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DISPERSÃO DE

POLUENTES NA
ATMOSFERA
PROCESSO DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

A concentração de uma determinada substância na


atmosfera varia no tempo e no espaço em função de
reações químicas e/ou fotoquímicas, dos fenômenos de
transporte, de fatores meteorológicos (ventos, turbulências
e inversões térmicas) e da topografia da região.
Para isso, as condições meteorológicas têm um
papel determinante na descrição físico-química do
transporte de poluentes entre a fonte e o receptor.
EXEMPLO DE PLUMA - TERMOELÉTRICA no RS

Pluma é a trajetória espacial de um gás que sai de uma


chaminé, e que possui um teor de contaminantes maior que o
valor médio atmosférico.
PROCESSO DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
O processo de poluição do ar se resume a três momentos:
(1) a emissão de poluentes para a atmosfera;
(2) o transporte, a diluição e a modificação química ou física dos
poluentes na atmosfera;
(3) a imissão dos poluentes.

TRANSPORTE
Ventos, Gradiente térmico

EMISSÃO
Aspecto ambienta e técnico
IMISSÃO
Impacto ambiental

Vídeo: Informe Ambiental - Pó Preto.wmv


Vídeo: Emissões ponta de tubarão Vitória ES 14022013 1757HS
DADOS REQUERIDOS EM ESTUDOS DISPERSÃO DE
POLUENTES
3) Dados do receptor: 1) Dados da fonte
2) Dados
emissora:
Densidade da população, meteorológicos: Classe de
concentração do estabilidade, direção e Localização, altura
poluente esperada velocidade do vento, da chaminé,
(Leis), coordenadas e temperatura e altura da diâmetro interno,
elevação do receptor. camada de mistura. velocidade dos
gases, temperatura
e taxa de emissão
dos poluentes.

Qual destes 3 grupos de dados é o mais difícil


de se obter as informações precisas???
METEOROLOGIA E DISPERSÃO ATMOSFÉRICA

A temperatura na atmosfera
A variação vertical de temperatura é muito maior que a variação
horizontal (lembrem-se da estratificação térmica).

O estudo dos gradientes verticais de temperatura apresenta grande


interesse, pois eles condicionam a possibilidade de ocorrência e o
sentido dos movimentos verticais de ar na atmosfera.

Quando o ar experimenta um
processo de ascensão ou de
descenso, sua temperatura é
determinada pelo gradiente
adiabático.

https://byjus.com/physics/adiabatic-process/
Escalas de Movimento
Os fenômenos Escala Sinótica: A essa escala
meteorológicos que atuam estão associados os movimentos do
no processo de dispersão o ar resultantes da circulação geral da
fazem obedecendo a uma atmosfera, interagindo com as
massas de ar, isto é, os sistemas
sequência de escalas de
frontais, os anticiclones (altas
movimento em função da pressões) e as baixas pressões na
dinâmica da atmosfera. troposfera, tendo extensão horizontal
que varia entre 100 a 3.000 km.

Mesoescala: São os movimentos que


Microescala: Incluem os
incluem as brisas marítima e terrestre,
movimentos resultantes dos
circulação dentro de vales e os
efeitos aerodinâmicos das
fenômenos do efeito de ilhas de calor.
edificações das cidades e
dos parques industriais,
rugosidade das superfícies
e a cobertura vegetal de
diversos tipos de solo.
A troposfera se estende do nível do mar a
uma altura de cerca de 15 km e é
caracterizada por apresentar uma
diminuição da temperatura com a altura. É
nela que se verificam grande parte dos
fenômenos associados à poluição
atmosférica. Ela divide-se em duas
camadas distintas: a Camada Limite
Planetária (CLP) e a Atmosfera Livre.
https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Perfil-
vertical-da-atmosfera-Fonte-SILVA-2006-Camada-limite-
planetaria-A_fig1_259358686

A CLP corresponde à região turbulenta


da atmosfera devido ao fato da mesma
estar ligada diretamente ao solo, onde
vive uma grande parte dos seres vivos.
Nela tudo acontece relativamente
rápido. Sua espessura varia de 10 m até
2 a 3 km, em função do tempo e da
localização geográfica. http://www.labmicro.iag.usp.br/
Gradiente Vertical de Temperatura ou
Gradiente térmico vertical
Gradiente de temperatura é a variação da temperatura dividida
Pela variação da altura.

ΔT o
=X C /100 m
Δz
O estudo dos gradientes verticais de temperatura apresenta grande
interesse, pois eles indicam a possibilidade de ocorrência e o sentido
dos movimentos verticais de ar na atmosfera.

