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MATEMÁTICA FINANCEIRA

TEXTO DE APOIO
PROF. IVAIL MUNIZ

MARÇO 2019

Matemática Financeira – Prof. Ivail Muniz Página 1


ALUMNI COPPEAD 2019

Matemática Financeira
Prof. Ivail Muniz.

APRESENTAÇÃO

Esse material tem como objetivo apresentar conceitos de matemática financeira e análise financeira de projetos, servindo
de apoio aos seminários. O foco do texto é apresentar/reforçar/consolidar/uniformizar e explorar o conceito de equivalência
de capitais, para, a partir daí, entender/explorar/construir e aplicar os conceitos de análise de investimentos/projetos. Quem
aprende bem o conceito de equivalência de capitais, entendendo o valor do dinheiro no tempo, consegue utilizar
corretamente esse conceito para analisar situações financeiras, e, consequentemente, tende a ter uma visão ampliada do
que acontece em um número muito grande de situações envolvendo o dinheiro.

A primeira parte apresenta os conceitos básicos de Matemática Financeira, dos regimes de juros até séries uniformes. O
foco, vale reiterar, é o conceito de equivalência de capitais, ou seja, entender como o dinheiro se transforma no tempo.
Uma parte muito considerável das situações financeiras envolve a idéia de “levar” o dinheiro para o futuro(capitalizar) ou
trazê-lo para uma data anterior (descontar), através de uma taxa e dentro de um prazo.

A segunda parte trata dos principais métodos de análise de investimentos e uma introdução à tomada de decisão. E
investimento aqui pode significar a compra de um maquinário, a transformação de uma unidade fabril, o valor de um
contrato, a escolha do sistema de financiamento, a aquisição de um imóvel para ampliação, etc. Abordaremos os seguintes
métodos de análise de investimentos: VPL, TIR, Payback, Índice de Lucratividade e Valor Periódico Uniforme.

A resolução dos exercícios da Lista Complementar, bem como dos exercícios selecionados (slides) é fundamental para
uma boa aprendizagem dos conceitos e suas aplicações em situações reais.

Bom estudo e bom trabalho.


Prof. Ivail Muniz.

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Sumário.

1 – INTRODUÇÃO

2 – CONCEITOS BÁSICOS

3 – REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO

4 – EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS.

5 – ANUIDADES.

6 – ANÁLISE DE INVESTIMENTOS.

6. 1 – VPL

6.2 – TIR

6.3 – PAYBACK

6.4 – ANÁLISE DE LUCRATIVIDADE

6.5 – VALOR PERIÓDICO UNIFORME.

Apêndice: Utilização das funções básicas da HP 12C.

1 – INTRODUÇÃO.

A operação básica da Matemática Financeira é a operação de empréstimo. Alguém dispõe de um capital C (chamado de
Valor Presente, Valor Atual ou Principal), emprestado a outrem por um certo período de tempo. Após esse período, ele
recebe o capital C de volta, acrescido de uma remuneração J pelo empréstimo. Essa remuneração é chamada de Juro. A
soma C + J é chamada de Montante (Valor Futuro) e será representada por M. A razão i = J/C, que é a taxa de crescimento
do capital, será sempre referida ao período da operação e chamada de taxa de juros.

2 – CONCEITOS BÁSICOS .

Valor presente: capital no tempo atual; também conhecido como capital inicial, valor atual ou principal. Será representado
por VP (“valor presente”) ou PV (“present value”).

Valor futuro: capital no tempo futuro; também conhecido como montante ou valor de resgate. Será representado por VF
(“valor futuro”) ou FV (“future value”).

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Juro – é o valor pago/recebido pela captação/aplicação do capital. Ou seja, é o valor pago ou recebido pelo “aluguel” do
capital. O juro tem por objetivo compensar àquele que disponibiliza o capital em função dos seguintes fatores: risco, custo
de oportunidade e depreciação do capital.

Período de Capitalização - é o período compreendido entre dois momentos consecutivos de apuração dos juros devidos.
Exemplo: a Poupança tem período de capitalização igual a 1 mês.

Prazo – representado pela letra “n”. É igual ao número de períodos de capitalização envolvidos na operação.

Capitalização - é a correção do capital em função do tempo. Ao processo inverso chamamos de Descapitalização.

Exemplos:

3 – REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO.

Existem dois regimes de capitalização dos juros. No regime de juros simples, somente incidem juros sobre o capital inicial.
No regime de juros compostos, incidem juros sobre juros, ou seja, a taxa de juros incide sobre o capital inicial acrescido de
juros.

Exemplo. Calcular o crescimento do dinheiro no tempo de um investimento de $500,00, aplicado por quatro anos a uma
taxa de 15% ao ano, no regime de juros simples e compostos.

