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PORCENTAGEM
Razão centesimal
Toda razão que tem para consequente o número 100, recebe a denominação de razão
centesimal. Alguns exemplos:
7 16 125
100 100 100
A Matemática Financeira tem por finalidade estudar o valor do dinheiro no tempo, tanto
nas aplicações financeiras como nos pagamentos de empréstimos. Os objetivos
principais da Matemática Financeira são:
a. A transformação e o manuseio de fluxos de caixa, com a aplicação das taxas de
juros de cada período, levando-se em conta o valor do dinheiro no tempo.
b. A obtenção da taxa interna de juros que está implícita em um fluxo de caixa.
c. A análise e a comparação de diversas alternativas de fluxos de caixa.
Do ponto de vista da Matemática Financeira, R$ 100,00 hoje não são iguais a R$ 100,00
em qualquer outra data, uma vez que o dinheiro cresce no tempo devido à a taxa de
juros. O valor de R$ 100,00 hoje somente será igual a R$ 100,00 daqui a um ano, na
absurda hipótese da taxa de juros ser igual a zero. A Matemática Financeira está ligada
diretamente ao valor do dinheiro no tempo, que por sua vez está ligado à existência da
taxa de juros. Em Matemática Financeira existem dois mandamentos fundamentais que
não podem deixar de ser observados:
a. Valores de uma mesma data representam grandezas comparáveis que podem ser
somados algebricamente.
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Matemática Financeira
FLUXO DE CAIXA
Recebimento $
0 1 2 ... N
Pagamento $ Pagamento $ Pagamento $ Pagamento $
Uma mesma operação pode ter fluxos de caixa diferentes dependendo do ponto de
vista.
Por exemplo, considerando que uma pessoa tenha feito uma aplicação de $ 50.000,00
em um banco e recebido $ 6.500,00 de juros após 12 meses.
$ 56.500,00
0 12
$ 50.000,00
O fluxo de caixa dessa mesma operação, porém sob o ponto de vista do banco, refletirá
o recebimento de uma aplicação de $50.000,00 e o pagamento de um montante de
$56.500,00.
$ 50.000,00
0 12
$ 56.500,00
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Matemática Financeira
CAPITAL
Chamamos de capital ao valor que uma pessoa física ou jurídica empresta a outra
pessoa física ou jurídica durante determinado período de tempo. Também é conhecido
como Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present
Value (indicado pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
JUROS
TAXA DE JUROS
A taxa de juros indica qual remuneração que será paga ao dinheiro emprestado, para
um determinado período. A taxa de juros refere-se ao valor do juro numa certa unidade
de tempo, expressa como porcentagem do capital. A taxa de juros é a razão entre os
juros que serão cobrados no fim do período e o capital (valor presente) inicialmente
empregado. Normalmente a taxa de juros é expressa da forma percentual, seguida da
especificação do período de tempo a que se refere:
8 % a.a. – a.a. significa ao ano.
10 % a.t. – a.t. significa ao trimestre.
MONTANTE
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
Quando um capital é aplicado por vários períodos, a certa taxa de juros por período, o
seu montante poderá crescer de acordo com duas convenções ou regimes de
capitalização: regime de capitalização simples (ou juros simples) e regime de
capitalização composta (ou juros compostos)
JUROS SIMPLES
No regime de juros simples o percentual de juros incidirá apenas sobre o valor principal
aplicado, só o principal rende juros ao longo da vida do investimento. Os juros do
período não serão somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos
seguintes, assim somente o principal é que rende juros.
O regime de juros simples é utilizado no mercado financeiro, sobretudo em operações
de curto prazo, em função da simplicidade de cálculo.
JUROS COMPOSTOS
No regime de juros compostos, os juros de cada período são somados ao capital para
o cálculo de novos juros nos períodos seguintes. Portanto, os juros de cada período
serão calculados sobre o saldo de principal mais juro existente no início de cada período
e não somente sobre o capital inicial.
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Matemática Financeira
No regime de juros compostos, os juros de cada período, quando não pagos ao final do
período, são incorporados ao capital e passam, por sua vez, a render juros. O período
de tempo considerado é, então, denominado período de capitalização.
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Matemática Financeira
Juros simples
Final do Escala Saldo no início de Juros de cada ano Saldo no final de
cada ano cada ano
- 0 - - 100,00
1° Ano 1 100,00 100,00 x 0,1= 10 110,00
2° Ano 2 110,00 100,00 x 0,1= 10 120,00
3° Ano 3 120,00 100,00 x 0,1= 10 130,00
4° Ano 4 130,00 100,00 x 0,1= 10 140,00
Juros compostos
Escala Saldo no início de Juros de cada ano Saldo no final de
Final do cada ano cada ano
- 0 - - 100,00
1° Ano 1 100,00 100,00 x 0,1= 10,00 110,00
2° Ano 2 110,00 110,00 x 0,1= 11,00 121,00
3° Ano 3 121,00 121,00 x 0,1= 12,10 133,10
4° Ano 4 133,10 133,10 x 0,1= 13,31 146,41
Exemplo 1 – Uma dívida de R$ 1.000,00 deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo
regime de juros simples e no prazo de 2 meses. Qual o valor dos juros?
J = (1.000,00 x 0,08) x 2 = 160,00
Fórmula do montante
Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante.
Montante = Capital + Juros
Montante = Capital+ (Capital x Taxa de juros x Número de períodos)
M = C (1 + in)
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Matemática Financeira
a) Juro exato – base ano civil (365 ou 366 dias) e cada mês com seu número real de
dias.
b) Juro comercial – base ano comercial (360 dias) e o mês comercial com 30 dias.
Conhecendo os valores dos juros e do capital, podemos encontrar a taxa de juros do
𝑱
período pela fórmula 𝒊= 𝑪
Conhecendo os valores do montante e do capital, podemos encontrar a taxa de juros
𝑴
do período pela fórmula 𝒊 = (𝑪) − 𝟏
Juros.
C = 5.000,00
n = 3 anos
i = 12% ao ano
J=?
J=C.i.n
J = 5.000,00 x 0,12 x 3 = 1.800,00
Montante.
C = 5.000,00
n = 3 anos
i = 12% ao ano
M=?
