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Emile Beatriz de Jesus Araujo - emilee.rf@gmail.com - CPF: 073.129.

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VALOR DE TEMPO
O valor do dinheiro no tempo é um conceito financeiro que sustenta
que o dinheiro no presente vale mais do que o mesmo dinheiro a ser
recebido no futuro.

O dinheiro disponível hoje pode ser investido e, portanto, tem o


potencial de crescer ao longo do tempo. Isso significa que, se você tem
uma certa quantia de dinheiro agora, pode investi-la e, no futuro, essa
quantia poderia valer mais devido aos juros ou retornos do
investimento. Esse conceito é conhecido como valor futuro do dinheiro.

A inflação reduz o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo,


o que significa que a quantia de dinheiro que você tem hoje pode
comprar mais bens e serviços agora do que poderia no futuro. Isso se
deve ao aumento geral dos preços. Assim, quando se considera o valor
do dinheiro no tempo, a inflação é um fator importante a ser levado em
conta.

APLICAÇÕES PRÁTICAS

O conceito de valor do dinheiro no tempo é aplicado em diversas


áreas das finanças, incluindo:

Avaliação de Investimentos: Para determinar o valor presente de


fluxos de caixa futuros gerados por um investimento.

Empréstimos e Hipotecas: Para calcular pagamentos periódicos e o


custo total do empréstimo ao longo do tempo.

Planejamento de Aposentadoria: Para estimar quanto dinheiro é


necessário economizar hoje para garantir um determinado nível de
renda no futuro.

Orçamento e Poupança: Para entender como o valor do dinheiro


acumulado hoje pode contribuir para metas financeiras futuras.

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CÁLCULOS RELACIONADOS

Valor Presente (VP): O valor atual de um montante futuro de


dinheiro ou fluxo de caixa, levando em conta uma taxa de desconto
específica.

Valor Futuro (VF): O valor de um investimento atual em um ponto no


futuro, levando em conta uma taxa de juros ou retorno esperado.

COMO FUNCIONA O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO?

Um exemplo simples pode ser usado para mostrar o valor do


dinheiro no tempo.

Suponha que alguém se ofereça para te pagar um determinado


serviço de uma das duas maneiras: eles pagarão a você R$1.000 agora
ou R$1.100 daqui a um ano.

Qual opção de pagamento você deve escolher? Depende de que


tipo de retorno de investimento você pode ganhar com o dinheiro no
momento atual.

Como R$ 1.100 é 110% de R$ 1.000, então se você acredita que pode


fazer mais do que um retorno de 10% sobre o dinheiro investindo-o no
próximo ano, você deve optar por receber os R$ 1.000 agora.

Por outro lado, se você não acha que poderia ganhar mais de 9% no
próximo ano investindo o dinheiro, então você deve fazer o pagamento
futuro de R$ 1.100 — contanto que você confie que a pessoa lhe pague,
claro.

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VALOR DO TEMPO E PODER DE
COMPRA

O valor do dinheiro no tempo também está relacionado aos


conceitos de inflação e poder de compra. a inflação constantemente
corrói o valor e, portanto, o poder de compra do dinheiro.

É melhor exemplificado pelos preços de commodities, como gás


ou alimentos.

Se, por exemplo, você recebesse um certificado de R$100,00 de


gasolina gratuita em 2000, poderia ter comprado muito mais galões de
gasolina do que se tivesse recebido R$100 de gasolina gratuita uma
década depois.

A inflação e o poder de compra devem ser considerados quando


você investe dinheiro, pois, para calcular o retorno real de um
investimento, você deve subtrair a taxa de inflação de qualquer
porcentagem de retorno que você recebe em seu dinheiro.

Se a taxa de inflação for realmente maior do que a taxa de retorno


do seu investimento, então, mesmo que o seu investimento mostre um
retorno nominal positivo, você está realmente perdendo dinheiro em
termos de poder de compra.

Por exemplo, se você ganhar 10% em investimentos, mas a taxa de


inflação é de 15%, você está realmente perdendo 5% em poder de
compra a cada ano (10% - 15% = -5%).

