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MÓDULO 2
O QUADRO NATURAL DE
PORTUGAL – O CLIMA
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LISTAGEM DAS REVISÕES
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O quadro natural de Portugal
– O Clima
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O QUADRO NATURAL DE PORTUGAL – O CLIMA
Diversidade de climas
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O QUADRO NATURAL DE PORTUGAL – O CLIMA
Diversidade de climas
Atmosfera
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A atmosfera é uma massa gasosa que envolve e protege a Terra. Ela é constituída
por várias camadas que apresentam composição e características distintas. É na camada que está em
contacto com a superfície terrestre, a troposfera, que se concentra o ar que respiramos e onde ocorrem
fenómenos meteorológicos como a chuva, o vento, a trovoada...
Termopausa
Mesopausa
Estratopausa
A atmosfera apresenta uma composição e estrutura que permitem a existência e a evolução da vida na
Terra. A atmosfera funciona como uma barreira que filtra os raios solares prejudiciais à vida, protege a
Terra de corpos estranhos como os meteoritos e contribui para o equilíbrio térmico, não permitindo que
as temperaturas atinjam valores muito elevados durante o dia e muito baixos durante a noite.
Temperatura
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A temperatura é o estado de aquecimento de um corpo, neste caso da
atmosfera.
O movimento de translação
Ao longo do ano a temperatura varia devido ao movimento de translação. Este movimento origina a
desigualdade dos dias e das noites, bem como a sucessão das estações do ano e o número de horas de Sol
recebidas. Quanto maior for o dia natural maior vai ser a quantidade de calor recebida pela Terra, logo
mais elevadas vão ser as temperaturas.
Os raios solares não incidem da mesma forma em todos os lugares da superfície terrestre, em
consequência da inclinação do eixo da Terra em relação ao Sol.
Nas regiões equatoriais a quantidade de energia solar recebida varia pouco ao longo do ano. Quando os
raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer, o hemisfério norte recebe mais calor
do que o hemisfério sul e beneficia de mais horas de luz, correspondendo ao Verão.
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Temperatura
Actividade
1. Com base na figura da página anterior:
No solstício de Verão:
No solstício de Inverno:
Nos equinócios:
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Temperatura
NOÇÕES:
CURIOSIDADES:
Equinócio: ocorre quando o Sol se
No Árctico, durante o solstício de Verão, os dias são
encontra no mesmo plano do equador.
longos, o Sol nunca se põe. À noite o Sol atinge o seu
ponto mais baixo mas não desaparece no horizonte, daí
Solstício: ocorre quando o Sol se
Equinócio: ocorre quando o Sol se encontra no mesmo
encontra no mesmo plano de um dos
plano do equador.
trópicos (Câncer ou Capricórnio).
Solstício: ocorre quando o Sol se encontra no mesmo
plano de um dos trópicos (Câncer ou Capricórnio).
Movimento anual aparente do Sol:
Movimento anual aparente do Sol: movimento que o Sol
movimento que o Sol parece realizar
parece realizar entre o Trópico de Câncer e o Trópico
entre o Trópico de Câncer e o
de Capricórnio.
Trópico de Capricórnio.
a expressão "Sol da Meia-Noite". Na Antártida este
fenómeno acontece durante o solstício de Inverno.
O movimento de rotação
NOÇÕES
Movimento de rotação:
Terra executa em torno do seu eixo
imaginário, dura 23 horas e 56
minutos, que origina a sucessão dos
dias e das noites. O movimento faz-
se de oeste para este, ou seja, faz-
se no sentido directo e à velocidade
de 1675 km/h.
Movimento de rotação
Ao executar o movimento de rotação, só uma parte da Terra fica iluminada, a que fica voltada para o Sol.
A outra parte fica na obscuridade, é noite. O círculo (imaginário) que separa estes dois hemisférios é o
círculo de iluminação.
Uma das consequências do movimento de rotação da Terra é o movimento diurno aparente do Sol.
