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AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO


Uma pessoa prefere: receber 50 prestações mensais de
R$ 1.000 a partir de hoje ou a quantia de R$ 49.800 à
vista em sua conta bancária?

A maioria das pessoas (senão todas elas) prefere a


quantia de R$ 49.800 à vista, apesar de 50 vezes R$
1.000,00 resultar num montante maior: R$ 50.000. Mas o
que está por detrás dessa nossa decisão? Um conceito
importante que existe em finanças: o valor do dinheiro no
tempo.
“um real hoje não é igual a um real amanhã. Um real hoje vale mais do que um real amanhã”. Em consequência, um
real hoje mais um real amanhã não resulta em dois reais nem hoje e nem amanhã!

um dólar mais um real não resultam em dois reais ou dois dólares


50 prestações de R$ 1.000 não resultam em R$ 50 mil hoje (isto é, em dinheiro de hoje).
O real de hoje é como se fosse uma moeda mais valiosa do que o real de amanhã, de forma que precisamos fazer
também o devido ajuste.

É preciso pensar na inflação para explicar o efeito do valor do dinheiro no tempo, é um argumento irrefutável: a
mesma quantia em dinheiro que compra um ativo hoje muito provavelmente não será suficiente para comprar o
mesmo ativo daqui a um ano, pois a inflação fará com que o preço do ativo aumente. Sim, este é um belo argumento,
mas o que torna a história ainda mais interessante é que mesmo num país com inflação zero, o dinheiro de hoje vale
mais do que o dinheiro de amanhã.

Por que preferimos os R$ 49.800 hoje em vez das 50 prestações de mil reais? Em poucas palavras, porque os R$
49.800 valem mais do que os R$ 50 mil divididos em várias prestações! E o motivo é simples: se você recebe R$
49.800 hoje, é possível fazer muitas coisas com esse dinheiro. Por exemplo, você pode quitar uma dívida com o cartão
de crédito que está cobrando 9% de juros ao mês! Ou então, pode dar entrada num apartamento, comprar um carro
à vista (com um belo desconto!) ou mesmo investir comprando algumas ações de empresas em que você confia ou
cotas de um bom fundo de investimento.

O dinheiro na mão oferece muito mais oportunidades, sem falar que ele pode até servir como uma reserva de
segurança para qualquer necessidade inesperada. Dentro deste contexto, falamos em custo de oportunidade, que
na verdade refere-se ao custo da falta do dinheiro.
Além da inflação e do custo de oportunidade, há ainda
um terceiro argumento para, em muitas situações,
preferirmos menos dinheiro hoje em vez de mais
dinheiro no futuro: o risco. Quando recebe o dinheiro
antes, você dissipa (naquele momento) todo o risco de
não o receber. Logo, ceteris paribus, preferimos
receber um real hoje a receber um real amanhã porque
de hoje para amanhã algo pode acontecer que coloque
em risco esse um real.
Acumulado do IPCA nos
últimos 12 meses é de 8,99%

No mundo corporativo, o custo do valor do dinheiro no tempo se resume a uma No ano, o indicador acumula
taxa de juros que serve para a empresa tomar decisões financeiras, sejam de alta de 4,76% e, em 12 meses,
investimento ou de financiamento. Os montantes futuros são sempre ajustados por 8,99%, ficando acima do
esta taxa e comparados ao montante total presente para balizar a melhor decisão. registrado nos 12 meses
Esta taxa de juros que ajusta o valor do dinheiro no tempo, no âmbito corporativo, é imediatamente anteriores
conhecida como custo de capital e trata-se de uma das mais importantes medidas (8,35%). É a maior taxa desde
corporativas. No campo de finanças pessoais, a ideia é muito semelhante, mas este maio de 2016, quando o IPCA
custo de capital pessoal varia muito de pessoa para pessoa. Por exemplo, para quem ficou em 9,32% em 12
está endividado com cartões de crédito e cheque especial, o custo de capital atinge meses.10/08/2021 -
patamares bem superiores ao custo de capital de uma pessoa bem organizada https://agenciabrasil.ebc.com.br/econo
mia/noticia/2021-08/inflacao-pelo-ipca-
financeiramente. E lembre-se: quanto menor o seu custo de capital, melhor para sobe-096-em-julho-inpc-acelera-para-
você (pois é um custo!). 102
Inflação - É o aumento persistente dos preços e envolve toda a São quatro as principais teorias sobre a origem da
economia de um país. Isso, consequentemente, resulta numa inflação: a quantitativa, a keynesiana, a de custos
contínua perda do poder aquisitivo da moeda local. e a estrutural.
Em sua forma mais extrema (chamada hiperinflação), os preços Teoria quantitativa: Segundo a mais antiga das
aumentam tanto que as pessoas procuram não reter dinheiro teorias sobre a inflação, a quantitativa, é a
consigo, nem mesmo por poucos dias, dada a rapidez com que o quantidade de dinheiro circulante no sistema
dinheiro diminui o seu poder de compra. O caso mais grave, de econômico -- base monetária -- que determina o
hiperinflação, ocorreu na Alemanha logo após a primeira guerra nível dos preços. A razão entre a quantidade de
mundial. (Um trilhão por cento, entre agosto de 1922 e dinheiro e as transações anuais do sistema (cuja
novembro de 1923). inversa é a velocidade de circulação da moeda)
depende da freqüência com que se pagam salários,
da estrutura da economia e dos hábitos de
poupança e consumo da população. Na medida em
que esses fatores permaneçam constantes, o nível
de preços será diretamente proporcional ao fluxo
de dinheiro e inversamente proporcional ao volume
físico da produção. Essa teoria, formulada por
David Hume no século XVIII, supõe que toda a
capacidade produtiva de um sistema se encontre
aproveitada. No intervalo entre as duas guerras
mundiais, a teoria quantitativa caiu em descrédito,
ao se comprovar que a utilização da capacidade
produtiva do sistema econômico variava mais e
com maior freqüência do que o nível de preços.
Teoria keynesiana: A teoria econômica de Keynes afirma que a inflação deriva das tentativas de consumir mais bens
e serviços do que o sistema econômico pode produzir. Se os gastos do governo são maiores do que a diferença entre
a produção e o consumo, diz-se que há uma lacuna inflacionária. O mercado preenche essa lacuna aumentando os
preços até um patamar em que a diferença entre a renda e o consumo, em valor monetário, seja suficiente para
acomodar os gastos públicos. Essa teoria foi invalidada pela prática, nas décadas posteriores à segunda guerra
mundial, quando o processo inflacionário se instalou em vários países, sem prévia existência de lacunas
inflacionárias.

Inflação de custos: Supõe que os preços das mercadorias são determinados por seus custos, ao passo que a
provisão de dinheiro é responsável pela demanda. Nessas circunstâncias, o aumento dos custos pode gerar uma
pressão inflacionária que se perpetua por meio da "espiral preço-salário". Admite-se que os assalariados e os
capitalistas aspiram a parcelas do produto nacional que, somadas, ultrapassam o total anualmente produzido, em
situação de pleno emprego. Da impossibilidade de satisfazer os dois grupos ao mesmo tempo surge o embate entre
eles, que é a origem da espiral preço-salário. Os assalariados, quando insatisfeitos, demandam aumentos salariais.
Os capitalistas atendem a essas exigências, pelo menos em parte (geralmente após longa negociação), e diminuem
seus lucros, num primeiro momento. Em seguida, porém, aumentam os preços, para neles embutir o aumento de
custos da produção. Com isso, diminui o poder de compra dos assalariados, que irão, novamente, reivindicar
Um recurso para reduzir a inflação, segundo essa teoria, seria a manutenção de uma porcentagem constante de
desemprego. O recurso é, porém, invalidado na prática pelo fenômeno da estagflação (conjuntura econômica em que
a estagnação ou declínio do nível de produção e emprego se combinam com uma inflação acelerada), fenômeno
típico do período que se seguiu à segunda guerra mundial, que se tem acentuado em quase todas as economias
capitalistas desenvolvidas depois da crise do petróleo de 1973-1979.

Inflação e pobreza: Segundo o economista John Kenneth Galbraith, tanto a inflação quanto os recursos que
geralmente se utilizam para combatê-la prejudicam os mais fracos. A política monetária, de controle inflacionário, age
provocando desemprego e deprimindo os preços dos que exercem menos controle sob seus rendimentos. A política
tributária é um pouco mais eqüitativa do que a monetária, mas também restringe a produção e o nível de empregos.
Assim, o fardo do controle da inflação sempre fica nas costas dos mais fracos e nas costas dos que perdem o
emprego. Há diversos índices que se utilizam para medir a inflação. Para aferir a variação dos preços dos produtos
finais consumidos pela população usa-se o índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC),
tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe. Para medir
a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de
preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil levou à criação de mais de trinta
índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda. - Resumo Extraído de Enciclopédias
JUROS - “É o dinheiro pago pelo uso do INFLAÇÃO (desgaste da moeda) - diminuição do poder
dinheiro emprestado ou como aquisitivo da moeda exige que o investimento produza
remuneração do capital empregado em retorno maior que o capital investido.
atividades produtivas”.

UTILIDADE - investir significa deixar de consumir hoje OPORTUNIDADE - os recursos disponíveis para investir
para consumir amanhã, o que só é atraente quando o são limitados, motivo pelo qual ao se aceitar determinado
capital recebe remuneração adequada, isto é, havendo projeto perde-se oportunidades de ganhos em outros; e é
preferência temporal para consumir, as pessoas querem preciso que o primeiro ofereça retorno satisfatório. Para o
uma recompensa pela abstinência do consumo. O prêmio investidor o juro é a remuneração do investimento. Para o
para que não haja consumo é o juro. tomador o juro é o custo do capital obtido por empréstimo.
Chama-se taxa de juros a razão entre os juros J que
serão cobrados no fim do período e o capital VP
inicialmente empregado. Assim,
RISCO - existe sempre a possibilidade do investimento
não corresponder às expectativas. Isso se deve ao fato de
o devedor não poder pagar o débito, o tempo de
empréstimo (as operações de curto prazo são menos
arriscadas) e o volume do capital emprestado. Pode-se
associar ao acréscimo na taxa pelo maior risco, como
sendo um seguro que aquele que oferta os fundos cobra
por assumi-los.
JUROS SIMPLES
Juros Simples
J=C.i.t

Ao trabalhamos com juros, consideramos as seguintes variáveis:


•C: Capital ou principal, é quantia aplicada ou tomada emprestada.
•n ou t: É o período de tempo em que o capital será aplicado.
•j: É o juro resultante da operação.
•i: É a taxa percentual aplicada ao capital para a apuração do juro.
•M: O montante é a soma do capital com o juro produzido em todo o período.
Na modalidade de juros simples o cálculo do juro de cada período é sempre calculado com base no capital inicial.

O valor de R$5.000,00 a titulo de empréstimo que deverá ser quitado em 12 meses a uma taxa de juros de 1% ao
mês no regime de juros simples.
temos:
•J = C × i × t
•J = 5.000 x 0,01 x 12
•J = 600
Logo, o valor dos juros a serem pagos ao final da operação é de R$600,00.
Portanto, quando chegar o momento da quitação da dívida o valor será de R$ 5.600,00, que representa o valor inicial
de R$ 5.000,00 acrescido dos juros de R$ 600,00.
Cálculo de juros simples
=5.000 . 5%
Imagine que você tome emprestado, a juro simples, a
=5.000 . 5/100
importância de R$ 5.000,00, pelo prazo de 3 meses, à taxa de
=5.000.0,05
5% ao mês. Qual será o valor que você deverá pagar como juro,
=250
decorrido este período de tempo? Qual o montante a ser pago?

Ou seja ao final de cada período, além dos cinco mil reais emprestados, a empresa estará devendo mais R$ 250,00
correspondente ao juro do período em questão. Compreendida a esquemática por trás do cálculo dos juros, do
explicado acima, podemos deduzir várias fórmulas.

Quando tivermos o valor do capital, a taxa de juros e o


tempo da aplicação, para a obtenção do juro iremos
utilizar a fórmula: J = C. i. n

Quando tivermos o valor do juro, a taxa de juros e o tempo


da aplicação, para a obtenção do valor do capital
utilizaremos a fórmula:
C = J/ i. n
Quando tivermos o valor do juro, o valor do capital e o
tempo da aplicação, para a obtenção da taxa de juros
utilizaremos a fórmula:
i = J/C. n
Quando tivermos o valor do juro, o valor do capital e a
taxa de juros, para a obtenção do tempo da aplicação
iremos utilizar a fórmula:
n = J/ C. i

Para o cálculo do montante utilizaremos a fórmula:


M = C+j

As suas variantes são:

J = M-C C = M-j
Um emprestimo, a juro simples, a importância de R$ 5.000,00, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 5% ao mês. Qual
será o valor que você deverá pagar como juro, decorrido este período de tempo? Qual o montante a ser pago?
Identificando-se as variáveis disponíveis, temos:

C = 5.000
A calcular temos: Inicialmente utilizaremos a
I = 5% ao mês = 5/100 = 0,05 i: valor do juros fórmula:
N=3 meses M: O valor do montante.
J=C.i.n
Substituindo o valor dos termos temos:

J=5.000.0,05.3
Logo:
J=750 Para o cálculo do montante utilizaremos a fórmula:

M = C+j
Substituindo o valor dos termos temos:

M = 5.000+750 Portanto: M = 5.750


Ou seja, uma importância de R$ 5.000,00 emprestada a juros simples, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 5% a.m.
resultaria em juros totais de R$ 750,00 e em um montante de R$ 5.750,00 como já havíamos apurado anteriormente.
Adquiri um equipamento novo, mas como não tinha o dinheiro todo, fiz um empréstimo para pagá-lo. Ao final do
empréstimo terei pago R$ 4.300,00. Só de juros pagarei R$ 1.800,00. A taxa foi de 3% a.m. Por quantos anos
pagarei pelo empréstimo? Qual o preço do equipamento sem os juros?
Primeiramente iremos calcular o valor do capital.
A diferença entre o montante (R$ 4.300,00) e o valor total do juro (R$ 1.800,00), nos dá o valor do capital:

Veja que neste caso a taxa de juros e o período não estão na mesma unidade de tempo. Neste caso, devemos
converter uma das unidades.

Montando uma regra de três simples direta, temos:


Resolvendo:

Identificando-se os termos disponíveis, temos:


Para calcularmos o período de tempo utilizaremos a fórmula:

Substituindo o valor dos termos temos:

Logo:

Portanto: O valor do equipamento sem os juros era de R$ 2.500,00 e o prazo de pagamento foi de 2 anos.
Ao reforma minha empresa, comprei o material pelo qual pagarei um total de R$ 38.664,00. O seu valor à vista era de
R$ 27.000,00 e a taxa de juros é de 2,4% a.m. Por quantos anos eu pagarei por este material?
Em primeiro lugar, devemos calcular o valor do juro total.
Obtemos o valor do juro total ao subtrairmos do montante (R$ 38.664,00), o valor do capital (R$ 27.000,00):

Observe que neste caso a taxa de juros e o período não estão na mesma unidade de tempo. Nestas condições,
devemos converter uma das unidades.
Montando uma regra de três simples direta, temos:

Resolvendo:

Identificando-se as variáveis disponíveis, temos:


Para calcularmos o período de tempo utilizaremos a fórmula:

Substituindo o valor dos termos temos

Logo:

Portanto: Eu ficarei pagando pelo material da reforma por 1,5 anos

OBSERVAÇÕES
I. O uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos no Brasil.
As empresas, órgãos governamentais e investidores particulares, costumam reinvestir as quantias geradas pelos fluxos
de fundo:
• juros, no caso de empréstimos.
• lucros e depreciações, nas demais situações.
Na prática emprega-se o JURO COMPOSTO.
II. A metodologia da análise de investimento baseia-se em juros compostos para estabelecer padrões de comparação;
os casos em que não há re-investimento podem ser tratados como re-investimento à taxa nula e analisados pelos
mesmos princípios.
JUROS COMPOSTOS
Certo empresário toma R$ 100.000,00 emprestados, a uma taxa de juros de 1% a.m., qual é o valor total que
deverá ser pago após 100 meses?

