.320/1964, Julgue.
Distinguidos em processados e não processados, os restos a pagar são as despesas liquida-
das, mas não pagas até o dia 31 de dezembro.

Falsa, já que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas não foram pagas no
exercício.
Errado.

Nem sempre uma despesa já empenhada consegue ser paga até o dia 31 de dezembro
de cada exercício financeiro, ficando pendente ainda, em alguns casos, também a etapa de
liquidação. Assim, os valores relativos às despesas que se encontram nessa situação, empe-
nhados e não pagos, devem ser inscritos “restos a pagar”.

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Importante atentar que o conceito de Restos a Pagar (ou resíduos passivos) somente
abarca despesas que já foram empenhadas, ou seja, sem a emissão da nota de empenho uma
despesa não paga não pode ser enquadrada como restos a pagar.

DICA!
Não confunda Restos a pagar com obrigações a pagar. Veja o
termo obrigações a pagar como sendo o gênero da qual restos
a pagar é espécie, assim como outras obrigações passadas,
atuais e até mesmo futuras.

1.2. Classificação dos Restos a Pagar


São classificadas como Restos a Pagar (ou resíduos passivos) as despesas que já foram
empenhadas, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as proces-
sadas das não processadas.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, os “Processados” são os restos a pagar relativos
às despesas cuja execução alcançou o estágio da liquidação, enquanto os “Não Processa-
dos” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução abrangeu apenas o estágio
do empenho.

RESTOS A PAGAR

PROCESSADOS NÃO PROCESSADOS

DICA!
Essa distinção no âmbito das fases, etapas ou estágios
da despesa é importante. Guarde que temos de um lado
as despesas processadas, referem-se a empenhos execu-
tados e liquidados, prontos para o pagamento, e de outro
as despesas não processadas que são os empenhos de
contratos e convênios ainda em plena execução, e, por
isso, ainda não existe direito líquido e certo do credor.

Não podem ser inscritos em restos a pagar não processados os valores relativos a despesas
com diárias, ajudas de custo e suprimento de fundos.

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002. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n.º 4.320/1964, o registro dessa des-
pesa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como restos a pagar processados.

Temos um caso de um caso de Restos a pagar processados, já que o computador foi recebido
em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada
Certo.

Veja no quadro seguinte a relação entre a classificação dos restos a pagar e as etapas da
despesa efetuadas:

Restos a pagar
Classificação

Restos a pagar
Estágios da Despesa
Processados Não processados

Fixação X X

Empenho X X

Liquidação X --------

Pagamento -------- --------

Além da classificação da Lei n. 4.320/1964, temos ainda a classificação do artigo 67 do


Decreto n. 93.872/1986, que manda efetuar o registro dos restos a pagar por exercício e por
credor. Confira, com grifos nossos:

Art. 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas empenhadas e não pagas até 31 de dezembro,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas (Lei n. 4.320/1964, art. 36).
§ 1º Entendem-se por processadas e não processadas, respectivamente, as despesas liquidadas e
as não liquidadas, na forma prevista neste decreto.
§ 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.

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Podemos concluir, portanto, que existem 3 possíveis classificações para os restos a pagar
de acordo com a Lei n. 4.320/1964 e com o Decreto n. 93.872/1986:
• por fase da despesa (processada e não processada);
• por ano de inscrição;
• por credor.

003. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
Na inscrição dos restos a pagar, é vedado o registro de beneficiários específicos.

Na verdade, quando uma despesa é empenhada, na nota de empenho emitida consta o cre-
dor favorecido (beneficiário). Caso tal despesa não seja paga até o dia 31 de dezembro, essa
despesa será inscrita em Restos a Pagar, constando SIM o registro do beneficiário específico.
Errado.

De acordo com o manual do SIAF WEB, podemos ainda dividir os RP - Restos a Pagar em
3 tipos de acordo com a fase da despesa:
• Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa não estava liquidada e
a sua inscrição depende da indicação pelo ordenador de despesas da Unidade Gestora
ou por pessoa por ele autorizada;
• Processados e Não Processados em Liquidação: quando foi entregue o material ou
prestado o serviço, mas ainda em fase de análise e conferência interna do órgão, não
tendo sido formalizado recebimento definitivo do material ou do serviço;
• Processados: no momento da inscrição a despesa já estava liquidada.

DICA!
Em relação à classificação dos Restos a Pagar, preste muita
atenção no comando da questão e nas assertivas ou alternati-
vas, já que todas as classificações apresentadas são válidas e
podem ser cobradas em sua prova.

Aproveite para firmar o seu entendimento sobre a diferença entre os restos a pagar não
processados a liquidar e os restos a pagar processados em liquidação.
No caso dos Restos a pagar não processados a liquidar, temos que registrado o empenho,
mas ainda não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as condições neces-
sárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição desse valor de restos a pagar que
são considerados não processados (já que não ocorreu ainda o fato gerador da obrigação)
a liquidar.

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Note essa situação ocorre, por exemplo, quando houve o empenho dentro do exercício
financeiro, mas o credor só efetuará entrega do produto no exercício seguinte.
Já no caso dos chamados Restos a pagar não processados em liquidação, temos que o
fato gerador da obrigação ocorreu antes de 31/12, mas não tivemos o estágio da liquidação,
devendo-se, mesmo assim, reconhecer o impacto patrimonial da despesa dentro do exercício.
Assim, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como restos a pagar não pro-
cessados em liquidação.

Exemplo: imagine uma situação em houve o empenho dentro do exercício financeiro, o credor
entregou a mercadoria no mesmo exercício, mas a liquidação só poderá concluída no ano
seguinte.
O termo “em liquidação” serve para transmitir a ideia de que a liquidação ainda está acontecen-
do, ou seja, não foi concluída.
Parte-se do princípio de que o fornecedor já cumpriu sua obrigação.

A ideia do Manual do SIAFI WEB é que a fase em liquidação permite distinguir as despe-
sas empenhadas (que já tem um passivo patrimonial – o fato gerador já ocorreu) daquelas
onde os fatos geradores ainda não ocorreram (empenhos a liquidar).

1.3. Outros Aspectos Relevantes


A execução dos Restos a Pagar (RP) fica condicionada aos limites legais das fontes de
recursos correspondentes e integra o cálculo do limite de despesas do chamado “teto de gas-
tos” implementado pela Emenda Constitucional (EC) n. 95/2016.
Para que a inscrição em restos a pagar possa ser realizada algumas condições devem ser
cumpridas como as do artigo 35 do Decreto n. 93.872/1986:

Art. 35 O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

Também deve existir suficiente disponibilidade de caixa para atender as despesas inscri-
tas, conforme determina o artigo 42 da LRF:

Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do
seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade
de caixa para este efeito.

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Nesse ponto merece destaque o fato de que para as despesas continuadas, como limpeza
e vigilância, o valor referente à disponibilidade de caixa abarca apenas os meses do ano, ou
seja, até 31 de dezembro.
Além disso, no caso dos restos a pagar não processados, conforme determina o Decreto
n. 7.654/2011, a inscrição da despesa empenha em restos a pagar é condicionada à indicação
pelo ordenador de despesas (Vide tópico específico sobre o ordenador de despesas).
Os restos a pagar inscritos que não forem pagos no exercício podem ser reinscritos, mas tan-
to a inscrição quanto a reinscrição poderão ter limites estabelecidos pelo Ministério da Economia.
Destaque-se também que as notas de empenho (processadas e não processadas) indica-
das pelo Ordenador de Despesa são inscritas automaticamente pelo SIAFI. Por outro lado, os
restos a pagar não processados e não indicados pelo ordenador de despesas para inscrição
são anuladas automaticamente pelo SIAFI em 31 de dezembro.
Na verdade, restos a pagar são “resíduos passivos” que poderão ou não serem pagos no exer-
cício seguinte, visto que a mera inscrição não gera direito garantido ao pagamento no exercício
seguinte, considerando ainda ser necessário cumprir satisfatoriamente a etapa da liquidação.
Seguindo essa linha de raciocínio, alguns empenhos inscritos em restos a pagar, mas ainda não
liquidados, podem ser cancelados caso não cumpram fielmente a etapa da liquidação.
Por sua vez, os restos a pagar processados não podem ser cancelados, pois, de acordo
com o Parecer n. 401/2000 da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o cancelamen-
to de restos a pagar processados caracteriza enriquecimento ilícito do Estado, considerando
que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e que o Estado não po-
derá descumprir com a obrigação de pagar.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, uma vez que ocorre com o
empenho de exercício anterior.

004. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) A respeito das receitas extraorçamentá-


rias, julgue o item.
Ao efetuar o pagamento de restos a pagar, o ente público está convertendo uma despesa ex-
traorçamentária em uma despesa orçamentária.

Como os Restos a pagar são despesas empenhadas, porém não pagas no mesmo exercício,
a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamentária no exercício em
que foi empenhada. Desse modo, no exercício de pagamento, será classificada como despesa
extraorçamentária.
Além disso, não existe a conversão de uma despesa extraorçamentária em orçamentária no
pagamento. A despesa só seria considerada orçamentária no exercício se fosse novamente
empenhada.
Errado.

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005. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O pagamento de restos a pagar processados corresponde a uma despesa orçamentária da entidade.

O pagamento de restos a pagar é uma despesa extraorçamentária, tendo sido orçamentária no


exercício em que foi empenhada.
Errado.

Em relação aos Restos a Pagar, que integram a chamada dívida flutuante (excluídos os
serviços da dívida), é interessante registar que a despesa que tiver sido empenhada, mas não
paga dentro do exercício financeiro, deve ser considerada como efetivamente realizada e
registrada à conta da dotação respectiva, sendo, assim, relacionada em conta própria dos
Depósitos Especificados.
Vale destacar ainda que o pagamento que vier a ser reclamado em decorrência de eventu-
al cancelamento, pode ser atendido à conta de dotação constante da Lei Orçamentária Anual
ou de Créditos Adicionais abertos para esta finalidade no exercício em que ocorrer o reconhe-
cimento da dívida.

 Obs.: guarde que a liquidação das despesas, consideradas Restos a Pagar não processa-
das, deve ser feita quando do recebimento do material, prestação do serviço ou exe-
cução da obra, obedecendo às mesmas formalidades fixadas para as despesas orça-
mentárias pagas no exercício.

Já a fase de pagamento das despesas inscritas em Restos a Pagar pela UG deverá ser feita
via SIAFI ou SIAFEM mediante emissão da respectiva AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO (AP).
Em casos excepcionais poderá haver pagamento de Restos a Pagar antes de sua definiti-
va inscrição, utilizando-se para esta finalidade a emissão de AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO

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(AP) em código provisório, que posteriormente deverá ser revertido para o respectivo código
de inscrição de Restos a Pagar.
Veja o fluxograma seguinte para ter a visão geral:

EXERCÍCIO
DESPESA ORÇAMENTÁRIA DO EXERCÍCIO CORRENTE
SUBSEQUENTE

Não
Empenhada Paga

Restos a Pagar
Liquidada Não Paga
Processados
Disponível
Dotação Restos a Pagar
Orçamentária Empenhada Não Liquidada
Não Processados
Contingenciada

Cancelada Liquidação “contábil”

Lembre-se que, de acordo com a Doutrina existe a fase ou etapa da despesa denominada
em liquidação, entre o empenho e a liquidação propriamente dita.

Exemplo: ocorre quando se recebe a nota fiscal, mas demora-se para conferir se o serviço foi
efetivamente prestado ou o material efetivamente recebido. Nesse caso, registra-se essa nota
fiscal na contabilidade como “em liquidação” (liquidação contábil).

006. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Determinada despesa pode ser inscrita em restos a pagar não processados mesmo que o ser-
viço a que ela se refere tenha sido prestado.

Sim, é possível que uma despesa seja inscrita como restos a pagar não processados mesmo
com o serviço já prestado.
Pense, por exemplo, em uma situação em que o serviço seja realizado no final do exercício e
a Administração não tenha tempo hábil para proceder à liquidação até o final do ano. Nesse
caso, a despesa deve ser inscrita em restos a pagar não processados (em liquidação).
Certo.

