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Roteiro Capítulo 2 Macroeconomia III

Aluna: Mariane B. Duarte

1. Leia a nota de rodapé 1. Então analise a questão da mensuração da produção X


Distribuição.
R.: A tradição ricardiana não atribui importância ou ainda, não se interessa no valor do
dividendo (ou renda) nacional, uma vez que o considera de forma independente de sua
distribuição. Os sucessores de Ricardo, no entanto, se encarregaram de estudar as causas
e a natureza da riqueza. Todavia, Keynes assegura que a economia deveria ser chamada
da ciência que estuda a distribuição dos produto entre as classes que concorrem para sua
formação. Uma objeção feita por Keynes trata da dicotomia entre quantidade e proporção.
Para ele, enunciar leis em relação a quantidades são em vão. Logo, estas devem ser
construídas levando-se em conta a proporção, a qual ele afirma ser o objetivo da ciência.

2. Descreva a primeira hipótese clássica e explique. Diga por que ela pode não ocorrer.
R.: A primeira hipótese clássica é de que o salário é igual ao produto marginal do trabalho.
Isto quer dizer que o salário de um indivíduo é igual ao valor que seria perdido caso o
emprego fosse reduzido em uma unidade. Essa igualdade pode ser afetada devido a
imperfeições de mercado.

3. Exponha a segunda hipótese clássica. Quais os tipos de desemprego possíveis com essa
hipótese?
R.: A segunda hipótese clássica enuncia que a utilidade do salário, quando se emprega
determinado volume de trabalho, é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de
emprego. Essa hipótese significa que o salário real de um indivíduo é o suficiente para gerar
o volume de mão de obra ocupada. Por desutilidade entende-se qualquer motivo que induza
o homem a recusar trabalho. Para esta hipótese são compatíveis os desempregos voluntário
e friccional.

4. Mostre o funcionamento da economia a partir do postulado I e II.


R.: O volume de recursos empregados, de acordo com as hipótese clássicas nos dá a curva
de demanda e de oferta de emprego. A primeira hipótese nos dá a curva de demanda por
trabalho e a segunda a curva de oferta. Desta forma, o volume de emprego é dado pelo
ponto em que a utilidade e o produto marginal são iguais a desutilidade do emprego
marginal.

5. Se I e II Vale, como aumentar o nível de emprego?


R.: Se essas duas hipóteses são válidas, então há quatro formas de aumentar o nível de
emprego: 1) melhoria da organização ou da previsão, a fim de reduzir o desemprego
friccional; 2) reduzir a desutilidade marginal do trabalho expressa no salário real, para reduzir
o desemprego voluntário; 3) aumentar a produtividade marginal física do trabalho nas
indústrias produtoras de bens de consumo de assalariados; 4) aumento em relação aos
preços dos bens de consumo de não assalariados em relação às outras categorias de bens,
aliado ao deslocamento de despesas dos indivíduos não assalariados dos bens salariais
para os demais categorias.

6. Explique os papéis dos sindicatos na redução salarial.


R.: Todos os sindicatos oferecerão alguma resistência, por menor que seja, a uma redução
dos salários nominais.
7. Exponha a dicotomia do salário em dinheiro e o salário real. Qual é relevante para Keynes?
R.: Para Keynes o salário nominal é o de maior relevância.

8. Exponha a consequência explícita na questão 7.


R.: Isso se deve ao fato de que, em um curto período, a baixa dos salários nominais e a
elevação dos salários reais constituem, por motivos diferentes, fenômenos ligados à
diminuição do emprego, pois, embora o trabalhador se mostre mais disposto a aceitar
reduções de salário quando o emprego declina, os salários reais tendem, inevitavelmente,
a crescer nas mesmas circunstâncias, em virtude do maior retorno marginal de determinado
estoque de capital quando a produção diminui.