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Variação do ângulo de incidência do Sol em função da hora do dia - movimento diurno aparente do Sol
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A latitude
Os raios solares atingem perpendicularmente a Terra, como esta é esférica, a superfície terrestre não
aquece de igual modo. As regiões junto ao equador registam temperaturas elevadas, porque a inclinação
dos raios solares é menor, sendo menor a superfície a aquecer. Nas regiões junto aos pólos, temperaturas
são mais baixas porque os raios solares estão muito inclinados, sendo a superfície a aquecer maior. Por
outro lado, os pólos encontram-se mais afastados da fonte calorífica.
A temperatura diminui à medida que aumenta a latitude porque aumenta a inclinação dos raios solares e a
superfície a aquecer é maior. Esta variação é muito importante para a distribuição das temperaturas na
Terra e determina a existência de zonas climáticas.
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A altitude
A altitude dos lugares interfere na variação da temperatura. À medida que a altitude aumenta, a
temperatura diminui porque o ar se vai tornando mais rarefeito, pois contem menos partículas, logo,
retém menos calor. Por outro lado diminui a irradiação terrestre.
A diminuição da temperatura com o aumento da altitude de cerca de 0,65 °C por cada 100 metros é o
gradiente térmico.
Actividade
Proximidade do mar/continentalidade
A temperatura na atmosfera é condicionada pela distribuição das terras emersas e dos mares.
A terra aquece e arrefece mais rapidamente do que a água. Assim, no Verão, a água dos oceanos demora
mais tempo a aquecer do que o solo, por isso procuramos as zonas junto à beira-mar porque aí é mais
fresco; no Inverno a água dos oceanos vai libertando o calor que recebeu, amenizando as temperaturas.
Este efeito permite dizer que a água exerce uma acção moderadora sobre as temperaturas: torna-as mais
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amenas tanto no Inverno (menos frias) como no Verão (menos quentes).
À medida que nos afastamos do litoral em direcção ao interior, aumenta a
continentalidade, ou seja, a acção moderadora do mar vai diminuindo até deixar de se sentir.
As correntes marítimas
A água dos oceanos desloca-se pela força dos ventos originando as correntes marítimas. Estas
desempenham um papel muito importante na distribuição da temperatura na superfície terrestre.
Numa corrente marítima quente, a evaporação da água do mar é intensa, o que faz aumentar a humidade
atmosférica e amenizar as temperaturas das regiões litorais. Numa corrente marítima fria, a evaporação
é fraca, o ar torna-se mais seco, não amenizando as regiões do litoral.
Pressão atmosférica
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O ar tem peso e exerce pressão sobre a superfície terrestre. Os diversos valores
da pressão atmosférica são representados por isóbaras.
As isóbaras apresentam um traçado mais ou menos curvilíneo, podendo distinguir-se centros de pressão
barométrica.
A pressão atmosférica normal é de 1013 mbar (milibare ou 1013 hPa ou 760 mmHg).
Se a pressão diminui da periferia para o centro, surge centro de baixas pressões ou depressão
barométrica.
Se a pressão aumenta da periferia para o centro, surge o centro de altas pressões ou anticiclone.
NOÇÕES
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Altitude: a um aumento de altitude corresponde uma diminuição
da pressão atmosférica porque a altura da coluna de ar que exerce pressão sobre
um lugar, bem como a concentração das partículas de ar, é inferior à que existe a
baixas altitudes.
Humidade atmosférica
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A quantidade de água na atmosfera nem sempre não desaparece com a sua
utilização, apenas se transita.
Quando há um aquecimento do ar, a água que se encontra no estado líquido, concentrada nos oceanos,
mares, e rios, passa ao estado gasoso, dando-se a evaporação.
Quando há um arrefecimento do ar, dá-se a condensação do vapor de água à volta de pequenas partículas
sólidas, formando as nuvens.
Quando as gotas de água aumentam de peso e volume caem ou precipitam-se.
A quantidade de vapor de água que a atmosfera contem denomina-se humidade absoluta, varia de local
para local de momento para momento.
A temperatura do ar interfere na quantidade de vapor de água que o ar pode conter. As temperaturas
elevadas fazem com que o ponto de saturação seja maior, isto é, aumenta a capacidade do ar conter vapor
de água, diminuindo a possibilidade de ocorrência de precipitação. Pelo contrário, as temperaturas baixas
diminuem o ponto de saturação, podendo ocorrer precipitação. O ponto de saturação é maior no Verão.