Importante destacar que para aqueles empenhos referentes a despesas já liquida-


das e não pagas, assim como os empenhos não anulados, a inscrição em restos a pagar

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no encerramento do exercício (31/12) deve ser efetuada pelo valor devido, ou, caso ainda
não exatamente conhecido, pelo valor estimado, mas apenas se cumpridas as condições
inerentes ao empenho e liquidação da despesa, já que, em verdade, são encargos incor-
ridos no exercício.
No caso dos empenhos por estimativa podemos ter duas situações distintas:
• quando o valor real for maior que o valor inscrito em Restos à Pagar, a diferença será
empenhada à conta de despesas de exercícios anteriores;
• quando o valor real for inferior ao valor inscrito em restos a pagar, o saldo existente será
cancelado.

A Lei n. 4.320/1964, em seus artigos 36 e 37, conceitua os restos a pagar, enquanto o De-
creto n. 93.872/1986 faz o seu detalhamento. Recomendo uma leitura no mencionado decreto,
que pode ser encontrado em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.html

007. (CESPE/PREFEITURA DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964


e das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
Obedecendo, sempre que possível, a ordem cronológica, o município poderá realizar despesa para
pagar compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, desde que
o faça à conta de dotação específica consignada no orçamento discriminada por elementos.

A resposta está na literalidade do artigo 37 da Lei n. 4.320/1964. Confira com grifos nossos:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédi-
to próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem
como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encer-
ramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada
no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.

Guarde ainda que os chamados restos a pagar com prescrição interrompida são aqueles
cuja inscrição tenha sido cancelada, mas que ainda esteja em vigor o direito do credor. Nesses
casos, o pagamento deve ser registrado como despesas de exercícios anteriores.
No âmbito dos restos a pagar, é importante guardar que eles devem constituir item es-
pecífico da programação financeira, devendo o seu pagamento efetuar-se dentro do limite
de saque fixado, ou seja, os RP são constituídos por recursos correspondentes a exercícios
financeiros já encerrados, mas que integram a programação financeira do exercício em curso.
Outro ponto que merece destaque é o caso específico dos créditos orçamentários com vi-
gência plurianual. Os que não tenham sido liquidados só devem ser computados como restos
a pagar no último ano de vigência do crédito. Assim, nos anos anteriores, somente devem ser
inscritos em restos a pagar os créditos plurianuais liquidados.

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Entenda que quando tivermos a redução ou cancelamento dos restos a pagar no mesmo
exercício financeiro do empenho, teremos obrigatoriamente sua anulação, seja parcial ou total.
Nesse caso, o valor deve ser revertido à respectiva dotação orçamentária da despesa.

Temos aqui uma divergência importante entre o MCASP e a Lei n. 4.320/1964.


De acordo com a Lei n. 4.320/1964, quando a anulação de despesa ocorrer após o encerra-
mento do exercício, considerar-se-á receita orçamentária do ano em que se efetivar, mas, de
acordo com o MCASP não devem
ser reconhecidos como receitas orçamentárias os recursos financeiros oriundos de cancela-
mento de despesas inscritas em restos a pagar, o qual consiste na baixa da obrigação consti-
tuída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de saldo de disponibili-
dade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios anteriores e não de uma
nova receita a ser registrada.

DICA!
Não confunda cancelamento de restos a pagar (que são receitas
arrecadadas em exercícios anteriores) com o recebimento de re-
cursos provenientes do ressarcimento ou da restituição de despe-
sas pagas em exercícios anteriores (que devem ser reconhecidos
como receita orçamentária do exercício, ou seja, nova receita).

 Obs.: relembrando: a despesa extraorçamentária não consta na LOA e é mera contrapartida


de receita extraorçamentária, em função da obrigação de devolver o valor arrecadado
transitoriamente, como os valores de depósitos e cauções, de pagamentos de restos a
pagar e de resgate de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária.
Nessa toada, caso uma despesa seja empenhada em um exercício e seja paga no exer-
cício seguinte, ela deve ser contabilizada como pertencente ao exercício do empenho,
e, nesse caso, os restos a pagar serão contabilizados como despesa extraorçamentá-
ria, já que o empenho foi efetuado dentro do orçamento do exercício anterior.

Despesa
paga
Despesa
liquidada
Despesa
não paga
Despesa
empenhada

Despesa não Restos a pagar não


liquidada processados

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Em resumo:
• RPP – Restos a Pagar Processados = DESP. EMPENHADA E LIQUIDADA;
• RPNP – Restos a Pagar Não Processados = DES. SOMENTE EMPENHADA.

Veja também de modo esquematizado:

Processados No momento da inscrição, a despesa estava


empenhada e liquidada.

No momento da inscrição, a despesa empenhada


Restos a Não processados estava em processo de liquidação e sua inscrição
pagar (RAP) em liquidação está condicionada à indicação pelo ordenador de
despesa da unidade gestora.

No momento da inscrição, a despesa empenhada


Não processados não estava liquidada e sua inscrição está condi-
a liquidar cionada à indicação pelo ordenador de despesa
da unidade gestora.

O artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986 foi objeto de mudanças significativas, tendo sido inclu-
ído o artigo 68-A, efetivadas por meio do Decreto n. 7.654/2011 e do Decreto n. 9.428/2018.
Vamos ver as principais alterações.

1.4. Principais Alterações na Legislação


As mudanças de 2011 trataram apenas dos restos a pagar não processados. Com a edição
do Decreto n. 9.428/2018 e do Decreto 10.535/2020, foi alterada a sistemática dos Restos a
Pagar no âmbito na União.

O ponto que merece destaque é o relativo ao instituto da prescrição que, a princípio, foi re-
tirado do ordenamento jurídico pelo Decreto n. 9.428/2018 a nível federal, mas que merece
uma análise mais aprofundada. Dada a grande relevância do tema, esse tema será tratado no
tópico 1.5 desta aula.

Vamos às demais principais mudanças:

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1) Não é mais possível que seja feita a inscrição automática de Restos a Pagar não Pro-
cessados, já que tal inscrição passou a depender da observância de algumas regras do Decre-
to n. 93.872/1986. Confira:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.
§ 1º A inscrição prevista no caput como restos a pagar não processados fica condicionada à indica-
ção pelo ordenador de despesas.

Note, portanto, que passa a ser necessária indicação do Ordenador de Despesas, e precisam
ser observadas as regras do Decreto n. 93.872/1986, que permanecem as mesmas, ou seja:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa, ou
seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.

2) Em regra, os Restos a Pagar Não Processados terão validade até 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao da sua inscrição, ou seja, os restos a pagar não Processados que
permaneceram sem ser liquidados serão bloqueados em 30 de junho do segundo ano subse-
quente ao da sua inscrição, mas temos algumas exceções.
Guarde que antes era 31/12 do ano subsequente, mas de 2012 para cá é 30/06 do segundo
ano subsequente ao da sua inscrição. As mencionadas exceções estão previstas no § 3º do
artigo 68 do Decreto n. 93.872/1986, que regulou a Lei n. 4.320/1964 nesse aspecto. Confira:

§ 2º Os restos a pagar inscritos na condição de não processados e que não forem liquidados serão
bloqueados pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda em 30 de junho do se-
gundo ano subsequente ao de sua inscrição, e serão mantidos os referidos saldos em conta contábil
específica no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Siafi. (Redação
dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência) (Vide Decreto n. 9.428, de 2018) (Vide Decreto n.
10.315, de 2020)

3) Temos aqui as exceções quanto ao bloqueio em 30 de junho do segundo ano subse-


quente à inscrição dos RP não processados. Guarde que permanecem desbloqueados mesmo
após 30/06 do segundo ano subsequente ao da sua inscrição os RPs não processados relati-
vos às despesas do Ministério da Saúde; ou decorrentes de emendas individuais impositivas
discriminadas com identificador de resultado primário 6, cujos empenhos tenham sido emiti-
dos a partir do exercício financeiro de 2016 ou ainda decorrentes de emendas de iniciativa de
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bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal impositivas discriminadas com


identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercí-
cio financeiro de 2020.
Confira diretamente na literalidade do Decreto as exceções quanto ao bloqueio em 30 de
junho do segundo ano subsequente à inscrição dos RP não processados:

§ 3º Não serão objeto de bloqueio os restos a pagar não processados relativos às despesas: (Re-
dação dada pelo Decreto n. 9.428, de 2018) (Vigência)
I – do Ministério da Saúde; (Redação dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
II – decorrentes de emendas individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado
primário 6, cujos empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016; ou (Reda-
ção dada pelo Decreto n. 10.535, de 2020)
III - decorrentes de emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Fe-
deral impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 7, cujos empenhos tenham
sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2020. (Incluído pelo Decreto n. 10.535, de 2020)

1.5. A Prescrição dos Restos a Pagar


O Decreto n. 9.428/2018 retirou do ordenamento jurídico federal o instituto da prescrição
sobre os Restos a Pagar Processados e Não Processados, ao revogar o artigo 70 do Decreto
n. 93.872/1986, que tratava do tema prescrição dos Restos a Pagar.
De acordo com esse normativo, válido para a União, com o fim do instituto da prescrição,
os restos a pagar processados ficam abertos até o efetivo pagamento.
Pelo que determina esse Decreto, quando da inscrição dos restos a pagar processados,
como se trata de uma despesa já liquidada que recebeu o ateste, não há necessidade de ne-
nhuma confirmação do ordenador de despesas quanto à necessidade de inscrição.

 Obs.: entretanto, esse entendimento não é pacífico na Doutrina e no meio Jurídico. Boa parte
dos Doutrinadores e Juristas, considera que a prescrição dos Restos a Pagar continua
sendo de cinco anos, já que esse tema permanece regulado pelo Código Civil (Lei n.
10.406/2002).

Vamos ver o que o Código Civil, ainda em plena vigência, determina acerca desse tema:

Art. 206. Prescreve:


§ 5º Em cinco anos:
I – a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

Importante destacar que a contagem do prazo prescricional deve ter início no momento da
inscrição dos Restos a Pagar (31/12), e não no momento do empenho.

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Nessa toada, a inscrição em restos a pagar deve ser feita na data do encerramento do
exercício financeiro (31/12) de emissão da nota de empenho, mediante registros contábeis,
conforme dispõe o artigo 68 do decreto n. 9.428/2018.
Confira com grifos nossos:

Art. 68. A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de
emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas neste Decreto
para empenho e liquidação da despesa.

Assim, para boa parte da Doutrina, apesar da revogação do artigo 70 do Decreto n.


93.872/1986, considerando o disposto no Código Civil, permanece válido o prazo prescricio-
nal de cinco anos para os restos a pagar, contado da data de sua inscrição (31/12 do ano de
da emissão da nota de empenho).

2. Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)

Como o próprio nome sugere, as Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) são dívidas
resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores a aqueles em que
ocorrerão os pagamentos.
Podemos dizer que DEAs são despesas cujas obrigações se referem a anos anteriores,
mas que não foram nem mesmo empenhadas, ou tiveram seus empenhos cancelados, seja
indevidamente ou por falta de saldo financeiro para sua inscrição em restos a pagar.

 Obs.: note que diferentemente de restos a pagar, quando tivemos necessariamente o empe-
nho, no caso das DEAs, nem mesmo o empenho foi realizado ou se realizado foi
cancelado.

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Em outras palavras, DEAs são as despesas de exercícios encerrados, cuja LOA e Créditos
Adicionais consignavam crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não
fora processado tempestivamente ou na época própria.

Note ainda que diferentemente de restos a pagar que são inscritos somente no final de cada
exercício (31/12), no caso das DEAs, o reconhecimento se dá durante o exercício.

Além dessa primeira situação, temos também os Restos a Pagar com prescrição inter-
rompida e os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício cor-
respondente.