Os dados para o cálculo dos juros são:

Na modalidade de juros simples teríamos:

Para o cálculo do montante utilizaremos a fórmula: M = C + j

Substituindo j pela fórmula do juro acima:

Substituindo o valor dos termos:


Ou seja, tomaríamos cem mil e pagaríamos duzentos mil. Cem mil de juros e mais cem mil referentes ao valor
principal.

cálculo na modalidade de juro composto: Os dados para o cálculo seriam os mesmos:

Abaixo temos a fórmula para o cálculo na modalidade de juro composto:

Substituindo as variáveis: Isto é, pagaríamos um montante de R$ 270.481,38. A diferença


de R$ 70.481,38 entre o cálculo realizado na modalidade juros simples
e o cálculo na modalidade de juros compostos se refere aos juros que
foram cobrados sobre os próprios juros apurados no período.
Na modalidade de juros compostos pagaríamos R$ 170.481,38 de
juros, bem mais que os R$ 100.000,00 da modalidade de juros simples.
Esta diferença será percentualmente maior, quanto maior forem a taxa de
juros e o período da operação.
Apenas a título de exemplo, os mesmos R$ 100.000,00 emprestados, a
uma taxa de juros de 5% a.m., após 240 meses produzirão um juros
total de R$ 1.200.000,00 na modalidade simples e
de R$ 12.173.857.374,22 na modalidade composta.
Aplicando-se R$ 15.000,00 a uma taxa de juro composto de 1,7% a.m., quanto receberei de volta após um ano de
aplicação? Qual o juro obtido neste período?
Primeiramente vamos identificar cada uma das variáveis fornecidas pelo enunciado do problema:

Como a taxa de juros está em meses, também iremos trabalhar com o período de tempo em meses e não em anos
como está no enunciado do problema.

Pelo enunciado identificamos que foram solicitados o montante e o juro, utilizaremos, portanto a fórmula abaixo que
nos dá o montante:

Ao substituirmos cada uma das variáveis pelo seu respectivo valor teremos:

Podemos então realizar os cálculos para encontramos o valor do montante:


Logo o montante a receber será de R$ 18.362,96. Sabemos que a diferença entre o montante e o capital aplicado nos
dará os juros do período. Temos então:

Portanto, após um ano de aplicação receberei de volta um total de R$ 18.362,96, dos quais R$ 3.362,96 serão
recebidos a título de juros.
Se um certo capital for aplicado por um único período a uma determinada taxa de juros, em qual das modalidades de
juros, simples ou composta, se obterá o maior rendimento?

Na modalidade de juros simples, temos que o montante pode ser obtido através da seguinte fórmula: M = C + j

O juro é obtido através da fórmula: j = C . i. n

Logo substituindo j na fórmula do montante, chegamos à seguinte expressão: M = C + C . i . n

Que após colocarmos C em evidência teremos: M = C .(1+ i . n)

Como o enunciado diz se tratar de apenas um período de aplicação, ao substituirmos n por 1 e realizarmos a
multiplicação, a fórmula ficará apenas como: M = C . (1 + i )

Já na modalidade de juros compostos, o montante é obtido através da fórmula: M = C . (1 + i)ⁿ

Com a substituição de n por 1, segundo o enunciado, chegaremos à expressão: M = C . (1 + i )


Como já era de se esperar, em ambas as modalidades chegamos à mesma fórmula. Por quê?
Como sabemos, o que difere uma modalidade da outra é que no caso dos juros simples o juro não é integrado ao
capital ao final de cada período, assim como acontece na modalidade de juros compostos. Como há apenas um
período, não há distinção entre uma modalidade e outra, já que após a integração do juro ao valor principal, não
haverá um outro cálculo para um próximo período, por se tratar de apenas um período de aplicação.
Temos então que:

Em qualquer uma das modalidades o rendimento será o mesmo.


AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR
VIABILIDADE
TMA – TAXA MINIMA DE OPORTUNIDADE
Taxa Mínima de Atratividade – TMA
Representa o mínimo que um investidor ou empresa deseja ganhar ao fazer um investimento. Também significa a taxa
máxima que deseja pagar ao celebrar um negócio. Essa taxa designa de forma simples qual é o valor mínimo de
retorno sobre um investimento. Em outras palavras, a TMA define a partir de qual valor se obtém um lucro real sobre
o projeto (empresa, produto, serviço, equipamento, operação).
É a TMA que dirá se o novo projeto, aquisição de empresas, equipamento, expansão da loja é um bom negócio ou
não. A Taxa Mínima de Atratividade é variável. Ela depende de fatores externos e internos, como a Taxa Selic,
apetite ao risco da empresa, tempo de investimento e etc.

Por esses fatores, a TMA não pode ser generalizada. Cada investimento deve possuir sua TMA considerada
individualmente. Uma empresa precisa decidir se adquire ou não um ativo novo. Esse gestor não pode fazer o
investimento apenas porque acha que é correto, ele deve medir o retorno que essa máquina vai trazer para a
empresa. Toda decisão administrativa deve ser tomada com base em dados.
O gestor então deve saber as respostas para: quanto esse projeto custa e quanto ele vai trazer de retorno por ano. A
empresa deve considerar o custo de oportunidade também. Afinal, ao investir esse recurso em uma aplicação de
baixo risco, como um CDB de curto prazo, ela pode ter um retorno muito próximo da Selic. Então, o investimento vale
a pena? Talvez, já que a TMA é composta por outros fatores:

Custo de oportunidade: quanto de retorno o investimento traria em outras aplicações não analisadas como por
exemplo fundos de investimentos, outros projetos e etc. É analisar as opções e identificar qual tem mais potencial de
resultado.
Risco do negócio: o ganho de um projeto ou investimento deve recompensar o risco inerente da nova ação. Afinal,
o rendimento nem sempre é garantido. Então, quanto mais risco houver em um negócio, maior deve ser a
remuneração esperada.
Liquidez: Capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no mercado para assumir outra. Analisando
esses outros fatores, pode não ser interessante fazer o investimento na máquina que pode ter um valor de
depreciação natural e pouca liquidez, em caso de venda do equipamento.
Custo de Capital: O custo de capital possui um conceito semelhante à TMA. Ele representa a taxa de retorno que
credores e acionistas (ou seja, os financiadores de recursos) desejam para determinar a viabilidade de investimento
no negócio.
Ou seja, o custo de capital faz parte da TMA, mas eles não são sinônimos. O Custo de Capital é o “preço do dinheiro”
investido e não considera outros fatores que a TMA considera como a liquidez ou até mesmo os riscos do negócio.
É comum que esse capital seja híbrido entre próprio e de terceiros. Por isso, deve-se analisar a estrutura de capital
de uma empresa para entender as diferentes expectativas dos financiadores do investimento e assim satisfazer a
todos com os novos projetos.

Vantagens em calcular a TMA Como esses conceitos se relacionam


A taxa de expectativa serve justamente para A TMA, o Custo de Capital e o Custo de
entender o mínimo de retorno necessário, deixando Oportunidade, juntos, ajudam o
de lado emoções que podem atrapalhar a decisão. empresário a tomar decisões analisando
Trata-se de matemática simples aplicada. É comum o que realmente é importante para
que um gestor apegue-se a ideias e se empolgue qualquer empresa competitiva: o
com elas e suas possibilidades. Assim, ele deseja resultado. Ao mesclar esses conceitos, a
ver essas ideias na prática. Todavia, nem sempre empresa deve ter a consciência completa
elas são viáveis economicamente porque do quanto seu dinheiro deve render,
representam um retorno muito demorado ou muito quanto seus financiadores esperam de
arriscado. A TMA auxilia justamente nesse tipo de resultado e quais oportunidades são
tomada de decisão. deixadas de lado.
TBF – Taxa Básica Financeira - é usada para corrigir valores e aplicações financeiras, como por exemplo o FGTS.
Ela é baseada no custo médio das operações financeiras realizadas no mercado. O seu valor é calculado a partir dos
CDBs e RDBs prefixados que as instituições bancárias geraram no último mês. A Taxa Básica Financeira é a média
ponderada da taxa desses títulos. A TBF também serve como base para a Taxa Referencial.

No que está baseada a TMA


A base é simples e clara: o resultado do investimento deve ser maior que o investimento, considerando todas
as despesas e claro, o custo de oportunidade de aplicar em um título do Tesouro Direto, por exemplo, que rende perto
da Taxa Selic com zero risco. Assim, a análise de uma Taxa Mínima de Atratividade é estimada com base nas principais
taxas de juros praticadas pelo mercado. As que mais exercem influência são:

Todo negócio deve-se basear em resultado, por isso que novos investimentos devem ser analisados com
cuidado, afinal, o capital para investir é finito e possui financiadores que desejam ter um retorno mínimo: o custo de
capital.

TLP – Taxa de Longo Prazo - Essa taxa entrou em vigor em 2017. Ela define o mínimo de rendimento esperado de
empréstimos feitos pelo BNDES. Até 2022, essa taxa deve se equiparar ao rendimento do NTN-B (Tesouro IPCA+), um
dos títulos da dívida pública emitido pelo Tesouro.

TR – Taxa Referencial - Já desempenhou o papel da Taxa Selic, hoje ela cumpre três funções: remunerar alguns
investimentos de renda fixa como a poupança, remunerar o saldo do FGTS e atualizar financiamento imobiliários. Essa
taxa muitas vezes não rende a inflação (IPCA).
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A Selic representa o “preço do dinheiro” no mercado. Ou
seja, é a taxa básica de juros. Os investidores de renda fixa têm essa taxa como referência para saber se suas
aplicações estão rendendo pelo menos o mínimo necessário.

Desvantagens da Taxa Mínima de Atratividade – TMA


Não se deve basear as decisões apenas na TMA
A Taxa Mínima de Atratividade é uma expectativa. Apesar de ela ser extremamente positiva, um negócio moderno não
pode basear 100% das suas decisões apenas em escolhas 100% seguras.
Muitas vezes, é preciso arriscar mais no curto prazo para obter resultados mais expressivos no longo prazo.
Por exemplo, se a TMA for uma “lei”, será muito difícil para uma empresa fabricante investir em desenvolvimento de
novos produtos ainda desconhecidos pelo mercado. Afinal, eles podem ter baixa aceitação e gerar prejuízo.
No entanto, um desses produtos poderia trazer uma boa fatia do mercado, surpreendendo
positivamente.
Assim, a TMA não deve ser a única taxa a ser considerada. É fundamental que toda empresa reserve uma parte do
seu capital para investir em projetos mais inovadores, e logo, mais arriscados para manter uma boa competitividade.

TMA x Custo de Capital


Muitos administradores e especialistas consideram o próprio custo de capital como a TMA mais justa. Em outras
palavras, a Taxa Mínima de Atrativa deve ser pelo menos o mínimo esperado pelos financiadores do negócio.
Uma empresa pode bancar seus projetos com capital próprio, capital de terceiros e reinvestimento de
lucro.
Assim, a TMA de projetos que levariam o investimento de sócios ou de terceiros deve pelo menos equivaler ao custo
de capital – o que é justo.
VALOR PRESENTE
Valor Presente Líquido (VPL) É um método que consiste em trazer para a data zero todos os fluxos de caixa de
um projeto de investimento e somá-los ao valor do investimento inicial, usando como taxa de desconto a Taxa Mínima
de Atratividade (TMA) da empresa ou projeto.
Com o cálculo do Valor Presente Líquido é possível fazer os ajustes, descontando as taxas de juros para obter a
verdadeira noção do valor do dinheiro no futuro.
Por esse motivo, o VPL não faz apenas uma comparação do investimento com o retorno que dele se espera. Indo
além disso, como o Valor Presente Líquido leva em consideração a valorização do capital ao longo do tempo, com ele
calcula-se o ganho real de investimento.

Resumindo: O VPL traz ao valor presente um valor


futuro. Ele representa a diferença entre os
recebimentos e os pagamentos de um projeto de
investimento em valores monetários atuais (de hoje).
Valor Presente Líquido em Contabilidade
Em contabilidade gerencial, o cálculo de VPL é
utilizado também como um dos métodos para
calcular o Goodwill, ou Patrimônio de Marca. Este
nada mais é do que os elementos não materiais de
uma empresa que valorizam sua reputação. Para
obter o Goodwill, utiliza-se do fluxo de caixa
descontado.
Ainda em contabilidade, o Valor Presente Líquido é
utilizado para separar de um determinado valor os
efeitos da inflação e das alterações de câmbio.
- Investimento Inicial
Aquisição de uma
2.000,00 2.000,00 empresa
1.000,00 1.500,00

0 1
2 3 4

909,09+1239,66+1.502,63+1366,03 = 5.017,42 – 5.000,00 = 17,42

10%

- 5000,00

VPL >0 =Projeto Aprovado


VPL = 0 tanto faz
VPL < 0 recusado
Valor Presente (PV) e Desconto
Calcular o valor presente de um ativo, título ou investimento, significa calcular quanto vale hoje um determinado valor
que o investidor irá receber em uma data futura. Assim, partimos do valor futuro (valor em uma data futura) e, a
partir da aplicação de uma taxa de juros determinada (taxa de desconto), encontramos o valor presente.

Fórmula matemática para


cálculo o valor presente:

VP = VF VP = Valor Presente
____________ VF = Valor Futuro
( 1 + i )n i = taxa de juros
n = prazo
VF = VP .( 1 + i )ⁿ
Quanto vale hoje $1.200,00 que será resgatado da aplicação de renda fixa
(do exemplo anterior) com taxa de juros de 20% a.a.? VP = Valor Presente
VF = Valor Futuro
VP= 1.200
------ --_________ = 1.000 i = taxa de juros
( 1 +0,2)
n = prazo

Portanto, em um contexto com taxa de juros de 20% a.a., $1.000 hoje ou $1.200 daqui a um ano valem a
mesma coisa, são equivalentes.
Calculando o VPL
Antes de vermos as vantagens e desvantagens do Valor Presente Líquido, vamos ver como funciona seu cálculo.
Para fins de esclarecimento, a fórmula do VPL aborda:
1.Definição do valor do investimento inicial;
2.Definição do período de análise;
3.Definição da estimativa de entrada de caixa para cada período;
4.Definição da taxa de desconto apropriada;
5.Entradas de caixa descontadas;
6.Soma das entradas de caixa descontadas e subtração do investimento inicial;
7.Definição da viabilidade do investimento.

O Valor Presente Líquido de um fluxo de caixa é o valor monetário de todo o fluxo no tempo atual ou ao
iniciar um investimento. Para ter este valor, é necessário somar as receitas líquidas futuras descontadas ao valor
presente com uma taxa de desconto (ou taxa mínima de atratividade).
Mas o que é essa taxa de desconto? Bom, a taxa de desconto tem uma relação com a taxa de lucratividade do
projeto. Em outras palavras, é o retorno mínimo que se espera para um projeto ser aceito.

Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FC = fluxo de caixa
t = momento em que o fluxo de caixa ocorreu
i = taxa de desconto (ou taxa mínima de atratividade)
n = período de tempo
Da seleção de dois ou mais projetos:
Na seleção de projetos, tendo-se que optar por algum, a opção recairá sobre o de maior valor – (maior valor futuro líquido).
 Observações importantes para a análise com a técnica de VFL:
 No VFL, a análise toda é efetuada em cima do custo de capital da empresa;
 Leva-se os fluxos (lucros) de cada período a valor futuro (final do projeto), pela taxa (custo de capital);
 O valor encontrado (valor futuro dos fluxos) deverá ser subtraído do valor do investimento inicial a valor futuro
(final do projeto);
 O resultado encontrado deverá ser comparado com as três situações a seguir:
 VFL > 0 Aceita-se o projeto;
 VFL < 0 Rejeita-se o projeto;
 VFL = 0 Indiferente aceitar, ou não, o projeto.
Valor Presente Líquido (VPL)

É a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto, devidamente descontadas à
taxa mínima de atratividade (TMA), e o investimento inicial.

TMA = 6% a.a. $200,00 $200,00 $150,00 $100,00

0 1 2 3 4

-$500,00
VPL = 200 200 150 100
+ + + - 500
(1,06)1 (1+0,06)2 (1+0,06)3 (1+0,06)4

VPL = 188,68 + 178,00 + 125,94 + 79,21 = 571,83 - 500 = 71,83

Se VPL > 0 podem ser aceitos,


Se VPL = 0 Tanto Faz
Se VPL < 0 devem ser rejeitados.
Critérios Valor Presente Líquido (VPL)

- Fluxo de Caixa - não são uniformes, mas com periodicidade uniforme - VPL - compara todas as entradas e saídas
de dinheiro na data inicial do projeto, descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa na taxa de juros (TMA)
que mede o custo de capital. Sendo o VPL > 0, a soma de todos os capitais do fluxo de caixa é maior que o valor
investido. Podemos dizer então que o capital investido será recuperado a uma determinada taxa (TMA) e o projeto
gerará um lucro extra, na data zero, igual a VPL.
Características VPL (Valor Presente Líquido)

Vantagens:
- Considera o fator tempo no valor do dinheiro
- Estabelece o retorno mínimo a ser obtido para manter inalterado o valor da empresa - quanto o VPL > 0 o projeto
garante um ganho extra
- Analisa todos os fluxos de caixa de um projeto
- Considera o custo de capital
- Embute o risco no custo de capital
- O VPL positivo - indica que o capital investido será recuperado, remunerado na taxa de juros que mede o custo de
capital do projeto e gerará um ganho extra, na data zero, igual ao VPL.
Desvantagens:
- Custo de capital - dificuldade de dimensionar o custo de oportunidade em fluxo de caixa de longo prazo. (qual o
risco ?)
- Projetos com tamanhos diferentes - dificuldade em decidir por qual projetos quando investimentos são bem
diferentes.
VPL - Valor Presente líquido
Custo de capital % a.a.(TMA) 12,00 u.m.

