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Cálculo e Operações

Financeiras
IGF
2º ANO

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Sumário

•Operações Financeiras

•Capital e Juro

•Regimes de capitalização e actualização

•Operações Activas e Passivas

•Bases de Calendário

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O Cálculo Financeira
Conceito ou dea Matemática Financeira constitui um
cálculo financeiro
segmento ou ramo da Matemática Aplicada que tem por objecto o
Capital Financeiro e a análise intertemporal do seu valor (Rogério,
2009).

Assim, a matemática financeira é a área da matemática que estuda


a equivalência de capitais no tempo, ou seja, como se comporta o
valor do dinheiro no decorrer do tempo.

São várias as situações do quotidiano em que estão presentes conceitos


de Cálculo Financeiro, seja:
• numa óptica de investimento
• numa óptica de financiamento

Operações financeiras: são aquelas capazes de modificar


quantitativamente um capital.
Operações em que se incide a matemática financeira: Aplicações
financeiras, empréstimos, negociação de dívidas, ou mesmo,
calcular o valor de desconto num determinado produto financeiro.
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Elementos básicos do Cálculo
Os elementos básicos da Matemática Financeira, são: Capital, Tempo e
Juro (Matias, 2009).

Capital (Capital inicial ou capital actual, C ou Co):


Representa o valor do dinheiro no momento inicial ou no momento
presente. Este valor pode ser de um investimento ou um
financiamento.

Tempo (n): é o periódo em que o capital está aplicado. É o prazo de


duração da aplicação.

Juros (J)
Representam os valores obtidos pela remuneração de um capital. Os
juros representam o custo do dinheiro.

O capital mais os juros no final do periódo correspondem ao Montante


ou capital final (M, S ou Cn)

Assim: M = C + J

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Os elementos do cálculo financeiro
Elementos permitem-nos
básicosreferir que:
O valor da remuneração do capital vai depender de um padrão, que é o
rendimento (ou custo) dessa unidade de capital durante uma unidade de
tempo.

A existência da remuneração do capital ou


O Juro justifica-se por 3 razões:
1.Privação da liquidez: ao “cedermos” capital a outrem deixamos de
ter a liberdade de escolher o que fazer com o capital (consumo e/ou
poupança).
2.Perda do poder de compra: a inflação faz com que o valor do
dinheiro se altere ao longo do tempo.
3.Risco: ao “cedermos” capital não existe a garantia que o
recuperemos

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Elementos básicos
Por questões de simplicidade de tratamento, convencionou-se exprimir o valor
do custo em termos percentuais (taxa de juros). ou seja, se a remuneração de KZ
100 000 no período de um ano(sendo esta a unidade de tempo) é de KZ 4800,
que designamos por taxa de juro e, dizemos que a taxa de juro é de
4800*100/100000= 4,8%.

Taxa de Juros (i)


É o percentual do custo ou remuneração paga pelo uso do dinheiro. A taxa de
juros está sempre associada a um certo prazo, que pode ser por exemplo ao
dia, ao mês ou ao ano.

O cerne do Cálculo Financeiro reside no Valor Temporal do Dinheiro.


É intuitivo que uma qualquer quantia não tem o mesmo valor consoante
fique disponível imediatamente ou apenas daqui a algum tempo. Existe a
necessidade de efectuar a equivalência entre capitais reportados a instantes
de tempo diferentes.