Nos Juros simples, podemos notar que o capital cresce linearmente com o tempo.

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Nos Juros compostos, podemos notar que o capital cresce exponencialmente com o tempo, uma vez que os juros
acumulados passam a render juros.

No regime de Juros simples, os juros são proporcionais ao tempo, à taxa e ao valor do principal. Assim, J = C.i.n e, o
montante é dado por:

M = C.(1 + n.i)
No regime de Juros compostos, o montante em um período é igual ao montante do período anterior multiplicado pelo fator
(1 + i). Assim, se considerarmos uma taxa i, um principal C transforma-se após n períodos de tempo, em um montante igual
ao capital inicial multiplicado n vezes pelo fator. Assim,

M = C.(1 + i)n

Outro modo de ler esse resultado: uma quantia, cujo valor atual(ou presente) é VP, equivalerá no futuro, depois de n
períodos de tempo, a uma quantia VF dada por

VF = VP.(1 + i)n

Essa é a fórmula fundamental de equivalência de capitais:


Para obter o valor futuro, basta multiplicar o atual por (1 + i)n
Para o valor presente (atual), basta dividir o valor futuro por (1 + i)n.

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4 – EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS.

4.1 - FLUXO DE CAIXA.

Para investidores, o Fluxo de Caixa proveniente de uma operação financeira é o resultado líquido da mesma, após o
pagamento de despesas operacionais, taxas e impostos.

Ex.:
(1) Aplicação: $10.000,00 (saída)
Resgate: $11.000,00 (entrada)
Impostos a recolher: $150,00 (saída)
Fluxo de caixa: -10.000 + 11.000 – 150 = $850,00

(2) Demanda mensal: 1000 unidades


Preço de venda: $3,00
Faturamento bruto mensal: $3.000,00 (entrada)
Custos operacionais fixos: $600,00 (saída)
Custos operacionais variáveis: $400,00 (saída)
Resultado operacional bruto: 3.000 – 600 – 400 = $2.000,00
IR – Imposto de Renda (20%): $400,00 (saída)
Fluxo de caixa mensal: 2000 – 400 = 1.600

Ativo é o nome genérico dado a qualquer bem ou direito, seja ele projeto, empresa, companhia, firma, empreendimento,
aplicação, negócio etc. que tenha um determinado custo e que proporcione ao(s) seu(s) proprietário(s) ou investidor(es) um
resultado futuro em forma de fluxos de caixa.

Ex.:
Ativo: Aplicação financeira Fluxo de Caixa: Rendimentos (juros)
Ativo: Imóvel Fluxo de Caixa: Aluguel
Ativo: Ações Fluxo de Caixa: Dividendos

4. 2 – VALOR PRESENTE DE UM ÚNICO FLUXO DE CAIXA

É determinado transportando o valor do fluxo (valor futuro) para uma data na qual se deseja calcular o valor Presente, a
dita data de referência ou focal. Note que o valor presente pode ser calculado em relação a qualquer data anterior ao fluxo
de caixa, não existindo a obrigatoriedade da data de referência ser a data zero.

Assim, como dito anteriormente, o valor atual(ou presente) é VP é igual ao valor futuro dividido pelo fator de desconto.

Caso se queira determinar o Valor Presente de dois ou mais fluxos de caixa, basta calcular os valores presentes de
cada fluxo e depois somá-los.

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4. 3 – EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS.

Duas quantias são ditas equivalentes quando, referidas a uma mesma data, possuírem o mesmo valor. Para comparar os
valores em datas diferentes precisamos de uma taxa. Como ela o dinheiro se capitaliza ou é descontado. Assim, capitais
são equivalentes em relação a uma determinada taxa.

A equivalência é extremamente útil na comparação de valores em épocas diferentes. Para somar, subtrair ou comparar
valores, as quantias precisam estar referidas à mesma época. Assim, capitais só podem ser somados ou comparados, se
estiverem na mesma época.

Na comparação de valores, a data de comparação é chamada data focal. Uma propriedade interessante é que se dois (ou
mais) capitais forem equivalentes em uma determinada data focal, serão também equivalentes em qualquer outra data
focal.

A equivalência de capitais nos ajuda a entender o grande segredo da Matemática Financeira, que pode ser assim
resumido:

CAPITAIS SÓ PODEM SER COMPARADOS SE ESTIVEREM NA MESMA ÉPOCA (DATA)

CAPITAIS SÓ PODEM SER SOMADOS SE ESTIVEREM NA MESMA DATA.

