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Resumo - Teoria da Probabilidade e Teoria Geral

(Capítulos 1, 2, 3, 5, 7 e 16)
Principais Obras e Contribuição
 
The economic consequences of Peace (1919): 

 Keynes critica os termos de paz abordados pelos vencedores sobre os perdedores após o
fim da 1ª Guerra Mundial.

Tract on a monetary reform (1923): 

 Aceita-se a teoria quantitativa da moeda.

A treatese on Money (1930): 

 A moeda passa a ter a função de reserva de valor.

A teoria geral do emprego do juros e da moeda (1936): 

 Apresenta mecanismo que evitem flutuações e depressão econômicas à partir da economia


monetária de produção, nega o sistema de auto equilíbrio do mercado

                
Teoria da Probabilidade de Keynes
 
Clássicos: 

 Riscos, probabilidade quantitativa e frequência de ocorrência dos fatos.

Keynes: 

 Incerteza racional, crença e credibilidade.

 
Probabilidade Quantitativa: 

 Keynes afirma que a probabilidade é algo que não deve ser quantificável ou sequer
comparável, afirma que a probabilidade quantitativa é baseada em riscos e frequência de
ocorrência dos fatos e não em sua credibilidade , por isso não pode ser comparável.
Probabilidade Qualitativa: 

 O autor trata o aspecto qualitativo da ciência econômica como algo que demonstra
credibilidade; uma relação de conjuntos e premissas que justificam uma crença baseando-
se naquilo que é provável. Afirma que a probabilidade qualitativa é ordenada em distintos
graus de escala, sendo ele determinado pelo grau do que é provável mais o peso do
argumento.
 Caso haja uma maior crença de que aquilo é provável combinado com um maior grau do
peso do argumento levara a um certo alivio no grau de incerteza (radical), ou seja, a crença
de que aquilo será provável se torna maior.
 Caso haja um menor grau de crença e um menor peso do argumento, haverá um menor
alivio na incerteza radical de que aquilo será provável. Porem os indivíduos tendem a seguir
sua intuição ( indução de que aquilo é provável).

Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda


 

Capitulo 1 “A teoria geral”

Keynes elabora nesse capitulo uma introdução a teoria geral. Argumenta que os postulados da
economia clássica se aplicam apenas a um caso especial e não há um caso geral, pois as
situações que ela supõe encontram-se nos limites das possíveis situações de equilíbrio.

Afirma que as características desses casos especiais não se aplica a realidade em que vivemos
(sociedade econômica) de modo que, essas teorias, se aplicadas será ilusória e desastrosa.
 

Capitulo 2 “Os postulados da economia clássica”

A maior parte sobre os tratados da teoria ao valor, principalmente sobre a distribuição entre usos de
determinado volume dos recursos aplicados e as condições que, admitindo a hipótese do emprego
dessa quantidade de recursos determinam suas remunerações correspondentes e os valores
relativos de seus produtos.

1º Postulado “O salário é igual ao produto marginal do trabalho”


Keynes acredita nesse postulado que diz que o salário de uma pessoa é igual ao valor que se
perderia se o emprego fosse reduzido em uma unidade.
W/P = PmgL
Com a restrição de que, a igualdade pode ser afetada de acordo com certos princípios, pela
imperfeição da concorrência de mercado.

2º Postulado “A utilidade do salario quando se emprega determinado volume de trabalho é igual a


desutilidade marginal desse mesmo volume de emprego”
Desutilidade: É qualquer motivo que induza um homen ou um grupo de homens a “recusar
trabalho”, em vez de aceitar um salario que para eles representa uma utilidade inferior ao certo
limite mínimo.
Significa que o salario real de uma pessoa empregada é exatamente o suficiente (opinião dos
trabalhadores) para ocasionar o volume de mão de obra efetivamente ocupado.

Keynes afirma que esse postulado é compatível com 2 categorias de desemprego; o desemprego
friccional e o voluntario, porem, Keynes não acredita nesse postulado pois os clássicos não
admitem uma terceira categoria de desemprego denominada desemprego involuntário.