M = C ( 1 + in)
M = 5.000,00 (1 + 0,12 x 3)
M = 6.800,00
ou M = C + J
M = 5.000,00 + 1.800,00 = 6.800,00
a) Juros
J=C.i.n
J = 7.000,00 x 0,08 x 3 = 1.680,00
b) Montante
M = C ( 1 + in)
M = 7.000,00 (1 + 0,08 x 3)
M = 8.680,00
Ou
M=C+J
M = 7.000,00 + 1.680,00 = 8.680,00
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Matemática Financeira
J=C.i.n
3.000,00 = C x 0,02 x 5
3.000,00 = 0,10C
3.000,00
C= = 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
0,10
Exemplo 6 – Uma aplicação financeira tem prazo de 5 meses, rende juros simples à
taxa de 22% ao ano e paga imposto de renda igual a 20% do juro; o imposto é pago
no resgate.
a) Qual o montante líquido de uma aplicação de $ 8.000,00? (montante líquido é
igual ao montante menos o imposto de renda).
b) Qual o capital que deve ser aplicado para dar um montante líquido de $
9.500,00?
a) Montante líquido
C = 8.000,00
n =5 meses
i = 22% ao ano
ML = C + 0,80 (C.i.n)
ML = 8.000,00 + 0,80 (8.000,00 x 0,22/12 x 5)
ML = 8.000,00 + 0,80 (733,33)
ML = 8.000,00 + 586,67 = 8.586,67
b) Capital procurado
C=?
n =5 meses
i = 22% ao ano
ML = 9.500,00
ML = C + 0,80 (C.i.n)
9.500,00 = C + 0,80 (C x 0,22/12 x 5)
9.500,00 = C + 0,80 (0,09166666C)
9.500,00 = C + 0,0733333C
9.500,00 = 1,0733333C
C = 9.500,00 / 1,0733333 = 8.850,93
Uma pessoa tem uma dívida de $ 11.000,00 a ser paga daqui a 5 meses. Considerando
que esta pessoa pode aplicar seu dinheiro hoje, a juros simples e à taxa de 2% ao mês,
quanto precisará aplicar para poder pagar a dívida no seu vencimento? Nesta situação
chamamos de:
Valor nominal (N) – valor da dívida na data de seu vencimento
Valor atual ou valor presente (V) – valor aplicado a juros simples numa data
anterior até a data de vencimento e que proporcione um montante igual ao valor
nominal.
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Matemática Financeira
Esquematicamente teremos:
N
0 N
V
No exemplo temos:
N = 11.000,00
n = 5 meses
i = 2% ao mês
V + Vin = N
V + V x 0,02 x 5 = 11.000,00
V = 0,10 V = 11.000,00
1,10 V = 11.000,00
V = 11.000,00 / 1,10 = 10.000,00
Portanto, esta pessoa deverá aplicar $ 10.000 hoje, à taxa de 2% ao mês, para saldar
o compromisso daqui a 5 meses.
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Matemática Financeira
Fórmula do montante
M = C . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja,
taxa de juros ao mês para n meses.
O fator (1 + i)n é chamado de fator de acumulação de capital para pagamento
único, e pode ser calculado em calculadoras ou ser obtido em tabelas constantes de
livros de Matemática Financeira.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do
período, ou seja, J = M - C
a) Montante
C = 6.000,00
n = 3 meses
i = 2% ao mês
M = C . (1 + i)n
M = 6.000,00 (1 + 0,02)3
M = 6.000,00 (1,02)3
M = 6.000,00 x 1,061208
M = 6.367,25
Resolução na HP-12C
6.000 CHS PV
3 n
2 i
FV 6.367,25
Exemplo 9 – Qual o capital que, aplicado a juros compostos à taxa de 2,5% ao mês,
produz um montante de $ 3.500,00 após um ano?
M = 3.500,00
n = 1 ano = 12 meses
i = 2,5% ao mês
C=?
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Matemática Financeira
M = C . (1 + i)n
3.500,00 = C (1 + 0,025)12
3.500,00 = C (1,025)12
3.500 = 1,344888824C
C = 3.500,00 / 1,344888824
C = 2.602,45
Resolução na HP-12C
3.500 CHS FV
12 N
2,5 I
PV 2.602,45
M = C . (1 + i)n
3.500,00 = 2.500,00 (1 + i)4
(1 + i)4 = 3.500,00 / 2.500,00
(1 + i)4 = 1,4
Elevando os 2 membros da equação ao expoente ¼
((1 + i)4)1/4 = (1,4)1/4
(1 + i)4/4 = (1,4)1/4
1 + i = (1,4)0,25
1 + i = 1,087757306
i = 1,087757306 – 1
i = 0,087757306
i = 8,78% ao mês
Resolução na HP-12C
2.500 CHS PV
4 N
3.500 FV
i 8,78
M = C . (1 + i)n
1.610,51 = 1.000,00 (1 + 0,10)n
(1,10)n = 1.610,51 / 1.000,00
(1,10)n = 1,61051
Tomando o logaritmo natural (LN) de ambos os membros
LN (1,10)n = LN (1,61051)
n.LN (1,10) = LN (1,61051)
n = LN (1,61051) / LN (1,10)
n = 0,476551 / 0,09531
n = 5 anos
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Matemática Financeira
Resolução na HP-12C
1.000 CHS PV
10 I
1.610,51 FV
N 5
M = C . (1 + i)n
M = 30.000,00 (1 + 0,52)56/360
M = 30.000,00 (1,52)0,155555
M = 30.000,00 x 1,067300666
M = 32.019,02
Resolução na HP-12C
30.000 CHS PV
56 Enter
360 :n
52 i
FV 32.019,02
No exemplo acima, o prazo n é um período não inteiro. Neste caso, existem duas
convenções de cálculo:
- Convenção exponencial – a fórmula do montante é estendida para valores de n
positivos e não inteiros.
- Convenção linear – calcula o montante a juros compostos durante a parte inteira do
período e, sobre o montante obtido, aplica juros simples durante a parte não inteira
do período considerado. Na prática, a convenção linear é raramente utilizada.
Na maioria das calculadoras financeiras, as teclas financeiras já estão programadas com
a convenção exponencial.
No caso da HP-12C, o cálculo pode ser realizado considerando ambas as convenções:
acionando-se a tecla STO seguida da tecla EEX, aparecerá no visor a letra C, indicando
que a calculadora estará operando pela convenção exponencial. Acionando-se
novamente a sequência de tecla, a letra C desaparecerá do visor e a calculadora estará
operando pela convenção linear.
Convenção exponencial
M = 1.000,00 (1 + 0,08)3,5
M = 1.309,13
Convenção linear
M = 1.000,00 (1 + 0,08)3 = 1.259,71
M’ = 1.259,71 + 1.259,71 (0,08) 0,5
M’ = 1.310,10
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Matemática Financeira
Duas taxas são equivalentes a juros compostos quando, aplicadas num mesmo capital
e durante um mesmo prazo, produzem montantes iguais.
iq = a taxa que queremos
it = a taxa que temos
q = o prazo da taxa que queremos
t = o prazo da taxa que temos
iq = ( 1 + it)q/t - 1
iq = ( 1 + it)q/t – 1
iq = (1 + 0,02)12/1 – 1
iq = (1,02)12 – 1
iq = 1,268241795 – 1
iq = 26,82% ao ano
Portanto, a taxa de 26,82% ao ano é equivalente á taxa de 2% ao mês no regime
de juros compostos.
iq = ( 1 + it)q/t – 1
iq = (1 + 0,15)3/12 – 1
iq = (1,15)0,25 – 1
iq = 1,035558076 – 1
iq = 3,56% ao trimestre
Portanto, a taxa de 3,56% ao trimestre é equivalente á taxa de 15% ao ano no
regime de juros compostos.
iq = ( 1 + it)q/t – 1
iq = (1 + 0,08)1/3 – 1
iq = (1,08)0,3333333 – 1
iq = 1,025985568 – 1
iq = 2,60% ao mês
Portanto, a taxa de 2,60% ao mês é equivalente á taxa de 8% ao trimestre no
regime de juros compostos.