Entre a humidade absoluta e o ponto de saturação existe uma relação que se designa por humidade
relativa. Quando a humidade relativa é de 100%, o ar está saturado, pelo que chove.
A humidade que pode existir na atmosfera é limitada, ou seja, o ar fica saturado quando atinge a
quantidade máxima de vapor de água.
Ciclo hidrológico
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Relação entre a temperatura e a humidade relativa do ar
NOÇÕES
Humidade atmosférica (absoluta): quan-
tidade de vapor de água que existe na
atmosfera.
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Precipitação
O vapor de água condensa-se à volta de partículas de poeiras e cristais de sal existentes na atmosfera,
formando as nuvens. Uma nuvem é constituída por pequeníssimas gotas de água ou cristais de gelo; quando
aumentam de peso e volume, caem sob a forma de precipitação.
A precipitação pode ocorrer sob a forma líquida (chuva ou pluviosidade) ou sob a forma sólida (neve,
granizo e saraiva).
Se a temperatura das camadas da atmosfera for inferior a O °C, os cristais caem sob a forma de flocos
de neve.
Se os cristais se fundirem, devido ao aumento da temperatura, passam a gotas de água, ou seja, a chuva.
NOÇÕES
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Factores determinantes na variação da Precipitação
Exposição geográfica
Altitude
O ar quando encontra uma elevação é "obrigado" a subir, pelo que arrefece, facilitando a condensação e a
precipitação, originando a chuva orográfica
As regiões mais afastadas dos oceanos não sofrem influência dos ventos húmidos e por isso são menos
pluviosas. As principais elevações em zonas costeiras recebem a influência dos ventos húmidos,
provenientes dos oceanos, que favorecem a precipitação.
Nas regiões de altas pressões (regiões subtropicais e zonas polares), a precipitação é escassa porque a
descida do ar não permite a condensação e a formação de nuvens.
Nas regiões de baixas pressões (zonas equatoriais e sub-polares), a precipitação é abundante devido à
ascensão do ar.
Correntes marítimas
As correntes frias arrefecem as massas de ar, havendo uma menor evaporação e, consequentemente, o ar
fica mais seco, não ocorrendo precipitação.
As correntes quentes aquecem as massas de ar aumentando a evaporação e a humidade atmosférica junto
às áreas litorais.
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Os climas da Terra e as suas formações vegetais
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Os climas da Terra e as suas formações vegetais
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Os climas da Terra e as suas formações vegetais
Tipos de clima
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As variedades climáticas em Portugal continental e insular
Portugal continental, situado a uma latitude média de 40° norte, no Verão está sujeito à influência do
anticiclone dos Açores (a nossa alta pressão subtropical), que proporciona bom tempo. No Inverno, a
presença das baixas pressões subpolares provoca precipitação. A Primavera e o Outono constituem
estações de transição, existindo, por isso, grande variabilidade nas condições do tempo.
Em Portugal continental, no arquipélago da Madeira e em grande parte do arquipélago dos Açores,
predomina o clima temperado mediterrâneo. No entanto, a altitude, a continentalidade, a latitude e a
orientação das cadeias montanhosas, face à linha de costa e ao regime de ventos, determinam pequenas
variações.
Em Portugal continental:
No norte litoral (por exemplo, Porto), as amplitudes térmicas anuais são baixas e quase todos os meses são
húmidos, sendo o total anual de precipitação elevado - clima temperado mediterrâneo de feição oceânica;
No norte interior (por exemplo, Bragança) os verões são quentes e secos e os Invernos frios e húmidos.
Apresentam, no entanto, precipitação não muito abundante que, por vezes, assume a forma de neve - clima
temperado mediterrâneo de feição continental.
No sul (por exemplo, Beja ou cabo de São Vicente), os verões são quentes e secos e os Invernos amenos e
pouco pluviosos. O período seco pode durar seis meses, como em
certas áreas do Algarve - é o clima mediterrâneo típico.
Em Portugal insular:
No arquipélago da Madeira o clima é temperado mediterrâneo.
No arquipélago dos Açores, salvo o grupo ocidental (Flores e Corvo), que possui clima temperado oceânico,
existe clima temperado mediterrâneo.
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Variedades climáticas de Portugal
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