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Sistema Climático
Sistema Climático
Sistema Climático
A temperatura e a precipitação são os elementos mais
tradicionais do clima.
Eles representam à base de muitas classificações climáticas.
A distribuição espacial desses elementos mostra climas
quentes e húmidos em baixas latitudes, quentes e mais secos
nos subtrópicos, temperados e húmidos nas latitudes médias,
e frios e secos nas latitudes subpolares e polares.
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A atmosfera é um Sistema Termodinâmico caracterizado por:
composição, estado termodinâmico e estado mecânico
(movimentos).
As variáveis nebulosidade, precipitação e aquecimento
adiabático também ajudam a descrever o estado da
atmosfera.
Estas variáveis interferem no comportamento da atmosfera
em larga escala.
Sistema Climático
A classificação climática em função da latitude, temperatura e
humidade nem sempre representa uma descrição completa
dos climas local e regional.
É preciso considerar também, o contraste térmico entre a
terra e o mar, a influência moderadora dos oceanos e das
áreas geladas sobre a temperatura, e outras influências
similares.
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Sistema Climático Sistema Climático

Sistema Isolado - é o sistema que não troca nenhuma
O clima é modulado por factores externos e internos.
propriedade com sua vizinhança (restrição total).
Os factores externos podem ser agrupados em:
Sistema Fechado - não troca matéria com sua vizinhança
a) factores gerais como: radiação solar, esfericidade da Terra,
os movimentos de rotação e translação, a existência de (restrição só para matéria).
continentes e mares;
b) factores regional e local tais como a distância ao mar, Sistema Aberto - ocorre trocas de matéria e energia (sistemas
topografia, natureza da superfície, cobertura vegetal e
proximidade de lagos. naturais). Esses sistemas são mantidos por constantes
Os factores internos estão relacionados às propriedades suprimentos e remoções de matéria e energia (ex. atmosfera,
intrínsecas da atmosfera tais como a composição,
instabilidades e circulação geral . oceano e biosfera).
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Sistema Climático
Sistema Climático
Sistemas Abertos - em decaimentos ou dissipativos

consomem suas massas ou energias próprias, ou ambas (ex.

Quando as propriedades não variam no tempo ou são
escoamento dos rios durante a estação seca).
conservadas, classifica-se o sistema como estacionário.
Sistemas Abertos Cíclicos - têm um comportamento
Variações podem ocorrer nos sistemas abertos devido à oscilatório regular imposto. São sistemas forçados por ciclos

existência de fluxos líquidos através dos limites. diurnos e anuais (ex. brisas marítima e terrestre).

Os sistemas abertos podem ser classificados como: em Sistemas Abertos Flutuantes Aleatoriamente - trocam de

modo irregular com flutuações não previsíveis no tempo e não

decaimento, cíclico e sistemas flutuando aleatoriamente.
previsíveis como o seu tamanho (vórtices turbulentos na
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atmosfera).