ANO Investimento Inicial Retornos Operacionais (lucro) Valor Presente Saldo

0 (550.000,00) 0,00
1 0,00 115.000,00
2 0,00 85.000,00
3 0,00 145.000,00
4 0,00 185.000,00
5 0,00 230.000,00

Análise:

A um custo de capital de 12,00% a.a. este fluxo (projeto) apresenta um VPL maior que zero (VPL > 0),

Recomenda para implantação.


Custo de capital % a.a.(TMA) 12,00 u.m.

Investimento Retornos Operacionais


ANO Inicial (lucro) Valor Presente Saldo

0 -600.000,00 0,00
1 0,00 125.000,00
2 0,00 80.000,00
3 0,00 0,00
4 0,00 250.000,00
5 0,00 380.000,00

Análise:

A um custo de capital de 12,00% a.a. este fluxo (projeto) apresenta um VPL menor que zero (VPL< 0),
o que não o recomenda para implantação.
ESTUDO DE CASO – Analise os dois projetos com base no VPL

Ano Projeto “A” Projeto “B”


Investo. Inicial 42.000 45.000
Entradas caixa operacional (u.m.)
1 14.000 18.000
2 14.000 12.000
3 14.000 10.000
4 14.000 10.000
5 14.000 10.000

O custo de capital é de 10% a.a.


A empresa tem capacidade de caixa para implantar os dois projetos ao mesmo tempo;
Projeto “A” – cálculos:

VPL = FC1 FC2 FC3 FC4 FC5


------------ + ------------ + ------------ + ------------ + ------------ – Inv. Inicial
(1+i)1 (1+iI)2 (1+i)3 (1+i)4 (1+i)5

VPL = 14.000 14.000 14.000 14.000 14.000


------------ + ------------ + ------------ + ------------ + ------------ – Inv. Inicial
1,10 1,21 1,33, 1,464 1,611

[( 12.727,27 + 11.570,00 + 10.526,00 + 9.562,84 + 8.690,25 - 42.000,00

VPL = (53.076,36 – 42.000,00)

VPLa = 11.076,36
Projeto “B” – cálculos:

VPL = FC1 FC2 FC3 FC4 FC5


------------ + ------------ + ------------ + ------------ + ------------ – Inv. Inicial
(1+i)1 (1+iI)2 (1+i)3 (1+i)4 (1+i)5

VPL = 18.000 12.000 10.000 10.000 10.000


------------ + ------------ + ------------ + ------------ + ------------ – Inv. Inicial
1,10 1,21 1,33, 1,464 1,611

( 16.363,63 + 9.917,35 + 7.518,79 + 6.830,60 + 6.207,32 - 45.000,00)

VPL = (46.837,69 – 45.000,00)

VPLb =
FLUXO DE CAIXA
DFC permite saber quais foram as entradas e
saídas de dinheiro que ocorreram em um período
específico, seja no caixa, nas contas bancárias ou nas
aplicações financeiras que a empresa possui com
liquidez imediata. Com o DFC é possível ainda averiguar
qual o resultado causado na empresa por cada uma
destas movimentações financeiras.
Entre diversas outras informações, a Demonstração de
Fluxo de Caixa aponta onde os recursos financeiros da
empresa foram aplicados e qual a origem desses
recursos, possibilitando uma melhor gestão das
entradas e saídas de dinheiro e evitando desvios e
erros.
A Demonstração do Fluxo de Caixa é de extrema
importância para o gestor analisar e avaliar a
capacidade financeira da empresa, elaborando assim
um planejamento financeiro adequado à realidade do
momento, para que possa evitar que a empresa fique
sem dinheiro disponível em caixa para honrar seus
Demonstrativo de Fluxo de Caixa compromissos ou então decidir quais as aplicações mais
Também conhecido pelo termo Demonstração do Fluxo de vantajosas para investir os recursos financeiros
Caixa ou ainda pelo seu acrônimo DFC, é uma peça contábil disponíveis, seja investindo em ampliações da própria
(relatório fundamental para análise da empresa) que empresa ou colocando o dinheiro em aplicações
evidencia a posição financeira da empresa em um financeiras externas, como fundos de investimentos.
determinado período de tempo.
Fluxo de caixa descontado
O fluxo de caixa descontado é um método contábil que calcula o valor
presente dos fluxos de caixa projetados para o futuro em uma
organização.
Se o resultado do cálculo for um valor maior que o preço atual do ativo,
pode ser o momento ideal de investir. O objetivo de realizar o cálculo do
fluxo de caixa descontado é conhecer qual será o fluxo de caixa livre de
cada ano considerado na projeção.
Os ativos de uma empresa, a sua reputação no mercado, as marcas e
patentes que possui, o seu histórico de desempenho e o nível de gestão

que opera o negócio são fatores que influenciam a determinação de valor de uma organização, mas serão
relevantes apenas se tiverem a capacidade de gerar caixa livre no futuro — recursos suficientes para remunerar os
seus investidores.
A taxa de desconto a ser aplicada nos valores projetados para os fluxos de caixa futuros, geralmente, é determinada
em função dos custos do capital, associados aos riscos do negócio. Apesar de ser um método de valuation mais
preciso do que o de análise de múltiplos, também está sujeito a distorções provocadas pela aplicação de taxa de
desconto muito elevada, devido a juros de mercado altos sendo praticados no período da avaliação, por exemplo.
Sendo assim, todo e qualquer fator de distorção deve ser ponderado.
Esse método deve ser aplicado a empresas que têm boa previsibilidade de receita e histórico consistente dos
resultados alcançados no passado. Empresas iniciantes no mercado de capitais e startups que ainda não têm dados
históricos para avaliação não podem utilizar o fluxo de caixa descontado.
Fluxo de Caixa Descontado - Também conhecido como FCD, é um aliado muito importante das tomadas de
decisão, sendo uma metodologia utilizada em qualquer situação em que o dinheiro seja aplicado em um ponto e
recebido em outro, no futuro. Em outras palavras: o FCD trabalha com o valor do dinheiro no tempo.
O método do Fluxo de Caixa Descontado é uma técnica de orçamento de capital (como Payback e Taxa Interna de
Retorno) e é utilizado para determinar o valor presente de uma empresa, ativo ou projeto com base no dinheiro que
pode gerar no futuro. O FCD parte do pressuposto de que o investimento gera fluxo de caixa durante um determinado
período.
Observe que o método considera duas importantes variáveis - risco e retorno. Isso significa que a análise de Fluxo de
Caixa Descontado utiliza projeções de fluxo de caixa e descontos para chegar a uma estimativa de valor presente.
Essa estimativa é, então, utilizada para avaliar o potencial de investimento, quais os riscos e as possibilidades
de ROI. Caso o valor obtido da análise de FCD for maior do que o custo atual do investimento, o controller pode dar o
sinal verde, pois a oportunidade pode ser boa
Ao trabalhamos com juros, consideramos as seguintes variáveis:
• C: Capital ou principal, é quantia aplicada ou tomada emprestada.
• n: É o período de tempo em que o capital será aplicado.
• j: É o juro resultante da operação.
• i: É a taxa percentual aplicada ao capital para a apuração do juro.
• M: O montante é a soma do capital com o juro produzido em todo o período.
Na modalidade de juros simples o cálculo do juro de cada período é sempre calculado com base no capital inicial.

Calculando juros simples


Imagine uma empresa que tome emprestado, a juro simples, a importância de R$ 5.000,00, pelo prazo de 3 meses, à
taxa de 5% ao mês. Qual será o valor que deverá ser pago como juro, decorrido este período de tempo? Qual o
montante a ser pago?
Embora possa se utilizar de fórmulas para a resolução deste problema, o ideal é conseguir abstrair a ideia por trás do
mesmo.
Ora, se no cálculo de juros simples, o juro de cada período é sempre calculado sobre o valor principal, então basta
aplicarmos a taxa percentual ao valor principal para sabermos o valor do juro em cada período e em se tendo este
valor, multiplicá-lo pelo número de períodos, para obtermos o valor do juro total. Além disto, o montante será o valor
do juro total acrescentado do valor principal.
Assim:
O valor do juro em cada período será:
PAYBACK
O que é Payback O investimento vai se pagar?”. “Quanto tempo levará para
Começando primeiro pelo conceito: Payback é um o projeto dar retorno?”. “Como saber o fôlego financeiro
cálculo simples do tempo que levará para um que preciso ter?”. “Esta é a melhor alternativa para
investimento se pagar. O método Payback pode ser investir no momento?”. Citando apenas alguns exemplos,
utilizado tanto por empreendedores iniciando um estas são as linhas de perguntas que surgem tanto para
negócio quanto por gestores que querem quem inicia um negócio, quanto para quem planeja um
implementar uma ideia e precisam saber o tempo de investimento.
retorno do investimento. E é justamente para responder a essas questões que
A importância do Payback para a Análise do existe o Payback, que é o período de recuperação do
Tempo de Retorno do Investimento investimento. Ele funciona como um indicador que
Já que vamos dar uma mão para o time de mostra quanto tempo o empréstimo ou
desenvolvimento de produtos a aprovar o projeto, investimento levará para retornar ao investidor ou
temos que primeiro entender sobre o que vamos à empresa.
falar. Sabemos que para que ocorra o percurso da Trocando em miúdos: ao fazermos qualquer tipo de
ideia sair do papel e ganhar corpo, existem diversos investimento temos que atravessar pelo período de
fatores de decisão a serem avaliados. Os resultados despesas, em que vemos o dinheiro sair do caixa. Mas, se
desses fatores são analisados através de indicadores tudo que vai, volta (pelo menos é o que acontece com
de desempenho e um deles, que é o motivo dessa empresas como a sua, que fazem análise de
nossa conversa, é o Payback. viabilidade de investimentos), chegará um momento
em que as receitas recuperarão o capital investido. E é
este momento - apresentado em período de tempo - que
o método do Payback mostra.
Relação entre Payback e Fluxo de Caixa Com a projeção do fluxo de caixa os administradores têm
Já que tocamos no assunto de um determinado valor sair a total segurança sobre quando aplicar o dinheiro de
do caixa para que um projeto seja viabilizado, é acordo com a captação em determinado período. No fluxo
imprescindível que isso seja muito bem planejado para de caixa falamos em captação e aplicação. Já quando
nenhum administrador ser pego de surpresa. É tratamos de Payback falamos no espaço de tempo para o
exatamente por isso que o Payback está 100% ligado dinheiro que saiu da empresa voltar para seu cofre.
com um Fluxo de Caixa bem feito. Nesse período, é preciso considerar as despesas e receitas
Ou seja, para pensar em Tempo de Retorno do atuais e futuras. É fácil de entender o motivo da relação
Investimento é fundamental que tudo que sair da sua entre Fluxo de Caixa e Payback ser tão forte, não é
empresa esteja programado com o que for entra mesmo?
Facilidade, aliás, é uma das vantagens apontadas para o
método Payback. Além dela, existem outros pontos a se
considerar, conforme veremos.
Vantagens do método Payback
Além da facilidade de entender seu propósito, o Payback
é fácil de aplicar. Não é preciso treinamento adicional
ou algum tipo de especialização. A fórmula, que será
apresentada mais adiante, é simples e direta.
Geralmente, os gerentes utilizam o método de período
de retorno do investimento para fazer rápidas
avaliações de projetos que terão um investimento não tão
alto. Logo, o Payback é o método mais indicado para
startups e pequenas empresas, pois o tempo e o esforço
utilizados para fazer análises econômicas mais sofisticadas
não fazem sentido para projetos menores.
Seja um investimento cujo aporte inicial é de 5.000,00 que gera entradas de 1500,00 durante 4 períodos. Calcule o
Payback simples

P Fluxo de caixa Saldo


0 - 5.000,00 - 5.000,00
1 1.500,00 - 3.500,00
2 1.500,00 - 2.000,00
3 1.500,00 - 500,00
4 1.500,00 1.000,00

PBS = Ii/Fc
PBS = 5000,00/1500,00
PBS = 3,33 anos
3 anos
0,33*12 = 3,96 meses ou 3 meses
0,96*30 = 28,8 ou 28 dias

Pode ser utilizada a formula: ultimo período negativo + |saldo do ultimo período negativo/fluxo de caixa do período
sucessivo|
3 + |-500,00/1500,00| = 3,33 anos
Payback descontado
Leva em consideração o valor do dinheiro no tempo
Seja um investimento cujo aporte inicial é de 5.000,00 que gera entradas de 1500,00 durante 5 períodos a uma taxa
de 10%aa. Calcule o Payback descontado

P Fluxo de caixa FCD (10%) saldo


0 - 5.000,00 - 5.000,00 - 5.000,00
1 1.500,00 1.363,64 - 3.636,36
2 1.500,00 1.239,67 - 2.396,69
3 1.500,00 1.126,97 - 1.269,72
4 1.500,00 1.024,52 - 245,20
5 1.500,00 931,38 686,18

Pode ser utilizada a formula: ultimo período negativo + |saldo do ultimo período negativo/fluxo de caixa do período
sucessivo|

4 + |-245,20/931,38|
PBD = 4,26
4 ANOS
3 MESES
4 DIAS
Taxa de desconto de 10%

taxa de 10%

Período Fluxo de Caixa Payback simples Payback descontado saldo

0 -250.000,00 -250.000,00- 250.000,00 -250.000,00


1 57.900,00 -192.100,00 52.636,36 -197.363,64
2 57.900,00 -134.200,00 47.851,24 -149.512,40
3 57.900,00 -76.300,00 43.501,13 -106.011,27
4 57.900,00 -18.400,00 39.546,48 - 66.464,79
5 57.900,00 39.500,00 35.951,34 - 30.513,45
6 57.900,00 97.400,00 32.683,04 2.169,59
2.169,59

- Inv. Inic
Em qual dos dois investimentos deve-se aceitar, levando em consideração os
índices do VPL, TIR e PAYBACK? Justifique sua resposta. Taxa mínima de atratividade é
de 6%

Período Investimento A Investimentos B

0 -80.000,00 -100.000,00

1 25.000,00 30.000,00

2 25.000,00 30.000,00

3 25.000,00 30.000,00

4 25.000,00 40.000,00
Taxa de desconto de 10%

taxa de 10%

Período Fluxo de Caixa Payback simples Payback descontado saldo

0 -250.000,00 -250.000,00- 250.000,00 -250.000,00


1 57.900,00 -192.100,00 52.636,36 -197.363,64
2 57.900,00 -134.200,00 47.851,24 -149.512,40
3 57.900,00 -76.300,00 43.501,13 -106.011,27
4 57.900,00 -18.400,00 39.546,48 - 66.464,79
5 57.900,00 39.500,00 35.951,34 - 30.513,45
6 57.900,00 97.400,00 32.683,04 2.169,59
2.169,59

- Inv. Inic
Cálculo do PBS (Prazo do Payback Simples)
(Cesgranrio - 2010 - Petrobras - Contador júnior) A Cia Pantanal S/A está estudando duas
alternativas de investimento, com as características abaixo:

Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Projetos
Inicial (R$)
P -3.000.000 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Q -5.000.000 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000

Considerando-se exclusivamente essas informações, o período de payback efetivo da alternativa Q, em


anos, é
(A) 3,23
(B) 2,92
(C) 2,86
(D) 2,55
(E) 2,33
Solução:
Iniciamos o cálculo organizando as informações apenas do projeto Q em questão, construindo a linha do saldo do
projeto:
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

(5.000.000) 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000


FLUXO DE CAIXA (5.000.000) (3.000.000) (500.000) 1.000.000 2.800.000
Saldo do Projeto

A tabela mostra que no ano 2 o investimento ainda não foi totalmente recuperado e no ano 3 o saldo do projeto é
superior a zero, o que significa que a recuperação do capital ocorre durante o terceiro ano. Nesse caso, como
calcular o PBS (Prazo do Payback Simples)[1]?
Aceitando a hipótese de que o retorno líquido de cada ano do fluxo de caixa é uniformemente distribuído durante
o ano, o PBS será ajustado pelo cálculo de uma fração do terceiro ano:
Do retorno líquido de $1.500.000 do terceiro ano serão necessários, ainda, $500.000 para a cobertura do saldo
negativo que restou ao final do segundo ano, assim:

PBS = 500.000 = 0 , 33
1.500.000
PBS = 2 + 0,33 = 2,33 Portanto, o projeto leva dois anos inteiros e mais 1/3 do
terceiro ano para recuperar o capital investido, ou seja,
três anos e quatro meses.
Resposta correta: letra (E)
IMPORTANTE:
O Saldo do Projeto até a data do PBS é sempre negativo. O momento em que o Saldo do Projeto se torna maior ou
igual a zero significa que todo o capital investido foi recuperado.
Se o Saldo do Projeto for sempre negativo até completar o prazo de análise do projeto, então não terá PBS. Isso
significa que o capital investido não será recuperado durante o prazo de análise.