Keynes afirma que os trabalhadores influenciam o salario nominal e não o salario real, sendo
assim, os bens de consumos de assalariados equivalentes ao salario nominal não representam a
verdadeira medida de desutilidade marginal e por esse motivo o segundo postulado não tem valor.
Salario real = Desutilidade marginal
Os clássicos acreditam que os trabalhadores aceitam uma diminuição do seu salario real
ocasionando uma diminuição em seu salario nominal, porem essa mesma afirmativa nega o
segundo postulado pois o salario real = desutilidade marginal para os clássicos e Keynes afirma que
os trabalhadores aceitam salario real mais baixo, porem os mesmo influenciam no salario nominal,
ou seja, o salario real não é a desutilidade marginal do trabalho.
 

Capitulo 3 “Principio de Demanda Efetiva”


 
Custo de Fatores: Os montantes que ele paga aos fatores de produção (excetuando-se os que paga
a outros empresários) por seus serviços habituais, e que denominaremos custo de fatores do
emprego em questão.

Custo de uso do emprego: Os montantes que paga a outros empresários pelo que lhes compra,
juntamente com o sacrifício que faz utilizando o seu equipamento em vez de o deixar ocioso.

Renda do empresário: Valor da produção - custo de fatores – custo de produção.

Lucro do empresário: É como deveria ser, a quantia que ele procura elevar ao máximo quando está
decidindo qual o volume de emprego que deve oferecer.

Renda Agregada: Custo de fatores mais lucro resultante de certo volume de emprego de produto
deste nível de emprego.
 
Os empresários, pois, esforçam-se por fixar o volume de emprego ao nível em que esperam
maximizar a diferença entre a receita e o custo dos fatores.

Função da Oferta Agregada (Z = φ (N)): Relação entre emprego e receita onde a receita induz o
empresário a ofertar determinado nível de emprego.
Z= Preço de oferta agregada da produção
N= Homens

Função da Demanda Agregada (D = ƒ (N)): Determina o trabalho com base nas expectativas de
vendas.
D = O produto que os empresários esperam receber do emprego de N (Homens).
 
Se D > Z o empresário ofertara N
 
Determinação do emprego: O que determina o nível de emprego é as expectativas do empresário: a
propensão a consumir que são características psicológicas da sociedade, ou seja, o montante que
se espera que seja gasto pela sociedade em consumo e o montante de investimento que é o
montante que se espera que seja aplicado em novos investimentos, logo, essas expectativas que
determinam o nível de emprego na economia, sendo o mesmo demonstrado através da intersecção
entre a função de oferta agregada e demanda agregada e caso essas expectativas sejam positivas,
o empresário ofertara mais emprego e é justamente na intersecção entre essas duas curvas que se
encontra o ponto de demanda efetiva que é justamente quando as expectativas maximizam a renda
do empresário. Logo, a propensão a consumir e o montante de investimento que determina o nível
de emprego e esse ultimo determina o nível de salários reais. Se a propensão a consumir e o
montante de novos investimentos resultam em uma insuficiência da demanda efetiva, o nível real do
emprego se reduzirá até ficar abaixo da oferta de mão-de-obra potencialmente disponível ao salário
real em vigor, e o salário real de equilíbrio será superior à desutilidade marginal do nível de
emprego de equilíbrio.
Caso a receita esperada for menor do que a receita obtida levara a um aumento do desemprego e
vice e versa..
 

Capitulo 5 “A Expectativa como Elemento Determinante do Produto e do Emprego”


 
Toda produção se destina, em última análise, a satisfazer o consumidor. Normalmente decorre
algum tempo — às vezes bastante — entre o momento em que o produtor assume os custos (tendo
em vista o consumidor) e o da compra da produção pelo consumidor final. 

Enquanto isso, o empresário (aplicando-se esta designação tanto ao produtor quanto ao investidor)
tem de fazer as melhores previsões57 que lhe são possíveis sobre o que os consumidores estarão
dispostos a pagar-lhe quando, após um lapso de tempo que pode ser considerável, estiver em
condições de os satisfazer (direta ou indiretamente); e não lhe resta outra alternativa senão guiar-se
por estas previsões, se sua produção tem de ser realizada, de qualquer forma, por processos que
requerem tempo.
 
Expectativas de Curto Prazo: Relaciona-se com o preço que um fabricante pode esperar obter pela
sua produção “acabada”, no momento em que se compromete a iniciar o processo que o produzirá,
considerando que os produtos estão “acabados” (do ponto de vista do fabricante) quando prontos
para serem usados ou vendidos a outrem.
  - Determina a produção diária.
 