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Matemática Financeira
Os conceitos de valor nominal e de valor atual em juros compostos são similares aos
conceitos vistos em juros simples.
Valor nominal (N) – valor do compromisso na data de seu vencimento
Valor atual ou valor presente (V) – valor do compromisso numa data anterior
ao vencimento e que aplicado a juros compostos a partir desta data até a data de
vencimento, produz um montante igual ao valor nominal.
Esquematicamente teremos:
N
0 n
V
Matematicamente teremos:
V(1 + i)n = N
𝑁
𝑉=
(1 + 𝑖)𝑛
Exemplo 17 – Uma pessoa tem uma dívida de $ 10.000,00 vencível daqui a 3 meses.
Qual o seu valor atual hoje considerando uma taxa de juros compostos de 1,5% ao
mês?
N = 10.000,00
n = 3 meses
i = 1,5% ao mês
𝑁
𝑉=
(1 + 𝑖)𝑛
10.000,00
𝑉=
(1 + 0,015)3
10.000,00
𝑉= = 𝟗. 𝟓𝟔𝟑, 𝟏𝟕
1,045678375
A decisão entre um compra à vista e uma compra à prazo é uma aplicação do conceito
de valor atual. O procedimento consiste em calcular o valor atual do pagamento à prazo
e compará-lo com o preço à vista. A melhor alternativa é a que apresentar menor valor
(preço econômico).
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Matemática Financeira
b) am / an = a m–n
c) (am)n = a mxn
d) (a x b)n = an x bn
e) (a / b)n = an / bn
DESCONTO
Se uma pessoa deve uma quantia em dinheiro em uma data futura, é normal que
entregue ao credor um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida. Todo título
de crédito tem uma data de vencimento, porém, o devedor pode resgatá-lo
antecipadamente, obtendo com isso um abatimento denominado desconto.
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Matemática Financeira
Em ambos os casos há um benefício, definido pela diferença entre as duas quantidades.
Esse benefício, obtido de comum acordo, recebe o nome de desconto.
TAXA DE DESCONTO
O desconto simples comercial ou bancário é definido como sendo o valor que se obtém
pelo cálculo do juro simples sobre o valor nominal do compromisso que seja saldado n
períodos antes do seu vencimento.
Chamamos de desconto comercial ou bancário o valor equivalente ao juro simples
produzido pelo valor nominal do título no período de tempo correspondente e à taxa
fixada.
O desconto simples comercial ou bancário ou “por fora” é dado pela fórmula:
D = N.d.n, onde:
D = valor do desconto. É a quantia a ser abatida do valor nominal.
N = valor nominal (ou valor futuro, ou valor de face, ou valor de resgate) do título a
ser descontado. É o valor indicado no título (importância a ser paga no dia do
vencimento).
d = taxa de desconto
n = prazo de vencimento do título. É o número de dias compreendido entre o dia em
que se negocia o título e o de seu vencimento, incluindo o primeiro e não o último, ou
então, incluindo o último e não o primeiro.
A diferença N – D é chamada de valor descontado, ou valor atual comercial, ou valor
líquido do título. É o valor líquido pago (ou recebido) antes do vencimento. Indicaremos
esta diferença por Vd, portanto:
Vd = N – D
Ou ainda: Vd = N – Ndn
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Matemática Financeira
Exemplo 20 – Uma duplicata de $ 18.000,00 foi descontada num banco 2 meses antes
do vencimento, a uma taxa de desconto comercial de 2,5% ao mês.
a) Obter o valor do desconto
b) Obter o valor líquido recebido pela empresa
c) Obter o fluxo de caixa da operação do ponto de vista do banco.
N = 18.000,00
d = 2,5% ao mês
n = 2 meses
a) Valor do desconto
D = Ndn
D = 18.000,00 x 0,025 x 2
D = 900,00
0 2 (n)
$ 17.100 (Vd)
Cabe a observação de que a taxa de juros simples mensal (2,63% a.m.) é diferente da
taxa mensal de desconto (2,5% a.m.). A taxa de juros incide sobre o valor inicial ($
17.100,00) para dar $ 900,00 enquanto que a taxa de desconto incide sobre o valor
final ($ 18.000,00) para dar o mesmo resultado de $ 900,00.
N = 12.00000
d = 2% ao mês
n = 42 dias
a) Valor do desconto
D = Ndn
D = 12.00000 x (0,02 / 30) x 42
D = 336,00
Pág. 18
Matemática Financeira
Prazo de 1 mês
Vd = N - Ndn
Vd = 100,00 – (100,00 x 0,03 x 1)
Vd = 97,00
i = (N / Vd) -1
i = (100,00 / 97,00) -1
i = 1,030927835 – 1
i = 3,09% ao mês
Prazo de 2 meses
Vd = N - Ndn
Vd = 100,00 – (100,00 x 0,03 x 2)
Vd = 94,00
i = (N / Vd) -1
i = (100,00 / 94,00) -1
i = 1,063829787 – 1
i = 6,38% ao bimestre
D = Ndn
5,66 = 100,00 x d x 72/30
5,66 = 100,00 x d x 2,4
5,66 = 240,00 x d
d = 5,66 / 240,00
d = 0,02358333
d = 2,36% ao mês
Pág. 19
Matemática Financeira
𝑑
𝑖=
1 − 𝑑𝑛
0,04
𝑖= = 0,0455 = 𝟒, 𝟓𝟓% 𝒂. 𝒎.
1 − (0,04)3
Exemplo 25 – Uma duplicata com prazo de vencimento de dois meses foi descontada
em um banco, proporcionando-lhe uma taxa efetiva de juros simples igual a 3% ao
mês. Qual a taxa de desconto utilizada?
i = 3%
n = 2 meses
𝑑
𝑖=
1 − 𝑑𝑛
𝑑
0,03 =
1 − 𝑑2
0,03 (1 – 2d) = d
0,03 – 0,06d = d
– 1,06d = – 0,03
d = 0,03 / 1,06
d = 0,0283 = 2,83% a.m.
Pág. 20
Matemática Financeira
Duplicata A
DA = 20.000,00 x 0,02 x 1 = 400,00
Vliq = 20.000,00 – 400,00 = 19.600,00
Duplicata B
DB = 40.000,00 x (0,02 / 30) x 65 = 1.733,33
Vliq = 40.000,00 – 1.733,33 = 38.266,67
Duplicata C
DC = 80.000,00 x (0,02 / 30) x 82 = 4.373,33
Vliq = 80.000,00 – 4.373,33 = 75.626,67
𝑁1 𝑛1 + 𝑁2 𝑛2 + 𝑁3 𝑛3 + ⋯ + 𝑁𝑝 𝑛𝑝
𝑛̅ =
𝑁1 + 𝑁2 + 𝑁3 + ⋯ + 𝑁𝑝
Exemplo 27 – Tomando por base o borderô anterior podemos calcular o prazo médio
do borderô.