Despesas de Exercícios Anteriores

Compromissos
Despesas que não Despesas de
reconhecidos após
se tenha processado exercícios
o encerramento
na época própria anteriores
do exercício

Restos a pagar
com prescrição
interrompida

PEGADINHA DA BANCA

008. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item, relativo à receita e despesa públicas.


Uma despesa que for regularmente inscrita em restos a pagar ao final do exercício financeiro
terá de ser contabilizada como despesas de exercícios anteriores no exercício em que ocorrer
o pagamento.

Restos a pagar e Despesas de Exercício Anteriores não são a mesma coisa. Restos a pagar
são despesas empenhadas e que não foram pagas até o fim do exercício. Apenas, eventual-
mente, um valor relativo a Restos a pagar com prescrição interrompida, pode ser atendida à
conta de DEA.
Vamos ver os conceitos na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.

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Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época
própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação
específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível,
a ordem cronológica.
Errado.

De acordo com o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964, as DEAs podem ser pagas à conta de do-
tação específica consignada na LOA, com a devida discriminação dos elementos, e obedecida,
sempre que possível, a ordem cronológica. Confira:

Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica
consignada no orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.

Assim, classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser
atendidas à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em
Créditos Adicionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo con-
signava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo su-
perveniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido.
Normalmente são aquelas cujo empenho tenha sido considerado subsistente e anulado
no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o
fornecedor (credor) tenha cumprido a sua obrigação;
• aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida.

Exemplo: podemos citar o caso dos restos a pagar não processados que foram cancelados por
erro. Assim, para fins de prescrição não se considera a data da inscrição dos restos a pagar não
processados, mas sim a data de reconhecimento do fato gerador após o vencimento.

• os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, DESDE


QUE que tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador
da despesa. Normalmente refere-se àquela obrigação de pagamento criada em virtude
de lei, mas que somente teve reconhecido o direito de reclamante após o encerramento
do exercício correspondente.

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Relembrando: diferentemente dos Restos a Pagar, as despesas de exercícios anteriores não


foram empenhadas ou, se foram, tiveram seus empenhos anulados ou cancelados.

Exemplo: podemos citar como exemplo desse tipo de DEA aquela situação em que o servidor
faz jus a receber um valor de auxílio natalidade pelo nascimento de seu filho em novembro de
X1, mas só entrega os documentos relativos ao nascimento em fevereiro de X2.

Guarde que para o regular pagamento de uma DEA, a correspondente despesa deve ser em-
penhada novamente, ou seja, a DEA entra no orçamento vigente à época do efetivo pagamento.

DICA!
Existe, portanto, a necessidade de nova autorização orçamen-
tária.

Ressalte-se que na classificação por natureza da despesa, existe um elemento de despesa


específico “despesas de exercícios anteriores”.

DICA!
O pagamento de despesas de exercícios anteriores se pro-
cessa nos mesmos modos das demais despesas orçamentá-
rias, já que são despesas orçamentárias, diferentemente do
pagamento de restos a pagar que são despesas extraorça-
mentárias.

Como é uma despesa de exercícios anteriores, faz-se necessária a abertura de um proces-


so administrativo que contemple toda a documentação relativa ao direito do credor.
Importante salientar que a autoridade competente para o reconhecimento de despesas
de exercícios anteriores no âmbito da administração direta do Poder Executivo Estadual é
o Secretário de Estado das Finanças, e nos demais Poderes, os respectivos ordenadores de
despesa (vide tópico específico sobre ordenador de despesas).
Já no caso das Autarquias, Fundações e demais órgãos da administração indireta, com-
pete ao respectivo dirigente o reconhecimento de dívidas de exercícios anteriores em relação
a despesas custeadas com “Recursos Próprios” da entidade e ao Secretário de Estado das
Finanças quando se tratar de despesas custeadas com “Recursos do Tesouro”.
Importante destacar ainda que uma despesa de exercício anterior qualquer só pode ser re-
conhecida pelo Secretário de Finanças se presente declaração do titular do órgão beneficiário

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da despesa de que reconhece e atesta a entrega do bem, a realização do serviço ou da obra,


sendo tal declaração, para todos os fins de direito, considerada como liquidação da despesa.

009. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores cabe à
autoridade competente para empenhar a despesa.

A resposta está na literalidade do artigo 22 do Decreto n. 93.872/1986. Confira com gri-


fos nossos:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade
competente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.
Certo.

Após o reconhecimento da DEA, temos o detalhamento do crédito orçamentário, e só de-


pois é emitida a respectiva Nota de Empenho, sendo o processo enviado para liquidação e
pagamento.

DICA!
As DEAs embora sejam relativas a despesas de anos anterio-
res são despesas orçamentárias, já que a emissão da Nota de
Empenho foi efetuada utilizando dotação orçamentária do ano
corrente.

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Confira agora como o Decreto n. 93.872/1986 regulamenta o artigo 37 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época pró-
pria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação destina-
da a atender despesas de exercícios anteriores, respeitada a categoria econômica própria (Lei n.
4.320/1964, art. 37).
§ 1º O reconhecimento da obrigação de pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade com-
petente para empenhar a despesa.
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se:
a) despesas que não se tenham processado na época própria, aquelas cujo empenho tenha sido
considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, den-
tro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.

Confira agora uma tabela comparativa entre Restos a Pagar e DEAs e seu efeito no
orçamento:

Critério Restos a pagar DEAs

No registro do empenho Despesa orçamentária Despesa orçamentária

Quando emite a Nota de


No ano da despesa Em ano posterior
Empenho

Despesa
Quando do pagamento Despesa orçamentária
extraorçamentária

3. Dívida Passiva Flutuante e Fundada


A Dívida Passiva ou Dívida Pública representa as obrigações do ente público para com ter-
ceiros, tendo origem principalmente em operações de crédito internas e externas.
A Dívida Pública, de acordo com o prazo de vencimento, deve ser registrada no Passivo
Financeiro Circulante a chamada dívida flutuante, e no Passivo Financeiro de Longo Prazo, a
chamada dívida fundada.
Na Lei n. 4.320/1964, também conhecida como norma geral das finanças públicas e dos
orçamentos, são apresentados os conceitos de dívida flutuante e fundada e é comum o exa-
minador cobrar a literalidade desses conceitos.

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3.1. Dívida Flutuante


Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

A dívida flutuante é composta por passivos financeiros exigíveis em até 12 meses e que
não necessitam de autorização orçamentária para que sejam pagas. Na verdade, já foram auto-
rizadas anteriormente pelo Poder Legislativo faltando apenas a etapa do pagamento, ou ainda
são relativas a dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam tal autorização.
Vamos agora comentar cada um dos incisos desse artigo para facilitar o seu entendimento:

I - Os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida.

Vale ter em mente que restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício
financeiro, valendo essa definição tanto para os processados quanto para os não processados.

010. (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e despe-


sas públicas.
No final do exercício, as despesas orçamentárias empenhadas e não pagas deverão ser inscri-
tas em restos a pagar e, assim, constituirão dívida flutuante.

Confira na legislação:

Em atendimento ao artigo 36 da Lei 4320/1964, as despesas empenhadas e não pagas no exercício


devem ser inscritas em restos a pagar, e, atendendo ao artigo 92 dessa Lei, os restos a pagar inte-
gram a dívida flutuante.
Certo.

II - Os serviços da dívida a pagar.

Considera-se serviços da dívida a pagar os valores relativos à amortização do principal, dos


juros, correção monetária e demais encargos (normalmente oriundos da dívida de longo pra-
zo). As Notas de Empenho relativas aos seus pagamentos já foram emitidas no ano anterior.

III - Os depósitos.

Aqui temos dispêndios extraorçamentários que naturalmente dispensam autorização tais


como as cauções em dinheiro, obrigações de terceiros a recolher e outros valores com nature-
za de devolução.

IV - Os débitos de tesouraria.

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Despesa Pública – Parte II
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Considera-se como sendo débitos de tesouraria aquelas operações de Antecipação de Re-


ceita Orçamentária (ARO) realizadas para cobrir insuficiências pontuais de caixa.
Ressalte-se que esse tipo de operação somente pode ser realizada a partir de 10 de janeiro
e que deve, necessariamente, ser liquidada até 10 de dezembro desse ano, tanto o valor do
principal quanto dos juros e demais encargos.
O glossário de termos técnicos do Senado Federal apresenta os seguintes conceitos de
dívida flutuante:

A contraída pelo Tesouro Nacional, por um breve e determinado período de tempo, quer como admi-
nistrador de terceiros, confiados à sua guarda, quer para atender às momentâneas necessidades de
caixa. Segundo o art. 92 da Lei n. 4.320/1964, a dívida flutuante compreende os restos a pagar, ex-
cluídos os serviços de dívida, os serviços de dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria.

Veja outra definição:

Dívida Flutuante

É aquela contraída a curto prazo ou mesmo por prazo


indeterminado, para atender a necessidades momen-
tâneas de caixa ou para a administração de bens de
terceiros. Conforme a Lei n. 4.320/1964 (art. 92):
I – os restos a pagar (processados);
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

O Decreto n. 93.872/1986 detalhou o conceito de dívida flutuante presentes na Lei n.


4.320/1964, como sendo aquela que compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamen-
to independe de autorização orçamentária, assim entendidos os restos a pagar, excluídos os
serviços da dívida, os serviços da dívida, os depósitos, inclusive consignações em folha, as
operações de crédito por antecipação de receita e o papel-moeda ou moeda fiduciária.

011. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) A procuradoria-geral de determinado estado da


Federação adquiriu um computador, tendo o processamento dessa despesa ocorrido da se-
guinte forma: empenho: 9/12/2018; recebimento do computador: 29/12/2018; pagamento da
despesa: 19/1/2019.
Nesse caso, de acordo com as normas previstas na Lei n.º 4.320/1964, o registro dessa despe-
sa em 31/12/2018 estaria correto caso tivesse sido feito como dívida flutuante.

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Despesa Pública – Parte II
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Note que na situação em tela temos um caso de Restos a pagar Processados, já que o com-
putador foi recebido em 29/12/2018, ou seja, a despesa já foi liquidada. Nessa toada, deve ser
classificado como Dívida Flutuante.
Certo.

3.2. Dívida Fundada


Vamos ver primeiro a literalidade, com grifos nossos, e depois comentar o artigo para faci-
litar o seu entendimento.

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Compõem a dívida fundada, também conhecida como dívida consolidada, os passivos


financeiros que tenham exigibilidade superior a 12 meses e que necessitem de autorização do
Poder Legislativo para seu pagamento, destacando-se que já devem ter ocorrido os respecti-
vos empenho e liquidação.
O Decreto n. 93.872/1986 detalhou o conceito de dívida fundada presente na Lei n.
4.320/1964, e conceitua como sendo aquela que compreende os compromissos de exigibili-
dade superior a 12 meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos
para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, e
que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.
O glossário de termos técnicos do Senado Federal apresenta os seguintes conceitos de
dívida fundada distinguindo o da Lei n. 4.320/1964 do da LRF:

Lei n. 4.320/1964. Compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender
a desequilíbrio orçamentário ou a financiamento de obras e serviços públicos.
LRF, Art. 29. Montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Fede-
ração, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações
de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses.

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Despesa Pública – Parte II
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Veja na esquematização seguinte um resumo:


I – os restos a pagar, excluídos os
serviços da dívida

II – os serviços da dívida a pagar


FLUTUANTE Art. 92 – compreende
III – os depósitos

IV – os débitos de tesouraria

Dívida Flutuante A dívida fundada compreende os compromissos de


x Fundada exigibilidade superior a doze meses, contraídos para
Lei n. 4.320/1964 atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro
de obras e serviços públicos.

A dívida fundada será escriturada com individuação


FUNDADA Art. 98 e especificações que permitam verificar, a qualquer
momento, a posição dos empréstimos, bem como os
respectivos serviços de amortização e juros.