Sistema Climático
Sistemas em Cascatas - é uma cadeia de subsistemas
abertos. São dinamicamente ligados por uma cascata de
matéria ou energia, de modo que a saída de massa ou
energia de um subsistema alimenta o subsistema próximo.
Muitos processos observados na natureza podem ser
classificados como sistema em cascata, tais como o ciclo
hidrológico e o ciclo de entrada de radiação solar.
A energia pode ser armazenada em um subsistema, o qual
pode actuar como regulador, controlando a energia que
entrará no próximo subsistema. O regulador pode também ser
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externo ao sistema.
Atmosfera
Entre os componentes variáveis, o vapor d’água
predominante na troposfera mais baixa e o ozono na
estratosfera média. O dióxido de carbono é bem misturado
abaixo da mesopausa.
A composição da atmosfera é mais complicada pela presença
de várias substâncias em suspensão, como água sólida e
líquida, partículas de poeira, aerossóis de sulfato e poeira
vulcânica.
A composição desses aerossóis também varia no espaço e no
tempo. 11
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Componentes do Sistema Climático
Atmosfera
É uma camada gasosa distribuída quase uniformemente sobre
a superfície do planeta com 99% de sua concentração abaixo
de 30 Km.
A atmosfera é o componente central do sistema climático,
mostrando grande variabilidade no espaço e no tempo.
A atmosfera pode ser dividida em camadas, diferindo, em
função da estabilidade, temperatura e energia.
A composição da atmosfera é uniforme em relação às
concentrações de nitrogênio, oxigênio e outros gases inertes
até a mesosfera.
O tempo de resposta da atmosfera a uma perturbação é muito
é mais curto do que aquele de algum outro componente do
sistema climático.
A resposta ou tempo de relaxação de um sistema, é o tempo
médio necessário para um sistema voltar ao estado inicial,
após uma pequena perturbação aplicada aos seus limites.
O tempo de resposta da atmosfera é da ordem de dias a
semana devido a sua compressibilidade relativamente grande
e, baixo calor específico e densidade.
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Estas propriedades tornam a atmosfera mais fluida e instável.
A troposfera mostra uma circulação geral de larga escala com
movimentos turbulentos nas latitudes médias tais como os
sistemas de tempo e os movimentos turbulentos, principalmente
na Camada Limite Planetária (CLP) e próxima a corrente de
jacto.
Por causa da força de gravidade, a atmosfera é estratificada
com camadas mais densas à superfície.
Considera-se que a atmosfera esteja no estado de quase
equilíbrio hidrostático na vertical.
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Hidrosfera
A energia absorvida pelos oceanos resulta numa troca
relativamente pequena da temperatura da superfície do mar
(TSM), quando comparada às trocas que ocorreriam sobre o
solo.
Devido a sua inércia térmica os oceanos atuam como
abafadores e reguladores de temperatura.
Uma vez que os oceanos são mais densos que a atmosfera,
eles têm uma inércia mecânica maior e uma estratificação mais
pronunciada.
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Hidrosfera
A hidrosfera consiste de toda água na fase líquida distribuída
na Terra.
Inclui os oceanos, mares interiores, lagos, rios e água
subterrânea.
Sem dúvida, os oceanos são os mais importantes para os
estudos climáticos.
Os oceanos cobrem, aproximadamente, 2/3 da superfície do
planeta, tal que a maior parte da radiação solar que alcança a
Terra é absorvida por eles.
Por causa de sua grande massa e calor específico os oceanos
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constituem um enorme reservatório de energia.
Hidrosfera
A parte superior do oceano é a mais ativa, com uma camada
superficial bem misturada da ordem de 100m.
Os oceanos mostram circulações muito mais lentas do que a
atmosfera.
Eles formam grandes circulações quase horizontais com as
correntes oceânicas e lentas sobreposições termohalina
(sobreposições devido às variações de densidade associadas
com trocas na temperatura e salinidade).
Numa escala menor a circulação oceânica também mostra
vórtices, mas a turbulência é menos pronunciada que na
atmosfera.
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Hidrosfera
A resposta ou tempo de relaxação para os oceanos varia
numa faixa de tempo elevado, que se estende de semanas a
meses na camada superior misturada, a estações na
termoclina (encontrada há várias centenas de metros de
profundidade), a centenas ou milhares de anos no oceano
profundo.
As correntes oceânicas transportam parte do calor estocado
nos oceanos das regiões intertropicais, onde existe um
excesso de calor devido a maior incidência de radiação solar
intensa, em direção as regiões mais frias das latitudes médias
e altas.
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Em outras palavras, a precipitação influencia fortemente a
distribuição de salinidade dos oceanos. Existem interacções
internas na atmosfera e oceanos, principalmente, quando e
onde os gradientes de suas propriedades intensivas
(temperatura e salinidade) são grandes. Os lagos, rios e águas
subterrâneas são elementos essenciais do ramo terrestre do
ciclo hidrológico e são factores importantes no clima global.
Eles também influenciam o clima na escala regional ou local.
Os rios são factores importantes na salinidade próxima à
costa.
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A atmosfera e os oceanos são fortemente acoplados.
Interacções mar-ar ocorrem em muitas escalas no espaço e
no tempo através do intercâmbio de energia, matéria e
momentum na interface oceano-atmosfera, como pode ser
visto nas modificações de massas de ar, tais como de ar
marítimo para continental.
O intercâmbio de vapor d’água através da evaporação para a
atmosfera supre de vapor d’água e parte da energia para o
ciclo hidrológico, conduzindo a condensação, precipitação e
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runoff.
Criosfera
A Criosfera representa o maior reservatório de água doce da
Terra.
Entretanto, sua importância para o sistema climático resulta,
principalmente, de sua reflectividade (albedo) para a radiação
solar e sua baixa conductividade térmica.
Uma vez que a cobertura de neve continental e o mar de gelo
sofrem mudanças sazonalmente, eles conduzem a grandes
variações intranual e, às vezes, interanual na contabilidade
energética das regiões continentais e da camada superior
misturada do oceano.
Somando-se as variações sazonais da criosfera, grandes trocas
podem ocorrer em períodos de tempo
20 muito longo.