Para levar os capitais para uma mesma data, usamos o FATOR DE ATUALIZAÇÃO. Para avançar multiplicamos; para
voltar dividimos. Lembre-se que na comparação precisaremos sempre de uma taxa. Matematicamente temos:

Observe que não temos duas fórmulas, mas apenas uma. Conforme dito anteriormente, vale a pena reforçar dado à
importância do conceito:

Para obter o valor futuro, basta multiplicar o atual por (1 + i)n


Para o valor presente (atual), basta dividir o valor futuro por (1 + i)n.

Exemplo.

Uma empresa prestadora estuda duas possibilidades para receber o pagamento pela prestação de um serviço, orçado em
1 milhão de reais.

Opção A: à vista, mas concedendo um desconto de 5% ao comprador.

Opção B: em duas vezes, sendo uma entrada no valor de 300 mil, e os 700 mil restantes, após 6 meses.

A taxa mínima de atratividade para a empresa prestadora é de 1% ao mês. Qual é a melhor opção financeira para a
prestadora?

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Solução.

Observe que para a empresa, o dinheiro cresce a uma taxa de 1% ao mês. Assim, precisamos comparar o valor de à vista,
com os valores a prazo.

Observe que para a prestadora de serviço receber 959,43 hoje é equivalente, a uma taxa de 1% ao mês, a receber 300
hoje e 700 daqui a seis meses, do ponto de vista do valor do dinheiro.

Se ela concede um desconto de 5%, ela receberá menos que o serviço prestado vale hoje. Assim, do ponto de vista
financeiro, seria melhor receber a prazo do que à vista.

Em outras palavras. Se ela dispusesse de 959,43 hoje, ela poderia receber 300 e aplicar o restante, à taxa dada de 1%
a.m., e obter ao final de 6 meses, a quantia de 700. Se ela recebe 950 hoje, não conseguirá obter esses dois fluxos.

Agora, há outras variáveis envolvidas nessa tomada de decisão?

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5 – SÉRIES UNIFORMES (ANUIDADES).

Chamamos de anuidade (ou série) um conjunto de prestações periódicas e constantes. Elas podem ser positivas (entradas
de caixa) ou negativas (saídas de caixa).

Existem diferentes tipos de anuidades:

 finitas (período determinado) ou infinitas (para sempre, também chamadas de perpetuidades);


 antecipadas (no começo de cada período) ou postecipadas (no final de cada período);
 diferidas (com prazo de carência) ou imediatas (não existe carência).

No nosso dia a dia, nos deparamos com diversas situações que envolvem anuidades, entre elas, poupança, financiamento,
aposentadoria, pensões, aluguel, salários, seguro e investimentos.

5. 1 – CÁLCULO DE ANUIDADES

O valor de uma série uniforme, um período antes do início da série é dada por:

Em que:
PV : Valor presente da série (valor da anuidade um período anterior ao primeiro valor da anuidade)
PMT: Valor de cada termo (prestação/recebimento/fluxo) da série.
N : prazo (número de prestações, por exemplo)
I : taxa de juros da operação.

Para se obter o valor futuro da série, basta usar a equivalência de capitais, levando-se o PV para a data n. Fazemos
isso multiplicando-se o PV por (1+i)n, obtendo:

Em que:
FV : Valor futuro da série (valor da anuidade na data da última prestação – data n)
PMT: Valor de cada termo (prestação/recebimento/fluxo) da série.
N : prazo (número de prestações, por exemplo)
I : taxa de juros da operação.

5. 2– ANUIDADES NA HP-12C E NO MICROSOFT EXCEL

A função financeira das anuidades é o PMT. Primeiro, devemos informar se a anuidade é antecipada ou postecipada. Na
HP-12C, devemos teclar [g] [BEGIN] para anuidade antecipada e [g] [END] para anuidade postecipada. No Microsoft Excel,
o campo Type do PMT (Rate; Nper; PV; FV; Type) ou Tipo do PGTO (Taxa; Nper; VP; VF; Tipo) deve ser igual a 0 ou
omitido (anuidade postecipada) ou 1 (anuidade antecipada).

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Exemplo.

Uma empresa comprou um equipamento no valor de $100.000,00 em 24 prestações mensais iguais a uma taxa de 1%
a.m.. Determine o valor das prestações do financiamento, considerando:

a) a primeira um mês após a compra.


b) A primeira no ato da compra.
c) com uma entrada de 10%, seguida de prestações postecipadas.
d) com uma carência de 6 meses.

Solução.
a) Prestações postecipadas (com a primeira um mês após a compra).