4. Regime de Adiantamentos (Suprimento de Fundos)


4.1. Conceito e Tipos de Suprimento
Considerando a lentidão do processo tradicional da realização de despesas, principalmen-
te quando se exige prévia licitação, excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar
a realização da despesa por meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser reali-
zada pelo processo normal da execução orçamentária.
Sendo uma exceção à realização de um processo licitatório, o suprimento de fundos não
pode ser usado para despesas com caráter repetitivo que são tipicamente previsíveis, sendo
aplicável apenas os casos de despesas expressamente definidas em lei.
O embasamento legal desse procedimento, também chamado de despesas sob regime de
adiantamento, é o artigo 74 do Decreto Lei n. 200/1967, os artigos 68 e 69 da Lei n. 4.320/1964
e os artigos 45 e 47 do Decreto n. 93.872/1986, que serão reproduzidos nos comentários
das questões.
Guarde ainda que o regime de adiantamentos precisa respeitar as 3 fases da execução da
despesa pública: empenho, liquidação e pagamento.

Apesar de o suprimento de fundos ser uma despesa orçamentária, não representa uma despe-
sa pelo enfoque patrimonial, já que, no momento da concessão, ainda não ocorreu redução no
patrimônio líquido. Na liquidação da despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre
o registro de um passivo, há também a incorporação de um ativo, que representa o direito de
receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do
numerário adiantado, constituindo-se assim um fato permutativo.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

012. (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Julgue o item que se segue, relativo às receitas e des-


pesas públicas.
O ato de suprimento de fundos constitui uma despesa orçamentária, embora a despesa patri-
monial correspondente deva ocorrer somente em momento futuro.

Guarde que o ato de suprimento de fundos constitui despesa orçamentária, mas não uma
despesa pelo enfoque patrimonial, que somente ocorre no momento da prestação de contas.
Certo.

Suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a um ser-


vidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que não possa
subordinar-se ao processo orçamentário normal.

013. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A concessão de suprimento de fundos se destina a despesas que não possam subordinar-se
ao processo normal de aplicação, e prescinde de empenho prévio.

Guarde que o empenho nunca pode ser dispensado. Confira no Decreto n. 93.872/1986, com
grifos nossos:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Errado.

Em relação aos tipos de suprimento de fundos, podemos dizer que são consideradas situ-
ações passíveis de utilização de suprimento de fundos os seguintes casos:
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regula-
mento e constar do ato de concessão; ou
• para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ul-
trapasse aos limites estabelecidos pela legislação.

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Despesa Pública – Parte II
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DICA!
Dos 3 tipos de suprimento de fundos, somente as despesas de
pequeno vulto é que tem limites monetários definidos, usan-
do como parâmetro os valores da Lei de Licitações.

O valor adiantado a título de suprimento de fundos pode relacionar-se a mais de uma natureza
de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações respectivas, respeitados os
valores de cada natureza. Guarde, portanto, que na classificação por natureza da despesa, não
existe um elemento específico para suprimento de fundos. Assim, a situação difere, por exem-
plo, da DEA onde existe o elemento “despesas de exercícios anteriores”.

Importante destacar ainda que o suprimento poderá ser concedido ao servidor designado
para a execução do serviço, a coordenador, a presidente de comissão ou de grupo de trabalho,
quando for o caso, para as despesas em conjunto ou, isoladamente, de cada integrante da co-
missão ou grupo de trabalho, bem assim a servidor a quem se atribua o encargo do pagamento
das despesas autorizadas pela autoridade ordenadora.
Guarde que pode ser concedido também aquele que, eventualmente, tenha sido encarre-
gado do cumprimento de missão que exija transporte, quando a repartição não dispuser de
meios próprios, ou para atender a situações de emergência.

Entretanto, não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção
de servidor em viagem quando esse houver recebido diárias, posto que essas se destinam a
suprir as despesas de alimentação, pousada e locomoção urbana.

Registre-se ainda que os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem
como o limite máximo para despesas de pequeno vulto, serão fixados em Portaria do Ministé-
rio da Fazenda (atual Ministério da Economia) e disponibilizados no SIAFI para consulta.
De acordo com a IN STN n. 04/2004, não é admitido o fracionamento das despesas e nem
falta de planejamento não justifica a realização de compras continuada por meio do suprimen-
to de fundos. A aquisição de material permanente também, em regra, não pode ser efetuada
por meio do suprimento de fundos, exceto em casos especiais devidamente justificados.

DICA!
Com exceção das despesas sigilosas, as despesas que po-
dem ser realizadas por meio do suprimento de fundos devem
necessariamente ser urgentes, eventuais e não podem se su-
jeitar ao processo normal de aquisição por causarem algum
prejuízo ao ente público.

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Em relação às situações que exigem tratamento sigiloso, temos a concessão e aplicação


de suprimento de fundos, para atender peculiaridades da Presidência e da Vice-Presidência da
República, do Ministério da Fazenda, do Departamento de Polícia Federal, das repartições do
Ministério das Relações Exteriores, bem assim militares e de inteligência, obedecerão a regime
especial de execução estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de
Estado, pelo Chefe da Casa Militar e pelo Secretário-Geral da Presidência da República, sendo
vedada a delegação de competência.
Vale ressaltar que a entrega do numerário deve sempre precedido do empenho ordinário na
dotação própria das despesas a realizar, e será feita mediante crédito em conta bancária, em
nome do suprido, aberta para esse fim, com autorização do ordenador de despesa, ou median-
te entrega do numerário ao suprido por meio de Ordem de Pagamento Bancário (OPB).

4.2. Restrições à Concessão de Suprimento de Fundos


Não poderá ser concedido suprimento de fundos a quem não seja servidor e a servidor:
• responsável por dois suprimentos;
• que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
• responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplicação
no prazo previsto; e
• declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

IMPEDIMENTOS (art. 45 do Decreto n. 93.872/1986)

Não se concederá suprimentos de fundos:


• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a
adquirir, salvo quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não
tenha prestado contas de sua aplicação;
• a servidor declarado em alcance.

014. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-


ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos poderá ser concedido a qualquer servidor, desde
que este ocupe cargo de confiança.

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Na verdade, inexiste qualquer restrição no sentido de se conceder suprimento de fundos ape-


nas para servidores que ocupem cargo de confiança. Em regra, a qualquer servidor pode ser
concedido suprimento de fundos, exceto aqueles com as restrições impostas pelo Decreto
93.872/86:

Art. 45, § 3º Não se concederá suprimento de fundos:


a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.
Errado.

015. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


É vedada a concessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou
a utilização do material a adquirir, em qualquer hipótese.

Falsa, já que nos casos em que não tenha outro servidor na repartição, é SIM permitida a con-
cessão de suprimento de fundos a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do
material a adquirir. Confira no decreto n. 93.872/86, com grifos nossos:

Art. 45, § 3º Não se concederá suprimento de fundos:


b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor.
Errado.

 Obs.: entende-se por servidor em alcance aquele que não tenha prestado contas de supri-
mento, no prazo regulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude
de desvio, desfalque, falta ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a
sua guarda, verificados na prestação de contas.

016. (CESPE/PREFEITURA DE MANAUS/PROCURADOR/2018) Acerca da Lei n. 4.320/1964


e das receitas e despesas públicas, julgue o próximo item.
O suprimento de fundos, também conhecido como regime de adiantamento, não pode ser au-
torizado para servidor público em alcance, ou seja, aquele que ainda não obteve aprovação no
estágio probatório.

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Embora não possa ser autorizado suprimentos de fundos para servidor público em alcance,
a assertiva erra ao afirmar que servidor em alcance é aquele que ainda não foi aprovado no
estágio probatório. Na verdade, servidor em alcance é aquele que não prestou contas no prazo
ou que teve as contas reprovadas.
Errado.

RESTRIÇÕES AO SUPRIDO

A servidor que tenha a seu cargo a


guarda ou a utilização do material a
adquirir, salvo quando não houver na
A responsável por dois suprimentos. repartição outro servidor.

Não se concederá
suprimento de fundos

A servidor declarado em alcance, enten-


A responsável por suprimento de
dido como tal o que não prestou contas
fundos que, esgotado o prazo,
no prazo regulamentar ou o que teve
não tenha prestado contas de sua
suas contas recusadas ou impugnadas
aplicação/utilização.
em virtude de desvio, desfalque, falta ou
má aplicação dos recursos recebidos.

Na aplicação do suprimento de fundos, observar-se-ão as condições e finalidades previs-


tas no seu ato de concessão.
Lembrando que o ato de concessão é a autorização do suprimento de fundos formalizada
no documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.

Importante ter em mente que o prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a
90 dias nem ultrapassar o exercício financeiro, devendo a prestação de contas relativa à
importância aplicada até 31 de dezembro ser apresentada até o dia 15 de janeiro subse-
quente. Além disso, aquele que é detentor de suprimento de fundos deve indicar os saldos
em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva
responsabilidade.

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4.3. Prestação de Contas


No que diz respeito à comprovação, os documentos comprobatórios das despesas efetu-
adas serão extraídos em nome da repartição onde o suprido esteja em exercício, exigindo-se
documento fiscal sempre que a operação estiver sujeita a tributação.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do
suprimento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezem-
bro, a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.

017. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


A comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de dezembro do
exercício financeiro anterior deve ser feita até 31 de janeiro do exercício financeiro corrente.

Na verdade, a comprovação dos saldos de suprimento de fundos aplicados até o dia 31 de de-
zembro do exercício financeiro anterior deve ser feita até 15 de janeiro do Exercício Seguinte,
conforme disposto no artigo 46, parágrafo único, do Decreto n. 93.872/86 que diz: “A importân-
cia aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte”.
Errado.

Se, por outro lado, o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser
procedida a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.

018. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Com relação a despesa pública, julgue o item


subsequente.
A tomada de contas de suprimento de fundo concedido é automática, e será realizada tão logo
cessem os motivos da concessão.

A resposta da questão está no § 2º do artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986. Observe que a


tomada de contas automática de suprimento de fundos somente ocorre caso o servidor não a
apresente dentro do prazo estabelecido pelo ordenador de despesas.

§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar con-
tas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo
assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apura-
ção das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis.

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Assim, a assertiva é errada, já que a tomada de contas automática de suprimento de fundo não
ocorrerá assim que cessarem os motivos da concessão, mas apenas quando o servidor res-
ponsável pelo suprimento não apresentar a prestação de contas dentro do prazo estabelecido
pelo ordenador de despesas.
Errado.

Em relação à prestação de contas da aplicação dos recursos de suprimento de fundos de-


verá ser feita mediante apresentação dos seguintes documentos:
• Cópia do documento de concessão do suprimento;
• Primeira via da nota de empenho da despesa;
• Extrato da conta bancária, se for o caso;
• Comprovantes das despesas realizadas, devidamente atestados e emitidos em data
igual ou posterior à da entrega do numerário e anterior à data limite para aplicação, em
nome do órgão onde o suprido esteja em exercício, a saber:
− No caso de compra de material: nota fiscal de venda ao consumidor;
− No caso de prestação de serviços por pessoa jurídica: nota fiscal de prestação de
serviço;
− No caso de prestação de serviço por pessoa física:
◦ recibo comum – se o credor não for inscrito no INSS;
◦ recibo de pagamento de autônomo (RPA) – se o credor for inscrito no INSS;
• Comprovante de recolhimento do saldo não utilizado, se for o caso.

Caso exista algum eventual saldo não utilizado do suprimento de fundos, pelas unidades
“off-line”, deverá ser recolhido, dentro do prazo estabelecido para a prestação de contas, à
conta bancária da unidade gestora, mediante depósito direto na conta única – se no mesmo
exercício da concessão –, ou ao Tesouro Nacional, no caso da União, mediante DARF – se em
exercício posterior ao da concessão.
Assim, o saldo de suprimento de fundos das unidades “on-line” será, no exercício, revertido
ao seu limite de saque, mediante depósito direto na Conta Única; em exercício posterior, se
constituirá em receita do Tesouro Nacional, no caso da União, mediante GRU.