A criosfera compreende as grandes massas de neve e gelo da
superfície da Terra.
Ela inclui os extensos campos de gelo da Groenlândia e Antártica,
outras geleiras continentais e campos de neve, mar de gelo e
permafrost.
O maior capacete de gelo continental varia muito lentamente para
influenciar o clima sazonal ou interanual.
Entretanto, ele desempenha o papel principal nas mudanças
climáticas de escalas de tempo muito longas, até dezenas de milhares
de anos, tais como as eras glaciais e interglaciais que ocorreram
durante o Pleistoceno.
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Existe uma forte interação da litosfera com a atmosfera através
da transferência de massa, momentum angular e calor
sensível, bem como através da dissipação de energia cinética
por atrito na Camada Limite Planetária (CLP).
A transferência de massa ocorre principalmente, na forma de
vapor d’água, chuva e neve e, em menor quantidade, na forma
de partículas e poeira.
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Litosfera
Inclui os continentes cuja topografia afete os movimentos do
ar, e o solo do oceano.
Excluindo a camada superior activa, na qual a temperatura e
conteúdo d`água podem variar em resposta aos fenômenos
atmosféricos e oceânicos, a litosfera tem o maior tempo de
resposta de todos os componentes do sistema climático nas
escalas de tempo consideradas.
A litosfera pode estar relacionada ao carácter quase
permanente do sistema climático.
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Vulcões lançam matéria e energia da litosfera para a
atmosfera, aumentando assim, a turbidez do ar.
O material particulado adicionado, bem como os gases
originados do enxofre ejectado, condensa na troposfera
formando o que se denomina aerossol.
O material incorporado na atmosfera tem um efeito importante
no balanço de radiação e, por isso, no clima da Terra.
Existe também uma transferência de grande escala de
momentum angular entre a litosfera e os oceanos
presumivelmente através da ação dos torques entre os
oceanos e os continentes. 24
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Biosfera
A humidade da camada activa da litosfera
Compreende a vegetação terrestre, a fauna continental e a
continental tem uma marcada influência no balanço flora e fauna dos oceanos.
de energia local, afectando a taxa de evaporação, o A vegetação altera a rugosidade e o albedo da superfície, a
albedo da superfície e a conductividade do solo. evaporação, o run-off e a capacidade de campo do solo.
Além disso, a biosfera influencia o balanço de dióxido de
carbono na atmosfera e oceanos através da fotossíntese e
respiração.
No geral, a biosfera é sensível a mudanças no clima.
As assinaturas dessas trocas, encontradas nos fósseis, anéis
de árvores, pólen etc., durante as eras passadas, fornecem
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informações sobre os paleoclimas da Terra.

Variabilidade Climática Variabilidade Climática

O clima terrestre tem variado significativamente e continuamente
As mudanças nos factores externos, que afectam o sistema
nas escalas do tempo, variando de períodos anuais a
climático, constituem o que se pode chamar de causas externas
geológicos.
A variabilidade do clima pode ser representada em dois modos das mudanças climáticas.
básicos: variações forçadas, que representam as respostas do
Entretanto, as mudanças que estão relacionadas às interacções
sistema climático as trocas no forçamento externo e as
não lineares, entre os vários processos físicos no sistema
variações livres, devido às instabilidades e feedbacks,
conduzindo a interacções não lineares, entre os vários interno, são chamadas causas internas.
componentes do sistema climático.
A distinção entre as duas classes de causas nem sempre é

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clara. 28
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Variabilidade Climática Variabilidade Climática

As causas externas compreendem as variações nas forçantes
Entre as forçantes terrestres devemos considerar: variações
astronômicas e terrestres.
na composição atmosférica (taxa de mistura de CO2 e ozono,
Os factores astronômicos influenciam mudanças: na
carregamento de aerossol, etc), devido às erupções
intensidade da radiação solar, nos parâmetros orbitais da
vulcânicas e actividade humana; variações na superfície
Terra (excentricidade da órbita, precessão do eixo e
devido ao uso do solo (desmatamento, desertificação etc), e
obliqüidade da eclíptica) e na taxa de rotação da Terra.
mudanças de longo prazo nos factores tectônicos, tais como:

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Variabilidade Climática
Variabilidade Climática
As causas internas são associadas com vários mecanismos
deriva continental, processos orogênicos, perambulação polar
de feedbacks positivos e negativos e outras interacções fortes
etc.
entre a atmosfera, os oceanos e a criosfera.
Vários mecanismos de forçantes terrestre e astronômica
Esses processos podem conduzir a instabilidades ou
foram sugeridos, tais como mudanças na saída de radiação
oscilações do sistema, os quais podem operar
solar, a colisão da Terra com matéria interplanetária,
independentemente ou introduzir fortes modificações no
mudanças na actividade vulcânica e mudanças no fluxo
forçamento externo.
geotérmico.
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Variabilidade Climática
As variações diurna e sazonal do clima são relacionadas ao
forçamento externo (astronômico).
Mas existem variações diárias do tempo, que acontecem
independentemente de qualquer troca no forçamento
externo.
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Variabilidade Climática
Estas flutuações irregulares com escalas de tempo de vários
dias a muitas semanas podem estar relacionadas com a
passagem de perturbações atmosféricas migratórias (altas e
baixas pressões mostradas nos mapas de tempo) ou com a
passagem de um sistema frontal.
Eles são considerados sistemas livres, porque resultam de
instabilidades baroclínicas internas no escoamento zonal, as
quais dependem do valor crítico do gradiente latitudinal de
temperatura.
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