9. Mostre a questão de aumento dos preços dos bens versus redução de salário nominal,
expondo a desconstrução do argumento clássico.
R.: Se, efetivamente, for exato que o salário real vigente esteja um pouco abaixo do qual em
nenhuma circunstância se contaria com mais mão-de-obra do que a atualmente empregada,
nenhum outro desemprego involuntário existiria além do “friccional”. No entanto, seria
absurdo imaginar que seja sempre assim, pois uma quantidade de mão de obra superior à
atualmente empregada encontra-se, normalmente, disponível ao salário nominal vigente,
mesmo quando se verifica uma alta no preço dos bens de consumo de assalariados e,
consequentemente, decresce o salário real. Sendo isso verdadeiro, os bens de consumo de
assalariados equivalentes ao salário nominal vigente não representam a verdadeira medida
da desutilidade marginal do trabalho e o segundo postulado deixa de ter validez.

10. Como é a construção do nível de salários no mercado para os clássicos?


R.: No caso de uma variação que afeta apenas certo gênero de indústria, é de se esperar
que os salários reais variem no mesmo sentido dos salários nominais. Mas no caso de
variações no nível de salários, observaríamos, julgo eu, que a variação dos salários reais
que acompanha a dos salários nominais, longe de se apresentar normalmente no mesmo
sentido, ocorre quase sempre em sentido oposto. Isso quer dizer que, quando os salários
nominais sobem, constata-se que os salários reais baixam, e quando os salários nominais
baixam, são os salários reais que sobem. Isso se deve ao fato de que, em um curto período,
a baixa dos salários nominais e a elevação dos salários reais constituem, por motivos
diferentes, fenômenos ligados à diminuição do emprego, pois, embora o trabalhador se
mostre mais disposto a aceitar reduções de salário quando o emprego declina, os salários
reais tendem, inevitavelmente, a crescer nas mesmas circunstâncias, em virtude do maior
retorno marginal de determinado estoque de capital quando a produção diminui.

11. A situação onde os empregados determinam seu nível salarial tem qual denominação?
R.: Seria uma situação de livre concorrência, ou melhor, de pleno emprego dos fatores de
produção.

12. Quais as objeções ao 2º postulado?


R.: As duas objeções contra o segundo postulado são as seguintes: A primeira refere-se ao
comportamento efetivo do trabalhador. Uma redução dos salários reais, devida a uma alta
de preços, não acompanhada da elevação dos salários nominais, não determina, por via de
regra, uma diminuição da oferta de mão-de-obra disponível à base do salário corrente,
abaixo do volume de emprego anterior à alta dos preços. Supor o contrário seria admitir que
as pessoas no momento desempregadas, embora desejosas de trabalhar ao salário
corrente, deixariam de oferecer os seus serviços no caso de uma pequena elevação do custo
de vida. A segunda objeção decorre de nossa contestação da hipótese de que o nível geral
dos salários reais seja diretamente determinado pelo caráter das negociações sobre
salários. Ao supor que as negociações sobre salários determinam o salário real, a escola
clássica descambou para uma hipótese arbitrária, pois os trabalhadores, em conjunto, não
dispõem de nenhum meio de fazer coincidir o equivalente do nível geral de salários nominais
expresso em bens de consumo com a desutilidade marginal do volume de emprego
existente.

13. Explique os motivos para maior resistência para redução salarial em termos de dinheiro do
que em termos reais.
R.: Embora se julgue, frequentemente, que a luta entre indivíduos e grupos pelos salários
nominais determina o nível dos salários reais, na realidade essa luta tem um objetivo
diferente. Uma vez que a mobilidade do trabalho é imperfeita e os salários não tendem a
estabelecer uma exata igualdade de vantagens líquidas para as diferentes ocupações,
qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos que consinta numa redução dos seus salários
nominais em relação a outros sofre uma redução relativa do salário real, o que é suficiente
para justificar a sua resistência. Por outro lado, seria impraticável opor-se a qualquer
redução dos salários reais que resultasse de alteração no poder aquisitivo do dinheiro e que
afetasse igualmente a todos os trabalhadores; com efeito, não há, em geral, resistência a
este modo de reduzir os salários nominais, a não ser que isto venha atingir níveis excessivos.

