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2. Descreva a primeira hipótese clássica e explique. Diga por que ela pode não ocorrer.
R.: A primeira hipótese clássica é de que o salário é igual ao produto marginal do trabalho.
Isto quer dizer que o salário de um indivíduo é igual ao valor que seria perdido caso o
emprego fosse reduzido em uma unidade. Essa igualdade pode ser afetada devido a
imperfeições de mercado.
3. Exponha a segunda hipótese clássica. Quais os tipos de desemprego possíveis com essa
hipótese?
R.: A segunda hipótese clássica enuncia que a utilidade do salário, quando se emprega
determinado volume de trabalho, é igual à desutilidade marginal desse mesmo volume de
emprego. Essa hipótese significa que o salário real de um indivíduo é o suficiente para gerar
o volume de mão de obra ocupada. Por desutilidade entende-se qualquer motivo que induza
o homem a recusar trabalho. Para esta hipótese são compatíveis os desempregos voluntário
e friccional.
9. Mostre a questão de aumento dos preços dos bens versus redução de salário nominal,
expondo a desconstrução do argumento clássico.
R.: Se, efetivamente, for exato que o salário real vigente esteja um pouco abaixo do qual em
nenhuma circunstância se contaria com mais mão-de-obra do que a atualmente empregada,
nenhum outro desemprego involuntário existiria além do “friccional”. No entanto, seria
absurdo imaginar que seja sempre assim, pois uma quantidade de mão de obra superior à
atualmente empregada encontra-se, normalmente, disponível ao salário nominal vigente,
mesmo quando se verifica uma alta no preço dos bens de consumo de assalariados e,
consequentemente, decresce o salário real. Sendo isso verdadeiro, os bens de consumo de
assalariados equivalentes ao salário nominal vigente não representam a verdadeira medida
da desutilidade marginal do trabalho e o segundo postulado deixa de ter validez.
11. A situação onde os empregados determinam seu nível salarial tem qual denominação?
R.: Seria uma situação de livre concorrência, ou melhor, de pleno emprego dos fatores de
produção.
13. Explique os motivos para maior resistência para redução salarial em termos de dinheiro do
que em termos reais.
R.: Embora se julgue, frequentemente, que a luta entre indivíduos e grupos pelos salários
nominais determina o nível dos salários reais, na realidade essa luta tem um objetivo
diferente. Uma vez que a mobilidade do trabalho é imperfeita e os salários não tendem a
estabelecer uma exata igualdade de vantagens líquidas para as diferentes ocupações,
qualquer indivíduo ou grupo de indivíduos que consinta numa redução dos seus salários
nominais em relação a outros sofre uma redução relativa do salário real, o que é suficiente
para justificar a sua resistência. Por outro lado, seria impraticável opor-se a qualquer
redução dos salários reais que resultasse de alteração no poder aquisitivo do dinheiro e que
afetasse igualmente a todos os trabalhadores; com efeito, não há, em geral, resistência a
este modo de reduzir os salários nominais, a não ser que isto venha atingir níveis excessivos.
15. Exponha a relação das oscilações do salário nominal e oscilações no custo de vida.
R.: Todos os sindicatos oferecerão alguma resistência, por menor que seja, a uma redução
dos salários nominais. Mas, considerando-se que os sindicatos não ousariam entrar em
greve toda vez que houvesse um aumento de custo de vida, eles não representam
obstáculo, como pretende a escola clássica, a um aumento do volume agregado de
emprego.
19. Qual a relação do emprego com o lucro? E com o salário em termos de produto?
R.: Se o emprego aumenta, isso quer dizer que em períodos curtos a remuneração por
unidade de trabalho, expressa em bens de consumo dos assalariados, deve, em geral,
diminuir e os lucros devem aumentar.