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INTREPRETAÇÃO DO CAPITALISMO PARA OS SOCIOLOGOS

Para resumir o posicionamento dos autores clássicos, podemos dizer que Durkheim e
Weber são conservadores, defensores do capitalismo, enquanto Marx é favorável a uma
revolução para derrubar de vez esse sistema. Para saber mais detalhes do surgimento
dessa ciência, acesse: Surgimento da sociologia.

Contexto histórico do surgimento da Sociologia

Uma série de fatores modificou a economia, a política e a sociedade europeia como um


todo. Essa série de fatores desencadeou uma nova organização social que precisava ser
compreendida por meio de um método de análise social. São os principais fatores
históricos que influenciaram o surgimento da Sociologia:

Renascimento: o renascentismo é o período de transição de uma Europa medieval para


uma Europa moderna, que passa a valorizar mais a ciência e as artes, reconhecendo a
distinção e a importância da razão e do conhecimento humano, além de separá-los os do
conhecimento religioso.

Surgimento do capitalismo: o mercantilismo, que consiste na primeira fase do


capitalismo moderno, desencadeou uma série de fatores que modificaram o cenário
europeu. Um deles foi a expansão marítima e comercial, que possibilitou um
desenvolvimento econômico mais complexo e a exploração das colônias situadas nas
Américas, na África, na Índia e em parte da Ásia.

Iluminismo: uma nova concepção intelectual e política, surgiu com o iluminismo. As


ideias de igualdade e de disseminação do conhecimento intelectual propagaram-se e
trouxeram à humanidade o entendimento de que a evolução moral e social está
diretamente ligada à evolução intelectual.

Grandes revoluções: as revoluções ocorridas no século XVIII, de inspiração burguesa,


como a Revolução Americana e a Revolução Francesa, (essa última inspirada por
pensadores iluministas) trouxeram uma nova forma de se pensar no Estado e no
governo, afastando o Antigo Regime e dando lugar ao republicanismo, o que alterou a
lógica social e governamental.
Revolução Industrial: houve uma alteração na configuração populacional devido à
Revolução Industrial, pois a Europa, até então sumariamente rural, observava uma
explosão demográfica nas cidades devido à abertura de indústrias, principalmente na
Inglaterra. Os grandes centros urbanos que surgiram repentinamente não tiveram
estrutura para abrigar tantas pessoas, e os postos de trabalho também não foram
suficientes para todos, o que desencadeou problemas sociais e sanitários, que deixaram
como rastro doenças, fome, miséria, desigualdade social e alta taxa de criminalidade.
Concomitantemente com os fatores negativos, a Revolução Industrial promoveu uma
série de benefícios ligados ao desenvolvimento tecnológico, que promoveram um maior
conhecimento técnico especializado e a capacidade de produção em larga escala, o que
propiciou o crescimento populacional."

Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim estudaram as relações de trabalho


e a divisão social do trabalho, e como estas análises se encaixam no capitalismo.

MUNDO DO TRABALHO
1. O MUNDO DO TRABALHO Concentração da produção industrial Século
XIX e início do século XX.
2. 1. O trabalho em Durkheim, Weber e Marx • Três autores clássicos da
Sociologia estudaram o trabalho como objeto de análise: – Émile Durkheim – Max
Weber – Karl Marx
3. A visão de Durkheim • Durkheim concentra sua atenção na divisão do
trabalho • Trabalho = laços de dependência Coesão Social • Ex: Padeiro depende do
agricultor que depende do ferreiro...
4. • Divisão funcional – é a divisão social entre trabalhadores e empregadores •
Empregadores – Atividade de organização da produção e mando; • Trabalhadores –
Atividade produtiva • Sociedade saudável – coesão social • Problemas são doenças
sociais.
5. Equilíbrio e integração social • O capitalista não se deve deixar levar pelo
egoísmo do lucro exacerbado, de outro, o trabalhador não deve questionar sua
funcionalidade dentro da divisão do trabalho.
6. A visão de Max Weber • no capitalismo o trabalho teria se tornado uma
atividade fundamental. • O capitalismo se explica através do encontro entre o “espírito”
capitalista, de obter sempre mais lucros, e uma ética cujo fundamento é uma vida
regrada de autocontrole, que tem na poupança uma característica central.
7. • nesse encontro entre a mente capitalista e a ética protestante, o trabalho
ocupa lugar central. Para o praticante do protestantismo, o sucesso nos negócios é uma
comprovação de ter sido escolhido por Deus. O trabalho árduo e disciplinado e uma
vida regrada e sem excessos podem lhe trazer o êxito profissional, sinal de sua fé e
salvação espiritual. Contudo, ao longo do tempo, o encontro formador da sociedade
capitalista perdeu seu sentido original e o lucro capitalista passou a dirigir as sociedades
contemporâneas. • Ex: vídeo...
8. A visão de Karl Marx • O trabalho em geral é toda a atividade que relaciona a
humanidade à natureza, isto é, toda e qualquer atividade que primeiro pensamos e
depois realizamos. • O trabalho assalariado é uma atividade central para a perpetuação
das relações sociais entre capitalistas e trabalhadores e, por consequência, da exploração
e dominação do trabalhador pelo capitalista.
9. • A divisão em classes sociais constituiu-se com base na retirada, pela
burguesia, dos meios de produção (terras, ferramentas, animais, etc.) dos pequenos
produtores livres. Com isso, formaram-se a classe capitalista(burguesia) e o proletariado
(ou classe trabalhadora), classes fundamentais do capitalismo. A reprodução dessa
divisão social se dá com base na exploração do trabalho assalariado que o trabalhador
vende para o capitalista em troca de um salário.
10. FORÇA DE TRABALHO • quando o capitalista paga pelas atividades
desenvolvidas numa empresa ou indústria em um mês, o que ele está pagando? Por
exemplo, se um grupo de trabalhadores está empregado em um ramo da construção de
seus trabalhos, o capitalista não terá lucro. Isso quer dizer que o capitalista paga a força
de trabalho (a capacidade de trabalho) e não todo o trabalho realizado naquele período
(o resultado do trabalho).
11. ALIENAÇÃO • quando recebo meu salário mensal, acredito que estou sendo
pago pelo total de meu trabalho, mas, na verdade, esse salário representa apenas uma
parcela do trabalho que desenvolvi durante o mês. Marx entende que nessa relação de
troca há uma aparência (ganho pelo meu trabalho) e algo oculto (ganhou apenas parte
do meu trabalho). Essa ocultação é uma forma de alienação.
12. MAIS-VALIA • Termo que explica a relação de apropriação de trabalho
como um todo e o pagamento de apenas uma parte dele. Na economia marxista, mais-
valia é a diferença entre o valor que o trabalhador produz e o seu salário. O salário
equivale a apenas parte do valor produzido pelo trabalhador e o restante é a mais-valia,
apropriada pelo capitalista. Por exemplo, em um mês, uma montadora produz 100
automóveis, mas não paga o valor dos 100 carros para os trabalhadores. Paga apenas
uma parte desse valor, a outra parte é o lucro do capitalista.

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