14. Mostre a questão da distribuição e a importância do salário real relativo.


R.: Em outras palavras, a competição em torno dos salários nominais influi, primordialmente,
sobre a distribuição do salário real agregado entre os diferentes grupos de trabalhadores e
não sobre o montante médio por unidade de emprego, o qual depende, como veremos, de
outra série de fatores. A consequência da união de um grupo de trabalhadores é a proteção
de seu salário real relativo. O nível geral dos salários reais depende de outras forças do
sistema econômico.

15. Exponha a relação das oscilações do salário nominal e oscilações no custo de vida.
R.: Todos os sindicatos oferecerão alguma resistência, por menor que seja, a uma redução
dos salários nominais. Mas, considerando-se que os sindicatos não ousariam entrar em
greve toda vez que houvesse um aumento de custo de vida, eles não representam
obstáculo, como pretende a escola clássica, a um aumento do volume agregado de
emprego.

16. O que é desemprego involuntário?


R.: Para Keynes a definição de desemprego involuntário é a seguinte: Existem
desempregados involuntários quando, no caso de uma ligeira elevação dos preços dos bens
de consumo de assalariados relativamente aos salários nominais, tanto a oferta agregada
de mão-de-obra disposta a trabalhar pelo salário nominal corrente quanto a procura
agregada da mesma ao dito salário são maiores que o volume de emprego existente.

17. Relacione o segundo postulado e o desemprego involuntário.


R.: O desemprego involuntário não cabe no caso de pleno emprego, onde somente são
vistos os desempregos voluntario – por não aceitar o salário vigente – e o desemprego
friccional devido aos ajustes.
18. O que ocorre se os postulados clássicos se mantém?
R.: À medida que os postulados clássicos permanecem válidos, o desemprego, que é
involuntário no sentido anterior, não poderá ocorrer.

19. Qual a relação do emprego com o lucro? E com o salário em termos de produto?
R.: Se o emprego aumenta, isso quer dizer que em períodos curtos a remuneração por
unidade de trabalho, expressa em bens de consumo dos assalariados, deve, em geral,
diminuir e os lucros devem aumentar.

20. Explique a definição de Say para a oferta e demanda?


R.: A definição é a seguinte: “a oferta cria sua própria procura”; isto significa de modo
expressivo, mas não claramente definido, que o total dos custos de produção deve ser gasto
por completo, direta ou indiretamente, na compra do produto.

21. Explique o que ocorre com a abstenção ao consumo, conforme Marshall?


R.: Para Marshall, a abstenção do consumo constitui a poupança. Ela se configura quando
um indivíduo faz com que o trabalho e as mercadorias que compra contribuam para a
produção de riqueza da qual espera tirar meios de satisfação no futuro.

22. Como a poupança leva ao investimento? Exponha a argumentação.


R.: É natural supor que o ato pelo qual um indivíduo enriquece, sem aparentemente tirar
nada de outro, deve também enriquecer a comunidade inteira; em consequência disso
(como na passagem de Marshall que acabamos de citar), um ato de poupança individual
conduz inevitavelmente a um ato paralelo de investimento, pois, mais uma vez, é
incontestável que a soma dos incrementos líquidos da riqueza dos indivíduos deve ser
exatamente igual ao incremento líquido agregado da riqueza da comunidade.

23. Exponha os pressupostos expostos no final do capítulo.


R.: Os postulados expostos no final do capítulo são:
(1) que o salário real é igual à desutilidade marginal do trabalho existente; e
(2) que não existe o que se chama desemprego involuntário no seu sentido estrito;
(3) que a oferta cria a sua própria procura, no sentido de que o preço da procura agregada
é igual ao preço da oferta agregada para todos os níveis de produção e de emprego.

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