Desde sempre uma dessas práticas mais comuns é a do cálculo do juro, como
sendo o produto de um capital por uma taxa. Ao processo de transformação,
provocada pelo tempo, de capital em capital mais juro, chama-se
“capitalização”. As variáveis envolvidas neste processo são, como referido
acima o tempo, o capital e o juro.
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Regras do Cálculo Financeiro
Hà três princípios ou regras, que gerem as relações entre estas variáveis e que são os
seguintes:

-1ª Regra: A presença de capital e de tempo e ausência de juro é uma impossibilidade em


matemática financeira. Se há capital e tempo, tem que haver um juro. O juro zero pode
ocorrer se e só se o capital for zero e/ou o prazo for zero

-2ª Regra: Qualquer operação matemática sobre dois ou mais capitais requer a sua
homogeneização no tempo. Dados dois capitais quaisquer C e C’, podem-se adicionar,
subtrair ou estabelecer uma relação de grandeza entre eles (C>C’ ou C’>C ou C=C’) se e
só se eles estiverem referidos ao mesmo momento. É pois incorrecto afirmar que 50 000
KZ recebidos hoje mais 50 000 KZ recebidos daqui a um mês são 200 000KZ.
3ª Regra: Sendo Jk o juro do período k, Ck-1 o capital no início do mesmo período, isto é,
no momento k-1 e ik a taxa de juro em vigor no mesmo período, será:
Jk= ik*Ck-1 (k=1,2,3,…)
Temos pois que, qualquer capital aplicado durante um determinado período de tempo
(período de capitalização), a uma dada taxa de juro, gera uma remuneração (juro), que é o
produto desse capital pela taxa de juro em vigor nesse período.

Todas as operações envolvendo capitais devem observar estes princípios

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Considerações Gerais
A actualização e a capitalização são dois dos mais importantes conceitos do
cálculo financeiro para analisar financiamentos e investimentos.
A mesma quantidade de dinheiro tem diferentes valores em diferentes
momentos do tempo. Essa realidade tanto se verifica quando se analisa o valor
do dinheiro em termos correntes, isto é, não tendo em conta o seu poder
aquisitivo, como quando se analisa em termos reais, isto é, tendo em conta o seu
poder aquisitivo.
O valor actual ou futuro de um conjunto de capitais, seja ele finito ou infinito
(no caso do valor actual), requer a homogeneização no tempo desses capitais, a
qual é realizada seja pelo processo de actualização ou desconto (no caso do
valor actual) seja pelo processo de capitalização (no caso do valor futuro).
É nestes conceitos fundamentais que se apoia a avaliação económica e
financeira de negócios e investimentos.
Capitalização: A aplicação de um capital (capital inicial) durante um
determinado período de tempo, a uma determinada taxa de juro, resulta num
determinado rendimento (juro) (Puccini, 2008).
Ao fim desse período de tempo, o capital inicial transforma-se num
montante capitalizado (capital inicial mais rendimento).
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A actualização ou desconto é o processo de cálculo inverso à
capitalização, pelo qual podemos calcular, em função da taxa de juro,
quanto vale num momento anterior um capital vencível num momento
posterior (Mathias, 2009). Ou seja, consiste no cálculo do valor
actual desse montante.
Tradicionalmente há dois regimes extremos de capitalização e
actualização: regime de juros simples e regime de juros compostos

Regime de juros Simples


O regime de capitalização simples: processo em que os juros são
retirados logo que se vencem (Rogério, 2009).

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Regime de juros compostos

Ao contrário do regime de juro simples, no regime de juro composto o juro é


integrado no circuito de capitalização. Desta forma, além do capital, os juros
também são capitalizados.

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Conceito de cálculo financeiro
Operações passivas: são aquelas em que a entidade recorre para captar
recursos alheios (passivo), operações de empréstimos obtidos ou outros
financiamentos. Ex: empréstimos bancário e para o banco temos os
depósitos.

Operações activas: são aquelas em que a entidade recorre para aplicar


a poupança ou excedente de capital. Ex.: Compra de Bilhetes de tesouro

Bases de calendário: é a base de cálculo para contagem de prazos.


A base de calendário fornece informações da forma de contagem e dos
dias das taxas de juro e é elemento integrante dos contratos de
operações financeiras.

A contagem de tempo entre duas datas para efeito de cálculo dod juros
pode ser efectuado utilizando o ano civil (365), o ano comercial (360)
ou o ano actual (365/366).

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