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ATMOSFERA E CIRCULAÇÃO GERAL

DOS VENTOS

Profª Msc. Nayara Silva Perazzo de Araújo

IRECÊ - 2023
ATMOSFERA
A atmosfera, além de partículas de poeira e vapor de água, contém os seguintes
gases: nitrogênio (78% do total), oxigênio (21%) e gás carbônico (0,039%). Nela,
encontramos ainda gases raros, assim chamados porque existem em quantidades
muito pequenas no ar;

Para nós, as camadas mais importantes são a troposfera, a estratosfera e a


ionosfera;

A atmosfera, entre outras funções protege a superfície da Terra: Impactos de corpos


celestes (meteoros), mantêm parte do calor solar impedindo sua imediata irradiação
para o espaço, impede variações bruscas de temperaturas permitindo a vida
terrestre.
AS CAMADAS DA ATMOSFERA
Para melhor estudar a atmosfera, os cientistas costumam dividi-la
simplificadamente em quatro camadas. Observe a figura a seguir.
CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA

Os ventos são o ar em movimento. São de grande importância para o estudo


climático, pois, além de auxiliarem na distribuição de calor, também participam na
distribuição da umidade na atmosfera.

MECANISMOS DOS VENTOS

Os ventos sempre sopram de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão.
Essa é a primeira lei da circulação atmosférica, formulada por Buys Ballot.
TIPOS DE VENTOS

Existem os seguintes tipos de ventos:

• regulares — ocorrem nas regiões intertropicais e sopram regular e


constantemente. São denominados alísios e contra-alísios;
• periódicos — são aqueles que têm seu sentido de deslocamento alterado
conforme as condições ambientais;
• brisas — são aquelas que sopram no litoral devido às diferenças de
temperatura entre o mar e o continente. Como os corpos d’água se
aquecem e resfriam mais lentamente em comparação com as áreas
continentais, durante o dia o oceano é mais frio que o continente e, por
isso, o vento irá soprar do oceano (área de alta pressão) em direção ao
continente (área de baixa pressão).
CIRCULAÇÃO DOS VENTOS
Existem locais do globo terrestre nos quais os ventos sopram
constantemente, pois os mecanismos que os produzem
(aquecimento no Equador e resfriamento nos polos) estão sempre
presentes na natureza. São chamados de ventos planetários ou
constantes e podem ser classificados em:

❑ Alísios: ventos que sopram dos trópicos para o Equador, em


baixas altitudes.

❑ Contra-Alísios: ventos que sopram do Equador para os polos,


em altas altitudes.
Brisas
Ventos que mudam de direção
entre o dia e a noite.

Dia = Do continente para o mar

Noite = Do mar para o


continente

Esse fenômeno ocorre em


função da mudança de área de
incidência da maior pressão
atmosférica em função da
dilatação do calor.
CIRCULAÇÃO DOS VENTOS NO BRASIL

A atmosfera que atua no Brasil é movimentada pelos seguintes ventos:

• Alísios – se deslocam para as proximidades do Equador, na Amazônia e no Nordeste;


• Brisas – sopram ao longo de todo o litoral brasileiro. Ocorrem devido à diferença de
aquecimento entre as superfícies oceânicas e as continentais, que determinam movimentos
de massas atmosféricas.
• Minuano – vento frio de origem polar (massa de ar polar atlântica), que penetra no Brasil
pelo Rio Grande do Sul e que, por vezes, pode atingir os estados da Amazônia e do
Nordeste.
• Noroeste – vento moderado ou forte que sopra no Sudeste, principalmente no estado de
São Paulo, nos meses de agosto e setembro.

No Brasil é possível a ocorrência de tornados, que se formam por meio do choque de duas
massas de ar com diferentes características,
TIPOS DE CLIMA

O grande desafio na hora de criar uma classificação climática é a seleção das


categorias de informação disponíveis e as suas implicações nas
necessidades da vida sobre a Terra.
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE STRAHLER

Utilizaremos a classificação proposta pelo pesquisador americano Arthur Strahler,


importante referência com relação à Climatologia e que se baseia na atuação das
massas de ar.
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN

Outra classificação também muito utilizada foi elaborada pelo climatologista alemão Wladimir
Köppen, em 1900. Sua classificação baseia-se na vegetação natural de cada grande região da
Terra, sendo considerada uma expressão direta do clima atuante. Assim, os limites entre os
climas foram elaborados de acordo com a área em que determinada vegetação é
predominante.

1ª letra: indica o grande grupo climático onde a localidade está inserida. EX: A — representa
os climas tropicais úmidos;

2ª letra: indica a distribuição de chuvas ao longo do ano, sendo que. EX: f — representa um
clima sem estação seca definida e com chuvas ao longo do ano;

3ª letra: é utilizada para distinguir as variações de temperaturas entre as localidades. EX: a —


representa verões quentes com temperaturas que ultrapassam os 22ºC nos meses mais
quentes;
ESCALA ESPACIAL DOS FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS

Macro-escala
Trata dos fenômenos em escala regional ou geográgica, que
caracteriza o macro-clima de grandes áreas, devido aos fatores
geográficos, como a latitude, altitude, correntes oceânicas,
oceanalidade/continentalidade, atuação de massas de ar e frentes.
Esses fatores são denominados “macroclimáticos”. O macroclima
é o primeiro a ser considerado no zoneamento agroclimático
Escala espacial dos fenômenos atmosféricos

Topo-escala
Refere-se aos fenômenos em escala local, em que a topografia
condicona o topo-clima, devido às condições do relevo local:
exposição e configuração do terreno. Esses fatores são
denominados de “topoclimáticos” e são de grande importância no
planejamento agrícola.

Espigão
Face
Meia- voltada
encosta para o N
Baixada
Escala espacial dos fenômenos atmosféricos Micro-escala

É aquela que condiciona as condições meteorológicas


(microclima) em uma pequena escala, ou seja, pela cobertura do
terreno ou pela adoção de alguma prática de manejo (irrigação,
adensamento de plantio, cultivo protegido, etc). Cada tipo de
vegetação ou estrutura gera um microclima diferenciado.
Culturas anuais semeadas no sistema convencional tem um
microclima diferente daquelas cultivadas no sistema de plantio
direto. A presença de mato nas entrelinhas e o adensamento das
culturas perenes também interferem no microclima. O uso de
ambientes protegidos (coberturas plásticas) altera o microclima,
Mata em regeneração reduzindo a radiação solar e aumentando a temperatura diurna.

Mata virgem Cultura de arroz Colheita de cana


REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. Geografia Econômica. Atlas. São Paulo, 1998.

CHOLLEY, André. A Geografia: guia para estudantes. França: Presses Univesitaires de France,
1951

TERRA, L; C, M. A. Geografia geral e do Brasil. O espaço natural e socioeconômico. São Paulo:


Moderna, 2005.

LUCCI, E. A. Território e sociedade no mundo globalizado. Geografia geral e do Brasil. São Paulo:
Saraiva, 2005.

Santos, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência Universal/
Milton Santos. – 7ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2001.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP,
2002
_____________. Técnica, espaço e tempo: globalização e meio técnico cientifico informacional.
5ª ed. São Paulo: Edusp, 2008.

_____________. “O retorno do território”. In: Santos, Milton; Silveira, Maria Laura e Souza,
Maria Adélia (orgs). Território – Globalização e Fragmentação. São Paulo, Hucitec/Anpur, 1994
pp. 15-20.

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