Expectativas de Longo Prazo: Refere-se ao que o empresário pode esperar ganhar sob a forma de
rendimentos futuros, no caso de comprar (ou talvez manufaturar) produtos “acabados” para os
adicionar a seu equipamento de capital.
 
São estas diversas expectativas que determinam o volume de emprego oferecido pelas empresas.
 
Mudanças nas expectativas: 

 Curto prazo: Mudanças de expectativas não se verificarem, em geral, com suficiente


violência ou rapidez, quando desfavoráveis, para ocasionar o abandono do trabalho em
todos os processos produtivos, cujo início à luz de uma nova expectativa tenha sido um
erro; ao passo que, quando são favoráveis, torna-se necessário que decorra certo tempo de
preparação antes que o emprego alcance o nível a que teria chegado, se as expectativas
tivessem sido revistas antes.
 Longo Prazo: No caso das expectativas a longo prazo, o equipamento que não for
substituído continuará proporcionando emprego até tornar-se desgastado; ao passo que, se
a mudança de expectativa a longo prazo for favorável, o emprego pode estar em um nível
mais alto no princípio do que depois de passado o tempo necessário para ajustar o
equipamento à nova situação. 

Uma mudança de tal natureza que o novo volume de emprego de longo prazo seja maior
que o antigo. Em regra, a princípio só será afetado de maneira considerável o montante dos
insumos, isto é, o volume de trabalho nas primeiras etapas dos novos processos de
produção, ao passo que a produção dos bens de consumo e o volume de emprego nas
etapas finais dos processos empreendidos antes da mudança continuarão,
sensivelmente, Embora as expectativas possam mudar com tal frequência que o volume
real do emprego nunca tenha tido tempo de alcançar o emprego de longo prazo
correspondente ao estado de expectativa existente, a cada estado de expectativa
corresponde um volume específico de emprego a longo prazo.

Capitulo 7 “Maiores considerações sobre o significado de poupança e investimento”


 
Poupança: Excedente da renda que não é gasto em consumo.

Investimento: Inclui, portanto, o aumento do equipamento de capital, quer ele consista em capital
fixo, capital circulante ou capital líquido, e as principais diferenças entre as definições (abstraindo-se
da distinção entre investimento e investimento líquido) são devidas à exclusão de uma ou de várias
destas categorias.

Diferenças entre variações no investimento sobre a poupança tratada no Treatise on Money e na


Teoria Geral:

 Treatise: A variação no excesso do investimento sobre a poupança era a força motora que
governava as modificações do volume da produção.

 T. Geral: A expectativa de um aumento no excesso do investimento sobre a poupança, dado


o volume anterior de emprego e produção, induzirá os empresários a aumentar o volume do
emprego e da produção.

 Keynes afirma que o investimento será sempre igual a poupança ex – post. Logo, o
investimento de hoje determina a poupança de amanhã.

Capitulo 16 “Definição de renda, poupança e investimento”


 
Renda:

 A = vendas de produtos acabados feita pelos empresários aos consumidores e outros


empresários.
 A1 = Gastos para comprar artigos acabados de outros empresários.
 G = Equipamento de capital que inclui tanto seus estoques de bens não acabados, ou
capital circulante, como seus estoques de bens acabados. (Resultado liquido no fim do
período, leva em consideração o processo de aprimoramento desses bens terminados ou
depreciação do mesmo)
 G + A – A1

 
Dedução 1 (Produção, Decisões voluntárias):

 B’ = Gastos na conservação e melhorias do equipamento de capital.


 G’ = Valor do equipamento no final do período
 G’ – B’ = é o máximo valor líquido que poderia ter sido conservado do período anterior, se o
equipamento não houvesse sido utilizado na produção de A.
 G – A1 = é a medida que se sacrificou para produzir A.
 (G’ - B’) – ( G – A1)=  U = Custo de uso de A (Mede o valor compreendido na produção de
A)
 F = Custo de fatores de A (À quantia paga pelo empresário aos demais fatores de produção
em troca de seus serviços)
 CP = Custo primário = U + F
 Renda do empresário = A – CP ( A RENDA DOS EMPRESÁRIOS É A DIFERENÇA ENTRE
O VALOR DE SUA PRODUÇÃO ACABADA E OS CUSTOS PRIMARIOS DA PRODUÇÃO)
OBS: Durante o período.
 Renda do resto da comunidade = F (Custo de Fatores)
 Renda Agregada = A – U (vendas de produtos acabados feita pelos empresários aos
consumidores e outros empresários – Custo de uso)