[g] END
100.000 CHS PV
24 N
1 i
PMT (R$ 4.707,35)

No Excel, teríamos:

Obs. O valor futuro: VF = 0, nesse caso, bem como o valor do Tipo também (postecipada)

b) Prestações antecipadas (com a primeira no ato da compra)

[g] BEGIN
100.000 CHS PV
24 N
1 i
PMT (R$ 4.660,74)

No Excel, seria:

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Outro modo de calcular prestações antecipadas é dividir a prestação postecipada (encontrada no item a) pelo fator de
redução de um mês. Logo teríamos:

Com isso, a função Begin deixaria de ser usada para essa situação.

c) Uma entrada de 10%, e o restante financiado em prestações postecipadas.

PREÇO R$ 100.000,00
ENTRADA R$ 10.000,00
VALOR FINANC. R$ 90.000,00
TAXA 1,0%
PGTO R$ 4.236,61

Na HP, fica:

[g] END
90.000 CHS PV
24 N
1 i
PMT (R$ 4.236,61)

d) Com uma carência de 6 meses.


Antes de continuarmos, entendemos por carência de 6 meses, começar a pagar 6 meses após a compra. Assim, os
fluxos de pagamento podem ser representados pelo seguinte diagrama de fluxo de caixa.

Mas para isso, precisamos levar o Valor a ser financiado, para um período anterior à data da primeira parcela, ou seja,
para a data 5. O fluxo abaixo ilustra isso.

PV R$ 100.000,00
PV ATUALIZADO R$ 105.101,01
n 24
taxa 1%
PMT R$ 4.947,47

Na HP, temos:
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[g] END
105.101,01 CHS PV
24 N
1 i
PMT (R$ 4.947,47)

No Excel, a função PMT é equivalente à função PGTO.

Observe que o VP atualizado é o valor futuro do VP, a uma taxa de 1% a.m., durante 5 meses.

Exemplo 2.

Uma micro empresa precisou de um empréstimo de $15.000,00, para ser pago em 9 prestações mensais, iguais e
postecipadas a uma taxa de 1% a.m. Depois do quarto pagamento, ela negociou com o banco um refinanciamento do saldo
devedor em 10 prestações mensais iguais, a serem pagas a partir do quinto mês. Dado que a taxa de juros não se altera,
calcule as novas prestações.

Solução:

Primeiro, devemos determinar as prestações originais.

PV = 15.000,00
n = 9 meses
i = 1% a.m.
PMT = ?

[g] END
15.000 CHS PV
9 N
1 i
PMT - 1.751,11

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Depois de pagar a quarta parcela, a empresa ainda deve 5 prestações mensais de $1.751,11. Seu saldo devedor é o valor
presente dessas 5 prestações.

n = 5 meses
i = 1% a.m.
PMT = 1.751,11
PV = ?

[g] END
5 N
1 i
PMT - 1.751,11
PV 8.498,87

Finalmente, devemos calcular as 10 prestações para amortizar a dívida.

n = 10 meses
i = 1% a.m.
PV = 8.498,87
PMT = ?

[g] END
8.498,87 CHS PV
10 N
1 i
PMT 897,33

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6 – ANÁLISE DE INVESTIMENTOS.

INTRODUÇÃO AO VALOR PRESENTE1

Seu edifício residencial incendiou-se até cair, deixando um lote vazio que vale $ 50.000 e um cheque de $200.00 da
companhia de seguros contra incêndio. Você está pensando em reconstruí-lo, mas seu consultor imobiliário sugere erguer
um edifício comercial. O custo de construção seria de $300.000, e também haverá o custo do terreno que poderia ser
vendido por $50.000. Por outro lado, seu consultor prevê a falta de salas comerciais e supõe que daqui a um ano o prédio
novo poderá ser vendido por $400.000. Assim, você estaria investindo $350.000 agora na expectativa de ter $ 400.000 um
ano depois. Você deve ir em frente se o valor presente (VP) do pagamento esperado de R$ 400.000 for maior do que o
investimento de $ 350.000. Portanto, você precisa se perguntar: “qual é o valor hoje de $ 400.000 a serem recebidos daqui
a um ano? Esse valor presente é maior do que $ 350.000?”

Calculando o valor presente.

O valor presente de $ 400.000 daqui a um ano deve ser menos do que $ 400.000. Afinal de contas, um dólar hoje vale mais
do que um dólar amanhã, porque o dólar hoje pode ser investido para começar a render juros imediatamente. Esse é o
primeiro princípio básico de finanças.

O prédio comercial não é a única maneira de obter $400.00 daqui a um ano. Você poderia investir em títulos do governo
com vencimento em um ano. Suponha que um desses títulos ofereçam juros de 7%. Quanto teria que investir nesses títulos
para poder receber $ 400.000 no final de um ano? Para isso, bastaria fazer $ 400.000/(1+ 0,07), ou seja, $ 373.832.
Portanto, a uma taxa de juros de 7%, o valor presente de $ 400.000 daqui a um ano é $ 373.832.