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FÓRMULA DO VALOR DO
DINHEIRO NO TEMPO

O valor do dinheiro no tempo é um conceito importante não apenas


para indivíduos, mas também para tomar decisões de negócios.
As empresas consideram o valor do dinheiro no tempo na tomada de
decisões sobre investimentos em desenvolvimento de novos produtos,
aquisição de novos equipamentos ou instalações comerciais e no
estabelecimento de condições de crédito para a venda de seus
produtos ou serviços.

FV = valor futuro do dinheiro


PV = valor presente
i = taxa de juros ou outro retorno que pode ser obtido sobre o
dinheiro
n = o número de períodos compostos de juros por ano

Usando a fórmula acima, vamos ver um exemplo em que você tem


R$ 5.000 e pode esperar ganhar 5% de juros sobre essa soma a cada ano
nos próximos dois anos.

Supondo que o interesse é apenas composto anualmente, o valor


futuro de seus R$ 5.000 hoje pode ser calculado da seguinte forma:

FV = R$ 5.000 x (1 + (5% / 1) ^ (1 x 2) = R$ 5.512,50

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FÓRMULA DO VALOR PRESENTE PARA
SE CHEGAR A UM VALOR FUTURO
A fórmula também pode ser usada para calcular o valor atual do
dinheiro a ser recebido no futuro. Você simplesmente divide o valor
futuro em vez de multiplicar o valor presente.

Isso pode ser útil ao considerar dois valores presentes e futuros


variáveis. Em nosso exemplo original, consideramos as opções de
alguém pagando seus R$ 1.000 hoje versus R$ 1.100 daqui 1 ano.

Se você pudesse ganhar 5% investindo o dinheiro agora, e quisesse


saber qual valor presente seria igual ao valor futuro de R$ 1.100 — ou
quanto dinheiro você precisaria agora para ter R$ 1.100 daqui a um ano —
a fórmula seria seja a seguinte:

PV = R$ 1.100 / (1 + (5% / 1) ^ (1 x 1) = R$ 1.047

FLUXO DE CAIXA

É um instrumento de controle financeiro cuja finalidade é controlar


as entradas e saídas de dinheiro e auxiliar na tomada de decisão sobre a
situação financeira da empresa.

Deve ser diário, composto dos dados obtidos dos controles de


contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de
aplicações, e os demais elementos que representem as movimentações
de recursos financeiros da empresa.

A sua grande utilidade, é possibilitar a identificação das sobras e


faltas no caixa, permitindo à empresa planejar melhor suas ações
futuras ou acompanhar o seu desempenho.

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FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL

O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) é um indicador financeiro


crucial que mostra o montante de dinheiro gerado pelas atividades
operacionais normais de uma empresa durante um período específico.
Isso inclui a receita proveniente da venda de bens e serviços, menos as
despesas operacionais necessárias para gerar essa receita. O FCO é um
componente essencial da análise de fluxo de caixa, pois oferece uma
visão clara da capacidade da empresa de gerar caixa suficiente para
manter e expandir suas operações, sem depender de financiamento
externo.

O fluxo operacional leva em conta apenas as movimentações


relativas às operações da empresa, como:

Vendas ou prestações de serviços;


Folha de pagamentos;
Compras de materiais e produtos;
Pagamentos de impostos.

A ferramenta não considera, por exemplo, gastos com telefone,


manutenções imprevistas do ativo e pagamentos de aluguel. Sua
função é demonstrar apenas os resultados gerados com negócios da
empresa, como lucratividade operacional e capacidade de geração de
capital de giro.

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FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTOS

Este fluxo é uma ferramenta específica para o controle de


movimentações geradas por aportes de capital na empresa, seja de
investidores ou por meio de tomada de crédito.

Os lançamentos da manutenção desse controle podem ser:

Crédito tomado;
Capital creditado à empresa por investidores;
Valores pagos para amortização de capital tomado;
Juros pagos na tomada de crédito;
Emissão de debêntures;
Pagamento de direitos aos compradores das debêntures.