Método do Payback Descontado


A diferença desse método para o Payback Simples é que o Payback Descontado leva em consideração o valor do
dinheiro no tempo. Assim sendo, Payback Descontado é o tempo de recuperação do investimento remunerado
pela taxa de juros que representa a taxa mínima de atratividade.
Conforme já vimos, o capital investido no projeto não é gratuito. Existe o custo de oportunidade, que é o valor da
melhor alternativa abandonada em favor da alternativa escolhida. Esse custo deve ser incluído no prazo de análise do
projeto de investimento.
Vamos utilizar o mesmo exemplo que vimos no item anterior, mas agora iremos calcular o payback descontado:

Projet Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


os Inicial (R$)
P 3.000.000 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Q 5.000.000 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000

Supondo que a taxa mínima requerida pelo investidor para aceitar um projeto seja de 20% a.a., qual o PBD (Prazo
do PayBack Descontado) das duas alternativas apresentadas?

Antes de calcular o saldo do projeto será necessário conhecer o valor do fluxo de caixa descontado, ou seja,
precisamos calcular o Valor Presente (VP) de cada período do fluxo de caixa, ou seja, trazer o valor do resultado
de cada período para o período zero (momento presente). O resto do cálculo é igual ao que já aprendemos no
payback simples. VP = VF
Para calcular o valor presente dos fluxos usaremos a fórmula matemática:
( 1 + k )n
VP = Valor Presente
VF = Valor Futuro
k = taxa mínima requerida
n = prazo
Assim, conseguiremos compor as nossas tabelas para avaliar o payback descontado das duas alternativas:
PROJETO P Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Fluxo de Caixa NOMINAL (3.000.000) 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000

Fluxo de Caixa DESCONTADO (3.000.000) 500.000 555.556 868.056 868.056


Saldo do Projeto
(3.000.000) (2.500.000) (1.944.444) (1.076.389) (208.333)

VPL = -3.000.000,00 + (600.000 / 1,20) + (800.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,20[1]) + (1.800.000 / 1,204) = -208.333

PROJETO Q Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Fluxo de Caixa NOMINAL (5.000.000) 2.000.000 2.500.0001.500.000 1.800.000

Fluxo de Caixa DESCONTADO (5.000.000) 1.666.667 1.736.111 868.056 868.056


Saldo do Projeto
(5.000.000) (3.333.333) (1.597.222) (729.167) 138.889

VPL = -5.000.000,00 + (2.000.000 / 1,20) + (2.500.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,203) + (1.800.000 / 1,204) = 138.889
Verificamos que o saldo do projeto no caso do projeto P fica negativo durante todo o período de análise, o que
significa que o investido não conseguirá recuperar o capital investido mais o seu custo de oportunidade durante o
prazo analisado. Ao final do quarto ano ainda faltaria recuperar $208.333.

Já no projeto Q o valor capital será totalmente recuperado e acrescido de uma remuneração de 20% a.a. durante o
quarto ano.

Vamos ver, então, o cálculo do PBD do projeto Q3:

PBS = 729.167 = 0 , 84
868.056 O PBD do projeto Q é de 3 anos e 10 meses. Portanto, constatamos que, neste
caso, o projeto Q será aceito pelo investidor, enquanto o projeto P será
PBS = 3 + 0,84 = 3,84 descartado.

IMPORTANTE:

•O Saldo do Projeto até a data do PBD é sempre negativo. O momento em que o Saldo do Projeto se torna maior ou
igual a zero significa que todo o capital investido foi recuperado acrescido da remuneração pela taxa mínima requerida
para o projeto.
•Se o Saldo do Projeto for sempre negativo até completar o prazo de análise do projeto, então não terá PBD. Isso
significa que não haverá a recuperação do investimento remunerado durante o prazo de análise.
•O método do payback define um ponto de equilíbrio. Quando aplicamos o método do PBS estamos obtendo um
ponto de equilíbrio contábil, e quando aplicamos o método do PBD obtemos um ponto de equilíbrio financeiro.
TIR TAXA INTERNA DE RETORNO
Taxa Interna de Retorno Internal Rate of Return, (TIR) - Método usado para análise da viabilidade de
projetos de investimento.

Taxa Interna de Retorno é usada para avaliar a atratividade de um projeto ou investimento. Assim, ela
reflete a qualidade de um investimento.

Ela é utilizada amplamente por empresas para determinar se devem ou não investir ou comparar diferentes opções
de investimentos.
Por exemplo, um investimento X será escolhido se sua A TIR pode também ser usada para calcular o tempo em
Taxa Interna de Retorno for maior que aquela de um que o dinheiro desvalorizará. Supondo que você pense
investimento Y (considerando o mesmo risco para ambas em uma TMA de 9%, onde você investiria? Com certeza
as opções, claro). seria em uma opção cuja Taxa Interna de Retorno seja
maior que os 9%.

•Se a TIR de um projeto exceder a Taxa Mínima de


Atratividade significa que o mesmo é viável.
•Se a TIR de um projeto ficar abaixo da Taxa Mínima de Calcula a taxa de desconto que
Atratividade o mesmo deve ser rejeitado. deve ter um fluxo de caixa para
•Se a TIR de um projeto for igual a Taxa Mínima de que seu Valor Presente Líquido
Atratividade a decisão de seguir com o projeto fica por (VPL) iguale-se a zero
conta dos gestores/investidores.
Vantagens da TIR - Apresenta uma taxa como resultado: sua rentabilidade. Isso facilita a vida dos gestores, pois
torna mais fácil a comparação com taxas definidas para custo de capital.

Por ser expressa em percentual, a Taxa Interna de Retorno tem boa aceitação entre executivos financeiros.
P ara muitos a TIR é preferível ao VPL, pois o Valor Presente Líquido apresenta como resultado um número natural.
Justamente por isso a TIR é amplamente difundida e já tornou-se padrão tanto em planilhas eletrônicas como
calculadoras financeiras.
Pela facilidade de interpretação, pois o cálculo apresenta uma taxa para cada projeto. Assim, caso você precise
decidir entre dois projetos ou investimentos, aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno será sua melhor opção.

Desvantagens da TIR
Não mostrar sobre o risco que a empresa corre (ou até mesmo o investidor) para obter esse retorno. imagine dois
projetos diferentes, que tenham a mesma projeção de fluxo de caixa e os mesmos prazos. Se algo der errado durante
um dos projetos as perdas que eles causarão não serão iguais. Isso porque a TIR revela apenas os retornos
esperados, e não as potenciais perdas dos investimentos.
Se os fluxos de caixa não forem uniformes, o projeto poderá apresentar taxas múltiplas. Além disso, existe uma
limitação da análise da TIR quando ocorrem mudanças no sinal do fluxo de caixa. Geralmente, quando isso ocorre é
gerada uma Taxa para cada mudança. Isso torna um pouco mais difícil a análise de viabilidade do projeto.
Não considera o custo do investimento. Em outras palavras, acaba não sendo uma boa opção caso um projeto tenha
saídas de caixa após ter gerado o fluxo.
Fórmula da Taxa Interna de Retorno

Onde:
VP = valor presente;
Capital = valor do investimento;
N = quantidade de períodos;
Ft = entrada de capital no período t;
i = taxa interna de retorno.

•O VP é sempre igual a zero (afinal a TIR calcula a taxa de desconto que deve ter um fluxo de caixa para que seu
VPL seja igual a zero).
•O capital equivale ao valor do investimento inicial e deve ser sempre negativo. Se você for olhar o exemplo que
demos acima verá que colocamos o valor de -R$ 100 na fórmula (correspondente aos R$100 mil de investimento).
•O N é a quantidade de períodos a serem analisadas, por exemplo, 6 meses, 1 ano, etc.
•O Ft é o valor da entrada de dinheiro no período t, por exemplo, se no quarto mês entrar R$ 20 mil, informe esse
valor.
Trazendo tudo isso para a prática, vamos a um exemplo:
Calculando a Taxa Interna de Retorno
Para avaliar a viabilidade de um projeto através da Taxa Interna de Retorno, podemos usar uma calculadora científica
ou a função TIR do Excel. O investimento inicial será a base do cálculo, e virá acompanhado de uma série de fluxos de
caixa positivos.

Sua empresa fará um investimento inicial de R$ 100 mil. A previsão é de que no primeiro ano o retorno seja de R$ 60
mil somados com outros R$ 60 mil no ano seguinte. Queremos saber a Taxa Interna de Retorno, portanto, conforme
vimos, devemos igualar o VPL a zero

VPL = 0 = -R$100 + R$60/(1+TIR) + R$60/(1+TIR)2


A única maneira de calcular a TIR é por tentativa e erro. Vamos imaginar uma taxa de 10% e outra de 15%.

•TIR de 10%:
VPL = 0 = -R$100 + R$60/1,1 + R$60/1,12 = R$ 4,13

•TIR de 15%:
VPL = 0 = -R$100 + R$60/1,15 + R$60/1,15² = - R$ 2,46
Para um Valor Presente Líquido igual a zero a TIR deve
ficar em um ponto entre 10% e 15%. Se formos
prosseguir com os cálculos, chegaremos a uma TIR de
13,1%.
Isso significa que se o retorno exigido for menor que
13,1%, o projeto será viável. Caso seja maior que
13,1% o mesmo deverá ser rejeitado.

Vamos aproveitar a função TIR e analisar o seguinte


quadro:
Uma empresa vai realizar um investimento de R$
100.000,00, com receita líquida mensal de: R$
10.000,00; R$ 16.000,00; R$ 24.000,00; 32.000,00 e
R$ 33.000,00. Qual será a Taxa Interna de Retorno?

Em nosso exemplo, após colocar os dados na planilha e aplicar a função “=TIR()”, encontramos o resultado de
4%. Para analisar a viabilidade, uma boa pedida é verificar a Taxa Mínima de Atratividade.
Cuidados ao usar a Taxa Interna de Retorno - Um dos maiores erros que as empresas cometem é utilizar
somente a Taxa Interna de Retorno para avaliar a viabilidade de um investimento. Quando utilizado sozinho, existe
uma probabilidade maior de tomar uma decisão errada, especialmente ao comparar dois projetos com durações
diferentes. O mais indicado é fazer uso da TIR combinado com outros métodos, como o Valor Presente Líquido e
o Payback.
Pense em uma situação em que um projeto com um ano de duração tem uma TIR de 25%, enquanto um de 10 anos
possui a TIR de 14%. Se você apenas tomar como base a Taxa Interna de Retorno é bem provável que favoreça o
primeiro, o que seria um erro. Isso porque é muito melhor ter uma TIR de 14% por 10 anos do que 25% por um ano
caso sua Taxa Mínima de Atratividade seja de 10% durante o período.
Outro cuidado que se deve ter é sobre o valor do dinheiro no tempo. Pela TIR, os fluxos de caixa futuros são
reinvestidos na própria TIR e não no custo de capital da empresa. Portanto, a Taxa Interna de Retorno não relaciona o
custo de capital e o valor do dinheiro no tempo como o VPL.
Exatamente por isso que a melhor dica é a de usar vários indicadores em conjunto. Desse modo você terá uma
melhor visão do que esperar do seu investimento.
VALOR FUTURO
Quanto é que deveríamos investir hoje, para se ter $1.000 daqui a um ano, se podemos ganhar uma taxa de retorno
de 10%?
VP=VF/ (1+i)ⁿ
VP= 1.000/ (1+0,10)¹ = 1.000 x 0,90909 = 909,09
Se investirmos $909,09 numa conta pagando 10% de juro por ano, nós teremos exatamente $1.000, daqui a um
ano. Agora suponhamos que em vez disto nós não precisamos do dinheiro por 5 anos quanto devemos investir hoje
para ter $1.000 daqui a cinco anos se podemos ganhar 10% ao ano. Claramente, a quantia que precisamos investir
hoje a uma taxa de juros de 10% é menor do que $909.09, porque ela ganhará juro à taxa de 10% ao ano por cinco
anos. Usando a fórmula 5.6 vemos que $620,92 investidos a 10% por 5 anos aumentará para $1.000 em 5 anos.
VP=VF/ (1+i)ⁿ
VP= 1.000/ (1+0,10)5 = 1.000 x 0,62092 = 620,92
O método do Valor Presente Líquido (VPL) se aproxima do método de payback descontado, pois se trata da soma do
valor presente (VP) de todos os períodos que compõem o fluxo de caixa descontado. Se um projeto for aceito pelo
método do PBD (Payback Descontado) então seu VPL será positivo. Para entender melhor, vamos retomar o exemplo
já utilizado nos itens anteriores:
Projeto Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Inicial
P - 3.000.000 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Q - 5.000.000 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000

O cálculo é realizado da mesma que forma que fizemos no cálculo do payback descontado

Projeto P Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Inicial
Fluxo de Caixa Nominal (3.000.000) 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Fluxo de Caixa Descontado (3.000,00) 500.000,00 555.556 868.056 868.056
Saldo do Projeto (3.000.000) (2.500.000) (1.944.444) (1.076.389) (208.333)

VPL = -3.000.000,00 + (600.000 / 1,20) + (800.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,203) + (1.800.000 / 1,204) = -208.333
VPL = -5.000.000,00 + (2.000.000 / 1,20) + (2.500.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,203) + (1.800.000 / 1,204) = 138.889

Agora vamos somar a linha do Fluxo de Caixa DESCONTADO:


Projeto P Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Inicial Total (208.333)
Fluxo de Caixa Descontado (3.000,00) 500.000,00 555.556 868.056 868.056
Projeto Q Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Inicial total138.889
Fluxo de Caixa Descontado (5.000.000) 1.666.667 1.736.111 868.056 8 868.056
Conforme foi dito, o VPL de um projeto é soma do valor presente de todos os períodos que compõem o seu fluxo de
caixa descontado. Então, o VPL do projeto P é ($208.333) e do projeto Q é $138.889. Notem que esse resultado é
exatamente igual ao valor apresentado no saldo do projeto no último ano de análise. Isso não é coincidência, pois a
expressão “Líquido” se refere à diferença entre o valor presente dos capitais positivos e os capitais negativos do fluxo
de caixa do projeto de investimento. Podemos concluir que se a soma de todos os retornos do projeto na data
zero for maior do que o investimento, então o VPL do projeto será positivo. O critério do método do VPL estabelece
que se o VPL encontrado no cálculo for maior do que zero (VPL>0), então o projeto deverá ser aceito; se o VPL for
menor do que zero (VPL<0), o projeto não deverá ser aceito. Se o VPL for igual a zero (VPL=0) é indiferente aceitar
ou não o projeto. O valor resultante do cálculo do VPL representa um lucro extra ao investidor, acima da remuneração
dada pela taxa mínima requerida. No caso de estarmos comparando dois ou mais investimentos entre si, a escolhe
deverá ser pelo projeto que apresentar o maior VPL.

Fluxo de Caixa Descontado (5.000.00 1.666.667 1.736.111 868.056 8 868.056


0)
Saldo do Projeto (5.000.000 (3.333.333 (1.597.222 (729.167) 138.889
) ) )
Projeto Q Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Inicial
Fluxo de Caixa Nominal (5.000.000) 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000
capital cotação capital X cotação percentagem x capital

R$ 1.000.000,00 R$ 2,24 R$ 2.240.000,00 R$ 560.000,00

R$ 800.000,00 R$ 1,68 R$ 1.344.000,00 R$ 295.680,00

R$ 896.000,00 R$ 1,00 R$ 896.000,00 R$ 179.200,00

percentagem soma soma

25% votante R$ 4.480.000,00 R$ 1.034.880,00

22% não votante

20% de terceiros

RESULTADO: 1.034.880/4.480.000 = 23,1%

Só uma correção nas contas:

896.000 * 20% = 179.200 (faltaram 200 nas contas abaixo)


A e C são viáveis.
• E

somente o A é viável.

resumindo:
Dívida de Longo Prazo - 40.000/100.000 = 40%
Ações Preferenciais – com
dividendo fixo - 25.000/100.000 = 25%
Ações Ordinárias – dividendo
mínimo esperado de 5% - 35.000/100.000 = 35%
assim:
WACC = (8,5 * 0,4) + (3,0 * 0,25) + (5,0 * 0,35)
WACC = 3,4 + 0,75 + 1,75
WACC = 5,9
Logo, apenas A e C são viáveis, pois são superiores a 5,9%. Letra D.
PAYBACK
Investimentos

Payback é o tempo necessário para recuperar o


capital investido em um projeto. O procedimento
de avaliação desse tempo é denominado Método
de Payback e ele pode ser Simples ou Descontado.

Método do Payback Simples

Período de Payback é o tempo necessário


para que o investimento inicial seja
recuperado.