Vamos supor que, assim que tenha comprometido o terreno e iniciado a construção do prédio, você decida vender o
projeto. Por quanto deveria vendê-lo? Essa é outra pergunta fácil. Como a propriedade valerá $400.00 em um ano, os
investidores estariam dispostos a pagar $ 373.832 pelo projeto hoje. Isso é o quanto lhes custaria para obter um resultado
de $400.000 investindo em títulos do governo. É claro que você poderia vender sua propriedade por menos, mas porque
vender por menos do que aquilo que o mercado aceita? O valor presente de $373.832 é o único preço viável que satisfaz
tanto o comprador quanto o vendedor. Portanto o valor presente da propriedade também é o seu preço de mercado.

Para calcular o valor presente, descontamos pagamentos esperados pela taxa de retorno oferecida por alternativas
equivalentes de investimento no mercado de capitais. Essa taxa de retorno é muitas vezes chamada de taxa de desconto,
taxa mínima de retorno ou custo de oportunidade do capital. Ela é chamada custo de oportunidade porque é retorno
abdicado ao investir no projeto em vez de investir em títulos(por exemplo). No nosso exemplo, o custo de oportunidade foi
de 7%. O valor presente foi obtido ao dividir $ 400.000 por 1,07.

Valor Presente Líquido.

O prédio vale $ 373.832 , mas isso não significa que você esteja $ 373.832 melhor. Você comprometeu $ 350.000 e,
portanto, o seu valor presente líquido (VPL) é de $ 23.832. O valor presente líquido é encontrado ao subtrair o investimento
necessário do Valor presente.

VPL = VP – investimento necessário = $ 373.832 - $ 350.000 = $ 23.832

1
Adaptado de BREALEY E MYERS, Investimento de Capital e Avaliação. Porto Alegre: Bookman, 2006.
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Em outras palavras, o seu projeto de edifício comercial vale mais do que custa – ele faz uma contribuição líquida ao valor.
A fórmula para calcular o VPL, nesse caso simples, pode ser escrita da seguinte maneira:

Lembrando que , o fluxo de caixa no período 0 (ou seja, hoje) normalmente será um número negativo. Em outras
palavras, é um investimento e, portanto, uma saída de caixa. No nosso exemplo, = - $ 350.000.

6. 1 – VALOR PRESENTE LÍQUIDO.

A análise de investimentos consiste em determinar se o projeto é atrativo do ponto de vista financeiro ao investidor. O
investidor, ao aplicar recursos em determinado projeto, deseja uma rentabilidade no mínimo igual ao seu custo de
oportunidade. O custo de oportunidade é o retorno disponível ao investidor em uma alternativa de investimento com nível
de risco comparável.

O VPL é o critério mais utilizado nos processos de tomada de decisão de investimentos. O VPL é a diferença entre quanto
vale e quanto custa o projeto, HOJE. O Valor Presente Líquido – VPL disponibiliza para o investidor a medida exata do
lucro líquido, ou do prejuízo, associado a uma dada operação financeira em termos de valores atuais.

O Valor Presente Líquido é, caracteristicamente, referenciado ao instante inicial da operação, ou seja, a sua data de
referência é, usualmente, a data zero. A taxa de desconto aplicada aos fluxos de caixa com a finalidade de se obter seus
respectivos valores presentes é a chamada Taxa Mínima de Atratividade – TMA, que será precisamente definida no
próximo item.

Para calcular o valor presente líquido (VPL) ou “net present value” (NPV) de um projeto, devemos trazer a valor presente
todos os fluxos de caixa a uma determinada taxa de juros (custo de oportunidade). O VPL é dado pela soma de todos os
valores presentes, e é dado pela expressão abaixo.

Exemplo

Uma mineradora deseja realizar um investimento de $100.000,00 em um projeto com prazo de 4 anos. A empresa tem
custo de oportunidade de 15% a.a. e deseja determinar se o projeto é viável financeiramente através da TIR.

Solução:
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Esse cálculo pode ser feito separadamente, ou seja, encontrar o VP de cada fluxo e somá-los ao investimento inicial.

Pode-se também, para facilitar e agilizar o cálculo, usar a HP-12C ou o Excel. Na HP-12C, temos o seguinte procedimento.

Um procedimento alternativo segue abaixo.

No Excel, utilizamos a função VPL, que tem a seguinte estrutura:

Não devemos incluir o investimento inicial no campo de valores da função VPL (NPV), ou seja, devemos marcar o fluxo de
caixa a partir da data 1, subtraindo por fora da fórmula o valor do investimento inicial, conforme mostra a figura abaixo.