FLUXO DE CAIXA PROJETADO

Como o nome indica, trata-se de uma projeção. Isso quer dizer que,
a partir dos lançamentos realizados, o gestor consegue planejar as
ações futuras do negócio com base nos resultados. De forma resumida,
é possível mencionar três funções do fluxo de caixa projetado:

1. Organização: projetar a realização de pagamentos e recebimentos;

2. Correção: projetar ajustes para estancar perdas e sair do vermelho;

3. Afirmação: projetar investimentos no crescimento e na expansão do

negócio.

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Como é possível perceber, estamos falando de uma análise do
presente para a construção de uma visão futura. O fluxo de caixa revela
por exemplo:

Se há descompasso entre o prazo para pagar fornecedores e


receber de clientes;
Se a empresa gasta mais do que recebe;
Se há capital imobilizado.

A partir daí, um gestor atento poderá definir as suas estratégias.


Um dos principais instrumentos analíticos da ferramenta são os
gráficos. Por meio deles, é possível visualizar a curva de desempenho. A
melhor parte é que este comparativo entre receitas e despesas permite
identificar tendências.

O mesmo pode ser feito de forma individual. Se a ideia é reduzir


custos, um gráfico comparativo pode indicar de forma clara quais
despesas têm crescido acima da média. Por essa razão, elas demandam
prioridade nos ajustes.

Em complemento ao fluxo de caixa, é válido realizar o planejamento


financeiro. Para ser assertivo, olhe também para o cenário externo.
Considere os seus resultados previstos diante de estimativas
econômicas e políticas, por exemplo.

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FLUXO DE CAIXA LIVRE

Aqui, continuamos falando de projeção. O fluxo de caixa livre


(também chamado fluxo de caixa final) mede a capacidade de geração
de capital em curto, médio e longo prazos. Este modelo indica o saldo
existente após descontado o pagamento do serviço da dívida ou o
recebimento de novos empréstimos.

Na prática, o gestor trabalha com dois relatórios:

1. O primeiro projeta os resultados pelo período de 60 a 90 dias;


2. O segundo trabalha com um prazo de 2 a 5 anos.

Usando gráficos, é possível acompanhar como o negócio se


comporta. Mais importante, avaliar se o desempenho confirma ou
reverter a expectativa.

Se da análise resultar um balanço positivo, indicando superávit


(sobra) no período, a estratégia pode considerar ações para aplicar o
capital ocioso (investir). Já em caso de diagnóstico oposto (falta), é
preciso planejar como tirar o negócio do vermelho.

O que o futuro reserva para a sua empresa: pagar dívidas, abrir uma
nova unidade, pedir empréstimo, ampliar o estoque ou fechar as portas.
A resposta pode estar no seu fluxo de caixa livre.

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COMO É CALCULADO

O Fluxo de Caixa Operacional pode ser calculado de duas formas


principais: pelo método direto e pelo método indireto.

Método Direto - Este método soma todas as entradas de caixa


recebidas dos clientes e subtrai todas as saídas de caixa pagas a
fornecedores e empregados. Embora forneça uma visão clara das
transações de caixa, é menos utilizado devido à sua complexidade e
à dificuldade de reunir todas as informações necessárias.

Método Indireto - Mais comumente usado, começa com o lucro


líquido e ajusta por todos os itens não-caixa e todas as variações nas
contas operacionais do balanço patrimonial. Isso inclui depreciação,
variações em contas a receber, estoques e contas a pagar.

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REGIME DE CAIXA

Neste formato todas as entradas e saídas são registradas nos


exatos dias em que são efetivas. Por exemplo, a empresa vende hoje
para receber no mês seguinte e apenas na data do recebimento
registra o valor como entrada.

No regime de caixa, mantém-se fielmente o histórico de


movimentação do negócio, pois nenhum número não efetivado é
registrado. Por outro lado, ele deixa margem de erro na visualização dos
resultados por período.

Por exemplo, em um mês de poucas vendas mas com vários prazos


de recebimento nota-se que houve várias entradas e grande lucro. No
entanto, na prática, não é uma verdade sobre as operações — ainda que
seja sobre as movimentações financeiras.

Por esses motivos, é necessário complementar este controle com


demonstrações contábeis, nas quais o regime de competência é
aplicado.

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REGIME DE COMPETÊNCIA

Aqui o que determina a realização dos registros são os fatos


geradores. Ou seja, compras, vendas e despesas realizadas a prazo são
lançadas na íntegra assim que ocorrem e têm suas notas fiscais
emitidas.