Pág. 21
Matemática Financeira
TAXAS PROPORCIONAIS
i = 12% ao ano
n = 4 anos
M = C (1 + i.n)
M = 100,00 (1 + 0,12 x 4)
M = 148,00
i = 6% ao semestre
n = 4 anos = 8 semestres
M = C (1 + i.n)
M = 100,00 (1 + 0,06 x 8)
M = 148,00
i = 1% ao mês
n = 4 anos = 48 meses
M = C (1 + i.n)
M = 100,00 (1 + 0,01 x 48)
M = 148,00
TAXAS EQUIVALENTES
Taxas equivalentes são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que,
ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um
mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros compostos.
Duas taxas são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital, durante o mesmo
período, produzem o mesmo juro.
Abaixo uma tabela comparativa de diversas taxas anuais, proporcionais e equivalentes
a determinadas taxas mensais, demonstrando as diferenças nas taxas anuais obtidas a
juros simples (taxas proporcionais) e a juros compostos (taxas equivalentes) à medida
que as taxas de juros aumentam.
Pág. 22
Matemática Financeira
i = 12,6875% ao ano
n = 4 anos
M = C (1 + i)n
M = 100,00 (1 + 0,126875)4
M = 100,00 x 1,6122
M = 161,22
i = 6,1520% ao semestre
n = 4 anos = 8 semestres
M = C (1 + i)n
M = 100,00 (1 + 0,061520)8
M = 100,00 x 1,6122
M = 161,22
i = 1% ao mês
n = 4 anos = 48 meses
M = C (1 + i)n
M = 100,00 (1 + 0,01)48
M = 100,00 x 1,6122
M = 161,22
TAXA EFETIVA
TAXA NOMINAL
Taxa bruta de uma aplicação financeira é a taxa de juros obtida considerando o valor
da aplicação e o valor de resgate bruto, sem levar em conta o desconto do imposto de
renda que é retido pela instituição financeira.
Taxa líquida de uma aplicação financeira é a taxa de juros obtida considerando o valor
da aplicação e o valor de resgate líquido, levando em conta o desconto do imposto de
renda que é retido pela instituição financeira.
Pág. 24
Matemática Financeira
INFLAÇÃO
A inflação é um fenômeno monetário que consiste no aumento persistente dos preços
em geral, resultando em contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Inúmeros
fatores causam a inflação, tais como a escassez de produtos, o déficit orçamentário do
Governo com emissão descontrolada de dinheiro, desequilíbrios na balança de
pagamentos, etc. Quando se diz que a taxa de inflação é de 5% não significa que todos
os preços subiram 5%, mas que a média ponderada dos aumentos de preços de alguns
produtos foi de 5%. Portanto, alguns produtos aumentaram mais de 5% e outros
aumentaram menos de 5%.
Existem diversos indicadores de variação de preços adotados na economia nacional com
usos em diferentes segmentos de atividades, como por exemplo:
- IGP-M – índice geral de preços de mercado – com ampla utilização no mercado
financeiro.
- IGP-DI – índice geral de preços – conceito de disponibilidade interna – apurado
pela Fundação Getúlio Vargas
- TR – taxa referencial – indexador da caderneta de poupança e de outros
instrumentos do mercado financeiro.
- IPA – índice de preços por atacado da Fundação Getúlio Vargas.
- INPC-IBGE – índice nacional de preços ao consumidor da FIBGE.
- IPCA – índice nacional de preços ao consumidor amplo da FIBGE.
- IPC-FIPE – índice de preços ao consumidor da FIPE.
- ICV-DIEESE – índice do custo de vida do DIEESE.
Escolhido o índice de preços, a taxa de inflação medida por este índice será obtida pela
fórmula:
INF = (IN / IN-T) – 1
IN = índice de preços do final do período
IN-T = índice de preços do início do período
A inflação é calculada relacionando-se o índice de preços de um período pelo índice de
preços no período imediatamente anterior. Por exemplo, um determinado índice de
preços apresentou o valor de 118,1 no final do ano de 19X9 e 107,3 no final do ano de
19X8. O índice de inflação referente ao ano 19X9 é de 10%:
INF = (118,1 / 107,3) – 1 = 10%
TAXA REAL
A taxa real representa o encargo (ou receita) financeiro, calculado livre dos efeitos
financeiros (inflação). A sua utilização no mercado financeiro permite a apuração de
quanto se ganhou (ou perdeu) verdadeiramente, sem a interferência das variações
verificadas nos preços. Quando a taxa de juros for maior que a taxa de inflação do
período de capitalização, a taxa de juros real é positiva; caso contrário, a taxa de juros
é negativa.
A taxa real de juros reflete o ganho real expresso como porcentagem do capital
corrigido e é expressa pela fórmula:
(1 + 𝑖)
1+𝑟=
(1 + 𝑗)
r = taxa real de juros
i= taxa de juros no período
j = taxa de inflação no período
Pág. 25
Matemática Financeira
Exemplo 30 – Um capital foi aplicado, por um ano, à taxa de juros de 22% ao ano.
No mesmo período a taxa de inflação foi de 12%. Qual a taxa real de juros?
i = 22% ao ano
j = 12%
(1 + 𝑖)
1+𝑟 =
(1 + 𝑗)
(1 + 0,22)
1+𝑟 =
(1 + 0,12)
(1,22)
1+𝑟 =
(1,12)
1 + 𝑟 = 1,0892847
𝑟 = 1,0892847 − 1
𝑟 = 0,0892857
𝑟 = 8,93 % 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜
(1 + 𝑖))
1+𝑟 =
(1 + 𝑗)
(1 + 0,07)
1+𝑟 =
(1 + 0,09)
(1,07)
1+𝑟 =
(1,09)
1 + 𝑟 = 0,981651376
𝑟 = 0,981651376 − 1
𝑟 = − 0,018348624
𝑟 = −1,83 % 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜
TAXA APARENTE
A taxa aparente, também chamada de taxa nominal, é a taxa que vigora nas operações
correntes, sem expurgar a inflação.
Quando uma aplicação financeira remunera o capital investido após um ano em 12%
de juros, a primeira impressão é que a renda foi de 12%. No entanto, esse rendimento
é ilusório, pois uma boa parte desses juros somente corrige o capital, repondo a parcela
corroída pela inflação. Por esse motivo essa taxa de 12% é chamada de taxa de juros
aparente. E a impressão de que os 12% seja uma renda recebe o nome de ilusão
monetária.
Pág. 26
Matemática Financeira
(1 + 𝑟)
1+𝑖 =
(1 + 𝑗)
r = taxa real de juros
i= taxa de juros no período
j = taxa de inflação no período
Um índice de preços (ou indexador) procura medir a mudança que ocorre nos níveis de
preços de um período para outro.