O Payback Simples trata-se de um método fácil e


direto que não leva em consideração o valor do
dinheiro no tempo.
Vamos entender melhor através de um
exemplo:
A tabela seguinte registra o fluxo de caixa
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

Vamos visualizar a representação gráfica Ano 0 fluxo de caixa


desse Ano 1para ficarAno
bem2 claro:Ano 4
Entradas Ano 3
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Agora, para calcular o tempo necessário (2.500.000)
para recuperar o capital a700.000
800.000 ser investido,2.000.0
primeiramente vamos criar uma nova linha para calcu
$800.000 $700.000
1.000.000 $1.000.000 $2.000.000 00
FLUXO DE CAIXA (2.500.000) 800.000 700.000 1.000.000 2.000.000
(2.500.000) (1.700.000) (1.000.000) 2.000.0
FLUXO DE CAIXA 00
Saldo do Projeto

($2.500.000)
saída
Agora, para calcular o tempo necessário para recuperar o capital a ser investido, primeiramente vamos criar uma nova linha para calcu
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 4
Ano 3
Percebemos que, ao final do primeiro ano, o projeto terá gerado o retorno líquido de $800.000 e o saldo do projeto será ($1.700.000) –
(2.500.000) 800.000 700.000 2.000.0
1.000.000 00
(2.500.000) (1.700.000) (1.000.000) 2.000.0
FLUXO DE CAIXA 00
Saldo do Projeto
CAPM
CAPM Asset Pricing Model (CAPM),
Modelo de Precificação de Ativos Financeiros,
Índice Beta
É um método que procura analisar a relação entre o risco e o retorno esperado de um investimento.
O Índice Beta, ou Coeficiente Beta, é uma medida utilizada em finanças que relaciona a sensibilidade de um ativo dentro de uma carteira de investimentos.
Este modelo busca calcular um equilíbrio entre o risco e a rentabilidade e, com isso, atribuir uma precificação aos ativos com risco de uma carteira de investimentos.
Este índice teórico é utilizado para se colocar em evidência o comportamento do ativo no mercado financeiro, durante um certo período de tempo, através de seu nível de risco.
Além do investimento em ativos financeiros, o CAPM também permite identificar o valor de um projeto, como em um processo produtivo, por exemplo.
Além de correlacionar o investimento dentro de uma carteira, o beta também permite identificar a direção que a rentabilidade do ativo varia, frente a alterações de um índice do m
O cálculo do CAPM leva em consideração a parte dos riscos do investimento, com a parte livre de riscos, ou menos arriscada possível.
O coeficiente calculado pelo beta é feito através de um rácio entre a variação da rentabilidade de um ativo ou título que se quer analisar, com a variação da rentabilidade de todo
A fórmula do CAPM é a seguinte:
Interpretação do beta com relação ao investimento e o retorno
Ks = Rf + β (Rm – Rf)
Entendemos para os cálculos, Beta 0 = a 1
Sendo:
β
O maioréque 0 entende-se maioraque 1 que um investimento toma conforme variações no mercado, ou seja, o risco do investimento comparado a variações na Bovespa, por e
•KsBeta um índice
– Retorno que relaciona
esperado direção
Significa que o ativo é de alto risco, pois sua rentabilidade varia mais que o proporcional ao mercado. Isto indica que, em variações positivas, o investimento rende mais que o índ
•Rf - taxa de juros livre de risco;
β menor que 0 entende-se menor que 1
•β - Índice Beta, que indica o risco associado ao investimento;
Significa que o ativo é de baixo risco, pois sua rentabilidade varia menos que o proporcional ao mercado.
•Rm - taxa de remuneração do mercado.
Por exemplo: aumento do "Ra" em 2% e "Rm" em 6%, ou uma queda do "Ra" em -2% e "Rm" em -6%, em que ambos resultam no beta igual a 0,33.
Nota: Rm-Rf – Premio pelo risco
β igual a zero
Para a taxa livre de risco é considerada uma taxa de rendimento de um investimento sem risco, como a poupança ou do Tesouro (Selic). Este valor representa o mínimo a consid
Pode indicar que o ativo é indiferente às variações do mercado, ou pouco associado, podendo acontecer em caso de variações positivas ou negativas do índice de mercado, man
O modelo utiliza também a rentabilidade do mercado como um todo. É possível, neste caso, utilizar a rentabilidade do Índice Bovespa no período selecionado.
β negativo
Um beta negativo indica um ativo que rende em direção oposta ao mercado, como o caso de metais preciosos que se valorizam em épocas de crises financeiras.
Por exemplo: variação positiva do ativo em 5% e negativa do índice do mercado em -3%, resultando no beta igual a -1,66.
Beta utilizado no CAPM
O Capital Asset Pricing Model (CAPM), é um modelo que calcula o retorno que deve ser esperado de um ativo, com base nas características financeiras deste investimento, send
O CAPM considera, além do beta, a taxa de rendimento de um ativo sem risco, que define o mínimo a esperar pelo rendimento do ativo investido, e a taxa de rendimento de mer
CaracterísticasBeta
do Beta do CAPM Risco Ativo O que ocorre?
Menor que 0 Menor que o ativo livre de risco Livre de risco É um caso raro, mas o risco é inferior ao
ativo livre de risco, pode ser investimento
em ouro ou em outra moeda, por exemplo.
0 Não há Livre de risco Quando o beta é zero significa que o
retorno esperado será igual ao ativo livre
de risco
Menor que 1 Baixo Defensivo O ativo gera retorno abaixo do mercado,
mas é menos arriscado
Igual a 1 Médio Mercado O retorno é igual ao retorno do mercado
Maior que 1 Alto Agressivo O ativo gera retorno acima do mercado e é
mais arriscado
É a relação entre a variação do retorno de uma ação (ativo) e o Ibovespa (mercado), por exemplo.
onde:
Portanto, o Índice Beta é uma medida do risco que um investidor está exposto ao investir em um ativo em particular em comparação com o mercado como um todo.
•β a = Beta
A fórmula:
•ra = Retorno
Beta do Ativoentre o Retorno do Ativo e do Mercado / Variância do Retorno do Mercado
= Covariância
•r
Oup =desta
Retorno do Portfólio (Também pode ser usado como rm = Retorno do Mercado)
maneira:
Exemplos:
O ativo com Beta de 1,5 tem 1,5x mais risco do que o mercado.
Beta Alto: Beta = 1,5

O ativo com Beta de 1,0 tem o mesmo nível de risco que o mercado.
Beta Neutro: Beta = 1,0

O ativo com Beta de 0,5 tem metade do risco em relação ao mercado.


Beta Baixo: Beta = 0,5
Retorno esperado $120,00 e taxa de retorno 20% ao ano,
com risco.

Ativo B T= hoje T=1 ano

110,00
50%
100,00
50% 130,00

Retorno esperado $120,00 e taxa de retorno 20% ao ano,


com risco.

Se ao invés de investirmos $100,00 no ativo A ou em B,


investirmos $50,00 em cada um, teremos uma carteira
composta dos dois ativos A e B, e os retornos serão os
seguintes:

Ativo A T= hoje T=1 ano

65,00
50%
Opções reais como modelo para tomada de decisões

Avaliar opções reais é uma forma de decidir se é lucrativo


prosseguir ou não com um investimento. O raciocínio diz
respeito a gestão de negócios, sendo diferente do cálculo
feito por aqueles que querem saber como começar a
investir.

O que são opções reais?


Opções reais trata do método de escolha que gestores têm de alterar os planos e objetivos referentes a investimentos
em um negócio. Essa tomada de decisões pode ser feita individualmente, ou até mesmo de forma coletiva. Diz-se
“real” porque são analisadas alternativas que envolvem ativos tangíveis, em vez de instrumentos
financeiros.
Exemplos de opções reais podem ser:
•Adiar um investimento;
•Sair de um investimento ou negócio;
•Rever um empreendimento;
A avaliação de opções reais utiliza métodos como o
valor presente líquido. Esses tipo de cálculo é feito
para ajudar na tomada de decisões levando-se em conta
a atratividade da taxa de retorno projetada.
Também, são usadas técnicas como a avaliação do custo
de oportunidade de um projeto. Dessa forma, a
remuneração dada pelo investimento é comparado aos
ganhos de empregar os recursos de outra forma.
Princípios da teoria
A teoria de opções reais leva alguns princípios em consideração na tomada de decisões. Essas
características das opções reais são semelhantes às usadas nas decisões de um negócio, como:
• Flexibilidade - A primeira é a habilidade de um negócio ou investidor de mudar a rota ou planos. Isto é, a
capacidade de modificar processos para aumentar o retorno financeiro de um negócio ou investimento.

• A incerteza trata que não é possível prever os resultados. Por isso, é importante que o assunto seja
estudado, até mesmo para tentar ao máximo prever resultados não esperados.
Irreversibilidade, trata do custo da tomada ou não de decisões. Principalmente, quando se tratam de
investimentos. Além disso, algumas alternativas podem ter custos muito significativos. Esses três princípios são
fundamentais para direcionar as tomadas de decisões.

Avaliação de opções reais de investimento


Uma empresa pode optar por fazer um investimento num setor agora ou num período futuro. Nesse caso, a
decisão de quando investir é o que vai impactar aquele negócio. Esse raciocínio é similar àquele aplicado para
investimentos no mercado financeiro.
Quando uma empresa decide atrasar um investimento, pode usar o tempo para obter maiores informações sobre
esse negócio. Isso é, esse tempo de postergação pode ser usado para evitar perdas.
Outro exemplo de avaliação de opções reais é o investimento faseado. Neste caso, os investimento são feitos
aos poucos. Isto é, conforme as respostas são positivas, são feitas novas aplicações.

Uma forma de investimento faseado é quando uma empresa decide entrar num mercado ainda desconhecido e
opta por fazê-lo em etapas. Por exemplo, uma loja que decide iniciar operações em um outro continente abre uma
unidade em um país e aguarda o resultado dessa iniciativa antes de seguir com outras unidades.
RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO E ALAVANCAGEM
As organizações não funcionam na base pura do improviso. Assim, formular uma estratégia empresarial é
basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das oportunidades e as ameaças do ambiente onde
opera a empresa, bem como a inclusão de alguma estimativa de risco em relação as alternativas identificadas. A
escolha estratégica envolve também a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua capacidade atual ou
potencial em se antecipar as necessidades e demandas do mercado ou em competir sob condições de risco com os
concorrentes. A alternativa estratégica capaz de combinar as oportunidades ambientais com a capacidade
empresarial em um nível aceitável de risco é denominada estratégia econômica que consiste no estrategista constatar
e antecipar as oportunidades existentes ou potencialmente existentes no ambiente de ação da organização. Assim, o
risco alto ou baixo, que se deseja perseguir, depende do retorno desejado e da capacidade de investimento.
Assim, o retorno está diretamente ligado ao risco, ou seja, se uma organização pretende aumentar seu retorno, é
necessário também aumentar seu risco, o contrario também é verdadeiro, se quiser reduzir o risco, vai precisar
diminuir o retorno. A relação entre essas variáveis é de tal natureza que, independentemente de como a
organização aumenta seu retorno por meio da manipulação do capital de giro, a conseqüência é um acréscimo
correspondente no risco, medido pelo nível de CCL.
Existe uma ligação entre a alavancagem e a estrutura de capital e o custo de capital e as decisões relacionadas ao
orçamento de capital.
A alavancagem é definida pelo uso de ativos ou recursos com um custo fixo, com o objetivo de maximizar as
riquezas da empresa e aumentar os retornos dos acionistas. A relação de empréstimos de longo prazo e capital
próprio da organização pode afetar sua valorização devido as variações no risco e no retorno do capital. Os gestores
exercem controle completo sobre o risco introduzido por meio do uso da alavancagem Ao contrário de algumas
causas de risco mesmo porque, os níveis de ativos e recursos de custo fixo que a direção da empresa seleciona
afetam a variabilidade dos retornos. Uma vez que a alavancagem afeta o valor da organização, o gestor financeiro
deve saber como avaliá-la e como medi-la, sobretudo no momento da definição da melhor estrutura de capital para a
WACC WEIGHTED AVERAGE CAPITAL COST – CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL

medidor de retornos de um investimento


Representa a taxa de desconto ou o custo de capital
utilizado em uma análise de retorno. O custo médio
ponderado de capital (WACC) de uma empresa aumenta
à medida que o beta e a taxa de retorno sobre o
patrimônio aumentam. Isso acontece porque um aumento
nessa taxa indica uma diminuição na avaliação e um
aumento no risco.
Todas as fontes de capital, incluindo ações ordinárias,
ações preferenciais, títulos e qualquer outra dívida de
longo prazo, todos estão incluídos no cálculo da taxa de
desconto.
WACC = E/ V * Re + D/V * Rd * (1-Tc)
Onde temos:
Re = custo de capital;
Rd = custo da dívida;
E = valor de mercado do patrimônio da empresa;
D = valor de mercado da dívida da empresa;
V = E + D = valor total de mercado do financiamento da empresa (patrimônio e dívida);
E/ V = porcentagem de financiamento que é patrimônio;
D/ V = porcentagem de financiamento que é dívida;
Tc = taxa de imposto corporativo;
Desse modo, o custo da equidade (Re) pode ser um pouco difícil e subjetivo de calcular. Isso se deve pois o capital
social não possui tecnicamente um valor explícito.

Isso acontece porque quando as empresas pagam a dívida, o valor que desembolsam tem uma taxa de juros
pré-determinada da qual depende do tamanho e da duração da mesma.
Por outro lado, diferentemente da dívida, o patrimônio não tem preço concreto, no entanto, isso não significa
que não haja um custo de capital próprio.
Todo acionista de empresa espera receber certo retorno de seu investimento. Desse modo, a taxa de retorno
exigida pelos acionistas é um custo da perspectiva da empresa.
Portanto, o custo do capital é o valor que a empresa deve gastar para manter um preço de mercado que
satisfaça seus investidores.
Para entender melhor sobre o assunto, acesse o nosso curso online de contabilidade para investidores.
Aplicações do WACC

Os analistas de mercado muito comumente usam o WACC


para avaliar o valor dos investimentos e determinar quais
deles devem ser escolhidos.
Por exemplo, na análise de fluxo de caixa descontado, é
possível usar a taxa de desconto para fluxos de caixa
futuros para derivar o valor presente líquido de um
negócio.
Ou seja, de forma resumida, os investidores podem usar
essa fórmula como um método simplificado para decidir
se um investimento vale a pena ou não.
Desse modo, podemos dizer que o WACC é a taxa mínima
aceitável de retorno de um capitalista em um
investimento numa empresa.
Por exemplo, digamos que uma empresa apresente
retornos de 18% e tenha um WACC de 10%. Isso significa
que a empresa está gerando 8% de retorno sobre cada
real que a empresa investe.
Por outro lado, o custo médio ponderado de capital pode
ser superior ao retorno de uma empresa. Logo, isso
significa que a mesma está perdendo valor para os seus
acionistas.
Portanto, o WACC pode ser uma ferramenta muito útil
para os investidores de maneira geral, porém ele nunca
deve ser usado como única alternativa de precificação a
ser analisada antes de realizar um investimento.
Custo de capital e sua importância para os investidores
O custo de capital muito interessa aos investidores, por ser fundamental para alavancar os investimentos de
uma companhia.
Em um negócio bem planejado, o empreendedor sabe o quanto precisa ter de lucro para que a empresa se pague.
E esta taxa de retorno, essencial para manter o valor de mercado do empreendimento, é chamada de custo de
capital. Se uma empresa demandou um investimento inicial de R$ 1 milhão e lucra apenas R$ 10 mil por mês,
mesmo após um considerável período de maturação, este negócio é um bom lugar para investir?
Em casos assim, é possível que o seu Retorno Sobre Investimento (ROI) fique aquém daquele que você gostaria de
receber. Desafios como este podem ser interessantes para investidores-anjo, que já possuem bastante bagagem em
gestão de desejam aplicar não apenas o seu dinheiro, mas também o seu conhecimento ali.
Em resumo, se o projeto der um retorno maior que o custo de capital, ele aumentará o valor da empresa, enquanto
o projeto que obtiver retorno inferior ao custo de capital, fará o valor da empresa cair.

