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CONCURSO PÚBLICO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAPUÃ DO OESTE – RONDÔNIA

BANCA: INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL


BRASILEIRO – IDIB
DATA DA PTOVA: 07/05/2023

MATEMÁTICA
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PROFESSORA: NÁJILA PEREIRA DA SILVA BATISTA


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MATEMÁTICA FINANCEIRA

 NOÇÕES CONCEITUAIS SOBRE VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

O valor do dinheiro no tempo é um conceito financeiro básico que sustenta que o dinheiro no presente
vale mais do que a mesma soma de dinheiro a ser recebida no futuro.
Isto porque o dinheiro que você tem agora pode ser investido e ganhar um retorno, criando assim uma
quantidade maior de dinheiro no futuro.
Além disso, com dinheiro futuro, existe o risco adicional de que o dinheiro nunca possa ser realmente
recebido, por uma razão ou outra.
O valor do dinheiro no tempo é algumas vezes referido como o valor presente líquido (VPL) do dinheiro,
uma métrica muito utilizada para comparar investimentos.

Como funciona o valor do dinheiro no tempo?

Exemplo:
- Suponha que alguém se ofereça para te pagar um determinado serviço de uma das duas maneiras: eles
pagarão a você R$ 1.000,00 agora ou R1.100,00 daqui a um ano.
Qual opção de pagamento você deve escolher?
Depende de que tipo de retorno de investimento você pode ganhar com o dinheiro no momento atual.
Como R$ 1.100,00 é 110% de R$ 1.000,00, então se você acredita que pode fazer mais do que um
retorno de 10% sobre o dinheiro investindo-o no próximo ano, você deve optar por receber os R$ 1.000,00
agora.
Por outro lado, se você não acha que poderia ganhar mais de 9% no próximo ano investindo o
dinheiro, então você deve fazer o pagamento futuro de R$ 1.100,00 — contanto que você confie que a
pessoa lhe pague, claro.

Valor do Tempo e Poder de Compra

O valor do dinheiro no tempo também está relacionado aos conceitos de inflação e poder de compra.
Ambos os fatores precisam ser levados em consideração, juntamente com qualquer taxa de retorno
que possa ser obtida com o investimento do dinheiro.
Por que isso é importante? Porque a inflação constantemente corrói o valor e, portanto, o poder de compra
do dinheiro.
É melhor exemplificado pelos preços de commodities, como gás ou alimentos.
Se, por exemplo, você recebesse um certificado de R$ 100,00 de gasolina gratuita em 2000, poderia ter
comprado muito mais galões de gasolina do que se tivesse recebido R$ 100 de gasolina gratuita uma década
depois.
A inflação e o poder de compra devem ser considerados quando você investe dinheiro, pois, para
calcular o retorno real de um investimento, você deve subtrair a taxa de inflação de qualquer porcentagem de
retorno que você recebe em seu dinheiro.
Se a taxa de inflação for realmente maior do que a taxa de retorno do seu investimento, então, mesmo
que o seu investimento mostre um retorno nominal positivo, você está realmente perdendo dinheiro em
termos de poder de compra.
Por exemplo, se você ganhar 10% em investimentos, mas a taxa de inflação é de 15%, você está
realmente perdendo 5% em poder de compra a cada ano (10% - 15% = -5%).
Fórmula do valor do dinheiro no tempo
O valor do dinheiro no tempo é um conceito importante não apenas para indivíduos, mas também
para tomar decisões de negócios.
As empresas consideram o valor do dinheiro no tempo na tomada de decisões sobre investimentos
em desenvolvimento de novos produtos, aquisição de novos equipamentos ou instalações comerciais e no
estabelecimento de condições de crédito para a venda de seus produtos ou serviços.
Uma fórmula específica pode ser usada para calcular o valor futuro do dinheiro para que ele possa
ser comparado ao valor presente:
Onde:
FV = valor futuro do dinheiro
PV = valor presente
i = taxa de juros ou outro retorno que pode ser obtido sobre o dinheiro
n = o número de períodos compostos de juros por ano