 
Dedução 2 (consumo, Decisões involuntárias)
 Até aqui tratamos da parte das variações no valor do equipamento de capital entre o começo e o
fim do período, resultantes das decisões voluntárias tomadas pelo empresário a fim de conseguir o
lucro máximo. Mas podem, também, ser verificadas perdas (ou lucros) involuntárias no valor do seu
equipamento de capital, por motivos que escapam ao seu controle e que são independentes de
suas decisões correntes, como, por exemplo, uma mudança nos valores de mercado, desgaste por
obsolescência ou mera ação do tempo ou, ainda, destruição resultante de catástrofes, tais como
uma guerra ou um terremoto.
 
V = Custo Suplementar: à depreciação do equipamento que é involuntária, mas não imprevista, ao
excedente da depreciação prevista sobre o custo de uso.
custo suplementar correspondente a um período qualquer o excedente da quantia fixada de
antemão sobre o custo de uso real.

O empresário quando atua como consumidor (aquisição de equipamentos) leva em consideração o


custo suplementar ao adquirir um determinado equipamento, ou seja, exerce o mesmo efeito de se
levar em consideração o Custo Primário.

Renda agregada liquida: A-U-V ( receita das vendas efetuadas no período – custo de uso – custo
suplementar) é a quantia que o homem comum considera sua renda disponível quando decide
quanto gastará em seu consumo corrente.  

Perda Imprevisível: A variação no valor do equipamento, decorrente de mudanças imprevistas nos


valores de mercado, obsolescência excepcional ou destruição por efeito de catástrofes, variação
esta que é,  num sentido amplo, imprevista. A perda real decorrente desta variação, que não
levamos em conta mesmo ao calcular a renda líquida, e que lançamos na conta de capital.
 
Poupança e Investimento

 Poupança: Excedente da renda que não e gasto em consumo. ( S = Y – C )


 Renda Agregada (Y): A – U ( vendas agregadas de todas as espécies – somatório do custo
de uso de todos os empresários)
 Consumo Agregado (C): A – A1 (Vendas agregadas de todas as espécies – Vendas
agregadas realizadas entre empresários)
 Logo:

S=Y-C

S = (A – U) – (A – A1)

S = A – A – U + A1

S = A1 – U

 Poupança Liquida (SL) ( Leva em consideração a renda liquida)

Renda agregada liquida: A – U – V

SL = (A – U – V ) – ( A – A1)

SL = A – A – U – V + A1

SL = A1 – U – V

 
Investimento Corrente (I): a adição corrente ao valor do equipamento de capital que resultou da
atividade produtiva do período. Evidentemente, ela equivale ao que acaba de ser definido como
poupança, pois representa a parte da renda do período não absorvida pelo consumo.

A – A1 = Consumo de produtos acabados no período.


Logo:
O excedente de (A – U) – (A – A1)
I = A – A – U +A1
I = A1 – U
Logo,
A1 – U = S
Portanto;
I = S (Investimento é igual a poupança ex post)
 
Investimento Liquido ( Idem Poupança, Acrescenta – se o custo suplementar V).
Por esta razão, embora o montante da poupança seja o resultado do comportamento coletivo dos
consumidores individuais, e o montante do investimento resulte do comportamento coletivo dos
empresários, estes dois montantes são, necessariamente, iguais, visto que qualquer deles é igual
ao excedente da renda sobre o consumo. Ademais, esta conclusão de modo algum depende de
sutilezas ou peculiaridades de definição de renda exposta antes. Desde que se admita que a renda
seja igual ao valor da produção corrente, que o investimento corrente seja igual à parte da dita
produção corrente não consumida e que a poupança seja igual ao excedente da renda sobre o
consumo — sendo que tudo isto está de conformidade com o senso comum e com o costume
tradicional da grande maioria dos economistas —, a igualdade entre a poupança e o investimento é
uma conseqüência natural. 

Em resumo:
Renda = valor da produção = consumo + investimento.
Poupança = renda – consumo.

Portanto:
Poupança = Investimento

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