Importância do custo de capital


O custo de capital não é importante apenas para novos empreendimentos,
Quando uma empresa já consolidada no mercado decide ampliar suas atividades ou investir em um novo projeto
precisa capitar dinheiro para isto.
Nestes casos, há algumas formas mais comuns de conseguir este dinheiro:
•Usando as reservas de lucros do negócio;
•Pegando um empréstimo;
•Contratos de leasing; ou
•Angariando novos investidores, que pode ser feita com a oferta de novas ações ou com novas injeções de capital.
Claro que uma empresa não precisa escolher um modo de obter recursos em detrimentos dos outros, podendo
angariar o montante necessário utilizando tanto capital próprio quanto de terceiros.
O que o empreendedor precisa ter em mente é aquela
velha máxima de “não dar um passo maior do que a
perna”.
Isso porque todo investimento também demanda um
custo, seja com o pagamento de novos dividendos, para
os que optarem por distribuir ações, ou com a
possibilidade de pagamento de juros, para empréstimos.
Isso sem falar na possibilidade de perda de reservas
financeiras para quem utilizar os lucros que foram
guardados.
Custo ponderado de capital
Por isso, a empresa precisa ter certeza de que aquele aporte é vantajoso para o seu negócio, tanto quanto o
investidor precisa saber se obterá as vantagens que deseja com tal transação.
Nesta hora, é preciso calcular o Custo Médio Ponderado de Capital, também conhecido como Weighted Average Cost
of Capital (WACC).
O custo médio ponderado de capital é uma ferramenta utilizada para descobrir o custo de capital nestas transações e
o quanto a empresa é atrativa, de acordo com o retorno mínimo que o empreendimento deve obter.
Se o resultado não for satisfatório, há o risco de os possíveis financiadores decidirem investir em outro projeto, então
este ponto é importante tanto para o empreendedor quanto para o possível patrocinador.
Para chegarmos ao Custo Médio Ponderado de Capital precisamos conhecer o custo do capital de terceiros, a alíquota
do imposto a ser pago, o impacto que esta a dívida de terceiros terá na estrutura de capital da empresa, bem como o
custo do capital próprio e o peso da dívida própria na estrutura de capital.
Assim, para quem se interessa por cálculos, a fórmula para o cálculo do Custo Médio Ponderado do Capital é:

Onde:
E = Valor do capital próprio;
D = Valor do capital alheio;
rE = Taxa de custo do capital próprio;
rD = Taxa de custo do capital alheio;
T = É a taxa de imposto.
Agora, você já pode pedir ao empresário o custo de capital do investimento que pretende fazer no negócio ou
discutir esse valor enquanto acionista de um empreendimento em busca de financiamentos.
Conceito de Capital

EMPRÉSTIMOS

ATIVO OPERACIONAL
LÍQUIDO = +
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

103
Custo de Capital

Kd (%) Empréstimos (D)


$

Ativo
Operacional
Líquido

Ke (%) Capital Próprio (E)


$

Prentice Hall
104
Custo de Capital
WACC - Weighted Average Cost of Capital
CMPC - Custo Médio Ponderado de Capital

WACC = Ke E + Kd D
D+E D+E

Ke = Custo do Capital Próprio


D = Endividamento
Kd = Custo do Endividamento
E = Equity ( Patrimônio Líquido )
T = Alíquota de Imposto de Renda/Contribuição Social

Prentice Hall
105
Custo de Capital
Fonte Part.(%) Custo (%) Resultado

Capital Próprio 60 20 1.200

Empréstimos 40 15(*) 600

Total 100 1.800

WACC = 1.800/100 = 18,0%

(*) Líquido de Impostos

Prentice Hall
106
Custo de Capital (WACC)
• É a taxa de desconto que deve ser
aplicada para se calcular o valor
presente de um Projeto ou Negócio

• É a taxa referencial contra a qual a taxa


interna de retorno deve ser comparada

Prentice Hall
107
Balanço
Patrimonial Ajustado

T
Origens W
Aplicações
Dívida (D) A
I Custo: Juros ( Kd )
Ativos Líquidos C
( AC + AP – PC* ) C
Capital Próprio (E)
R Custo: remuneração dos
* Exceto financiamentos acionistas ( Ke )

Prentice Hall 108


Custo de Capital (WACC)

A Empresa só proporciona retorno aos seus


proprietários quando a taxa interna de retorno ( TIR )
que seus Ativos Líquidos proporcionam for superior
ao WACC.

Prentice Hall
109
Custo do Empréstimo
Kd = K x ( 1- T )
Kd = Custo do capital de terceiros após os impostos
K = Custo do capital de terceiros antes dos impostos
T = Alíquota dos impostos

EXEMPLO:

A Cia HBC possui um custo de capital de terceiros antes dos efeitos


tributários de 20% oriundo do lançamento de debêntures sendo sua
alíquota de impostos de 40% ( IR + CS ).

Kd = 20% x ( 1 - 0,40 ) = 12,0%

Prentice Hall
110
Custo do Empréstimo
Benefício Fiscal - Exemplo:

Lucro Operacional 6.000 6.000


Desp. Financeiras 0 2.000(*)
LAIR 6.000 4.000
IR + CS (40%) 2.400 1.600
Lucro Líquido 3.600 2.400

(*) 20% de $10.000

Economia de imposto: $ 2.400 - 1.600 = $ 800

$ 2.000 - $ 800 = $ 1.200


12,0% = 20% x ( 1 - 0,40 )

12,0% de $ 10.000
Prentice Hall
111
Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias

CAPM - Capital Asset Pricing Model

Prentice Hall 112


Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias

CAPM

Ks = Krf + ( Krm - Krf )b

Krf = Taxa livre de risco


b = Beta
Krm = Rendimento do mercado

Prentice Hall 113


Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias
Exemplo: A Cia HBC deseja calcular o custo de suas
ações ordinárias sabendo-se que a taxa Selic
é de 18,5%, o índice Bovespa é de 21,5% e o
seu beta é de 1,2.
Ks = Krf + ( Krm - Krf )b = 22,1%
Krf = 18,5%
b = 1,2
Krm = 21,5%
Krm - Rrf = 21,5% - 18,5% = 3%

Prentice Hall 114


Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias - CAPM
Tipos de Risco
• Risco Individual ( diversificável )
Específico

• Risco de Mercado (não diversificável)


Tendência da ação de uma empresa mudar junto
com o mercado

Prentice Hall 115


Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias - CAPM
Beta de uma Ação

Medida de volatilidade da ação em relação ao mercado


acionário.

Beta > 1,5 Agressivos

Beta < 0,5 Defensivos

Beta = 1,0 Alinhado

Prentice Hall 116


Custo do Capital Próprio
Ações Ordinárias - CAPM
b = 0,69
Ação
b = 1,01

b=1 b = 0,63

Bovespa
Prentice Hall 117
Custo do Capital Próprio
Beta
Coteminas: 0,69 GE: 1,18 ( Nyse )
Hering: 0,80 GM:1,04
Santista: 0,66 Yahoo: 3,89 (Nasdaq)
Telesp: 0,74 Oracle: 1,83
Telemar Norte Leste: 1,01 Cisco: 1,93
Sadia: 0,63 Gillette: 0,77
Vigor: 0,49 IBM: 1,24
VCP: 0,84 Microsoft: 1,85

Prentice Hall 118


Custo do Capital Próprio
Ações Preferenciais

Kp = Dp
Pn

Kp = Custo da Ação Preferencial


Dp = Dividendo preferencial
Pn = Valor a ser recebido pela emissão da Ação Preferencial livre de
todas as despesas de colocação (underwriting).

Prentice Hall 119


Custo do Capital Próprio
Ações Preferenciais
Exemplo:
A Cia HBC possui ações preferenciais que pagam dividendos de R$ 2,90
por ação, sendo o valor unitário da ação negociado em bolsa no
momento de R$ 25.Qual o custo da ação preferencial da HBC sabendo
que se ela emitir novas ações preferenciais incorrerá em um custo de
underwriting de 2,5% ?

Kp = Dp
Pn
Dp = R$ 2,90
Np = R$ 24,38 Kp = 2,90 / 24,38 = 11,9%
Prentice Hall 120
Cálculo do WACC
Etapas
• Cálculo do Custo dos Empréstimos ( Dívidas )

1. Cálculo do Custo das Ações Ordinárias

1. Cálculo do Custo das Ações Preferenciais

2. Determinação da ( % ) de cada Fonte de Capital

1. Ponderação dos itens acima.

Prentice Hall 121


Cálculo do WACC

Exemplo:
Calcular o WACC da empresa HBC considerando
a seguinte estrutura de capital:
Empréstimo = 30%; Preferencial = 10%
e Ordinária = 60%.

WACC = WdKd + WpKp + WsKs


= 0,30{(20%)(0,60)} + 0,10(11,9%) + 0,60(22,1%)
= 3,60% + 1,19% + 13,3%
= 18,09%

Prentice Hall 122


Exercício
A Cia FEGUS SA possui a seguinte estrutura de capital: $ 10 milhões em
empréstimos; $ 5 milhões de ações preferenciais e $ 15 milhões de ações
ordinárias. O valor de livro tanto da ação preferencial quanto da ordinária é
de $ 1,00. Considere ainda as seguintes informações:

• Custo médio dos empréstimos: 20%


• Taxa Selic: 18,5%
• Índice Bovespa: 22%
• Beta (b): 1,1
• Aliquota de I. de Renda / C. Social: 33%
• Preço negociado em Bolsa da ação preferencial: $ 25,0
• Último dividendos pagos por ação: $ 4,0
Pede-se calcular o CMPC (WACC).
Prentice Hall 123
CÁLCULO DO CMPC - FEGUS
Custo Custo Contribuição
Participação(
FONTE VALORES ($) antes do após para a média
%)
imposto imposto ponderada

Empréstimos (Kd) 10.000 33,3% 20,0% 13,4% 4,5%


Ações Preferenciais (Kp) 5.000 16,7% 16,0% 16,0% 2,7%
Ações Ordinárias (Ks) 15.000 50,0% 22,4% 22,4% 11,2%
Total 30.000 100,0% 18,3%

Custo da Ação Ordinária


Taxa Selic ( Krf ) 18,5%
IBOVESPA ( Krm ) 22%
Beta ( b ) 1,1
Ks = Krf + ( Krm - Krf )b 22,4%

Custo da Ação Preferencial


Dividendos por Ação 4,0
Valor de mercado da Ação 25,0
Kp 16,0%

CMPC = Kd (1-T) x Wd + Kp x Wp + Ks x Ws

CMPC = 0,333(0,20)(1-0,33) + 0,167(0,16) + 0,50(0,226) = 18,2%

Prentice Hall 124


Avaliação de Investimentos
CAPM - Capital Asset Pricing Model
É uma ferramenta que busca identificar o valor de um ativo financeiro por meio da definição de
risco apresentado versus retorno oferecido.

Retorno Esperado Retorno Livre de Risco Prêmio pelo Risco


= +

Ks = Rf + Erm - Rf *β
CAPM
Ks = Rf + b( Erm - Rf )

Ks = É o resultado cálculo, apresentando a expectativa de retorno de um ativo


financeiro.

•Rf = É a taxa livre de riscos, geralmente com referência em títulos públicos de longo
prazo (no Brasil, a Taxa Selic).

•Βi "Beta" do ativo e traz uma referência sobre a volatilidade do mercado de risco (ou
seja, da velocidade de reação dentro do mercado)

•Erm = Representa o retorno médio do mercado de capitais (no Brasil, geralmente


utiliza-se o Ibovespa).
Beta Risco Ativo O que ocorre?
Menor que Menor que o Livre de risco É um caso raro, mas o risco é inferior
0 ativo livre de ao ativo livre de risco, pode ser
risco investimento em ouro ou em outra
moeda, por exemplo.
0 Não há Livre de risco Quando o beta é zero significa que o
retorno esperado será igual ao ativo
livre de risco
Menor que Baixo Defensivo O ativo gera retorno abaixo do
1 mercado, mas é menos arriscado
Igual a 1 Médio Mercado O retorno é igual ao retorno do
mercado
Maior que 1 Alto Agressivo O ativo gera retorno acima do
mercado e é mais arriscado
Suponha que o retorno do mercado seja de 13,8% e que a taxa livre de risco seja 6,4%.
A ação de determinada empresa tem beta 1,2
a) Qual o retorno da ação?
b) Se a taxa de risco diminuir para 3,5%, qual será o retorno esperado da ação da
empresa?
Risco de Mercado

Risco

Risco não Sistemático


(Diversificável)
Risco Sistemático
Problema específico do mercado
(Não Diversificável)
Problema geral na economia
Mudança politica
Crise

Quantidade
VALOR PRESENTE
EXERCÍCIOS
Que montante receberá um investidor que tenha aplicado R$ 280,00 durante 15 meses, à taxa de 3% ao mês?
SOLUÇÃO
O problema pede o valor resgatado (montante) e não os juros. Para isso basta adicionar os juros ao capital inicial.
Assim, temos:
VP = R$ 280,00 (capital inicial ou principal)
n = 15 meses
i = 3% a.m. = 0,03 a.m.

VF = R$ 406,00

Lembrando que VF = VP(1 + i n) vem:


VF = 280,00 (1 + 0,03*15) = 280,00 * 1,45 = 406,00, isto é,
VF = R$ 406,00

Solução deste problema também pode ser obtida do


seguinte modo:
J = 280,00 * 0,03 * 15 = 126,00
como VF = VP + J = 280,00 + 126,00 = 406,00 ou seja
Então, $1.000,00 valerá quanto daqui a um ano?
Supondo que, pelo prazo de um ano, foi aplicando $1.000,00 em renda fixa a uma taxa pré-fixada de 20% a.a.
(líquido de impostos). Qual será o valor resgatado no final do período?

Vamos utilizar a fórmula matemática e fazer o cálculo:


VF = VP x ( 1 + i )n
VP = Valor Presente
VF = Valor Futuro
n = prazo
VF = 1.000 x ( 1 + 0,2 ) = 1.200
Aplicando-se R$ 15.000,00 a uma taxa de juro composto de 1,7% a.m., quanto receberei de volta após
um ano de aplicação? Qual o juro obtido neste período?
Primeiramente vamos identificar cada uma das variáveis fornecidas pelo enunciado do problema:
Como a taxa de juros está em meses, também iremos trabalhar com o período de tempo em meses e não em anos
como está no enunciado do problema.
Pelo enunciado identificamos que foram solicitados o montante e o juro, utilizaremos, portanto a fórmula abaixo que
nos dá o montante:

Podemos então realizar


Ao substituirmos os cálculos
cada uma para encontramos
das variáveis o valor do
pelo seu respectivo montante:
valor teremos:
Logo o montante a receber será de R$ 18.362,96. Sabemos que a diferença entre o montante e o capital aplicado nos
dará os juros do período. Temos então:
Portanto:

Após um ano de aplicação receberei de volta um total de R$ 18.362,96, dos quais R$ 3.362,96 serão
recebidos a título de juros.
2) Paguei de juros um total R$ 2.447,22 por um empréstimo de 8 meses a uma taxa de juro composto
de 1,4% a.m. Qual foi o capital tomado emprestado?
Em primeiro lugar vamos identificar as variáveis fornecidas pelo enunciado:
Como sabemos a fórmula básica para o cálculo do juro composto é:

Mas como estamos interessados em calcular o capital, é melhor que isolemos a variável C como a seguir:
Note que a variável M não consta no enunciado, mas ao invés disto temos a variável j, no entanto sabemos que o valor do
montante é igual à soma do valor principal com o juro do período, então temos:

Podemos então substituir M por C + j na expressão anterior:

Vamos então novamente isolar a variável C:

Finalmente podemos substituir as variáveis da fórmula pelos valores obtidos do enunciado:


Logo:

O capital tomado emprestado foi de R$20.801,96.


5) Se um certo capital for aplicado por um único período a uma determinada taxa de juros, em qual das
modalidades de juros, simples ou composta, se obterá o maior rendimento?
Na modalidade de juros simples, temos que o montante pode ser obtido através da seguinte fórmula:
Mas como já sabemos, o juro é obtido através da fórmula:

Logo substituindo j na fórmula do montante, chegamos à seguinte expressão:

Que após colocarmos C em evidência teremos:

Como o enunciado diz se tratar de apenas um período de aplicação, ao substituirmos n por 1 e realizarmos a
multiplicação, a fórmula ficará apenas como:
Já na modalidade de juros compostos, o montante é obtido através da fórmula:

Com a substituição de n por 1, segundo o enunciado, chegaremos à expressão:

Como já era de se esperar, em ambas as modalidades chegamos à mesma fórmula. Por quê?
Como sabemos, o que difere uma modalidade da outra é que no caso dos juros simples o juro não é integrado ao
capital ao final de cada período, assim como acontece na modalidade de juros compostos. Como há apenas um
período, não há distinção entre uma modalidade e outra, já que após a integração do juro ao valor principal, não
haverá um outro cálculo para um próximo período, por se tratar de apenas um período de aplicação.
Temos então que:

Em qualquer uma das modalidades o rendimento será o mesmo.


Calcular o montante de um capital de R$ 5.000,00, aplicado à
taxa de 4% ao mês, durante 5 meses.
Dados:
FV = ?
PV = R$ 5.000,00
i = 4% ao mês
n = 5 meses
Solução 1
FV = 5.000 ( 1 + 0,04) 5
FV = 5.000 ( 1,04 ) 5
FV = 5.000 (1,216653...)
FV = R$ 6.083,26
Calcular o valor futuro de uma aplicação de R$ 1.450.300,00,
aplicado à taxa de 15% ao ano, durante 3,5 anos.
Dados:
PV = R$ 1.450.300,00
i = 15% ao ano
n = 3,5 anos.
Solução 1:

FV = 1.450.300 (1 + 0,15) 3,5


R$ 2.365.376,56
VALOR PRESENTE (PV) OU CAPITAL (C)

PV = FV  ( 1 + i ) n C=M(1+i)n
No final de dois anos, o Sr. Carlos deverá efetuar um pagamento de R$ 2.000,00 referente ao valor de um empréstimo
contratado na data de hoje, mais os juros devidos, correspondentes a uma taxa de 4% ao mês. Pergunta-se: Qual o valor
emprestado?