Cálculo da variação:
𝐼𝑖
∆ = ( − 1) . 100
𝐼0
Onde:
Ii = índice de preços da data atual
I0 = incide de preços da data anterior (a partir da qual se pretende medir a variação)
Pág. 27
Matemática Financeira
Onde:
imn = taxa efetiva em moeda nacional
ime = taxa efetiva em moeda estrangeira
itd = taxa de desvalorização da moeda nacional
itr = taxa de revalorização da moeda estrangeira
FLUXO DE CAIXA
0 1 2 3 4 5 6
11.000,00 2.144,00
Por convenção, as entradas de dinheiro são indicadas por setas perpendiculares ao eixo
horizontal e orientadas para cima. As saídas de dinheiro são igualmente representadas
por setas perpendiculares ao eixo horizontal, porém orientadas para baixo.
Existem dois tipos de fluxo de caixa: fluxo de caixa convencional, formado por uma
única entrada e várias saídas de caixa ou uma única saída e várias entradas de caixa;
e o fluxo de caixa não convencional, com várias entradas e várias saídas de caixa.
Pág. 28
Matemática Financeira
[(1 + 𝑖)𝑛 ] − 1
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 𝑥
𝑖
[(1+𝑖)𝑛 ]−1
O fator é chamado de Fator de Capitalização ou Fator de Acumulação de
𝑖
Capital de uma Anuidade ou Série Uniforme de Pagamentos.
0 1 2 3 4 5
0,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00
Pág. 29
Matemática Financeira
n = 5 anos
i = 10% ao ano
PMT = 1.000,00
PV = 0,00
FV = ?
[(1 + 𝑖)𝑛 ] − 1
𝐹𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 𝑥
𝑖
[(1 + 0,10)5 ] − 1
𝐹𝑉 = 1.000,00 𝑥
0,10
[(1,10)5 ] − 1
𝐹𝑉 = 1.000,00 𝑥
0,10
1,61051 − 1
𝐹𝑉 = 1.000,00 𝑥
0,10
0,61051
𝐹𝑉 = 1.000,00 𝑥
0,10
𝐹𝑉 = 1.000,00 𝑥 6,1051
𝐹𝑉 = 6.105,10
Resolução na HP-12C
5 N
10 I
0 PV
1.000 CHS PMT
FV 6.105,10
Este problema envolve a obtenção do valor PMT de cada prestação, sendo as prestações
em número n, a uma dada taxa de juros i, a partir do valor futuro FV e consiste na
solução da seguinte relação:
𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝐹𝑉
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑖
O fator é denominado Fator de Formação de Capital.
(1+𝑖)𝑛 −1
FV = 10.000,00
0 1 2 3 4
0 PMT = ? PMT = ? PMT = ? PMT = ?
Pág. 30
Matemática Financeira
n = 4 trimestres
i = 3% ao trimestre
FV = 10.000,00
PV = 0
PMT = ?
𝑖
𝑃𝑀𝑇 = 𝐹𝑉
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
0,03
𝑃𝑀𝑇 = 10.000,00
(1 + 0,03)4 − 1
0,03
𝑃𝑀𝑇 = 10.000,00
(1,03)4 − 1
0,03
𝑃𝑀𝑇 = 10.000,00
1,125508810 − 1
0,03
𝑃𝑀𝑇 = 10.000,00
0,125508810
Este problema envolve a obtenção do valor presente PV, a partir do valor de cada
prestação PMT de uma série uniforme de n prestações, dada uma taxa de juros i, e
consiste na solução da seguinte fórmula:
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇
𝑖(1 + 𝑖)𝑛
(1+𝑖)𝑛 −1
O fator é chamado Fator de Valor Atual ou Fator de Valor Presente de uma
𝑖(1+𝑖)𝑛
Anuidade ou Série Uniforme de Pagamentos.
n = 12 meses
i = 1% ao mês
PMT = 1.000,00
FV = 0,00
PV = ?
Pág. 31
Matemática Financeira
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇
𝑖(1 + 𝑖)𝑛
(1 + 0,01)12 − 1
𝑃𝑉 = 1.000,00
0,01(1 + 0,01)12
(1,01)12 − 1
𝑃𝑉 = 1.000,00
0,01(1,01)12
1,12682503 − 1
𝑃𝑉 = 1.000,00
0,01 𝑥 1,12682503
0,12682503
𝑃𝑉 = 1.000,00
0,112682503
𝑃𝑉 = 1.000,00 𝑥 11,25507736
𝑃𝑉 = 11.255,08
Resolução na HP-12C
12 N
1 I
0 FV
1.000 CHS
PMT
PV 11.255,08
Este problema envolve a obtenção do valor PMT de cada prestação, sendo as prestações
em número n, a partir do valor presente PV, dada uma taxa de juros i e consiste na
solução da seguinte expressão:
𝑖(1 + 𝑖)𝑛
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
i(1+i)n
O fator é denominado Fator de Recuperação de Capital.
(1+i)n −1
n = 4 anos
i = 8% ao ano
PV = 1.000,00
FV = 0,00
PMT = ?
Pág. 32
Matemática Financeira
𝑖(1 + 𝑖)𝑛
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
0,08(1 + 0,08)4
𝑃𝑀𝑇 = 1.000,00 [ ]
(1 + 0,08)4 − 1
0,08(1,08)4
𝑃𝑀𝑇 = 1.000,00 [ ]
(1,08)4 − 1
0,08(1,36048896)
𝑃𝑀𝑇 = 1.000,00 [ ]
1,36048896 − 1
0,108839117
𝑃𝑀𝑇 = 1.000,00 [ ]
0,36048896
𝑃𝑀𝑇 = 301,92
Resolução na HP-12C
4 N
8 I
0 FV
1.000 CHS PV
PMT 301,92
Os fluxos de caixa não homogêneos apresentam valores distintos entre si e que não
apresentam nenhuma lei de formação que possibilite uma simplificação do cálculo do
seu valor atual. Portanto, deveremos calcular o valor atual individual de cada parcela
que compõe o fluxo de caixa. O valor atual do fluxo de caixa será igual à soma dos
valores atuais de cada capital à taxa de juros i.