Se quiser considerar um período maior que 1 ano, basta multiplicar o n pelo número de anos a
considerar. Por isso, algumas fórmulas já elevam o valor a (n x t).
Usando a fórmula acima, vamos ver um exemplo em que você tem R$ 5.000,00 e pode esperar ganhar 5%
de juros sobre essa soma a cada ano nos próximos dois anos.
Supondo que o interesse é apenas composto anualmente, o valor futuro de seus R$ 5.000 hoje pode
ser calculado da seguinte forma:
VF = R$ 5.000 x (1 + (5% / 1) ^ (1 x 2) = R$ 5.512,50

A fórmula também pode ser usada para calcular o valor atual do dinheiro a ser recebido no
futuro. Você simplesmente divide o valor futuro em vez de multiplicar o valor presente.
Isso pode ser útil ao considerar dois valores presentes e futuros variáveis. Em nosso exemplo
original, consideramos as opções de alguém pagando seus R$ 1.000 hoje versus R$ 1.100 daqui 1 ano.
Se você pudesse ganhar 5% investindo o dinheiro agora, e quisesse saber qual valor presente seria igual ao
valor futuro de R$ 1.100 — ou quanto dinheiro você precisaria agora para ter R$ 1.100 daqui a um ano — a
fórmula seria seja a seguinte:

VP = R$ 1.100 / (1 + (5% / 1) ^ (1 x 1) = R$ 1.047

O cálculo acima mostra que, com um retorno disponível de 5% ao ano, você precisaria receber R$
1.047 no presente para igualar o valor futuro de R$ 1.100 a ser recebido daqui a um ano.
A expressão matemática para mensurar o valor do dinheiro no tempo é feita através do cálculo de
valor presente e valor futuro.
O valor presente ou principal é dado pelo valor futuro sobre a taxa de juros elevada ao período:

VP = VF/ (1+i) n
VP = valor presente
VF = valor futuro
i = taxa de juros
n = número de períodos

O valor futuro ou montante é dado pelo valor presente multiplicado pelo fator de capitalização:

VF = VP x (1+i) n
VF = valor futuro
VP = valor presente
i = taxa de juros
n = número de períodos

A relação entre o VF e o VP é chamado de fator de taxa efetiva de juros (FTE).

FTE = VF/VP
FTE = Fator taxa de juros efetiva
VF = valor futuro
VP = valor presente
 TIPOS DE REGIME DE CAPITALIZAÇÃO

O regime de capitalização é um modelo de aplicação financeira que pega as contribuições e valores


pagas pelos contribuintes e as redireciona para diferentes investimentos, funcionando como uma espécie de
poupança. Com isso, uma aposentadoria ou investimento que esteja nesse modelo variará de acordo com o
valor que o titular conseguiu depositar e o quanto este montante rendeu ao longo do tempo.
Vale lembrar que, no Brasil, a Previdência Social sempre trabalhou com regime de partição. Ou seja, os
trabalhadores ativos atualmente pagam pela aposentadoria de quem não está mais no mercado, com suas
contribuições previdenciárias.
O mesmo ocorreu com as pessoas que estão aposentadas hoje, cujas contribuições pagaram os benefícios
de quem saiu do mercado antes deles. E assim sucessivamente.
Já a rentabilização do regime de capitalização trabalha de uma forma diferente. As contribuições
deixam de ser coletivas e passam a ser individuais. Com isso, cada pessoa se torna responsável pela própria
aposentadoria.
Apesar de o assunto ser novidade no tocante à Previdência Social, o regime de capitalização já é
utilizado nos programas de previdência privada.
Isso inclui modelos como fundos de pensão e aplicações como PGBL (Plano Gerador de Beneficio
Livre) e VGBL (Vida Gerador de Beneficio Livre).

Os regimes de capitalização funcionam de duas formas diferentes:


• Regime de capitalização de juros simples
• Regime de capitalização de juros compostos.