Dados:
FV = R$ 2.000,00
i = 4% ao mês
n = 24 meses
PV = ?
Solução 1

PV = 2.000 / (1 + 0,04) 24
PV = 2.000 / (1,04) 24
PV = 2.000 / 2,563304...
PV = R$ 780,24

Solução 2

PV = 2.000 x 1 / (1 + 0,04) 24
PV = 2.000 x 1 / (1,04) 24
PV = 2.000 x 1 / 2,563304...
PV = 2.000 x 0,390121...
M = C ( 1 + i )n
M = 20.000,00 ( 1 + 0,05)2
M = 20.000,00 . 1,1025
M = 22.050,00

Uma pessoa toma emprestado a importância de R$ 30.000,00 a


juros de 3% am. pelo prazo de10 meses com capitalização
composta. Qual o montante a ser devolvido e qual o valor dos
juros?
C= R$ 30.000,00
r = 3 % a.m.
i = 3/100 = 0,03 a.m.
n = 10 meses M = C ( 1 + i )n
M = 30.000,00 ( 1 + 0,03 )10
M = 30.000,00 . 1,34392
M = R$ 40.317,49
J=M–C
J = 40.317,49 – 30.000,00
J = R$ 10.317,49

Calcule o montante de um Capital de R$ 20.000,00 aplicado a


juros compostos a taxa de
3,5% ao mês durante 35 meses?
C = 20.000,00
a) Calcule o Capital inicial que no prazo de 5 meses , à 3 % am
produziu o montante de R$
40.575,00?
C=?
n = 5 meses
r = 3 % a.m.
i = 3/100 = 0,03 a.m.
M = 40.575,00
C = 40.575,00 . (1 + 0,03)-5
C = 40.575,00 . _____1_____
(1 + 0,03)-5

C = 40.575,00 . _____1_____
1,15927
b) Sabendo-se que um capital inicial em regime de juros
compostos, à taxa de 2,5% a.m.,
durante 4 meses rendeu o montante de R$ 79.475,00 . Calcule
o capital
C=?
r = 2,5 % a.m.
i = 2,5 / 100 = 0,025 a.m.
n = 4 meses
M = R$ 79.495,00

C = 79.475,00 . _____1______
( 1 + 0,025)4
C = 79.475,00 . ______1______
1,10381

C = 79.475,00 . 0,90595
Juros Composto
M = C (1+i)ᵑ.
M = Montante
C= Capital
I= taxa de juros
N = período

•Usando o exemplo anterior, temos M = C (1+i)ⁿ


•M = 5.000 (1 + 0,01)¹²
•M = R$5.634,13.
Portanto quando realizamos os cálculos, ao resultado do montante final da operação será R$5.634,13.
Assim, No mesmo período, utilizando a mesma taxa e o mesmo capital inicial, os juros compostos renderam R$34,13
a mais do que os juros simples.
Avaliação de Empresas

Abertura de uma nova fábrica


 Lançamento de um novo produto
 Compra de novos equipamentos
 Abertura de uma filial
 Projetos de redução de custos
 Aquisição de uma empresa
A TMA (Taxa Mínima de Atratividade)

é um índice de juros muito importante na avaliação de qualquer investimento ou


financiamento. Representa o mínimo esperado de retorno financeiro que uma
aplicação deve trazer para ter viabilidade ao negócio.

Então, a Taxa Mínima de Atratividade é variável. Ela depende de fatores externos


e internos, como a Taxa Selic, apetite ao risco da empresa, tempo de investimento e
etc. Por esses fatores, a TMA não pode ser generalizada. Cada investimento deve
possuir sua TMA considerada individualmente.

Custo de oportunidade: quanto de retorno o investimento traria em outras


aplicações não analisadas como por exemplo fundos de investimentos, outros projetos
e etc. É analisar as opções e identificar qual tem mais potencial de resultado.
Risco do negócio: o ganho de um projeto ou investimento deve recompensar o
risco inerente da nova ação. Afinal, o rendimento nem sempre é garantido. Então,
quanto mais risco houver em um negócio, maior deve ser a remuneração esperada.
Liquidez: a liquidez é a capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma
posição no mercado para assumir outra.
Valor Presente Líquido (VPL)
É o resultado da diferença entre o valor dos Fluxos de Caixa
trazidos ao período inicial e o valor do Investimento.
VPL = VP FL CX - Io
n
VPL =
t = 0
 FL . CX .t
( 1 +i )t
- Ii

VPL > 0
A empresa estaria obtendo um retorno maior que o retorno mínimo exigido;
aprovaria o projeto;
VPL = 0
A empresa estaria obtendo um retorno exatamente igual ao retorno mínimo
exigido; seria indiferente em relação ao projeto;
VPL < 0
A empresa estaria obtendo um retorno menor que o retorno mínimo exigido;
reprovaria o projeto.
Fluxo de Caixa de um projeto taxa de 10%
Período Fluxo de Caixa
0 -150.000,00
1 57.900,00
2 57.900,00
3 57.900,00
4 57.900,00
5 57.900,00
6 57.900,00

57.900,00 57.900,00 57.900,00


57.900,00 57.900,00
57.900,00

-150.000,00

- Inv. Inic
Fluxo de Caixa de um projeto
FC FC FC FC
FC FC

1 2 3 4 5 6
0
(1+i)^1 (1+i)^2 (1+i)^5 (1+i)^6
(1+i)^3 (1+i)^4

-Investimento
Inicial

57.900,00 + 57.900 + 57.900 + 57.900 + 57.900 + 57.900


VPL = (1+0,10)^1 (1+0,10)^2 (1+0,10)^3 (1+0,10)^4 (1+0,10)^5 (1+0,10)^6

VPL = (52.636,36 + 47.851,24 + 43.501,13 + 39.546,48 + 35.951,34 + 32.683,04) – 250.000,00

- 250.000,00
VPL = 252.169, 59 – 250.000,00 52.636,36
47.851,24
43.501,13
VPL = 2.169,59
39.546,48
35.951,34
32.683,04
Fluxo de Caixa de um projeto
FC FC FC FC
FC FC

1 2 3 4 5 6
0
(1+i)^1 (1+i)^2 (1+i)^5 (1+i)^6
(1+i)^3 (1+i)^4

-Investimento
Inicial

57.900,00 + 57.900 + 57.900 + 57.900 + 57.900 + 57.900


VPL = (1+0,10)^1 (1+0,10)^2 (1+0,10)^3 (1+0,10)^4 (1+0,10)^5 (1+0,10)^6

VPL = (52.636,36 + 47.851,24 + 43.501,13 + 39.546,48 + 35.951,34 + 32.683,04) – 250.000,00

- 250.000,00
VPL = 252.169,59 – 250.000,00 52.636,36
47.851,24
43.501,13
VPL = 2.169,59
39.546,48
35.951,34
32.683,04
Usando a Calculadora Financeira HP 12 C
250.000 CHS g CF0 (valor de I)
57.900 g CFj (valor FLC 1)
57.900 g CFj (valor FLC 2)
57.900 g CFj (valor FLC 3)
57.900 g CFj (valor FLC 4)
57.900 g CFj (valor FLC 5)
57.900 g CFJ (valor FLC 6)
10,0 i (taxa de desconto)
f NPV 2.169,59
Como VPL > 0, o projeto deve ser aceito
Solução Alternativa pela HP 12C

57.900 57.900 57.900 57.900 57.900 57.900

0 1 2 3 4 5 6

- 250.000

250.000 CHS g CF0 (valor de I)


57.900 g CFj (valor FL CX)
6 g Nj (número de FL CX)
10 i (taxa de desconto)
f NPV = 2.169,59
Como VPL > 0, o projeto será aceito
Taxa Interna de Retorno (TIR )
É a taxa de desconto que torna
o VPL dos Fluxos de Caixa igual
a zero

VPL FL CX = 0

 FL.CX t = 0
(1 +TIR ) t
t= 0

É a taxa de retorno do
Investimento a ser realizado em
função dos Fluxos de Caixa
projetados para o futuro.
Critério de Aceitação
do Projeto
⚫TIR > Taxa Mínima:
 A empresa estaria obtendo uma
taxa de retorno maior que a taxa de
retorno mínima exigida; aprovaria o
projeto;

TIR = Taxa Mínima:


 A empresa estaria obtendo uma
taxa de retorno exatamente igual à
taxa de retorno mínima exigida;
seria indiferente em relação ao
projeto;
Critério de Aceitação do Projeto

TIR < Taxa Mínima:

 A empresa estaria obtendo uma taxa de retorno menor que a taxa de retorno
mínima exigida; reprovaria o projeto.

Observação: A utilização da TIR produz resultados equivalentes à do VPL na grande


maioria dos casos. No entanto, o cálculo da TIR pode apresentar problemas algébricos e
depende de hipóteses que nem sempre são verdadeiras. Por essa razão, a teoria
considera o VPL como método superior à TIR.
I = 150.000
FL CX = 57.900 para os períodos de 1 a 5 anos
i = 18% por período ( custo de capital)

• Solução pela HP-12-C: o diagrama do Fluxo de Caixa é o


seguinte:
57.900 57.900 57.900 57.900 57.900

0 1 2 3 4 5 tempo

- 150.000

a) 150.000 CHS g Cfo (valor de I)


57.900 g Cfj (valor de FL CX1)
57.900 g Cfj (valor de FL CX2)
57.900 g Cfj (valor de FL CX3)
57.900 g Cfj (valor de FL CX4)
57.900 g Cfj (valor de FL CX5)
f IRR = 26,8% (TIR)
Como TIR > 18%, o projeto será aceito.
Outra forma de se calcular a TIR:

a) 150.000 CHS g CF0 (valor de I)


57.900 g CFj (valor de FL CX)
5 g Nj (número de FL CX)
f IRR = 26,8% (= TIR)

Como TIR > 18%, o projeto será aceito.


CÁLCULO DO VPL PARA TIR = 26,8%
Manualmente

VPL = FLC(1) + FLC(2) + FLC(3) + FLC(4) + FLC(5) - 150 .000


(1+0,268)1 (1+0,268)2 (1+0,268)3 (1+0,268)4 (1+0,268)5

VPL = 45.662 + 36.011 +28.400 + 22.398 +17.664 = 150.135


VPL = 150.135 - 150.000

O VPL é aproximadamente igual a zero porque consideramos apenas uma casa decimal (26,8)
no cômputo da taxa de desconto.

VPL FL CX = 0

 FL.CX t = 0
(1 +TIR ) t
t= 0
Vamos, então, aplicá-la à empresa
ACME, por exemplo, para calcular o
custo médio do capital investido:
A empresa tem um custo de capital
próprio de 12% ao ano e o valor de
mercado de suas ações é de R$ 20
milhões. O valor contábil dos
capitais de terceiros utilizados pela
companhia é de R$ 30 milhões. O
custo desses capitais de terceiros
é de 25% ao ano. A alíquota do
imposto sobre os lucros é de 20%.
Não considerando a possibilidade
de a empresa pagar juros sobre
capital pŕoprio, assim fica o
cálculo:
De acordo com o cálculo, o custo médio ponderado de
capital corresponde a 16,8%. Isso quer dizer que se a
empresa ACME for vendida hoje, o seu valor é calculado
subtraindo 16,8% de R$ 20 milhões (valor de mercado d
capital próprio), o que dá R$ 16.640.000,00. Se este valo
for menor que a lucratividade da empresa, não valeria a
pena vender, por exemplo.
Conclusão
Pensar e pesar um investimento diante de inúmeras
possibilidades exige muito esforço, que inclui a análise de
diversas variáveis e cálculos. As empresas precisam fazer
esse exercício sob a luz de argumentos sólidos e
palpáveis.
E é justamente isso que a taxa de desconto faz,
oferecendo elementos concretos para a análise. Imagine
só não fazer esse cálculo, realizar um investimento e
perceber depois que ele não foi um bom negócio por
conta de baixo rendimento. Isso porque os dados
concretos estão no presente, que é onde podem ser
analisados com o cuidado necessário.
Esperamos que você tenha gostado deste artigo. Ficou
com alguma dúvida ou quer contar uma experiência?
Fique à vontade. Estamos aqui para ouvi-lo e trocar
ideias.
Toda semana publicamos aqui no blog artigos
Capital próprio ou de terceiros?
Além da decisão dos investidores, a taxa de desconto também é útil dentro das empresas, no momento
em que elas precisam decidir se vão tomar capital de terceiros ou se devem aproveitar o capital
próprio em seus negócios. Essa é uma questão de longo prazo, que mexe diretamente com a rentabilidade do
dinheiro alocado.
Pensando no futuro, é necessário ponderar o peso desses investimentos, medindo o quanto eles representam para
o negócio. Muitas vezes, pensando no crescimento, apostar apenas no capital próprio pode ser uma boa saída
para a empresa. Mas, claro, tudo vai depender da análise que será feita.
Como calcular a taxa de desconto
Essa taxa pode ser calculada de diferentes formas, de acordo com as variáveis escolhidas. Um dos cálculos mais
conhecidos é feito por meio do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC, do inglês Weighted Average Capital
Cost). Essa média indica o nível de atratividade mínima do investimento, ou seja, se ele vai dar o mesmo retorno
que outros investimentos considerados mais seguros.
O WACC tem duas funções importantes na gestão financeira:
•calcular o valor da empresa, o famoso valuation, quando usado como taxa de desconto de fluxos de caixa
futuros;
•avaliar a viabilidade de novos projetos, funcionando como taxa mínima a ser ultrapassada para justificar o seu
investimento.
De acordo com Aquiles Rocha de Farias, no livro Finanças e Sistema Financeiro Nacional para Concursos, o WACC
é formado pelas diferentes taxas de remuneração exigidas a cada uma das fontes de capital de uma
empresa. Com isso, essa taxa de desconto corresponde à média de todos os custos de recursos utilizados
pela empresa ponderados pelo montante correspondente a cada a cada recurso.
A fórmula para o cálculo do WACC é a seguinte
•A 19,58%
•B 19,87%
•C 20,12%
•D 21,08%
•E 21,72%
Faltou o seguinte comentário da resolução:

5000.000 de ações ordinárias x 2= 10.000.000 10.000.000/25.000.000= 40%


8.000.000 de ações prefer. x1,5= 12.000.000 12.000.000/25.000.000=48%
+ entrada de recursos com financiamento
3.000.000 12%
= 25.000.000 100%
Ações ordinárias = 40% do capital total
Ações preferenciais = 48% do capital total
Capital de terceiros = 12% do capital total

(24 x 0,4) + (20 x 0,48) + (21 x 0,12) = 9,6 + 9,6 + 2,52 = 21,72
800.000 e com dívidas de R$ 200.000 tem a remuneração
de 20% requerida pelos acionistas e Custo Médio
Ponderado de Capital (Weighted Average Cost Of Capital
– do inglês WACC) de 18%. O custo da dívida é de
• A

10%
• B

12%
• C

14%
• D

16%
• E

18%
Não precisa nem fazer a conta inteira. Se ele diz que o
WACC é 18% , se acharmos o % do capital próprio,
achamos o % de terceiro pela diferença.

CMPC = I(p) x C(p) + I(t) x (1- IR) x C(t)

onde:
14%
• B

12,3%
• C

15,5%
• D

17%
• E

20,3%
Questão de WACC mas abordando a fórmula do Custo do
Capital Próprio.