Considerando y0, y1, y2,y3, ..., yn os capitais nas datas 0, 1, 2,3,...,n respectivamente,
i a taxa de juros, podemos calcular o valor atual do conjunto de capitais na data 0 (V)
pela fórmula a seguir apresentada:
𝑦1 𝑦2 𝑦3 𝑦𝑛
𝑉 = 𝑦0 + + + +⋯+
(1 + 𝑖)1 (1 + 𝑖) 2 (1 + 𝑖) 3 (1_𝑖)𝑛
Ou podemos usar o símbolo do somatório:
𝑛
𝑦𝑗
𝑉=∑
(1 + 𝑖)𝑗
𝑗=0
Pág. 33
Matemática Financeira
0 1 2 3 4 5 6
0 10 15 0 25 40 40
10 15 25 40 40
𝑉= + + + +
(1 + 0,02)1 (1 + 0,02)2 (1 + 0,02)4 (1 + 0,02)5 (1 + 0,02)6
10 15 25 40 40
𝑉= + + + +
1,02 1,0404 1,08243216 1,104080803 1,126162419
𝑉 = 9,80 + 14,42 + 23,10 + 36,23 + 35,52
𝑉 = 119,07
Resolução na HP-12C
0 g CF0
10 g CFj
15 g CFj
0 g CFj
25 g CFj
40 g CFj
40 g CFj
2 i
f NPV 119,07
O VPL – valor presente líquido – de um fluxo de caixa é igual ao valor presente de suas
parcelas futuras, que são descontadas com uma determinada taxa de juros, somadas
algebricamente com o valor alocado no ponto zero. Normalmente, o valor alocado no
ponto zero corresponde ao valor investido e tem sinal negativo, representando uma
saída de caixa. Podemos dizer que o valor atual líquido é a diferença entre os valores
atuais das entradas líquidas de caixa e os das saídas de caixa relativas ao investimento
liquido. Portanto, o VPL corresponde aos benefícios adicionais provocados pelo
investimento. O cálculo do valor presente líquido pode ser demonstrado pela fórmula
abaixo:
n Ej n Ij
VPL j
(1 1)
0
I
j 1 (1 i )
j
j 1
Onde:
Ej = cada uma das entradas líquidas de caixa
I0 = valor do investimento no momento t0
Ij = saídas líquidas de caixa nos períodos subseqüentes
i = taxa de desconto utilizada
j = períodos de ocorrência dos fluxos de caixa
n = total de períodos
Pág. 34
Matemática Financeira
VPL = 2.350/(1,1)1+1.390/(1,1)2+3.350/(1,1)3+4.275/(1,1)4+5.350/(1,1)5–11.500
VPL = 2.350/1,1+1.390/1,21+3.350/1,331+4.275/1,4641+5.350/1,61051-11.500
VPL = 2.136,36 + 1.148,76 + 2.516,90 + 2.919,88 + 3.321,93 – 11.500
VPL = 12.043,83 – 11.500,00
VPL = 543,83
O VPL positivo de $ 543,83 indica que o fluxo de caixa está remunerando o investimento
de $ 11.500 com a taxa de 10% ao ano e ainda está gerando um aumento de riqueza
de $ 543,83 expresso em moeda do ponto zero. Em outras palavras, o investimento
está sendo remunerado a 10% ao ano e agregando um valor econômico de $ 543,83
expresso em termos de valor presente.
Resolução na HP-12C
11.500 CHS g CF0
2.350 g CFj
1.390 g CFj
3.350 g CFj
4.275 g CFj
5.350 g CFj
10 I
f NPV 543,83
Pág. 35
Matemática Financeira
- VPL > 0 a proposta gerará um retorno maior que a taxa de desconto utilizada
o investimento poderá ser aprovado
- VPL = 0 a proposta gerará um retorno igual à taxa mínima aceitável após o
pagamento dos valores investidos proposta viável.
- VPL < 0 a proposta gerará um retorno menor que o custo de capital ou menor
que a rentabilidade mínima exigida proposta economicamente inviável
Uma proposta que tenha VPL igual a zero não significa que apresentará resultado
econômico igual a zero. Significa que a proposta além de pagar os valores investidos,
proporciona um lucro exatamente igual ao mínimo esperado, atingindo a taxa mínima
de atratividade. Ao compararmos dois ou mais projetos, será aceito como o melhor
projeto, aquele que apresentar o maior valor presente líquido, desde que os projetos
tenham a mesma duração.
Em alguns casos o valor presente líquido (VPL) não fornece uma resposta
suficientemente clara para comparar duas ou mais propostas. Nestes casos é mais
apropriado calcular o índice de lucratividade (IL) obtido através do quociente entre
os valores atuais das entradas líquidas de caixa e os valores atuais das saídas líquidas
de caixa, usando-se como taxa de desconto a taxa mínima de atratividade do projeto.
Esse índice indica o retorno apurado para cada R$ 1,00 investido, em moeda atualizada
pela taxa de atratividade.
O VPL e o IL são técnicas bastante satisfatórias uma vez que consideram o valor do
dinheiro no tempo. A grande vantagem destes métodos é a utilização de uma taxa de
desconto definida antecipadamente como a mínima aceitável para aprovar o
investimento.
Nem sempre as empresas detêm capital próprio para investir nas diversas
oportunidades que lhe são apresentadas em dado momento. Entretanto, sempre haverá
a possibilidade de poupar, até que a acumulação de capital gerada por excedentes
líquidos de diversos exercícios fiscais seja suficiente para o volume de investimentos
necessários para dada oportunidade de negócio. No entanto, não é aconselhável
esperar, pois há uma competição no mercado por oportunidades lucrativas. Nesses
casos, as empresas lançam mão de empréstimos para financiar o investimento.
Pág. 36
Matemática Financeira
Quando os empréstimos são tomados a longo prazo, os juros passam a ser considerados
em sua forma composta. As prestações compõem-se de amortização do principal mais
juros incidentes sobre o saldo devedor no início de cada período.
A amortização é um processo financeiro pelo qual uma dívida ou obrigação é paga
progressivamente por meio de parcelas ou prestações de modo que ao término do prazo
estipulado o débito seja liquidado.
As prestações constituem-se de duas partes: a amortização ou devolução do principal
emprestado e os juros correspondentes aos saldos do empréstimo ainda não
amortizados, ou seja: PRESTAÇÃO = AMORTIZAÇÃO + JUROS
O Sistema Francês foi concebido pelo matemático inglês Richard Price no século XVIII
(daí a denominação Sistema Price), embora tenha se desenvolvido na França, no século
XIX. Neste sistema, as prestações são iguais e consecutivas a partir do instante em que
começam a serem pagas as amortizações, portanto a amortização é crescente e os
juros são decrescentes. Este sistema é utilizado nos financiamento de bens de consumo.
É o sistema mais empregado no Brasil. Consiste em um sistema de amortização
utilizando pagamentos em parcelas constantes ao longo de todo o prazo de pagamento
do empréstimo. Para o cálculo das prestações, que são constantes, usa-se a expressão
da série anual uniforme (problema do tipo “dado PV achar PMT”):
𝑖(1 + 𝑖)𝑛
𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 [ ]
(1 + 𝑖)𝑛 − 1
SISTEMA AMERICANO
Pág. 38
Matemática Financeira
Roteiro de cálculo:
a) Calcula-se o valor da prestação (PMT);
b) Determina-se o juro contido na 1ª prestação (J = PV x i);
1
c) Determina-se a parcela de amortização contida na 1ª prestação pela diferença entre
o valor da prestação e o juro nela contido (A = PMT – J ); e, assim, sucessivamente.