O regime de capitalização simples, também conhecido como regime de juros simples, tende a ter
um rendimento menor.
Isso porque a taxa de juros incide apenas sobre o valor originalmente aplicado. Ou seja, quem fez um
depósito inicial de R$ 500,00 terá juros apenas sobre este valor, ainda que o montante aumente a cada
rendimento. Isso significa que não há o reinvestimento dos juros.
Já o regime de capitalização composta, mais comumente utilizada pelo mercado financeiro, aplica
juros sobre juros. Com isso, os juros são calculados sobre a soma de capital inicial e rendimento já existente.
Então, quem depositou inicialmente R$500,00 e teve um rendimento de R$80,00 ao longo do
período, terá juros calculados sobre R$580,00.
Vale lembrar que juros e taxa de juros são conceitos diferentes. A taxa de juros é a percentagem
equivalente aos juros.
Já os juros são um valor monetário, ou seja, são calculados em moeda.

Regime de capitalização e investimentos

O regime de capitalização não está restrito às aposentadorias, funcionando também como um


investimento.
Afinal, o conceito de capitalização é a aplicação de valores em investimentos. Com isso, é possível
escolher títulos de capitalização ou demais papeis com diferentes valores e rendimentos.
A escolha deverá considerar o capital a ser aplicado e o objetivo do investidor em adquirir aquele
título.
Toda capitalização tem incidência de juros. Esse rendimento costuma ser mensal e a taxa de juros
varia de acordo com o papel.

Há a possibilidade de o rendimento dos juros, ou seja, a capitalização, ser diária. Logo, o que seria
negativo em uma dívida se torna lucrativo em um investimento. Porém, é importante não confundir
capitalização com liquidez. Por mais que o rendimento seja diário, é possível que só seja possível sacar o
dinheiro após o fechamento do período. Neste meio tempo, o montante aplicado, bem como o seu
rendimento, fica inacessível.
Exemplo de capitalização simples

Você tomou um empréstimo de R$ 1.000 sob juros de 0,5% ao mês.


O pagamento deve acontecer em 2 anos.
Colocando os dados na fórmula, temos o seguinte:
Pv = R$ 1000
i = 0,5% a.m. (transformando em número decimal fica 0,005)
n = 2 anos (como a taxa esta em meses convertemos para mês = 24 meses)
O cálculo para a capitalização simples é, então:
J = 1000 x 0,005 x 24
J = 120
Somente de juros, você deverá pagar R$ 120 no prazo de 2 anos.
Somado ao valor emprestado, o total devido chega a R$ 1.120 (R$ 1.000 + R$ 120).
Como podemos ver na prática, a capitalização simples representa uma remuneração linear (contínuo) sobre o
valor inicial, sem incidência de juros sobre juros.

Exercícios para fixação do conteúdo


Em um depósito de R$ 2.000,00 em uma conta poupança que rende juros de 7% ao ano, qual será o valor futuro da
conta ao final de três anos?

Fernando fez um empréstimo de R$ 10.000,00 no inicio de janeiro, a uma taxa de juros de 5% ao mês. Qual o valor da
divida no final de maio, sabendo que não efetuou pagamentos nesse período?

Janaina pegou uma quantia emprestada em Janeiro, a juros de 3% ao mês, com o compromisso de pagar tudo até
junho. Para seu espanto, sua divida em abril era de R$ 16.390,91. Sabendo que não efetuou nenhum pagamento da
divida neste período, qual o valor do empréstimo e quais os valores da divida a cada mês?
Andrea emprestou uma quantia em janeiro, a juros de 3% ao mês, com expectativa de receber em setembro a quantia
de R$ 3.800,00. Qual o valor do empréstimo?

Felipe quer saber o valor presente de R$ 4.700,00 que serão recebidos daqui a 6 anos, considerando que o seu custo de
oportunidade é de 7% a.a.

Paula que saber o saldo futuro recorrente da realização de depósitos anuais no valor de R$2.000,00 em sua conta
poupança a juros de 6% ao ano, durante 7 anos.

Carlos quer determinar o valor presente de uma anuidade ordinária de quatorze anos de R$900,00 admitindo um custo
de oportunidade de 6% a.a.

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