Com as atualizações neste regime, o responsável sempre sabe


corretamente o resultado das operações feitas no período. Entretanto,
o mesmo não ocorre com os resultados financeiros, o que demanda
também o acompanhamento via caixa.

Na hipótese de uma venda parcelada ser feita e registrada por


competência, ao final do período o documento mostrará um valor de
entrada que não existe na totalidade em caixa. Então, se visualiza o fluxo
em regime de caixa para que não ocorra uma constatação errada das
finanças.

Veja 9 formas de aplicar os tipos de fluxo e as projeções na gestão.:

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PREVER A NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

A projeção do caixa permite que o gestor preveja a situação


posterior de receitas, despesas e saldos, e saiba se o capital de giro
disponível futuramente será suficiente.

Essa previsão possibilita que, no caso de saldo baixo, algo seja feito
com antecedência, como uma tomada de crédito. Consequentemente,
o negócio não acaba se deparando com contas a vencer e sem dinheiro
para pagá-las.

IDENTIFICAÇÃO DE DESPESAS ELIMINÁVEIS

A atenção a entradas e saídas que a realização do fluxo de caixa


exige, além da visualização delas, facilita que o responsável identifique
gastos desnecessários ou que podem ser pelo menos reduzidos.

AVALIAR PRAZOS CONCEDIDOS AOS CLIENTES

Analisando as movimentações o gestor pode perceber se os prazos


concedidos aos clientes não colocam em risco o cumprimento das
obrigações.

Por exemplo, a cada 30 dias é preciso pagar fornecedores,


funcionários e demais despesas fixas e variáveis. Na hipótese de a
concessão de prazos estar deixando o negócio sem capital para pagar
tais obrigações quando elas chegam, é preciso revê-los.

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AVALIAR OS DESCONTOS CONCEDIDOS

Quando vendas com desconto são feitas, o correto é lançá-las


integralmente e também registrar os descontos, como se fossem
saídas.

Dessa forma, fica mais fácil avaliar o impacto que eles geram no
caixa e na lucratividade da empresa, evitando que sejam concedidos
descontos que colocam em risco a saúde financeira sem que o
responsável perceba.

IDENTIFICAR A NECESSIDADE DE NEGOCIAR COM


FORNECEDORES

É sempre preferível pagar os fornecedores à vista ou no menor


número possível de parcelas. Porém, fazer isso pode não ser possível
pelo fato de uma grande saída ter potencial de deixar o caixa muito
baixo.

Independentemente do caso, fazer compras e negociar prazos não


devem ser tarefas feitas sem dados em mãos. É necessário ter um
histórico financeiro do negócio confiável à disposição para decidir quais
valores se encaixam nele sem que o capital de giro seja colocado em
risco, tanto em pagamentos parcelados quanto à vista.

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CALCULAR O PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio da empresa ocorre quando ela iguala receitas


e despesas no período, chegando a zero de lucro. A partir disso tudo o
que é faturado representa faturamento líquido.

Tendo todas as entradas e saídas, o fluxo é a ferramenta ideal para


o negócio manter o cálculo do seu ponto de equilíbrio sempre
atualizado. Assim, o controle de quanto tempo mensalmente as
atividades demoram para cobrir os custos e gerar lucro é mantido.

Com essa medição, o responsável pode planejar ações para atingir


o equilíbrio em menos dias e, consequentemente, gerar lucro maior.

ACOMPANHAR INDICADORES FINANCEIROS

Estabelecer e acompanhar indicadores é fundamental para medir o


sucesso da gestão financeira e das ações relacionadas a setores
diversos. E com a ajuda do fluxo de caixa, os seguintes indicadores
podem ser analisados, além do próprio ponto de equilíbrio:

Ticket médio: o valor médio de cada venda — revelado pela divisão


do valor total de entradas pela quantidade delas — é importante, por
exemplo, para calcular o custo médio de cada produto ou serviço
vendido e avaliar a lucratividade das operações individualmente;

Recebíveis: ajudam o negócio a identificar clientes inadimplentes e


analisar se a realização do faturamento planejado está em sintonia
com os gastos, não comprometendo o saldo do caixa.