1 1
0,10(1,10)4
𝑃𝑀𝑇 = 100.000,00 [ ]
(1,10)4 − 1
0,10(1,4641)
𝑃𝑀𝑇 = 100.000,00 [ ]
1,4641 − 1
0,14641
𝑃𝑀𝑇 = 100.000,00 [ ]
0,4641
𝑃𝑀𝑇 = 100.000,00 𝑥 0,3154708
𝑷𝑴𝑻 = 𝟑𝟏. 𝟓𝟒𝟕, 𝟎𝟖
Portanto, o valor de cada prestação será de $ 31.547,08.
Os juros do 1º ano serão $ 100.000,00 x 0,10 = $ 10.000,00
Os juros do 2º ano serão $ 78.452,92 x 0,10 = $ 7.845,29
Os juros do 3º ano serão $ 54.751,13 x 0,10 = $ 5.475,13
Os juros do 4ª ano serão $ 28.679,13 x 0,10 = $ 2.867,91
Pág. 39
Matemática Financeira
O valor de cada amortização será obtido pela diferença entre o valor da prestação e o
valor dos juros do ano.
A amortização do 1º ano será $ 31.547,08 - $ 10.000,00 = $ 21.547,08
A amortização do 2º ano será $ 31.547,08 - $ 7.845,29 = $ 23.701,79
A amortização do 3º ano será $ 31.547,08 - $ 5.475,13 = $ 26.071,97
A amortização do 4º ano será $ 31.547,08 - $ 2.867,91 = $ 28.679,13
Assim, os juros de cada ano vão diminuindo de valor ao longo do tempo, e as
amortizações, inversamente, vão aumentando de valor de forma exponencial.
Neste sistema, em cada período o tomador somente paga os juros do saldo devedor,
não havendo nenhum pagamento a título de amortização. Portanto, o saldo devedor
não se alterará durante o prazo contratual, pois, como os juros são pagos e não
incorporados ao saldo devedor, o principal será pago então no final do prazo contratual
acordado entre as partes.
Note que, como os juros são pagos e não incorporados ao saldo devedor, é como se o
empréstimo fosse concedido no regime de juros simples.
Pág. 40
Matemática Financeira
Pág. 41
Matemática Financeira
Outra maneira de analisar os planos é usar o cálculo das reaplicações dos valores que
ficaram disponíveis em cada plano antes do final do 4ª ano, com a taxa de 10% ao ano.
As possíveis reaplicações em cada plano são as seguintes:
Sistema de Amortização Constante – SAC = reaplicação das 3 primeiras prestações
($ 35.000,00; $ 32.500,00 e $ 30.000,00) até o final do 4º ano, mais o valor da
prestação do 4º ano ($ 27.500,00).
Pág. 42
Matemática Financeira
As diferenças entre os totais pagos em cada um dos 4 planos são compensadas pelas
receitas de reaplicações das parcelas recebidas antes do final do 4º ano, a taxa de 10%
ao ano, conforme quadro abaixo:
Podemos verificar a equivalência dos 4 planos, com a taxa de 10% ao ano, podendo
afirmar que:
Os 4 planos são equivalente, com a taxa de 10% ao ano, por apresentarem o mesmo
valor presente (PV = $ 100.000,00) quando seus valores são descontadas a essa
mesma taxa.
Os 4 planos são equivalentes, com a taxa de 10% ao ano, por apresentarem o
mesmo valor futuro (FV = $ 146.410,00) no final do 4º ano, quando seus valores
são capitalizados para essa mesma data, com taxa de 10% ao ano.
O leasing é uma operação em que o dono do bem (arrendador) cede para outro
(arrendatário) a sua utilização durante um período de tempo determinado, recebendo
em troca uma remuneração periódica (contraprestação), constituída pela amortização
do valor do bem, pelos encargos, pela remuneração da arrendadora e pelos impostos.
Trata-se de uma operação de financiamento com cláusula prevendo a possibilidade de
recompra do objeto arrendado pelo arrendatário, mediante um valor residual
previamente estipulado.
Pág. 43
Matemática Financeira
LEASING OPERACIONAL
(a) Benefício fiscal será igual ao valor da despesa multiplicado pela alíquota de IR
($2.000 x o,30 = $600)
(b) Benefício da depreciação será igual à alíquota do IR multiplicado pelo valor da quota
de depreciação anual (0,30 x $20.000 / 4 = $1.500)
Pág. 44
Matemática Financeira
19.661,28
𝐴𝐸 =
(1 + 07)4 − 1
(1 + 07)4 𝑥 0,07
19.661,28
𝐴𝐸 =
1,31079601 − 1
1,31079601 𝑥 0,07
19.661,28
𝐴𝐸 =
0,31079601
0,09175572
19.661,28
𝐴𝐸 =
3,387211282
𝑨𝑬 = 𝑹$ 𝟓. 𝟖𝟎𝟒, 𝟓𝟔
𝐴𝐸 𝑅$ 5.804,56
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 = = = 𝑹$ 𝟖. 𝟐𝟗𝟐, 𝟐𝟑
(1 − 𝑇) (1 − 0,30)
Pág. 45
Matemática Financeira
LEASING FINANCEIRO
Dados da operação:
Valor da operação – VO = R$ 100.000
Valor residual garantido – VRG = 20%
Prazo da operação – n = 36 meses
Taxa de juros efetiva aplicada no arrendamento – iA = 8% ao mês
(100% − 𝑉𝑅𝐺%)
𝑇𝐴 = + 𝑖𝐴 𝑥 𝑉𝑅𝐺%
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 − 1
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 𝑥 𝑖𝐴
(100% − 20%)
𝑇𝐴 = + 0,08 𝑥 20%
(1 + 0,08)36 − 1
(1 + 0,08)36 𝑥 0,08
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Matemática Financeira
80%
𝑇𝐴 = + 0,08 𝑥 20%
(1,08)36 − 1
(1,08)36 𝑥 0,08
80%
𝑇𝐴 = + 0,08 𝑥 20%
15,96817184 − 1
15,96817184 𝑥 0,08
80%
𝑇𝐴 = + 0,08 𝑥 20%
14,96817184
1,277453747
80%
𝑇𝐴 = + 0,08 𝑥 20%
11,71719279
100%
𝑇𝐴 =
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 − 1
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 𝑥 𝑖𝐴
100%
𝑇𝐴 =
(1 + 0,08)36 − 1
(1 + 0,08)36 𝑥 0,08
100%
𝑇𝐴 =
(1,08)36 − 1
(1,08)36 𝑥 0,08
100%
𝑇𝐴 =
15,96817184 − 1
15,96817184 𝑥 0,08
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Matemática Financeira
100%
𝑇𝐴 =
14,96817184
1,277453747
100%
𝑇𝐴 =
11,71719279
𝑻𝑨 = 𝟖, 𝟓𝟑𝟒𝟒𝟔𝟕𝟒𝟏%
(100% − 𝑉𝑅𝐺%)
𝑇𝐴 =
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 − 1
(1 + 𝑖𝐴 )𝑛 𝑥 𝑖𝐴
(100% − 20%)
𝑇𝐴 =
(1 + 0,08)36 − 1
(1 + 0,08)36 𝑥 0,08
80%
𝑇𝐴 =
(1,08)36 − 1
(1,08)36 𝑥 0,08
80%
𝑇𝐴 =
15,96817184 − 1
15,96817184 𝑥 0,08
80%
𝑇𝐴 =
14,96817184
1,277453747
80%
𝑇𝐴 =
11,71719279
𝑻𝑨 = 𝟔, 𝟖𝟐𝟕𝟓𝟕𝟑𝟗𝟐𝟖
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Matemática Financeira
Poupança e investimento
Os recursos necessários para uma aplicação provêm da parcela não consumida da
renda, à qual se dá o nome de poupança. Qualquer pessoa que tenha uma poupança
(por menor que seja seu valor) ou uma disponibilidade financeira pode efetuar um
investimento, esperando obter:
reserva para qualquer despesa imprevista e uma garantia para o futuro —
segurança;
boa remuneração — rentabilidade;
crescimento do capital empregado — valorização;
defesa contra eventual desvalorização do dinheiro — proteção;
oportunidade de associação com empresas dinâmicas — desenvolvimento
econômico;
rápida disponibilidade do dinheiro aplicado — liquidez.