Importante destacar que quando impugnada a prestação de contas, seja parcial, seja total-
mente, a autoridade ordenadora deve determinar imediatas providências administrativas para
apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, bem assim, promover
a tomada de contas para julgamento pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.

No que diz respeito à contabilização, o suprimento de fundos é contabilizado e incluído


nas contas do ordenador como despesa realizada.

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019. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) A respeito dos mecanismos de execução e controle


orçamentários, julgue o item que se segue.
Caso um servidor aplique recursos recebidos por meio de suprimentos de fundos em finalida-
de diversa da definida pelo ato de concessão, o ordenador de despesa que concedeu o supri-
mento estará isento de responsabilidades sobre o ato.

De acordo com o artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986, o suprimento de fundos é de inteira


responsabilidade do Ordenador de despesas, inexistindo hipóteses de afastamento de tal res-
ponsabilidade. Confira com grifos nossos:

Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos:
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
Errado.

Por seu turno, as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevi-
da, constituirão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerra-
mento do exercício.

020. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Se determinado suprimento de fundos não for integralmente aplicado, o saldo remanescente
será recolhido ao Tesouro Nacional e constituirá, obrigatoriamente, receita orçamentária.

Tenha em mente que o Regime de Adiantamento servirá para despesas que não possam ser
realizadas por meio das etapas normais (empenho, liquidação e pagamento), cujo valor será
entregue a agente público que, posteriormente, prestará contas dos valores gastos. Nessa toa-
da, quando da devolução dos valores, podem ocorrer duas situações, considerando o exercício
financeiro em que ocorra a devolução:

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• no mesmo exercício – ocorrerá a anulação da despesa;


• em exercício diverso – será reconhecido como receita orçamentária.
Assim, a assertiva ERRA ao afirmar que, obrigatoriamente, o saldo remanescente dos recursos
constituirá Receita Orçamentária.
Errado.

Finalmente, o último ato contábil formaliza-se pela baixa da responsabilidade do detentor


junto ao SIAFI.
Veja na esquematização seguinte um resumo sobre o suprimento de fundos (regime de
adiantamentos):

Entrega de numerário a um servidor,


sempre precedida de empenho na
dotação própria à despesa a realizar

Despesas eventuais. Inclusive em


viagens e com serviços especiais, que
Excepcionalmente e quando esse exijam pronto pagamento em espécie
não puder ser realizado pelo proces-
Suprimento so normal da execução orçamentária Em caráter sigiloso
de Fundos Despesas de pequeno vulto

Responsável por dois suprimentos

Servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização


do material a adquirir, salvo quando não houver na
Não pode ser repartição outro servidor
concedido a Responsável por suprimento de fundos que não tenha
prestado contas de sua aplicação no prazo previsto

Servidor declarado em alcance


Servidor que esteja respondendo a inquérito
administrativo

4.4. Cartão de Pagamentos do Governo Federal

O Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) é um meio de pagamento que propor-


ciona à Administração Pública mais agilidade, controle e modernidade na gestão de recursos.
O CPGF é emitido em nome da Unidade Gestora, com identificação do portador, e somen-
te pode ser usada para aquelas situações passíveis de enquadramento como Suprimento
de Fundos. Entretanto, Ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e
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Gestão e da Fazenda (atualmente incorporados ao Ministério da Economia) pode autorizar a


utilização do CPGF como forma de pagamento de outras despesas.
Note que o CPGF nada mais é do que uma mera modalidade de pagamento, e, assim, deve
respeitar todos os procedimentos existentes para a utilização do suprimento de fundos e sua
prestação de contas.
De acordo com o Decreto n. 93.872/1986, compete ao Ministério da Fazenda o estabeleci-
mento de valores limites para concessão de Suprimento de Fundos, bem como o limite máxi-
mo para despesas de pequeno vulto.
Somente para a hipótese de despesas de pequeno vulto a legislação definiu limites, sendo
utilizados percentuais baseados nos valores atualizados do artigo 23 da Lei n. 8.666/1993. Re-
pare que há valores diferenciados para a concessão total e por despesa realizada; para obras
e serviços de engenharia e para compras e serviços em geral.

INSTRUMENTO CPGF

OBRAS E SERVIÇOS DE
NATUREZA COMPRAS E SERVIÇOS
ENGENHARIA

a) por concessão (incisos


R$ 17.600,00 R$ 33.000,00
I, II e III)

b) por despesa (isto é, por


valor documento de compro- R$ 1.760,00 R$ 3.300,00
vação de gasto – inciso III)

5. Ordenador de Despesas
O Ordenador de Despesas é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho,
autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80
do Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos
orçamentários, empenhar despesa, inscrever restos a pagar e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que exige capacitação em
áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras, recursos
humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimoniais etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais
sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma en-
tidade pública.
Interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um
Presidente de órgão ou entidade.

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Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, O Ordenador de Despesa é regis-


trado com esse título no rol de responsáveis junto aos órgãos que gerem o sistema financeiro
da entidade e junto aos Tribunais de Contas. Com entrada em vigor da Lei de Responsabilida-
de Fiscal (LRF), a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesa necessariamente precisar ser um
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vín-
culo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento,
verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores e outros bens públicos, respondendo,
assim, pelos prejuízos que eventualmente acarretar à Fazenda pública.
Importante ressaltar que a atividade do Ordenador de Despesas guarda íntima relação com
o Princípio da Legalidade, pois boa parte do seu tempo deve ser gasto com a verificação da
existência ou não de norma que o autorize a proceder dessa ou daquela forma, de modo que
todas as despesas tenham respaldo na lei.
A LRF, com o objetivo de tornar efetiva a transparência das finanças públicas, tornou obri-
gatória, nos casos especificados, a chamada “Declaração do Ordenador de Despesa”, docu-
mento em que o ordenador de despesa declara que a despesa tem adequação orçamentária e
financeira com a LOA e compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Uma das atividades mais importantes do Ordenador de Despesa ocorre na fase do empe-
nho da despesa, quando ele necessariamente precisa confirmar a existência de dotação orça-
mentária, necessária e suficiente. Existem situações em que existe a dotação orçamentária,
mas ainda não estão disponíveis os recursos financeiros para cumprir a obrigação, nesses
casos ele precisa fazer a adequação financeira, verificando a sua compatibilidade com a pro-
gramação financeira.
Deve-se destacar ainda que os Ordenadores de Despesa podem ser classificados em Or-
denadores Primários e Ordenadores Secundários.
Os Ordenadores de Despesas Primários ou Principais são os profissionais que assumem
a gestão da execução orçamentaria em macro áreas de atuação, sendo, na prática, uma tarefa
muito difícil para que uma pessoa sozinha como responsável cumprir adequadamente de rea-
lizada de modo centralizado.
Para solucionar essa excessiva centralização inerente à função de Ordenador Primário de
despesa existe o instituto da delegação de competências no Decreto-Lei n. 200/67, um instru-
mento de descentralização administrativa capaz de proporcionar maior celeridade e eficácia
às decisões, já que o ordenador de despesa secundário está mais próximo dos atos e fatos
sobre os quais precisa decidir. Confira os artigos 11 e 12 com grifos nossos:

Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização admi-
nistrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na
proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades
da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se
dispuser em regulamento.

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Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade
delegada e as atribuições objeto de delegação.

Nessa pegada, usando de seu poder discricionário, um Ordenador de Despesas Primário


pode delegar competência, designando um agente administrativo, por meio de Portaria, como
Ordenador Secundário de despesa.
Assim, por delegação de competência, o Ordenador Secundário ou derivado de despesa
torna-se revestido de autoridade para realizar despesas orçamentarias em áreas especifica-
das, nos limites da vontade do Ordenador Principal.
O artigo 84 do Decreto-Lei n. 200/1967 deixa claro que que se o Ordenador de Despesa
Secundário ultrapassar os limites das ordens recebidas ou praticar desvio ou qualquer irregu-
laridade causadora de prejuízo ao erário será diretamente responsabilizado pelo ato praticado:

Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, des-
vio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades
administrativas, sob pena de corresponsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares,
deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a toma-
da de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

RESUMO
Restos à Pagar

São classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas, mas
que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o
estágio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às des-
pesas cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho

Inscrição de
Valor Inscrição pelo
Despesa Empenho Liquidação restos a pagar
conhecido? valor devido
processados

sim sim
não
não

Diferença será
Valor empenhada
Inscrição pelo
estimado em despesa
valor estimado
< valor real? de exercícios
Inscrição de restos a anteriores
pagar não processados

não sim

Validade até 30/06


do 2º ano subsequente Saldo existente
ao da inscrição será cancelado

Despesas de Exercícios Anteriores

Classificam-se como despesas de exercícios anteriores, aquelas que podem ser atendidas
à conta de dotação específica consignada no orçamento anual do Estado ou em Créditos Adi-
cionais, desde que reconhecido o direito do requerente, e ainda:
• as despesas de exercícios JÁ encerrados para as quais o orçamento respectivo consig-
nava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, MAS que, por motivo super-
veniente, não tenha sido empenhado na época própria, DESDE que o fornecimento do
material, a prestação do serviço ou execução da obra JÁ tenha efetivamente ocorrido;

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

• aqueles Restos a Pagar com prescrição interrompida; e


• os compromissos somente reconhecidos após o encerramento do exercício, DESDE
QUE que tenham decorrido de situação ou fato independente da vontade do ordenador
da despesa.

Despesas de Exercícios Anteriores


• São dívidas resultantes de compromissos gerados em exercícios financeiros anteriores
àqueles em que devam ocorrer os pagamentos.
• Casos Possíveis:
− Despesas de exercícios encerrados não processadas na época própria.
− Restos a pagar com prescrição interrompida.
− Compromissos reconhecidos após encerramento do exercício.
• Natureza de Despesa: 33.90.92

Dívida Flutuante

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar;
III – os depósitos;
IV – os débitos de tesouraria.

Dívida Fundada

Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Suprimento de Fundos

Excepcionalmente, a autoridade competente pode autorizar a realização de despesa por


meio de suprimento de fundos, quando essa não puder ser realizada pelo processo normal da
execução orçamentária.
Assim, o suprimento de fundos é um procedimento que consiste na entrega de numerário a
um servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria à despesa a realizar, que não
possa subordinar-se ao processo orçamentário normal.

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

São consideradas situações passíveis de utilização de suprimento de fundos os se-


guintes casos:
• para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regula-
mento e constar do ato de concessão; ou
• para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor não ul-
trapasse aos limites estabelecidos pela legislação.

Não pode ser concedido suprimento destinado a cobrir despesas de locomoção de servi-
dor em viagem quando esse houver recebido diária.
Existem situações que exigem tratamento sigiloso. Esses casos obedecerão a regime es-
pecial de execução.
Não poderá ser concedido suprimento de fundos:
• a responsável por dois suprimentos;
• a servidor que tenha a seu cargo a guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo
quando não houver na repartição outro servidor;
• a responsável por suprimento de fundos que não tenha prestado contas de sua aplica-
ção no prazo previsto; e
• a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inquérito administrativo.