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MANTER CONTROLE SOBRE APORTES E SEUS
PAGAMENTOS

Ainda que todas as movimentações relacionadas estejam na


escrituração contábil da empresa e no fluxo de caixa, é melhor contar
com uma ferramenta própria para o controle das entradas e saídas
dessa natureza.

Vantagens que o fluxo de financiamentos apresenta:

Rápida visualização dos custos de amortização e pagamentos de


juros;

Facilidade no cálculo do custo efetivo total do crédito, que engloba


todos os pagamentos feitos pela tomada de um capital de terceiro.

AUXILIAR NA TOMADA DE DECISÕES

Além de medir o sucesso de ações e resultados finais, gerenciar


uma empresa é também tomar decisões acertadas por ela,
responsabilidade constante de empresários.

Como podemos perceber, todas as ações acima, junto à


mensuração de saldos, exigem a tomada de decisões para que
melhores resultados sejam alcançados ou erros sejam corrigidos. E o
fluxo, com suas projeções e seus tipos, permite a realização de
diagnósticos e fornece dados para que essas decisões sejam tomadas
com bases reais e confiáveis.

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DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA

Os diagramas de fluxo simplificam processos complexos e


mostram o caminho para alcançar um objetivo de maneira gráfica,
lógica e coerente. Eles são fáceis de ler e, ao utilizar símbolos universais,
permitem que a maioria das pessoas se beneficiem deles. Além de
melhorar a comunicação, aumentam a produtividade e sistematizam
ideias através da visualização simples.

Fluxo de caixa é um objeto matemático que pode ser representado


graficamente com o objetivo de facilitar o estudo e os efeitos da análise
de uma certa aplicação, que pode ser um investimento, empréstimo,
financiamento, etc. Em geral, um fluxo de caixa contém Entradas e
Saídas de capital, marcadas na linha de tempo com início no instante
t = 0 . Um típico exemplo é o:

que indica um empréstimo bancário feito por uma pessoa de modo que
ela deve restituir em n parcelas iguais nos meses seguintes. Notamos
que E(0) é o valor que entrou no caixa da pessoa (o caixa ficou positivo)
e S1, S2,... Sn são os pagamentos que devem sair do caixa da pessoa
(negativas).

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No Fluxo de Caixa do banco, as setas têm os sentidos contrários em

relação aos sentidos das setas do Fluxo de Caixa da Pessoa. Assim, o:

mostra as setas para cima (positivo) ou para baixo (negativo), é


assumido por convenção, e o Fluxo de Caixa depende de quem recebe
ou paga o Capital num certo instante, sendo que:

t = 0 indica o dia atual


Ek é a Entrada de capital num momento k
Sk é a Saída de capital num momento k

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COMPRA COM 1 PAGAMENTO (END)

Exemplo: Uma pessoa comprou algo por $10.000,00 hoje e pagará


$11.000,00 daqui há um mês.

COMPRA COM 2 PAGAMENTOS


IGUAIS (END)

Exemplo: Uma pessoa comprou algo por $10.000,00 hoje e pagará


em duas parcelas iguais e seguidas de $6.000,00 a partir do
próximo mês.

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COMPRA COM 2 PAGAMENTOS
DIFERENTES (END)

Exemplo: Alguém comprou algo por $10.000,00 que terá um


pagamento de $5.500,00 em 30 dias e outro $6.500,00 em 60 dias.

COMPRA COM 24 PAGAMENTOS


IGUAIS (END)

Exemplo: Uma pessoa comprou algo por $16.000,00 hoje e pagará


em 24 parcelas de $876,54 a partir do mês seguinte.

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REFINANCIAMENTO

Vamos refinanciar uma compra do objeto cujo Valor Presente é :


PV=4100,20 agora em 4 parcelas iguais e seguidas a partir do mês inicial.
Mantendo a mesma taxa de juros, qual deve ser o valor da nova parcela
R? Qual é o percentual de aumento da nova parcela em relação à
parcela anterior, com esta nova alternativa?

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EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA
Dois ou mais capitais representativos de uma certa data dizem-se
equivalentes quando, a uma certa taxa de juros, produzem resultados
iguais numa data comum.