Investimentos imobiliários
Envolvem a aquisição de bens imóveis, como terrenos e habitações. Para a economia
como um todo, entretanto, a compra de um imóvel já existente não constitui
investimento, apenas transferência de propriedade. Os objetivos do investidor de
imóveis são geralmente distintos de quem procura aplicar em valores mobiliários,
sobretudo no que se refere ao fator liquidez de um e de outro.
Investimentos em títulos
Abrangem aplicações em ativos diversos negociados no mercado financeiro (de crédito),
que apresentam características básicas em relação a:
renda — variável ou fixa;
prazo — variável ou fixo;
emissão — particular ou pública.
Renda
A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será
conferido ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre,
por exemplo, com o certificado de depósito bancário (CDB).
A renda variável será definida de acordo com os resultados obtidos pela empresa ou
instituição emissora do respectivo título.
Pág. 49
Matemática Financeira
Prazo
Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data
definida para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a
qualquer momento. Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para
vencimento ou resgate, quando seu detentor receberá o valor correspondente à sua
aplicação, acrescido da respectiva remuneração.
Emissão
Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por
sociedades anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco
Central do Brasil, respectivamente; públicos, se emitidos pelos governos federal,
estadual ou municipal. De forma geral, as emissões de entidades públicas têm o
objetivo de propiciar a cobertura de déficits orçamentários, o financiamento de
investimentos públicos e a execução da política monetária.
O mercado de capitais
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa
proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de
capitalização. É constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras
autorizadas.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do
capital de empresas — as ações — ou de empréstimos tomados, via mercado, por
empresas — debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e commercial
papers — que permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento
econômico.
O mercado de capitais abrange ainda as negociações com direitos e recibos de
subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais
derivativos autorizados à negociação.
Pág. 50
Matemática Financeira
Tipos de ações
Ordinárias – proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao
acionista o direito de voto em assembleias gerais.
Preferenciais – garantem ao acionista a prioridade no recebimento de dividendos
(algumas vezes em percentual mais elevado que o atribuído às ações ordinárias) e no
reembolso de capital, em caso de dissolução da sociedade.
As Bolsas de Valores
As bolsas são locais que oferecem as condições e os sistemas necessários para a
realização de negociação de compra e venda de títulos e valores mobiliários, e de outros
ativos, de forma transparente. Além de oferecer um ambiente para a negociação dos
títulos nelas registrados, orientar e fiscalizar os serviços prestados por seus
intermediários, facilitar a divulgação constante de informações sobre as empresas e
sobre os negócios que se realizam sob seu controle, as bolsas propiciam liquidez às
aplicações de médio e longo prazos, por intermédio de um mercado contínuo
representado por seus pregões diários.
As Corretoras
Corretoras são instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central do Brasil, pela
CVM e pela Bolsa, habilitadas a negociar valores mobiliários em pregão. As corretoras
podem ser definidas como intermediárias especializadas na execução de ordens e
operações por conta própria e determinadas por seus clientes, além da prestação de
uma série de serviços a investidores e empresas, tais como:
diretrizes para seleção de investimentos;
intermediação de operações de câmbio;
assessoria a empresas na abertura de capital, emissão de debêntures e debêntures
conversíveis em ações, renovação do registro de capital etc.
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Matemática Financeira
BM&FBOVESPA
A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA) foi criada em maio de 2008
com a integração da Bolsa de Mercadorias & Futuros e da Bovespa Holding. Juntas,
essas companhias originaram uma das maiores bolsas do mundo em valor de mercado.
A BM&FBOVESPA oferece à negociação ações, contratos futuros, de opções, a termo e
de swaps referenciados em índices, taxas de juro e câmbio, e commodities
agropecuárias e de energia, além de operações no mercado a vista, como ouro, dólar
pronto e títulos públicos federais.
Na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, são negociados os mais variados títulos e
valores mobiliários de empresas criteriosamente selecionadas. A BM&FBOVESPA
exerce, em defesa do investidor, rigoroso acompanhamento de todos os aspectos
envolvidos nas transações, assegurando o cumprimento dos negócios realizados. Todas
as operações são realizadas via pregão eletrônico.
Governança corporativa
Governança corporativa é um sistema pelo qual as sociedades são geridas a partir do
relacionamento entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria
independente e conselho fiscal. Boas práticas de governança corporativa visam
aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua
perenidade.
Para adequar-se a essa tendência, a BM&FBOVESPA criou segmentos especiais para a
listagem de companhias abertas, cada um deles com diferentes exigências relativas aos
direitos dos acionistas e à prestação de informações.
O Novo Mercado, principal segmento, abriga companhias que emitem exclusivamente
ações com direito a voto (ON). Além disso, exige a publicação de informações segundo
padrões internacionais ou norte-americanos e a adesão à Câmara de Arbitragem do
Mercado para a resolução de conflitos entre acionistas.
Os outros dois segmentos — os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2
— permitem a listagem de companhias com ações sem direito a voto, mas, no Nível 2,
em alguns casos, os detentores de ações PN podem votar. Já no Nível 1, verifica-se
expressiva melhoria na prestação de informações em comparação ao exigido por lei.
Em todos os segmentos, requerem-se a manutenção de pelo menos 25% das ações em
circulação.
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Matemática Financeira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAZZAN, Samuel e POMPEO, José Nicolau. Matemática Financeira. São Paulo: Saraiva,
2007.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira – Objetiva e Aplicada. São Paulo:
Saraiva, 2004.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Engenharia Econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2009.
LAURENCEL, Luiz da Costa e REZENDE, Mauro. Engenharia Financeira – Fundamentos
para Avaliação e Seleção de Projetos de Investimentos e Tomada de Decisão. Rio de
Janeiro: LTC, 2013.
BM&FBOVESPA. Introdução ao Mercado de Capitais. São Paulo, 2010
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