Este gradiente é normalmente determinado mediante


radiossondagens.
Transformações Adiabáticas
Um gás (ou vapor) realiza uma transformação adiabática quando a
passagem do estado inicial ao final é determinada apenas pela
criação de sua energia interna (ΔU), sem receber ou ceder calor (Q).

Seja um gás contido num cilindro com


paredes impermeáveis ao calor. Se a
expansão ocorrer adiabaticamente, a
energia necessária para executar este
trabalho é extraída do próprio gás
(ΔU = W) e ele se resfria.

Se, pelo contrário, ele for comprimido


adiabaticamente sua temperatura
aumenta, pois o trabalho de
compressão irá se converter em calor
Compressão Expansão
adiabática: há adiabática: há
um grande um grande
aumento na aumento no
pressão do gás e volume do gás e
uma diminuição uma diminuição
de seu volume da pressão sem
sem que haja que haja trocas
trocas de calor. de calor.
Podemos tomar como exemplo a expansão sofrida pelos gases
quando liberados do confinamento de sprays de aerossóis. Os
gases saem com velocidade muito grande, de forma que não
há tempo suficiente para trocas de calor. Além disso, a saída
gasosa faz com que a temperatura do gás no interior do tubo caia
em virtude da queda na pressão interna.

Fonte: Gauchazh. <https://www.transportal.com.br/noticias/informacoes-uteis/10-coisas-


que-voce-nao-pode-levar-no-aviao-e-5-que-pode/
Gradiente vertical da adiabática seca (não saturada)

É o fenômeno da expansão (subida) ou compressão


(descida) do ar seco ou úmido.
Se um volume de ar seco ou não saturado for elevado, sua
pressão diminui e sua temperatura baixará devido a expansão. Se o
processo for adiabático a variação de temperatura será de cerca de
1°C / 100 m.

∆T = - 1,0 0C / 100m
∆Z
O Gradiente vertical da adiabática seca é:

Teoricamente, quando um pequeno volume de ar é deslocado


para cima na atmosfera ele encontra baixa pressão, se expande e
resfria. Se assumirmos que não exista troca de calor entre o meio e o
pequeno volume, podemos definir a taxa na qual o resfriamento ocorre
durante a ascensão como gradiente vertical da adiabática seca (Lapse
Rate).

Na realidade, este processo nunca ocorre na atmosfera, uma vez que


a turbulência tende a destruir o volume teoricamante isolado e ocorre a
troca de calor, porém, o conceito tem valor considerável como
referência para se estimar as características turbulentas na atmosfera
real.

A variação da temperatura ao longo da altura para uma parcela ascendente


de ar seco que se resfria adiabaticamente é utilizada como um perfil padrão
de temperaturas para comparação com as situações reais.
Gradiente vertical da adiabática saturada

É o fenômeno da expansão ou compressão do ar saturado.


Se um volume de ar saturado for elevado, sua pressão diminui e sua
temperatura baixará devido a expansão. Se o processo for adiabático
a variação de temperatura será de cerca de 0,6°C / 100 m.
Se assumirmos que não existe troca de calor entre o meio e
esse pequeno volume, podemos definir a taxa na qual o resfriamento
ocorre durante a ascensão como gradiente vertical da adiabática
saturada.

∆T = - 0,6 0C / 100m
∆Z
Gráfico da temperatura atmosférica com altitude. Nos primeiros 2000 m a
temperatura cai segundo um gradientes adiabático seco seco (1 oC / 100m) e,
acima dos 2000 m, inicia o gradiente adiabático úmido (~ 0,6 oC / 100m)
Estabilidade e instabilidade da
atmosfera
O grau de estabilidade ou instabilidade da atmosfera
mostra a tendência de favorecer ou não os
movimentos verticais.
Este grau é função da relação entre o gradiente de
temperatura do perfil real e o gradiente adiabático
seco (que é de -10C/100m).

Pergunta: Quando um poluente tende a se dispersar mais, quando o ar


está instável ou estável?
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Exemplos típicos de gradientes térmicos


verticais de temperatura
Gradiente
Superadiabático
Altit.