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A partir do conceito de VPL, temos a seguinte Regra para aceitação ou rejeição de projetos pelo método do VPL.

6. 2 – TAXA INTERNA DE RETORNO.

INTRODUÇÃO
A Taxa Interna de Retorno é mais um dos critérios empregados no mercado na análise e avaliação de operações
financeiras, sejam elas aplicações ou captações.
Calculada a partir do conceito de equivalência de capitais, a TIR (IRR) é a taxa que mede a remuneração do capital
envolvido em uma operação. É a taxa que torna a soma dos fluxos de entrada igual à soma dos fluxos de saída, em uma
data focal qualquer.

DEFINIÇÕES
A taxa interna de retorno (TIR) ou “internal rate return (IRR)” mede o retorno do projeto. É a taxa de Juros que torna o VPL
de um fluxo de caixa igual a Zero. A TIR pode ser obtida através da equação.

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Quando o VPL é positivo, isso significa que o projeto agrega valor, ou seja, o investimento está sendo remunerado a uma
taxa de retorno (TIR) superior ao custo de capital (k). Quanto o VPL é negativo, o projeto destrói valor, pois o investimento
está sendo remunerado a uma taxa de retorno (TIR) inferior ao custo de capital. Quando o VPL é zero, temos uma posição
de indiferença. Assim, se a TIR for maior que o custo de oportunidade, deve-se aceitar o projeto; caso seja menor, rejeita-
se o projeto; finalmente, se for igual, é indiferente.

Considere que um investidor aplica hoje $1.000,00. Após 1 mês resgata $600,00 e após 2 meses resgata $700,00,
encerrando o investimento. Qual é a Taxa Interna de retorno desse investimento?

No caso de uma aplicação financeira, a TIR é a taxa que está efetivamente remunerando a aplicação. Uma vez
estabelecido um valor mínimo para a taxa desejada de remuneração do capital (TMA), esta é comparada com a TIR. Caso
a TIR seja igual à TMA, atingimos o ponto; se TIR for maior, a situação será melhor ainda, pois teremos o nosso capital
sendo remunerado além das nossas expectativas; se TIR for menor, devemos rejeitar a hipótese de fazer tal aplicação.

Quando nos referenciamos ao custo de capital para aplicar em um projeto, a taxa interna de retorno será a referência da
taxa máxima do custo de capital que o projeto suporta. Por exemplo, considere um projeto que custe $100,00. O custo do
capital é igual a 20% ao período. Se a TIR do projeto inferior a 20%, o investidor não conseguirá pagar a dívida aos
credores. Se a TIR fosse maior que 20% ainda sobrariam recursos.

Cálculo da TIR.
Como dito anteriormente, para calcular a TIR, de um projeto com n fluxos de caixa, basta resolver a equação:

Essa equação é uma equação de n-ésimo grau, ou seja, se o número de períodos envolvidos na operação for, por
exemplo, 10, teremos uma equação com a variável que queremos determinar (TIR) elevada a décima potência. Este fato
dificulta muito o cálculo da TIR através de procedimentos manuais, portanto, procederemos todos os cálculos envolvendo a
TIR utilizando a calculadora (HP-12C).

Em função da relevância da TIR nos processos de tomada de decisão administrativa, as calculadoras financeiras dispõem
de um processo para cálculo automático desta variável.

Exemplo.
Uma mineradora deseja realizar um investimento de $100.000,00 em um projeto com prazo de 4 anos. A empresa tem
custo de oportunidade de 15% a.a. e deseja determinar se o projeto é viável financeiramente através da TIR.

Resolução.

Matematicamente, temos

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Resolver essa equação está longe de ser uma tarefa fácil. Podemos encontrar essa taxa, usando o Excel ou a HP-12C,
que resolvem essa e outras equações para obtenção da TIR por métodos iterativos, repetidos milhares de vezes em
apenas alguns segundos.

Na HP-12C, temos o seguinte procedimento.

Para calcular a TIR no Excel, basta usar a função TIR. Para calcular a função TIR (IRR), marcamos todo o fluxo de caixa
(desde a data 0). Deixe o campo “estimativa” em branco.

Na figura a seguir, a célula B128 = TIR (B121:B125)

LIMITAÇÕES DO USO DA TIR.