Exemplo: R$ 120 daqui um ano Equivalem a R$ 100 hoje


Considerado uma taxa de 20%

Na questão da equivalência financeira em juros simples, é


importante ressaltar que os prazos não podem ser desmembrados. Isto
se dá uma vez que, dois capitais equivalentes, ao fracionar seus prazos,
deixam de produzir o mesmo resultado na data focal pelo critério de
juros simples.

Admita R$ 100, à taxa de 20%, ao final de 2 anos.

Este processo não pode ser fracionado em juros simples. Por


exemplo, apurar o montante ao final do 1º ano e, a partir daí, chegar ao
montante do 2º ano. Juros compostos = juros sobre juros.

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Assim, a equivalência de capitais em juros simples é dependente da
data de comparação escolhida.

Exemplo: Admita que A deve a B os seguintes pagamentos:


R$ 50.000 de hoje a 4 meses
R$ 80.000 de hoje a 8 meses

Nova proposta de pagamento:

R$ 10.000 hoje
R$ 30.000 de hoje a 6 meses
Restante no final do ano
Taxa = 2% a.m.

Para que a nova proposta seja equivalente, os pagamentos devem


produzir os mesmos resultados em qualquer data comum (data focal).

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Data focal do exemplo: hoje (0)

R$ 50.000 / (1+0,02 x 4) + R$ 80.000 / (1+0,02 x 8)


=
R$ 10.000 + R$ 30.000 / (1+0,02 x 6) + R$ X / (1+0,02 x 12)

R$ 115.261,80 = R$ 36.785,70 + X / 1,24

X = 97.310,40

EXERCÍCIO:

Uma pessoa deve dois títulos no valor de R$ 25.000 e R$ 56.000 cada. O


primeiro título vence de hoje a 2 meses, e o segundo um mês após.

O devedor deseja propor a substituição destas duas obrigações por um


único pagamento ao final do 5º mês.

Considerando uma taxa de 3% ao mês a taxa corrente de juros


simples, determinar o valor deste pagamento único.

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SEQUÊNCIAS
Sequência é uma lista de números organizados em ordem.

Exemplos de sequência numérica:

Sequência decrescente dos divisores de 20: (20, 10, 5, 4, 2, 1).


Sequência de números ímpares: (1, 3, 5, 7,…).

Uma sequência pode ser finita ou infinita.

Finita: quando possui uma quantidade limitada de termos.


Infinita: quando possui uma quantidade ilimitada de termos.

Uma sequência é classificada como crescente, descrente,


constante ou oscilante.

São casos especiais de sequência a progressão aritmética e a


progressão geométrica.

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LEI DE OCORRÊNCIA DE SEQUÊNCIA
NUMÉRICA
Chamamos de sequência numérica uma lista de números com
ordem determinada. Para denotar uma sequência, escrevemos os
números entre parênteses

Conhecemos como lei de ocorrência a regra que rege a sequência


numérica. Podemos ter vários critérios para a formação de uma
sequência numérica, de acordo com determinadas características
desses números. Vejamos alguns exemplos a seguir.

Exemplo 1: lei de ocorrência da sequência dos números múltiplos de


4: (0, 4, 8, 12, 16, 20,…)

Exemplo 2: lei de ocorrência da sequência dos números ímpares:


(1, 3, 5, 7, 9, 11, 13,…)

Exemplo 3: lei de ocorrência da sequência dos números negativos


maiores que -5: (-4, -3, -2, -1)

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LEI DE FORMAÇÃO DA SEQUÊNCIA NUMÉRICA

A lei de formação de uma sequência é uma expressão algébrica que


nos permite encontrar cada um dos termos da sequência por meio de
uma fórmula. Existem algumas sequências em particular com lógicas
demonstráveis por meio de uma lei de formação.