Fórmula:

Ke = Rf + β (E(m) - Rf)

Onde:

Ke = Custo do Capital Próprio

Rf = Risk Free (ou retorno livre de risco)

β = risco da operação
• B

7,28%
• C

7,96%
• D

8,18%
• E

8,56%
Outra forma de pensar: a empresa tem o custo de capital
próprio (PL) e o custo de capital de terceiros (PE).
Portanto, o custo ponderado será a média ponderada do
custo de cada capital. E os "ponderadores" serão os
valores de PL e PE. Como sobre o custo da dívida (PE)
ainda tem a alíquota do IR, a fórmula ficaria assim:

WACC= [ PL*% + PE*%*(1-IR) ] / [ PL + PE ]

Gabarito: C

WACC = [Capital Próprio/(Capital Próprio + Dívida)] x


Custo Capital Próprio + [Dívida/(Capital Próprio + Dívida)]
x Custo Dívida x (1 - IR)
4. Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)
PROJETO
k* Q VPL Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
0% A Taxa Interna de Retorno (TIR) de um investimento é a taxa de TOTAL
2.800.000 juro que faz com qu
Fluxo
5%de Caixa1.948.956
NOMINAL (5.000.000) 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000 2.800.000
10% E o que exatamente significa isso? Vamos ver um exemplo:
1.240.694
Fluxo de Caixa DESCONTADO (5.000.000) 1.666.667 1.736.111 868.056 868.056 138.889
15% 644.920
20%do Projeto138.889
Saldo (5.000.000) (3.333.333) (1.597.222) (729.167) 138.889
25%
(294.720)
30%
(669.269)

No item anterior nós calculamos o VPL do Projeto Q, utilizando uma taxa mínima requerida (k) igual

Construindo um gráfico a partir dos valores apresentados, concluímos que:


A partir da tabela deduzimos que essa taxa está situada entre 20% e 25%. Com a interpolação linear obtemos o valor de (k*)[1]:
138.889 + 294.720
k* = 20% + 138.889 x 5% = 21,6%

Isso significa que a TIR do investimento é de 21,6%. Portanto, se a taxa requerida para o investimento for inferior a 21,6%, o projeto deverá ser aceito. Se a taxa requerida for supe

Outra conclusão é que o lucro extra que verificamos no cálculo do VPL ($138.889) se deve justamente a essa diferença entre a TIR do projeto (21,6%) e a taxa mínim
[1] Esse resultado é aproximado. O cálculo realizado por uma calculadora HP-12C ou em uma planilha Excel retorna um valor de 21,52%.
Como já vimos
•1.800.000 anteriormente,
IMPORTANTE:
1.612.247 no método de VPL está incluída a premissa de que, durante o prazo de análise, todos os retornos gerados pelo projeto serão reinvestidos na taxa m
10.903.744
Nesse caso, se substituirmos a taxa mínima requerida (k) pela taxa interna de retorno (TIR) sobre os retornos anuais gerados pelo investimento analisado, qual seria o juro? E o VP
Podemos
O cálculo dizer
nos mostra
que seque
a taxa
no final
interna
do de
quarto
retorno
ano for
o retorno
maior do
total
quedos
a taxa
fluxos
mínima
anuais,
requerida
reinvestidos
(TIRà>taxa
k), então
interna
o investimento
de retorno (TIR),
será:é de $10.903.744.
•Totalmente
Agora vamos recuperado.
trazer esse valor para o momento zero e ver qual o valor presente desse retorno:
•Remunerado com a taxa mínima requerida k.
VPo= projeto
•E 10.903.744 = 5.000.000
gerará um lucro extra igual ao VPL na data zero.
(1 +um
Se TIR) 4
investimento for aceito pelo método do PBD, então seu VPL será positivo e sua TIR será maior do que a taxa requerida k.

5.000.000 - 5.000.000 = 0
[1] O tópico “SAIBA MAIS” é apenas um complemento de informações ao conteúdo já visto. Ele nos ajuda a entender melhor o assunto estudado.

O VP do futuro dos retornos total é igual ao investimento - $5.000.000, portanto, o VPL do projeto será igual a zero.
Isso significa dizer que, durante o prazo de análise, os retornos gerados pelo projeto Q estarão sendo reinvestidos à taxa de juros de 21,6% a.a. (taxa interna de retorno - TIR).
Gabarito
C.Certo D. Nenhuma empresa possui TIR positiva e a decisão deve recair sobre a empresa GGG.
Paulo
E.Erradodecidiu comprar a prazo um veículo zero quilômetro que custa R$ 41 mil.
A
Mesmo quedas
respeito opções de
contestado empréstimos
para sugeridassazonais
grandes variações a Paulo,ejulgue
fluxosode
item subsecutivo.
caixa com alto desvio padrão, o cálculo da Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma das melhores opções para a v
Suponha
Observe aque um banco tenha emprestado a Paulo o valor necessário, a ser pago em 2 prestações, com vencimentos em 30 e 60 dias, a partir da data da assinatura do contrato. N
tabela.
Usando a fórmula do TIR:
-41000 + x/(1,05) + x/(1,05)² =0
-41000 + ( 1,05x + X) / 1,05² =0
-41000 + 2,05x/1,1025 = 0
-41000 + 1,8594x = 0
x = 41000/1,8594
x = 22.050 -> Gabarito Certo
Outra forma seria:
-41000 + 22500/(1,05) + 22500/(1,05)² =0
-41000 + 21428 + 20400 = 828
Como o VPL deu maior que 0, significa que a parcela para TIR=5% é menor que 22.500
Julgue o item seguinte, referente a taxa de retorno e avaliação de
alternativas de investimento.
Considerando que o investimento de R$ 4.000,00 tenha rendido o pagamento de R$ 3.000,00 ao final do primeiro mês e R$ 3.000,00 ao final do segundo mês, e que 7,55 seja o va
4000 ( 1 + i ) ² = 3000 (1 + i ) + 3000
Considerando: 1 + i = a
4000 a² = 3000 a + 3000 (Dividindo por 1000 para simplificar)
4a ² - 3a - 3 = 0
Delta = b ² - 4ac = ( - 3) ² - 4 x 4 x (-3) = 9 + 48 = 57
X ' = ( - (-3) + √57) / 2 x 4 = ( - (-3) + 7,55) / 2 x 4 = 1,32
X'' = ( - (-3) - √57) / 2 x 4 = ( - (-3) + 7,55) / 2 x 4 = - 0,57
Substituindo:
1+i=a
1 + i = 1,32
i = 1,32 - 1 = 0,32 ou 32 %
Errado, 35 % > 32 %, ou seja, o investimento foi inferior a 35 %.
Taxa mínima de atratividade
A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tom
Esta taxa é formada a partir de 3 componentes básicas:
1.Custo de Oportunidade: remuneração obtida em alternativas que não as analisadas. Exemplo: caderneta de poupança, fundo de investimento, etc.
2.Risco do Negócio: o ganho tem que remunerar o risco inerente de uma nova ação. Quanto maior o risco, maior a remuneração esperada.
3.Liquidez:
Taxa interna capacidade ou- velocidade
de retorno em que
A Taxa Interna se pode(TIR),
de Retorno sair de
em uma posição
inglês IRR no mercado
(Internal para
Rate of assumir
Return),outra.
é a taxa necessária para igualar o valor de um investimento (valor prese
Ao encontrarmos
se utilizar umapara
TMAocomo taxa
projeto de juros
P uma Taxade referência,
Interna aplicam-se
de Retorno métodos
de 15% como
ao ano. Esseo projeto
Valor Presente Líquido
será atrativo se apara se determinar
empresa tiver umaa TMA
viabilidade
menor financeira
do que 15%de ao
umano.
investimento ou em
A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser
•Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é economicamente atrativo.
•Igualempresa
Uma à Taxa Mínima de Atratividade:
empregou R$50.000,00o einvestimento estáem
obteve retorno economicamente numa situação
cinco anos consecutivos de indiferença.
da seguinte forma:
•Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente atrativo pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento com o mínimo de retorno
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor present
A TIR é a operacionais
Entradas taxa de desconto que primeiro
de caixa faz com que
ano:oR$20.000,00
Valor Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto é atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital do projet
Exercicios:
Etradas Considerando-se
operacionais de caixaque o fluxoano:
segundo de caixa é composto apenas de uma saída no período 0 de R$ 100,00 e uma entrada no período 1 de R$120,00, onde i corresponde à taxa
R$26.000,00
Entradas operacionais de caixa terceiro ano: R$29.000,00
Entradas operacionais de caixa quarto ano: R$31.000,00
Entradas operacionais de caixa quinto ano: R$35.000,00

Então, qual foi a taxa interna de retorno?

Observação: O primeiro retorno aconteceu um ano apos o investimento inicial, o segundo apos dois anos, o terceiro apos o terceiro ano, e assim por diante, intervalos iguais de 30

Então faremos assim: R$50.000,00 CHS g CFO


R$20.000,00 g CFJ
R$26.000,00 g CFJ
R$29.000,00 g CFJ
R$31.000,00 g CFJ
R$35.000,00 g CFJ
f FV, calculando.
Resultado= 42,87%a.a.
Pelo resultado obtido é um otimo investimento.
Valor Futuro (FV)

Então, $1.000,00 valerá quanto daqui a um


ano?
Supondo que, pelo prazo de um ano, foi aplicando
$1.000,00 em renda fixa a uma taxa pré-fixada de
20% a.a. (líquido de impostos). Qual será o valor
resgatado no final do período?

Vamos utilizar a fórmula matemática e fazer o


cálculo:
VF = VP x ( 1 + i )n
VP = Valor
Presente VF
= Valor Futuro

n = prazo

VF = 1.000 x ( 1 + 0,2 ) = 1.200


As tabelas 1 e 2 anteriormente apresentadas contêm informações das fontes de capital de determinado projeto necessárias para o cálculo do custo médio ponderado do capital — WACC (weighted average cost of cap
De acordo com as informações contidas na tabela 1, o retorno mínimo exigido para remunerar o custo do capital do projeto é superior a 23%.
•Certo
•Errado
Parabéns Kelly pelas excelentes respostas! Só coorigindo um pequeno equivoco:
Tabela 1: 40%*25% + 60%*20% = 22%, conforme a tabela.
O WACC é o custo médio ponderado de capital da companhia, ou seja, o percentual mínimo exigido de retorno para qualquer projeto e/ou investimento da empresa.

A fórmula do WACC, de forma simplificada, é = % Capital próprio x sua taxa de captação + (% Capital de Terceiros x a sua taxa de captação) * (1-T)

O T, representa o imposto que é deduzido do custo do capital de terceiros (por isso buscar recursos de terceiros muitas vezes é mais vantajoso em função do benefício fiscal). Exemplo:
Custo do Capital de Terceiros: 8%
Imposto: 34%
Custo Real do Capital de Terceiros: 8% * (1-T) = 5,28%

Porém, a questão NÃO MENCIONA o valor do imposto, logo vamos ignorá-lo.

Ignorando o valor do imposto (visto não ter sido fornecido), o cálculo do WACC seria:
Tabela 1: 40%*25% + 60%*25% = 22%

O que significa que a taxa mínima exigida é de 22% e não 23%, conforme a questão menciona.

Gabarito: ERRADO
$620,92 investidos a 10% por 5 anos aumentará para $1.000 em
5 anos.

VP=VF/ (1+i)ⁿ
VP= 1.000/ (1+0,10)5 = 1.000 x 0,62092 = 620,92

O método do Valor Presente


Líquido (VPL) se aproxima do
método de
payback descontado, pois se
trata da soma do valor presente
(VP) de todos os
períodos que compõem o fluxo
de caixa descontado.
Quanto é que deveríamos investir hoje, para se ter $1.000 daqui a um ano, se podemos ganhar uma taxa de retorno
de 10%?
VP=VF/ (1+i)ⁿ
VP= 1.000/ (1+0,10)¹ = 1.000 x 0,90909 = 909,09
Se investirmos $909,09 numa conta pagando 10% de juro por ano, nós teremos exatamente $1.000, daqui a um ano.
Agora suponhamos que em vez disto nós não precisamos do dinheiro por 5 anos quanto devemos investir hoje para
ter $1.000 daqui a cinco anos se podemos ganhar 10% ao ano. Claramente, a quantia que precisamos investir hoje a
uma taxa de juros de 10% é menor do que $909.09, porque ela ganhará juro à taxa de 10% ao ano por cinco anos.
Usando a fórmula 5.6 vemos que $620,92 investidos a 10% por 5 anos aumentará para $1.000 em 5 anos.
VP=VF/ (1+i)ⁿ
VP= 1.000/ (1+0,10)5 = 1.000 x 0,62092 = 620,92

Projeto Q Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Inicial
Fluxo de Caixa Nominal (5.000.000) 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000
Fluxo de Caixa Descontado (5.000.000) 1.666.667 1.736.111 868.056 8 868.056
Saldo do Projeto (5.000.000) (3.333.333) (1.597.222) (729.167) 138.889
O método do Valor Presente Líquido (VPL) se aproxima do método de payback descontado, pois se trata da soma do
valor presente (VP) de todos os períodos que compõem o fluxo de caixa descontado.
Se um projeto for aceito pelo método do PBD (Payback Descontado) então seu VPL será positivo.
Para entender melhor, vamos retomar o exemplo já utilizado nos itens anteriores:

Projeto Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Inicial
P - 3.000.000 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Q - 5.000.000 2.000.000 2.500.000 1.500.000 1.800.000
O cálculo é realizado da mesma que forma que fizemos no cálculo do payback descontado
VPL = -3.000.000,00 + (600.000 / 1,20) + (800.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,203) + (1.800.000 / 1,204) = -
208.333
VPL = -5.000.000,00 + (2.000.000 / 1,20) + (2.500.000 / 1,202) + (1.500.000 / 1,203) + (1.800.000 / 1,204) =
138.889
Projeto P Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Inicial
Fluxo de Caixa Descontado (3.000,00) 500.000,00 555.556 868.056 868.056

Projeto P Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Inicial
Fluxo de Caixa Nominal (3.000.000) 600.000 800.000 1.500.000 1.800.000
Fluxo de Caixa Descontado (3.000,00) 500.000,00 555.556 868.056 868.056
Saldo do Projeto (3.000.000) (2.500.000) (1.944.444) (1.076.389) (208.333)
Agora vamos somar a linha do Fluxo de Caixa DESCONTADO:
Total (208.333)
total138.889
Conforme foi dito, o VPL de um projeto é soma do valor presente de todos os períodos que compõem o seu fluxo de
caixa descontado. Então, o VPL do projeto P é ($208.333) e do projeto Q é $138.889. Notem que esse resultado é
exatamente igual ao valor apresentado no saldo do projeto no último ano de análise. Isso não é coincidência, pois a
expressão “Líquido” se refere à diferença entre o valor presente dos capitais positivos e os capitais negativos do
fluxo de caixa do projeto de investimento. Podemos concluir que se a soma de todos os retornos do projeto na data
zero for maior do que o investimento, então o VPL do projeto será positivo. O critério do método do VPL estabelece
que se o VPL encontrado no cálculo for maior do que zero (VPL>0), então o projeto deverá ser aceito; se o
VPL for menor do que zero (VPL<0), o projeto não deverá ser aceito. Se o VPL for igual a zero (VPL=0) é indiferente
aceitar ou não o projeto. O valor resultante do cálculo do VPL representa um lucro extra ao investidor, acima da
remuneração dada pela taxa mínima requerida. No caso de estarmos comparando dois ou mais investimentos entre
si, a escolhe deverá ser pelo projeto que apresentar o maior VPL.

Projeto Q Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Inicial
Fluxo de Caixa Descontado (5.000.000) 1.666.667 1.736.111 868.056 8 868.056
(Cesgranrio - 2011 - Transpetro - Contador júnior) Determinada empresa está analisando 5
alternativas de investimentos, em reais, conforme segue.
Projetos Investimento Inicial Fluxos de caixa TIR
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
I 2.500.000,00 800.000,00 700.000,00 1.000.000,00 2.000.000,00 23 ,45%
II 2.500.000,00 1.000.000,00 500.000,00 1.000.000,00 1.600.000,00 20 ,59%
III 2.500.000,00 500.000,00 800.000,00 1.000.000,00 2.000.000,00 20 ,26%
IV 2.500.000,00 500.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 1.800.000,00 21 ,01%
V 2.500.000,00 500.000,00 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 21,11%

Sabendo-se que a taxa requerida pela empresa é de 20% ao ano, o melhor projeto apresenta
Valor Presente Líquido, em reais, na faixa:
(A)entre 300.000,00 e 400.000,00
(B)(B) entre 200.000,00 e 300.000,00
•entre 100.000,00 e 200.000,00
•entre 50.000,00 e 100.000,00
•abaixo de 50.000,00
Solução:
Por se tratar de um cálculo complexo e impreciso, normalmente não são exigidos pelas bancas examinadoras
cálculos de TIR em provas de concursos públicos. Mas o conceito de TIR é testado através de questões como essa.
A questão pede o cálculo de VPL do melhor projeto dentre as 5 alternativas apresentadas. A informação sobre a
TIR de cada um dos 5 projetos, apresentada na questão, nos indica qual deles é melhor projeto. Conforme
estudamos, quanto maior for a diferença entre a TIR e a taxa mínima requerida (k), maior será o VPL do projeto
(desde que a diferença seja positiva).

Vamos, então, organizar as informações do projeto I (que tem a maior TIR) e calcular o seu VPL:
PROJETO I Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
SOMA
Fluxo de Caixa NOMINAL (2.500.000) 800.000 700.000 1.000.000 2.000.000
2.000.000 VPL
Fluxo de Caixa DESCONTADO (2.500.000) 666.667 486.111 578.704 964.506
195.988
Saldo do Projeto (2.500.000) (1.833.333) (1.347.222) (768.519) 195.988

VPL = -2.500.000,00 + (800.000 / 1,20) + (700.000 / 1,202) + (1.000.000 / 1,203) + (2.000.000 / 1,204) =
195.988
Payback

Periodo 105 Payback Desconta


simples do
0 -600 -600 -600 -600
1 200 -400 181818 -418182
2 100 -300 82645 -33557
3 200 -100 150263 -185274
4 250 150 170753 -14521
5 80 49674 35126
6 100 56447

Simples 3+I -100/250I 3,4

Descontado 4+I -14,521/49674 I= 4,29


Payback

Periodo 105 Payback Desconta


simples do
0 -10000 -10000
1 3000 -7000
2 4000 -3000
3 5000 2000
4 4000
5 3000
6

Simples 2+I -3000/5000I 2,60


2 anos
7 meses
5 dias

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