Apesar de ser um importante critério para tomada de decisão no campo econômico, a TIR requer alguns cuidados. Quando
ocorrer mais de uma inversão de sinais nos fluxos de caixa futuros de um projeto, passa a existir mais de um valor positivo
para a TIR. Em casos como esse, NÃO use nas suas análises a TIR, a menos que você seja um especialista. A TIR não é
um instrumento muito eficaz, nem tão pouco eficiente, para se comparar duas ou mais alternativas de investimentos. O fato
da TIR de um dado projeto A ser maior que aquela relacionada ao projeto B não significa que um possa ser admitido
melhor que o outro. Para análises desse tipo, devemos contemplar, cuidadosamente, os valores investidos, as vidas úteis
dos projetos entre outros fatores. Sendo assim, o melhor método para se comparar projetos é o VPL.

Exercícios de Aplicação.

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6.3 – Payback.

O payback é o tempo de recuperação do investimento. Considere que uma empresa deseja investir em um projeto,
cujos fluxos de caixa estão apresentados abaixo, em milhares de reais.

Observe que recebemos $7.500,00 depois de 2 anos ($2.500,00 no ano 1 e $5.000,00 no ano 2), faltando ainda $2.500,00
para recuperar o investimento de $10.000,00. No ano 3, recebemos $7.500,00, mais do que suficiente para recuperar os
$2.500,00. Portanto, o payback é 3 anos. A tabela acima mostra o cálculo do payback.

Se quisermos calcular o payback exato, temos que determinar a fração do terceiro ano necessária para recuperar os
$2.500,00 restantes. Assumindo uma distribuição uniforme dos fluxos de caixa no ano, temos que os 2.500 necessários
para recuperar o investimento de 10.000 correspondem a 1/3 dos 7500 do fluxo de caixa recebido no ano 3. Como
assumimos uma distribuição uniforme, temos que em 1/3 de um ano teremos o retorno do investimento. Logo o Payback
exato é igual a 2,33 anos.

6.4 – Índice de Lucratividade (Rentabilidade)

O Índice de Rentabilidade (IR) ou Índice de Lucratividade (IL) é a razão entre o valor presente das entradas de caixa e o
valor presente das saídas de caixa. Devemos fazer projetos com IR > 1 e rejeitar projetos com IR < 1.

Em geral, o índice de rentabilidade pode ser usado para complementar a análise do VPL e da TIR. O índice de
rentabilidade aqui apresentado não deve ser confundido com duas medidas tradicionais de rentabilidade: ROE (retorno
sobre o capital próprio ou return on equity) e ROI (retorno sobre o investimento ou return on investment). O ROE é
calculado dividindo o lucro pelo capital próprio (do acionista), enquanto o ROI é obtido dividindo o lucro pelo investimento
total.

Exemplo. Uma empresa deseja investir em um projeto, cujos fluxos de caixa estão apresentados abaixo, em milhares de
reais.

Determine o VPL, a TIR e o IR do investimento.

Matemática Financeira – Prof. Ivail Muniz Página 21


Na HP-12C, temos:

E no Excel, temos:

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6.5 – Custo Anual Equivalente.

Quando se calcula o VPL, fluxos de caixa anuais são transformados em um valor único expresso em dinheiro de hoje. Mas,
por vezes, é útil inverter o cálculo, transformando um investimento feito hoje (ou calculado a valores de hoje) em uma série
de fluxos de caixa futuros equivalentes.

Assim, em muitas situações um investimento (um VPL inclusive) é transformado em uma anuidade. Essa anuidade é
chamada de valor periódico uniforme equivalente. Como o período em análise de investimentos é geralmente anual,
chamaremos essa anuidade de valor ou custo anual equivalente.

O custo anual equivalente é o fluxo de caixa anual necessário para recuperar um investimento de capital, incluindo o custo
de capital para esse investimento, durante a vida útil do investimento.

Os custos anuais equivalentes são ferramentas financeiras muito úteis e, por vezes, essenciais.

ESCOLHA DE EQUIPAMENTOS DE LONGA E CURTA DURAÇÃO.

Suponhamos que a empresa TECBIO LTDA precise escolher entre duas máquinas A e B. As duas máquinas têm uma
concepção diferente, mas com capacidades idênticas e executam exatamente a mesma função. A máquina A custa $
15.000 e tem uma durabilidade de três anos. Seu funcionamento custa $ 5.000 por ano. A máquina B é um modelo
“econômico” que custa apenas $ 10.000, mas com durabilidade de apenas dois anos e o seu funcionamento é de $ 6.000
por ano. O custo de oportunidade da empresa é de 10% a.a.

Esses fluxos de caixa são reais, ou seja, a previsão dos custos é feita em reais de poder de compra constante (a inflação,
por enquanto, será desconsiderada)

Como as duas máquinas produzem o mesmo produto, a única forma de escolher entre uma e outra baseia-se no seu custo.
Suponha que calculamos o valor presente desse custo.