Servidor em alcance é aquele que não tenha prestado contas de suprimento, no prazo re-
gulamentar, ou cujas contas não tenham sido aprovadas em virtude de desvio, desfalque, falta
ou má aplicação de dinheiro, bens ou valores confiados a sua guarda, verificados na prestação
de contas.
Na aplicação do suprimento de fundos observar-se-ão as condições e finalidades pre-
vistas no seu ato de concessão, que é a autorização do suprimento de fundos formalizada no
documento de concessão, do qual constarão o valor do suprimento, sua destinação, o nome
do suprido e seu cargo/função, o prazo de aplicação, a data para prestação de contas e as as-
sinaturas do ordenador de despesa e do responsável pelo suprimento.
O prazo de aplicação do suprimento não poderá exceder a 90 dias nem ultrapassar o exer-
cício financeiro, devendo a prestação de contas da importância aplicada até 31 de dezembro
ser apresentada até o dia 15 de janeiro subsequente. Além disso, aquele que é detentor de
suprimento de fundos deve indicar os saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de
contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade.
O servidor tem 30 dias para prestar contas do suprimento, todavia, se a importância do su-
primento for aplicada até o encerramento do exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro,
a despesa deverá ser comprovada até 15 de janeiro seguinte.
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Despesa Pública – Parte II
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Entretanto, se o suprido deixar de prestar contas no prazo estabelecido, deverá ser procedi-
da a tomada de contas especial, sem prejuízo das providências administrativas para apuração
das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis.
Resumindo temos o seguinte fluxo:

Liquidação/ Programação
Empenho Pagamento
reconhecimento de desembolso

Período para
Devolução de
prestação de
suprimentos [com
contas expirado
devolução]
não aplicados
[Sem devolução]
Prestação de Prestação de
contas aprovada contas reprovada
Transferência
para CTU

[devolução
Inscrição em diversos
integral]
responsáveis

[Else]

Estorno de
Prestação de
Aprovação de inscrição em diversos
contas aprovada
prestação de contas responsáveis

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Despesa Pública – Parte II
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MAPAS MENTAIS

É um procedimento
que consiste na São os restos a
entrega de numerário pagar relativos
a um servidor, Processados às despesas cuja
sempre precedida de execução alcançou
empenho na dotação o estágio da
própria à despesa liquidação.
Restos a Pagar
a realizar, que não
possa subordinar-se ao
São os restos a
processo orçamentário
pagar relativos
normal.
Não Processados às despesas cuja
execução abrangeu
apenas o estágio do
empenho.
Para atender despesas
Suprimento de
eventuais, inclusive em
viagens e com serviços Fundos ou Regime
especiais, que exijam de Adiantamentos
Aquelas que podem
pronto pagamento em ser atendidas à conta
espécie. de dotação específica
consignada no
orçamento anual do
Quando a despesa deva Estado em Créditos
ser feita em caráter Adicionais, desde que
sigiloso, conforme Situações passíveis
reconhecido o direito do
se classificar em de utilização de
requerente.
regulamento e constar suprimento de fundos:
do ato de concessão.

As despesas de
Para atender despesas exercícios já encerrados
de pequeno vulto, assim Despesa Pública – Parte II para as quais o
entendidas aquelas cujo orçamento respectivo
valor não ultrapasse aos consignava crédito
limites estabelecidos próprio com saldo
pela legislação. suficiente para atendê-
las, mas que, por
motivo superveniente,
Despesas de Exercícios não tenha sido
I – os restos a Anteriores empenhado na época
pagar, excluídos os própria, desde que
serviços da dívida. o fornecimento do
material, a prestação do
serviço ou a execução
II – os serviços da da obra já tenha
dívida a pagar. Compreende Flutuante
efetivamente ocorrido.

III – os depósitos.
Restos a pagar com
prescrição interrompida.
IV – os débitos de
Dívida
tesouraria.
Compromissos somente
reconhecidos após
o encerramento do
Os compromissos de exercício desde que
exigibilidade superior a tenham decorrido
doze meses, contraídos de situação ou fato
Compreende Fundada
para atender a desequilíbrio independente da
orçamentário ou a financeiro vontade do ordenador
de obras e serviços públicos. da despesa.

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QUESTÕES DE CONCURSO
021. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA/2018) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, na administra-
ção pública, as despesas de pequeno vulto podem ser viabilizadas por meio de suprimentos
de fundos.
Conforme essa lei, o suprimento de fundos consiste na entrega de numerário a servidor, sem-
pre precedida de empenho na dotação própria.

Confirme o exposto na assertiva na legislação com grifos nossos.

Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Certo.

022. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
São restos a pagar apenas as despesas regularmente empenhadas e liquidadas, do exercício
atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro.

A assertiva ERRA ao afirmar que apenas as despesas empenhadas e liquidadas são restos a
pagar. Na verdade, se a despesa foi ou não liquidada só mudará a classificação entre proces-
sada ou não processada.
Errado.

023. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) No que se refere às despesas públicas,


julgue o item.
Uma despesa empenhada e não paga no exercício social em que havia sido prevista integra
os restos a pagar e será classificada como despesa extraorçamentária do exercício em que se
der o seu efetivo pagamento.

A ideia básica é que a despesa inscrita em restos a pagar foi considerada despesa orçamen-
tária no exercício em que foi empenhada, logo, no exercício de pagamento, será classificada
como despesa extraorçamentária. Se não fosse assim, a mesma despesa seria contabilizada
duas vezes.
Certo.

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024. (CESPE/EBSERH/ANALISTA/2018) Julgue o item a seguir, a respeito da composição e


das variações do patrimônio público e da mensuração dos seus elementos.
Na concessão de suprimento de fundos, a variação patrimonial diminutiva é reconhecida no
mesmo instante da liquidação, uma vez que o fato gerador consiste no ato do ordenador de
despesa que autoriza a entrega do adiantamento.

Na verdade, no regime de adiantamentos ou suprimento de fundos, a variação patrimonial di-


minutiva é reconhecida na prestação de contas. Guarde que no momento da liquidação ocorre
uma variação qualitativa, já que o registro no passivo é compensado por um registro no ativo
do direito a receber o objeto do gasto pelo suprido. Confira diretamente no Manual de Contabi-
lidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), com grifos nossos:

O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para


futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para con-
ceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: em-
penho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimo-
nial, pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da
despesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a
incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto
a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Errado.

025. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


Restos a pagar são despesas pendentes de empenho e pagamento quando do encerramento
do exercício financeiro.

Na verdade, Restos a pagar são despesas JÁ EMPENHADAS cujo pagamento ainda está quan-
do do encerramento do exercício financeiro.
Errado.

026. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


Os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida fundada.

Na verdade, os restos a pagar e os serviços da dívida são exemplos de dívida flutuante. Confira
na Lei 4.320/1964:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:


I – os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II – os serviços da dívida a pagar.
Errado.

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027. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Com referência à contabilidade aplicada ao setor pú-


blico, julgue o item subsequente.
Com a adoção do regime de competência, sob o enfoque patrimonial, os restos a pagar não
devem ser classificados como receita extraorçamentária.

Basicamente, restos a pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas no exercício, sen-
do considerados despesas orçamentárias no ano de seu empenho, mesmo não tendo ocorrido
a liquidação e o pagamento. Nessa toada, para compensar a inclusão dos restos a pagar como
despesa orçamentária no balanço financeiro, a Lei n. 4.320/1964 determinou a inclusão dos
restos a pagar como receita extraorçamentária. Confira, com grifos nossos:

Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os rece-
bimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie
provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária
para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Errado.

028. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue:


Caso o responsável por determinado suprimento de fundos restitua parte dos recursos rece-
bidos após o encerramento do exercício em que se deu o suprimento, o valor restituído será
contabilizado como receita orçamentária.

A ideia básica é que o suprimento de fundos deve ser contabilizado e incluído nas contas do or-
denador como despesa realizada. Guarde ainda que as restituições, seja por falta de aplicação,
seja ela parcial ou total, ou por aplicação indevida, anulam a despesa ou receita orçamentária,
quando recolhidas após o encerramento do exercício.
Para responder essa questão precisamos conjugar os artigos 38 e 68 da Lei n. 4.320/1964.

Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no exercício; quando a anulação ocor-
rer após o encerramento deste considerar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria
para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Ora, da leitura em conjunto desses dispositivos, podemos concluir que como o empenho da
despesa objeto do suprimento de fundos já foi previamente realizado, logo ele deve ser rever-
tido como receita orçamentária do exercício em que for anulada essa despesa orçamentária.
Certo.

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029. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando o disposto na Lei n. 4.320/1964, julgue


o item subsequente.
As despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de dezembro e que estejam liquidadas
devem ser registradas por exercício e por credor na categoria restos a pagar processados.

Sim, as despesas não pagas até 31 de dezembro devem ser inscritas em restos a pagar, confor-
me determina o artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, e as despesas já liquidadas devem ser inscritas
como processadas (veja no trecho do MCASP reproduzido a seguir) e devem ser registradas
por exercício e por credor em conformidade com o artigo 92 da Lei n. 4.320/1964. Confira os
mencionados dispositivos com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas as não pagas até o dia 31 de de-
zembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Art. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
MCASP: os restos a pagar processados são aqueles em que a despesa orçamentária percorreu os
estágios de empenho e liquidação, restando pendente apenas o estágio do pagamento. Em geral,
não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obri-
gação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
Certo.

030. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, julgue o


seguinte item.
Os restos a pagar processados correspondem a despesas orçamentárias do ano anterior pa-
gas com atraso.

Na verdade, são classificadas como Restos a Pagar as despesas que já foram empenhadas,
mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não
processadas.
Os “Processados” são os restos a pagar relativos às despesas cuja execução alcançou o está-
gio da liquidação, enquanto os “Não Processados” são os restos a pagar relativos às despesas
cuja execução abrangeu apenas o estágio do empenho.
Logo, não existe essa condição de que tenham sido pagas com atraso, o que torna a asser-
tiva errada.
Errado.

031. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Com base na Lei n. 4.320/1964, julgue o item que se


segue, acerca de contabilidade pública.
Registram-se os restos a pagar por credor, independentemente do exercício a que se referem,
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

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Na verdade, os restos a pagar devem ser registrados por exercício e por credor. Confira na lite-
ralidade do parágrafo único do artigo 92 da Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:

Art. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor distinguin-
do-se as despesas processadas das não processadas.
Errado.

032. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, acerca dos restos a pagar no


orçamento público.
Resíduos passivos consistem em despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de de-
zembro, que não tenham sido canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam
aos requisitos previstos na Lei n. 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem
encargos incorridos no exercício vigente.

Resíduos passivos e restos a pagar são as despesas empenhadas mas não pagas dentro do
exercício financeiro, ou seja, até 31 de dezembro e estão em conformidade com o artigo 36 da
Lei n. 4.320/1964:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não
tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do
crédito.
Certo.

033. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação ao Sistema Integrado de Admi-


nistração Financeira (SIAFI), à Conta Única do Tesouro e ao suprimento de fundos, julgue o
item seguinte.
A utilização do cartão de pagamento do governo federal como mecanismo de movimentação
financeira de suprimento de fundos dispensa a emissão prévia do empenho da despesa.

Fundamental ter em mente que o suprimento de fundos, seja ele via adiantamento, seja por
meio da utilização do cartão de pagamento, exige prévia dotação orçamentária, sempre.
Errado.

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034. (CESPE/MPOG/ATA/2015) A respeito de suprimento de fundos, restos a pagar e despe-


sas de exercícios anteriores, julgue o item subsecutivo.
Despesa com bebidas alcoólicas em recepções oficiais poderá ser realizada com recursos
públicos mediante suprimento de fundos.

Em uma primeira olhada, temos a reação natural de marcar essa assertiva como errada. Que
absurdo! Usar dinheiro público, via suprimento de fundos, para comprar bebida alcoólica, mas
temos que observar o que os normativos dizem a esse respeito e não existe restrição específi-
ca para a despesa com bebidas alcoólicas.
O artigo 45 do Decreto n. 93.872/1986 autoriza o suprimento de fundos para despesas de pe-
queno vulto, despesas sigilosas e despesas eventuais onde a despesa com bebidas alcoólicas
pode ser encaixada.
Vamos ver agora a íntegra desse dispositivo, além dos artigos 46 e 47 (com grifos nossos).

