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Indicadores demográficos
índices:
Natalidade:
Número de nascimentos ocorridos numa certa área, durante um determinado período de tempo (1
ano).
Nupcialidade (Np):
Número de casamentos observados durante um determinado período (1 ano civil).
Mortalidade:
Número de óbitos ocorridos numa certa área, durante um determinado período de tempo (1 ano).
Imigração (I):
Entrada de população estrangeira num país.
Emigração (E):
Saída de pessoas do seu país de origem para o estrangeiro.
Na segunda metade do século XX, começou-se a expor a tendência para o decréscimo da TBN.
Para um maior rigor da análise, recorre-se à TFG (que relaciona o nº de nascimentos com as
mulheres em idade fértil, e não com a população total- que inclui os homens, as crianças e os
idosos).
O número, segundo os dados calculados a partir deste indicador, tem registrado uma quebra
acentuada ao longo das duas últimas décadas (evoluindo de 3,2 filhos/mulher em 1960 para 1,42
filhos/mulher em 2019).
Assim, torna-se impossível renovar o índice de renovação de gerações (IRG), O QUE REFORÇA O
ENVELHECIMENTO DEMOGRÁFICO DO PAÍS
-> Portugal deixou de garantir a substituição de gerações em 1982 (1º ano onde o índice foi inferior a
2,1 filhos/mulher).
Para este cenário, contribui muito a idade média das mulheres ao nascimento do 1º filho (+- 38
anos).
As principais localizações são a Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Algarve e a Região Autónoma
dos Açores.
Os valores mais baixos encontram-se principalmente nas regiões de Norte e Centro, onde há regiões
que não ultrapassam os 5 nascimentos/ 1000 habitantes.
Isto reflete o envelhecimento da população do interior do país e a saída de jovens em idade fértil
para as regiões urbanas do litoral ou para o estrangeiro (em busca de melhores condições de vida).
A MORTALIDADE:
A diminuição da taxa bruta de mortalidade (TBM) é uma tendência que se verifica desde o início do
século XX. Desde então, o Nº total de óbitos do sexo masculino foi sempre superior ao feminino.
Existiu um maior acréscimo no número de óbitos nos últimos anos relacionado com a maior
expressão da população idosa no país, no entanto, existe um declínio na mortalidade devido à
melhoria das condições de vida (condições socioeconómicas e acesso aos cuidados de saúde dos
portugueses).
Resumidamente, depois de uma análise à NUTS II, é possível perceber-se que os valores mais
elevados da taxa bruta de mortalidade ocorrem no Alentejo e, os mais baixos, na AML, na região
Norte e nos Açores.
MORTALIDADE INFANTIL
Atualmente, Portugal é um dos países da Europa com melhor desempenho no que diz respeito aos
baixos valores da mortalidade infantil. Este é um importante indicador de desenvolvimento para
perceber as características socioeconómicas de um país, as quais se veem refletidas na saúde das
mães, dos recém-nascidos e na eficácia dos sistemas de saúde.
SALDO NATURAL
A evolução do saldo natural da população portuguesa revela (a partir de ´60) uma tendência de
decréscimo (reflexo de valores muito baixos de natalidade e aumento da mortalidade), resultante do
envelhecimento da população. Nos últimos anos, este saldo tem apresentado valores negativos (uma
vez que o país regista mais óbitos que nascimentos.
Atualmente, só a AML apresenta uma taxa de crescimento natural positiva, uma vez que tem a TBN
mais alta e maior parte da população jovem.
No sentido oposto, destacam-se as NUTS II do Alentejo e do Centro.
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS
EMIGRAÇÃO
A partir de 2010, começou a maior vaga de E da história (recente) de Portugal, que atingiu o pico em
2014, superando os valores registados em ´60.
Os destinos continuam a ser, maioritariamente, os países da Europa Ocidental, apesar do Reino
Unido ter substituído a França como principal destino de E portuguesa. Fora da Europa, os principais
destinos, referem-se a espaços da CPLP: Angola, Moçambique e Brasil.
IMIGRAÇÃO
A imigração cresceu de forma contínua até à primeira década do século XXI, a partir de ´80.
Entretanto, Portugal abre as suas portas à mão de obra estrangeira.
As primeiras vagas de imigração eram provenientes dos PALOP (países africanos de língua oficial
portuguesa).
No final da década de 90 e início do século XXI assiste-se a uma alteração dos países de origem dos
imigrantes, com a inclusão do Brasil e Europa do Leste.
Entre 2010-2015 a tendência inverteu-se, verificando-se a saída de quase 68 000 imigrantes (por
causa da crise económica e da falta de emprego que assolou o país).
Depois de 2019, o número total (imigrantes legais e ilegais) chegou a 635 000 em território nacional.
Portugal passou a ser, novamente, receptor de migrantes.
Por um lado, o aumento da população imigrante nos últimos anos reflete o fim do período de crise
económica e financeira do país e as políticas de restrição à imigração na Europa.