FLUXOS DE CAIXA ANUAIS ($ MILHÕES)


PROJETO 0 1 2 3

A -15 -5 -5 -5
B -10 -6 -6

VPL A = 28,37

VPL B = 21,00

A melhor opção é pela máquina B, que apresenta um valor presente dos custos mais baixo? A resposta é depende!
Observe que não necessariamente, visto que B terá que ser substituída um ano mais cedo do que A. Em outras palavras, o
timing da decisão futura de investimento é uma decisão contingente da escolha presente entre A e B.

Uma máquina com um VP total (custos) de $ 21.000 distribuídos por três anos (0 a 2) não é, portanto, necessariamente,
melhor do que uma máquina concorrente com VP total dos custos de $ 28.370 distribuídos por 4 anos (0 a 3).

Uma saída para podermos comparar os VPs que se referem a escalas de tempo diferentes é converter o VP total dos
custos de cada máquina(projeto) em um custo anual equivalente, ou seja, transformar os VP´s em anuidades.

Matemática Financeira – Prof. Ivail Muniz Página 23


Para a máquina A, o custo anual é de 10,61 milhares, ou $ 10.610 por ano:

FLUXOS DE CAIXA ANUAIS ($ MILHÕES)


PROJETO 0 1 2 3

A -15 -5 -5 -5
Custo Anual Equivalente -10,61 -10,61 -10,61

Calculamos o custo anual equivalente pela anuidade de três anos com o mesmo valor presente dos custos durante a vida
útil de A e depois o mesmo para a máquina B. Os cálculos seguem abaixo.

VPA 28370
N 3
I 10%
PMTA (R$ 11.408,00)

VPB 21000
N 2
I 10%
PMTB (R$ 12.100,00)

Conclusão: É melhor escolher a máquina A, porque o seu custo anual equivalente é menor ($ 11.408 versus 12.100 da
máquina B).

Para ampliarmos o entendimento sobre o que significa o custo anual equivalente nesse caso, pode-se consider cada custo
anual equivalente da máquina A ou B como uma renda anual. Suponha que seja pedido ao gestor financeiro para alugar a
máquina A. Haverá três pagamentos anuais iguais a começar no ano 1. Os três pagamentos devem cobrir o custo original
da máquina no ano 0 e o seu custo operacional nos anos 1 a 3. O gestor financeiro, portanto, quem que se assegurar de
que os pagamentos de aluguel valem $ 28.370, o VP total dos custos da máquina A. Pode-se perceber que o gestor
financeiro calcularia o pagamento de um aluguel igual ao custo anual equivalente da máquina A.

O nosso critério para escolher instalações e equipamentos com vidas úteis diferentes é, portanto, escolher o ativo com o
menor pagamento, isto é, com o menor custo anual equivalente.

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Utilização básica da HP 12C.
Nessa disciplina realizaremos os cálculos usando o Excel ou um calculadora científica comum. Mas, mostraremos também
como realizá-los com a calculadora financeira HP-12C, que é o equivalente móvel aos recursos do Excel. Portanto,
precisamos conhecer as funções básicas da HP-12C, que serão abordadas ao longo da disciplina.

1) Ligar ou Desligar a Máquina


Pressionar a tecla [ON].

2) Mudança de Sinal
Pressionar a tecla [CHS].

3) Definição do Número de Casas Decimais


Pressionar a tecla [f] e depois o número de casas decimais desejadas (de 0 a 9).

4) Ponto ou Vírgula
Pressionar, com a máquina desligada, as teclas [ON] e “.” (ponto). Soltar primeiro a tecla [ON] e depois a
tecla “.”.

5) Tecla Amarela [f] e Tecla Azul [g]


A tecla [f] permite acessar as funções em amarelo (na parte superior da tecla), enquanto a tecla [g] permite
acessar as funções em azul (na parte inferior da tecla).

6) Operações Algébricas
Adição: 6 + 2 = 8

Multiplicação: 6 x 2 = 12

Divisão: 6 / 2 = 3

Potenciação: 62 = 36

Radiciação: 61/2 = 2,45

7) Memórias

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Armazenar os números 6 e 2 nas memórias 0 e 1

Recuperar os números 6 e 2 nas memórias 0 e 1

8) Limpeza de Memórias

Bibliografia.
Puccini, Abelardo. Matemática Financeira. Ed. Saraiva. 7ª edição. 2009.

André Carvalhal, Matemática Financeira Aplicada. Ed. Atlas.2007.

Ross, Werterfield e Jordan, Fundamentos de Administração Financeira; Ed. Atlas.2003.

BREALEY E MYERS, Investimento de Capital e Avaliação. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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