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DESCONTO
são operações comuns no mercado financeiro. São antecipações
de recebimento de valores do futuro, tais como duplicatas, notas
promissórias e letras de câmbio. Caso seja antecipado o recebimento
de uma duplicata que vence em 45 dias, por exemplo, será utilizada uma
taxa de desconto (d) para calcular o desconto (D) sobre o valor nominal
(VN) – valor de resgate, valor de face que dele será deduzido para
apurar o valor atual (VA)

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VALOR NOMINAL DE DESCONTO SIMPLES

Muitas vezes, é interessante conhecer o valor nominal de uma


operação financeira para poder compará-la com a outra. A seguinte
equação calcula o valor nominal.

CÁLCULO DA TAXA DE DESCONTO

Um dos métodos mais utilizados para calcular a taxa de desconto é


o chamado WACC, ou Weighted Average Capital Cost (Custo Médio
Ponderado do Capital). O cálculo indica o nível de atratividade mínima
do investimento. Mostra se o retorno será o mesmo dos outros
investimentos considerados mais seguros (custo de oportunidade). Na
prática, a taxa de desconto é composta pela média de todos os custos
de recursos utilizados pela empresa ponderados pelo montante
correspondente a cada recurso.

Para calcular esse indicador, basta utilizar a fórmula:

WACC = Ke (E/D+E) + Kd (D/D+E) x (1-IR)


Considerando que:

Ke: custo do capital de fonte interna


Kd: custo do capital de fonte externa
E: patrimônio líquido da empresa
D: dívida total da empresa
IR: imposto de renda.

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AMORTIZAÇÃO
Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de
pagamentos periódicos, que são realizados em função de um
planejamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do
reembolso do Capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor,
podendo ser o reembolso de ambos, sendo que
Juros são sempre calculados sobre o saldo devedor.

Os principais sistemas de amortização são:

Sistema de Pagamento único: Um único pagamento no final

Sistema de Pagamentos variáveis: Vários pagamentos


diferenciados.

Sistema Americano: Pagamento no final com juros calculados


período a período.

Sistema de Amortização Constante (SAC): A amortização da dívida


é constante e igual em cada período.

Sistema Price ou Francês (PRICE): Os pagamentos são iguais.

Sistema de Amortização Misto (SAM): Os pagamentos são as


médias aritméticas dos sistemas SAC e Price.

Sistema Alemão: Os juros são pagos antecipadamente com


prestações iguais, exceto o primeiro pagamento que corresponde
aos juros cobrados no momento da operação.

Em todos os sistemas de amortização, cada pagamento é a soma


do valor amortizado com os juros do saldo devedor, isto é:

Pagamento = Amortização + Juros

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Em todas as nossas análises, utilizaremos um financiamento
hipotético de $300.000,00 que será pago ao final de 5 meses à taxa
mensal de 4%

Na sequência, usamos tabelas consolidadas com os dados de cada


problema e com informações essenciais sobre o sistema de
amortização. Em todas as análises, utilizamos a mesma tabela básica
mostra na sequência, com os elementos indicados, lembrando que a
amortização sempre ocorre sobre o saldo devedor do momento.

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SISTEMA DE PAGAMENTO ÚNICO

O devedor paga o Montante=Capital+Juros compostos da dívida


em um único pagamento ao final de n = 5 períodos. O Montante pode
ser calculado pela fórmula:

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SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

O devedor paga o Principal em n = 5 pagamentos sendo que as


amortizações são sempre constantes e iguais. Uso comum: Sistema
Financeiro da Habitação

SISTEMA PRICE (SISTEMA FRANCÊS)

Todas as prestações (pagamentos) são iguais. Uso comum:


Financiamentos em geral de bens de consumo.

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USO DO HP12C (CALCULADORA
FINANCEIRA)
A calculadora financeira é, em suma, um dispositivo especialmente
desenvolvido para solucionar diferentes fórmulas comuns à
matemática financeira — cálculos complexos ou mesmo impossíveis de
serem realizados apenas com o auxílio de calculadoras convencionais.
Ela é utilizada, por exemplo, em operações que envolvem juros
compostos, taxas de retorno, antecipação e rolagem de parcelas, entre
outros.

Desenvolvida em 1981 — 23 anos após a criação da primeira


calculadora científica, e sete após a fabricação das primeiras
calculadoras financeiras —, a HP12C é, até hoje, a mais popular do
mercado. Isso porque esse modelo introduziu lógicas matemáticas
elementares para as operações comuns ao mercado financeiro.