Pagamento de Despesas por meio de Suprimento de Fundos


Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação
própria às despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação,
nos seguintes casos
I – para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e
III – para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso,
não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
§ 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como despesa
realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
§ 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é obrigado a prestar con-
tas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o fizer no prazo
assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das providências administrativas para a apura-
ção das responsabilidades e imposição, das penalidades cabíveis
§ 3º Não se concederá suprimento de fundos:
a) a responsável por dois suprimentos;
b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, não tenha prestado contas de
sua aplicação; e
d) a servidor declarado em alcance.
§ 4º Os valores limites para concessão de suprimento de fundos, bem como o limite máximo para
despesas de pequeno vulto de que trata este artigo, serão fixados em portaria do Ministro de Estado
da Fazenda

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon
§ 5º As despesas com suprimento de fundos serão efetivadas por meio do Cartão de Pagamento
do Governo Federal - CPGF
§ 6º É vedada a utilização do CPGF na modalidade de saque, exceto no tocante às despesas:
I – de que trata o art. 47; II - decorrentes de situações específicas do órgão ou entidade, nos termos
do autorizado em portaria pelo Ministro de Estado competente e nunca superior a trinta por cento do
total da despesa anual do órgão ou entidade efetuada com suprimento de fundos.
III – decorrentes de situações específicas da Agência Reguladora, nos termos do autorizado em
portaria pelo seu dirigente máximo e nunca superior a trinta por cento do total da despesa anual da
Agência efetuada com suprimento de fundos
Art. 45-A. É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimentos de
fundos
Art. 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em
seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsa-
bilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da
despesa.
Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro
seguinte.
Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para atender a pe-
culiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-Presidência da República,
do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cimento, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações
Exteriores, bem assim de militares e de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução
estabelecido em instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação
de competência.
Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput restringe-se
I – com relação ao Ministério da Saúde: a atender às especificidades decorrentes da assistência à
saúde indígena;
II – com relação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a atender às especificida-
des dos adidos agrícolas em missões diplomáticas no exterior;
III – com relação ao Ministério das Relações Exteriores: a atender às especificidades das reparti-
ções do Ministério das Relações Exteriores no exterior.
Certo.

035. (CESPE/TCE-RN/INSPETOR/2015) Julgue o próximo item, relacionado a receitas e des-


pesas públicas.
Como um suprimento de fundos é um adiantamento que deve ser empregado no pagamento
de despesas específicas, que deverão ser alvo de uma prestação de contas, a concessão do
suprimento gera uma despesa orçamentária.

Realmente a despesa com suprimento de fundos é uma despesa orçamentária, já que segue
os estágios do empenho, liquidação e pagamento.

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Despesa Pública – Parte II
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Tenha em mente que a diferença precípua de uma despesa realizada via suprimento de fundos
é em relação a uma despesa realizada pelo processo normal é em relação ao momento do seu
reconhecimento sob o enfoque patrimonial, já que no caso do suprimento de fundos este só
ocorre quando da prestação de contas por parte do suprido.
Certo.

036. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) No que se refere aos procedimentos de execução


orçamentária e financeira e àqueles aplicáveis aos suprimentos de fundos, julgue o item
subsecutivo.
Da mesma forma que acontece no processo licitatório, a despesa executada por meio de supri-
mento de fundos deve garantir a aquisição mais vantajosa para a administração pública.

O regime de adiantamentos, suprimento de fundos, mesmo devendo ser usado em situações


excepcionais por não poder seguir o processo orçamentário normal, está sujeito aos mesmos
princípios básicos da Administração Pública, quais sejam legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência, de modo a garantir a aquisição mais vantajosa (em sentido
amplo) para o ente público.
Certo.

037. (CESPE/TRE-PI/ANALISTA/2016) Julgue:


Suprimento de fundos é a autorização de execução orçamentária que, pela sua excepcionali-
dade, não possui dotação orçamentária específica.

É verdade que o Suprimento de fundos é a autorização de execução orçamentária excepcional


no sentido de não pode aguardar o processo normal de realização de procedimento licitatório,
mas possui SIM dotação orçamentária específica.
Errado.

038. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito do processo de orçamentação, julgue o


item subsequente.
Restos a pagar são despesas empenhadas e não pagas no exercício. Seu impacto orçamentá-
rio ocorre no exercício corrente e o financeiro, no exercício posterior.

Lembre-se que de acordo com o artigo 35 da Lei n. 4.320/1964, pertencem ao exercício as


despesas nele empenhadas e as receitas nele arrecadadas. Seguindo, essa premissa, temos

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Despesa Pública – Parte II
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que o impacto orçamentário da despesa ocorre no exercício em que ela é empenhada, e, como
os restos a pagar são empenhados no exercício corrente, o impacto orçamentário é no exercí-
cio corrente.
Por outro lado, de modo distinto, o impacto financeiro ocorre quando a despesa é efetivamen-
te desembolsada/paga e, como no caso dos restos a pagar o pagamento ocorre no exercício
posterior, o impacto financeiro é no ano seguinte.
Certo.

039. (CESPE/MJ/ADMINISTRADOR/2013) Com relação aos instrumentos de segurança do


Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) e à despesa de suprimento de fundos,
julgue o item subsecutivo.
Tratando-se de obras e serviços de engenharia, os limites máximos para cada ato de conces-
são de suprimento de fundos, tanto por meio do cartão de pagamento quanto mediante depó-
sito em conta corrente, são idênticos.

Na verdade, o suprimento de fundos para um servidor pode ocorrer tanto via o chamado “car-
tão corporativo” (Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF) quanto via adiantamento
de numerário em conta corrente.
Entretanto, de acordo com a Portaria n. 95/2002 do Ministério da Fazenda, os limites totais que
podem ser usados por essas 2 modalidades são distintos, sendo os do CPGF o dobro daquele
suprimento de fundos tradicional.
Errado.

040. (CESPE/TCU/TFCE/2012) O suprimento de fundos refere-se aos adiantamentos para


despesas de pequeno vulto no âmbito da administração pública. A esse respeito, julgue o item
que se segue.
O cartão de pagamento do governo federal, instrumento de pagamento emitido em nome da
unidade gestora, poderá ser utilizado na aquisição de materiais e contratação de serviços en-
quadrados como suprimento de fundos.

O cartão de pagamento do governo federal é regulamentado pelo Decreto n. 5.355/2005 do


Governo Federal que dispõe sobre a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal
(CPGF), pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e funda-
cional, para pagamento de despesas realizadas nos termos da legislação vigente.
De acordo com o seu artigo 2º, a utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal
(CPGF), pelos órgãos e entidades da administração pública federal integrantes do orçamento
fiscal e da seguridade social, para pagamento das despesas realizadas com compra de
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material e prestação de serviços, enquadrados como suprimento de fundos, desde que obser-
vados o disposto nos artigos 45, 46 e 47 do Decreto n. 93.872/1986.
Certo.

041. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às receitas públicas, julgue o item a seguir.


O cancelamento de restos a pagar e o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento
ou da restituição de despesas pagas em exercícios anteriores devem ser reconhecidos como
receita orçamentária do exercício em que o evento ocorreu.

Realmente, o recebimento de recursos provenientes de ressarcimento ou restituição de despe-


sas pagas em exercício anteriores é uma receita orçamentária do próprio exercício.
Até aqui, beleza. Entretanto, o cancelamento de restos a pagar é uma receita extraorçamentá-
ria, já que o seu pagamento é uma despesa extraorçamentária.
Errado.

042. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item seguinte, relativo a receitas e despe-


sas públicas.
Se empenhos referentes a determinada obra pública, cuja execução esteja prevista para mais
um exercício financeiro, não puderem ser pagos até 31/12 de cada ano, eles deverão ser inscri-
tos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados.

A assertiva é falsa, já que ao afirmar que “em cada exercício financeiro os valores deverão ser
inscritos em restos a pagar no exercício em que tiverem sido empenhados” contraria o dispos-
to no parágrafo único do artigo 36 da Lei n. 4.320/1964, pois esse dispositivo excetua os casos
em que forem créditos de vigência superior a um ano (plurianual). Confira, com grifos nossos:

Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de
dezembro distinguindo-se as processadas das não processadas.
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência plurienal, que não tenham
sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
Errado.

043. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue:


A despesa com inscrição em restos a pagar cancelada constitui uma despesa de exercício
anterior se o direito do credor ainda estiver em vigor.

Os Restos a Pagar cuja inscrição tenha sido cancelada, ou seja, com prescrição interrompida,
mas com o direito do credor ainda vigente, poderão ser pagos à conta de despesas de exercí-
cios anteriores, respeitada a categoria de despesa.
Certo.

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044. (CESPE/IPHAN/ANALISTA/2018) Acerca da Conta Única do Tesouro Nacional e das


normas de licitação pública, julgue o item subsecutivo.
As receitas públicas decorrentes da exploração de atividade econômica pelo Estado podem
ser depositadas em contas especiais das instituições financeiras oficiais, destacadas da Con-
ta Única do Tesouro Nacional.

Na verdade, todas as receitas da União devem ser recolhidas à Conta Única do Tesouro Nacio-
nal, sem exceções. Confira no Decreto n. 93.872/1986, na parte que trata da Conta Única do
Tesouro Nacional, com grifos nossos:

Art. 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo Ministério
da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do Tesouro Nacional no
Banco do Brasil S.A.
§ 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer ingresso de caráter
originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza orçamentária ou extraorçamentária,
seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente, produzido ou realizado direta ou indiretamente
pelos órgãos competentes.
Errado.

045. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão anu-
lação de despesa, caso sejam recolhidas após o encerramento do exercício.

Na verdade, existem duas situações distintas que devem ser consideradas quando das restitui-
ções. Se foram feitas no mesmo exercício devem ser contabilizadas como anulações de des-
pesas, mas se ocorrerem após o término do exercício, devem ser contabilizadas como receita
orçamentária. Confira no Decreto n. 93.872/1986, com grifos nossos:

Art. 45, § 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas contas do ordenador como des-
pesa realizada; as restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constitui-
rão anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após o encerramento do exercício.
Errado.

046. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018/ADAPTADA) Julgue:


É vedada a abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimento de fundos.

Confirme na literalidade do decreto n. 93.872/1986, com grifos nossos: “Art. 45-A. É vedada a
abertura de conta bancária destinada à movimentação de suprimentos de fundos”.
Certo.

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047. (CESPE/CGM-JOÃO PESSOA/AUDITOR/2018) Em relação à despesa orçamentária, jul-


gue o item.
O suprimento de fundos é caracterizado como um adiantamento de valores que se faz a um
servidor para futura prestação de contas e que não constitui uma despesa orçamentária.

A assertiva ERRA ao afirmar que o suprimento de fundos não constitui despesa orçamentária.
Veja a definição de suprimentos de fundos feita pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Se-
tor Público (MCASP), com grifos nossos:

SUPRIMENTOS DE FUNDOS (REGIME DE ADIANTAMENTO)


O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para
futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para con-
ceder o recurso ao suprido é necessário percorrer os três estágios da despesa orçamentária: empe-
nho, liquidação e pagamento. Apesar disso, não representa uma despesa pelo enfoque patrimonial,
pois, no momento da concessão, não ocorre redução no patrimônio líquido. Na liquidação da des-
pesa orçamentária, ao mesmo tempo em que ocorre o registro de um passivo, há também a incor-
poração de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto do gasto a ser
efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
Errado.

048. (CESPE/STM/TÉCNICO/2018) Com relação a restos a pagar e a suprimento de fundos,


julgue o item a seguir.
O servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele cujas contas foram pres-
tadas no prazo regulamentar e, em seguida, aprovadas.

A assertiva descreveu um servidor em situação regular.


Na verdade, o servidor declarado em alcance para suprimento de fundos é aquele não efetuou,
no prazo, a comprovação dos recursos recebidos ou que, caso tenha apresentado prestação
de contas dos recursos que tenha sido impugnada total ou parcialmente.
Errado.

049. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) A empresa X foi contratada para executar uma obra de dez
milhões de reais em dezembro, no final do exercício financeiro do ano anterior. A ordem de servi-
ço emitida previu o início da obra no mês de janeiro do ano seguinte. Foram empenhados cinco
milhões em dezembro, quando da assinatura do contrato, tendo o valor sido inscrito em restos
a pagar. O restante do valor da obra, que estava previsto no orçamento do exercício financeiro
seguinte, foi empenhado no início do ano. A empresa X executou um milhão de reais em serviços
e abandonou a obra em março. A administração então convidou a segunda colocada no certame,
a empresa Y, para concluir o objeto do contrato. A empresa Y prontamente aceitou.

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A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item subsequente.


Os quatro milhões restantes inscritos em restos a pagar devem ser anulados e novamente
empenhados para a empresa Y executar a obra.

Temos uma situação em que o empenho da despesa, que gerou a inscrição em restos a pagar,
foi feito em benefício da empresa X, mas como tivemos o abandono da obra por ela, o saldo de
restos a pagar deve ser cancelado.
Note, entretanto, que o saldo de restos a pagar refere-se a recursos do ano anterior e que, des-
sa forma, não passíveis de reutilização no ano seguinte, já que não pode ser feito empenho em
um ano utilizando-se de recursos de ano anterior.
Podemos concluir, portanto, que para dar continuidade à obra, deve ser efetuado novo em-
penho utilizando recursos do ano corrente em benefício da empresa Y, considerando que os
recursos cancelados de restos a pagar não são mais passíveis de utilização.
Errado.

050. (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos mecanismos de administração, progra-


mação, execução e controle dos recursos orçamentários, julgue o item subsequente.
Será automaticamente cancelada a despesa regularmente originada a partir de emissão de nota de
empenho não inscrita pelo gestor competente em restos a pagar até o final do exercício financeiro.

Na verdade, o empenho não será automaticamente anulado apenas pelo fato de que o gestor não
realizou o procedimento de inscrição em Restos a Pagar do Exercício, já que pode estar configurada
uma das situações em que o empenho não deve ser anulado, ou seja, pode se enquadrar em uma
das exceções previstas. Confira no Decreto n. 93.872/1986 tais exceções, com grifos nossos:

Art. 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para
todos os fins, salvo quando:
I – vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida;
II – vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da despesa,
ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III – se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV – corresponder a compromissos assumido no exterior.
Errado.

051. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
A inscrição de restos a pagar não processados a liquidar ocorre quando tiver ocorrido o fato
gerador da obrigação, antes do término do exercício em curso, sem que se tenha procedido o
estágio da liquidação.

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Vamos ver uma classificação constante do MCASP 8ª Edição que divide os Restos a Pagar
(RAP) não processados em RAP não processados a liquidar e RAP não processados em liqui-
dação. Confira com grifos nossos:

4.7.4.1. Inscrição de Restos a Pagar Não Processados a Liquidar


Registrado o empenho, mas não ocorrido o fato gerador da obrigação, e caso comprovadas as
condições necessárias para inscrição de restos a pagar, dar-se-á a inscrição de Restos a Pagar Não
Processados a liquidar
4.7.4.2. Inscrição De Restos a Pagar Não Processados em Liquidação
Ocorrido o fato gerador da obrigação antes do término do exercício em curso, sem que se tenha
procedido o estágio da liquidação, deve-se reconhecer o impacto patrimonial da despesa. Nesse
sentido, as despesas deverão ser registradas ao fim do exercício como RP não processados “em
liquidação.

Note, portanto, que a assertiva caracteriza os restos a pagar não processados em liquidação.
Errado.

052. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
Independentemente de serem processadas ou não, só serão pagas as despesas inscritas em
restos a pagar liquidadas.

Considerando que restos a pagar são despesas que foram empenhadas, mas que não foram
pagas no exercício, e que as despesas somente podem ser pagas após regular liquidação, in-
dependentemente de serem processadas ou não, as despesas inscritas em restos a pagar só
serão pagas somente após liquidadas regularmente. Confira na Lei n. 4.320/1964: “Art. 62. O
pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.”
Certo.

053. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Restos a pagar com prescrição interrompida são considerados despesas de exercícios
anteriores.

Vamos direto no MCASP 8ª Edição o que pode ser considerado como Despesas de Exercícios
Anteriores (DEA), com grifos nossos:

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Despesa Pública – Parte II
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Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:
a. Despesas que não se tenham processado na época própria, como aquelas cujo empenho tenha
sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que,
dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
b. Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha
sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;
c. Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício, a obrigação de pagamento cria-
da em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do
exercício correspondente.

Assim, podemos concluir que os restos a pagar com prescrição interrompida são consi-
derados DEA.
Certo.

054. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca de restos a pagar e despesas de exercí-


cios anteriores, julgue o item a seguir.
A obrigação de pagamento tanto dos restos a pagar quanto das despesas de exercícios an-
teriores deve ser reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo
específico.

Na verdade, apenas a obrigação de pagamento das despesas de exercícios anteriores deve ser
reconhecida pela autoridade competente em procedimento administrativo específico, não sen-
do aplicável aos Restos a Pagar. Confira diretamente no MCASP 8ª Edição, com grifos nossos:

O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios anteriores, pela auto-
ridade competente, deverá ocorrer em procedimento administrativo específico, sendo necessário,
no mínimo, os seguintes elementos:
a. Identificação do credor/favorecido;
b. Descrição do bem, material ou serviço adquirido/contratado;
c. Data de vencimento do compromisso;
d. Importância exata a pagar;
e. Documentos fiscais comprobatórios;
f. Certificação do cumprimento da obrigação pelo credor/favorecido;
g. Motivação pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria.
Errado.

055. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2021) No que se refere às classificações de receitas e despe-


sas públicas e às disposições da legislação aplicável às finanças públicas, julgue a seguir.
Considere que determinada entidade pública tenha realizado o empenho em janeiro de x2, re-
ferente a merenda escolar entregue em dezembro de x1. Nessa situação, a referida despesa
pertence ao exercício de x2, sob a classificação de despesas de exercícios anteriores.

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Despesa Pública – Parte II
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Note que o empenho ocorreu em X2, mas o fato gerador ocorreu em X1, ou seja, a entrega ocor-
reu ainda em X1. Assim, temos um caso de Despesas de Exercícios Anteriores (DEA), que são
as despesas de exercícios encerrados, cuja a LOA e Créditos Adicionais consignavam crédito
próprio com saldo suficiente para atendê-las, mas que não fora processado tempestivamente
ou na época própria.
Confira no MCASP 8ª Edição, o item 4.8. DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, com gri-
fos nossos:

São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva ocor-
rer o pagamento.
O art. 37 da Lei n. 4.320/1964 dispõe que as despesas de exercícios encerrados, para as quais o
orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se
tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida
e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão ser
pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elementos, obe-
decida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Certo.

056. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
As restituições de suprimento de fundos recolhidas após o encerramento do exercício serão
contabilizadas como receita orçamentária.

Guarde que a devolução de valores não aplicados no mesmo exercício da concessão é clas-
sificada como anulação de despesa, mas a devolução de valores não aplicados no exercício
seguinte ao da concessão é deve ser classificada como receita do período.
Certo.

057. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Julgue o item a seguir, referente a suprimento


de fundos.
Não será concedido suprimento de fundos a servidor declarado em alcance ou que esteja res-
ponsável por dois suprimentos.

Confira diretamente o MCASP 8ª Edição, às vedações à concessão de suprimentos de fundos:

Não se concederá suprimento de fundos:


a. A responsável por dois suprimentos;

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Despesa Pública – Parte II
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b. A servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, salvo quando não
houver na repartição outro servidor;
c. A servidor declarado em alcance, ou seja, aquele que não prestou contas no prazo regulamentar
ou o que teve suas contas recusadas ou impugnadas em virtude de desvio, desfalque, falta ou má
aplicação de dinheiro, bens ou valores;
Certo.

058. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Considerando que a CODEVASF necessite reali-


zar a revitalização das margens do rio São Francisco no trecho localizado em Itacoatiara — BA,
obra orçada em R$ 729.250,59, julgue o item a seguir.
Para viabilizar a contratação da revitalização das margens do rio São Francisco, a CODEVASF
poderá utilizar-se do mecanismo do suprimento de fundos.

O suprimento de fundos deve ser utilizado para atender a despesas eventuais, inclusive em
viagem e com serviços especiais, que exijam pronto pagamento, ou quando a despesa deva
ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento, ou ainda para atender a
despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapas-
sar limite estabelecido em ato normativo próprio.
Desse modo, a despesa com revitalização das margens do rio São Francisco não pode ser
realizada através de suprimento de fundos pois não se trata de uma despesa eventual, nem
sigilosa e nem de pequeno vulto, devendo seguir o processo normal de execução da despesa,
inclusive com o devido processo licitatório.
Errado.

059. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA/ACE/2021) Acerca da despesa pública, julgue o item


subsequente.
Despesas com suprimento de fundos sem a apresentação da prestação de contas até o encer-
ramento do exercício devem ser inscritas em restos a pagar não processados.

Guarde a ideia de que os Restos a Pagar são despesas empenhadas e não pagas.
Por sua vez, para que possa ser realizada a concessão do suprimento de fundos, faz-se neces-
sário que os três estágios da execução da despesa (empenho, liquidação e pagamento) sejam
percorridos, de modo que nenhum deles fique pendente.
Perceba, portanto, que, no caso de suprimento de fundos, como a despesa já foi empenha-
da, liquidada e paga, não há inscrição em restos a pagar da despesa executa via suprimento
de fundos.
Errado.

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Manuel Piñon

060. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Com base nas informações da tabela apresenta-


da, que mostra contas extraídas em 31/12/20X0 da contabilidade de determinado ente públi-
co, julgue o próximo item.

O referido ente público apurou os restos a pagar processados do ano 20X0 no valor de R$
10.000.000.

Os restos a pagar processados, que são aqueles que passaram pela fase da liquidação.
Podemos calcular os restos a pagar processados inscritos no período pela diferença entre o
total das despesas liquidadas e o total das despesas pagas. Assim temos:
RAP processados inscritos = 70.000.000−60.000.000
RAP processados inscritos = 10.000.000,00.
Certo.

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Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
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Como diria Vaibhav Shah: “Sempre que você vir uma pessoa de sucesso, você sempre verá
as glórias, nunca os sacrifícios que os levaram até ali”.
Isso é verdade. Passar em um certame como esse exige demais, mas a recompensa
vale a pena.
Acredite! Esse é o segredo!
Tenha FÉ que tudo vai dar certo!
Até a próxima.

Professor Manuel Piñon


manuelpinon@hotmail.com
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AFO
Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

GABARITO
1. E 37. E
2. C 38. C
3. E 39. E
4. E 40. C
5. E 41. E
6. C 42. E
7. C 43. C
8. E 44. E
9. C 45. E
10. C 46. C
11. C 47. E
12. C 48. E
13. E 49. E
14. E 50. E
15. E 51. E
16. E 52. C
17. E 53. C
18. E 54. E
19. E 55. C
20. E 56. C
21. C 57. C
22. E 58. E
23. C 59. E
24. E 60. C
25. E
26. E
27. E
28. C
29. C
30. E
31. E
32. C
33. E
34. C
35. C
36. C

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Despesa Pública – Parte II
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS

GIACOMONI, J. Orçamento Público. São Paulo: Editora Atlas.

LEITE, H. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. São Paulo: Editora Juspodivm.

NASCIMENTO, S. Finanças Públicas. Rio de janeiro: Editora Campus.

PACELLI, G. Administração Financeira e Orçamentária. 2. ed. São Paulo: Editora Juspodivm.

PALUDO, A. Orçamento Público (AFO e LRF). 10. ed. São Paulo: Editora Juspodivm.

PASCOAL, V. Direito Financeiro e Controle Externo. 10. ed. São Paulo: Editora Método.

PISCITELLI. T. Direito Financeiro. 6ª ed. São Paulo: Editora Método.

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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