Um exemplo disso, foi a implementação de uma lógica de cálculo


bastante incomum: a Notação Polonesa Reversa — ou RPN, segundo a
sigla em inglês. Nesse modelo, os números são digitados antes de
indicar a operação a ser utilizada com eles. Na prática, esse modo de
cálculo dispensa o uso de parênteses e do sinal de igual.

Além disso, a calculadora financeira também foi pioneira a adotar o


conceito de fluxo de caixa, disponibilizando sinais específicos para
entradas e saídas de recursos.

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QUAIS AS FUNÇÕES DA CALCULADORA FINANCEIRA?

Indiferentemente da área de atuação, a calculadora financeira é


utilizada para solucionar todo e qualquer problema rotineiro de um
profissional do mercado financeiro: alíquotas, cálculo de juros
compostos e simples, conversões, descontos, financiamentos e
empréstimos, investimentos, capitalização. Enfim, qualquer cálculo que
envolva o dinheiro e seu valor ao longo do tempo.

A calculadora financeira é indicada para profissionais e estudantes


de administração, contabilidade, ciências econômicas, comércio
exterior e finanças. Estando presente, também, na rotina de instituições
financeiras, corretoras de seguros, escritórios de contabilidade, na
gestão de empresas e até mesmo no varejo.

COMO USAR A CALCULADORA FINANCEIRA?

O funcionamento de uma calculadora financeira se difere tanto de


uma calculadora comum, que nem parece que tratam-se de
ferramentas que pertencem ao mesmo campo das ciências.
Desenvolvida para contemplar todos os problemas comuns à
matemática financeira de forma ágil e objetiva, calculadoras como a
HP12C vão além das operações básicas, contando com funcionalidades
e especificidades que exigem um maior tempo de aprendizado.

Para começar a utilizá-la é preciso, entre outros conhecimentos, ter


ciência de como funciona o sistema de notação polonesa reversa, além
de decorar seus códigos próprios e entender as funções específicas de
cada uma de suas teclas.

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NOTAÇÃO POLONESA REVERSA – RPN

A notação polonesa reversa (RPN) é uma lógica de cálculo utilizada


para facilitar a resolução de operações matemáticas complexas que
utilizam símbolos. Na prática, esse sistema evita o uso de parênteses e
do sinal de igual.

Nesse modelo, é necessário acrescentar os números antes de


adicionar as operações que serão realizadas. Entre cada algoritmo,
deve-se, ainda, pressionar a tecla “enter“. Confuso?

Para esclarecer, deixe-me mostrar um exemplo simples: a soma de


2 e 2. Nesse caso, os passos seriam os seguintes:

Digite “2”;
Clique “enter”;
Digite “2”;
Digite “+”.

CÓDIGOS

A calculadora financeira conta com códigos próprios que a auxiliam


a condensar operações em um aparelho com tamanho semelhante ao
de uma calculadora científica ou simples.

É por isso que, além de compreender como funcionam as


operações na lógica RPN, é preciso decorar os códigos, ou siglas, que
são utilizados para agilizar suas operações.

Os três códigos principais e suas funções são:

PSE: para a execução do programa;


BST: retornar à linha anterior;
SST: seguir para a próxima linha.

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PRINCIPAIS TECLAS

A HP12C condensa diferentes operações em um número diminuto


de teclas. Isso quer dizer que cada uma delas pode realizar de 1 a 3
funções diferentes.

As funções primárias — que são utilizadas em um número maior de


operações — estão impressas em branco na parte superior da tecla. As
funções secundárias são impressas em azul, na parte inferior da tecla, e
em dourado, sobre as teclas.

Além disso, ainda existem teclas principais utilizadas para acionar


algumas das funções mais importantes da calculadora. As principais
são:

i: taxa de juros aplicada;


FV: valor futuro — montante final;
n: período de capitalização — ou seja, o tempo;
PV: valor presente — capital inicial sobre o qual são aplicados a taxa
de juros e os prazos de liquidação;
PMT: valor das prestações — parcela que pode ser adicionada ou
removida do montante em situações de adiantamento ou rolagem
de parcelas;
∆%: diferença percentual entre dois valores.

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