A condição superadiabática
favorece a fortes ventos,
instabilidade e turbulência.
Esta condição geralmente
fica restrita aos primeiros Sup
era
200 m da atmosfera. d ia
bát
(Reparem que nesta ic o
condição a temperatura cai
Temperatura
muito rápido com o aumento
da altitude).
Estabilidade e instabilidade da atmosfera
Ad
i ab
at
iq
u e
Assim, sempre que o gradiente térmico vertical for maior que o
gradiente da adiabática seca, a atmosfera está em condições de
instabilidade.

sobe

l'atmos. °C
10 plus chaude 14° 500 m
Altitude en mètres

500

400 11 para o alto

Température de 12°
300 12 Partícula deslocada 300 m

200 13 para baixo


plus froide
100 Atmosfera superadiabatique 15 10° 100 m
desce

è s
10 11 12 13 14 15 che16

Temperatura en °C
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Exemplos típicos de gradientes térmicos verticais de temperatura

Altit.
Gradiente Adiabático

Ad
Condição na qual o

iab
áti
gradiente térmico da

c o
atmosfera está próximo Sup
ao gradiente adiabático era
dia
bát
seco (-1,0 0C / 100m). ic o

Temperatura
Quando o decréscimo da temperatura vertical é muito próximo do
gradiente adiabático seco, diz-se que a atmosfera é neutra.
Ad
Qualquer que iabseja a posição de uma partícula deslocada dentro da
a ti
q
massa de ar, elaueestará a mesma temperatura que a atmosfera
circunvizinha. Uma partícula liberada na atmosfera não possui
nenhuma tendência a continuar seu movimento.

l'atmos. °C
en équilibre 10°
10 500 m
mètres

500 vers le haut


Atmosphère indifférente 11
400 Température de
Altitude en

300 12 12° Particule déplacée 300 m

200 13

14° vers le bas


100 14 en équilibre 100 m

ch
e
10 11 12 13 14 15 16

Température en °C
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Exemplos típicos de gradientes térmicos verticais de temperatura

Subadiabático
Altit.

Condição na qual a

Sub
temperatura diminui mais

Ad

adia
i
lentamente do que o

ab


át
adiabático.

ti co
ico
É na realidade movimento Sup
era
levemente estável, havendo di abá
pouca movimentação vertical. t i co
A temperatura cai pouco com
o aumento da altitude. Temperatura
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Assim, uma camada de ar não saturado é estável quando seu


gradiente térmico vertical é inferior ao gradiente da adiabática
seca.

11 plus froide 10° 500 m

Température de l'atmos. °C
500 Ad
iab
at
iqu
400 e 11,5

ch
e
Particule revient
300 12 12° 300 m
au niveau initial
12,5
200

14° 100 m
100 13 plus chaude
Atmosfera sub-adiabatica

10 11 12 13 14 15 16

Température en °C
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Exemplos típicos de gradientes térmicos verticais de temperatura

Isotérmico
Altit.

É quando a temperatura

Isotérmico
ambiente é constante

Sub
com a altura.

adia
Ad
i ab

báti
át
Como no caso do

ic

co
o
subadiabático, existe Sup
era
uma pequena tendência di abá
t i co
para o ar resistir ao
movimento vertical
Temperatura
(estabilidade do ar).
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Exemplos típicos de gradientes térmicos verticais de temperatura

Inversão Altit.

Isotérmico
Sub
Ad

É uma camada

adia
i ab

atmosférica na qual a
áti

sã o

co

temperatura aumenta

t ic o

ver
In
com a altura, e Sup
reduzindo o movimento era
dia
bát
vertical e a turbulência. ico

Esta situação reduz em


Temperatura
muito a dispersão da
poluição atmosférica.
Os mesmos raciocínios descritos valem também para uma camada
de ar saturado.
Assim, uma camada de ar saturado é sempre estável quando seu
gradiente térmico vertical é inferior ao gradiente da adiabática
saturada.
Se o gradiente térmico vertical da camada de ar saturado for maior
do que o gradiente da adiabática saturada, a atmosfera poderá estar
em condições de instabilidade.

Nota: Se o gradiente térmico vertical estiver compreendido entre os


gradientes da adiabática seca (- 1 oC/100m) e da adiabática saturada (-
0,6 oC/100m), diz-se que a atmosfera é condicionalmente instável.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Quadro resumo das características das condições


atmosféricas.

Condições de instabilidade Condições de neutralidade


Forte intensidade de radiação solar, Vento forte a moderado,
Céu com nebulosidade do tipo Céu nublado,
cúmulo convectivo, Forte mistura mecânica,
Gradiente superadiábatico, Não há resfriamento nem aquecimento,
Vento entre fraco e moderado, Gradiente adiabático.
Temperatura elevada.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Inversão Térmica
Antes de continuarmos a estudar sobre estabilidade e
instabilidade da atmosfera, será visto uma noção básicas sobre
a inversão térmica.
A inversão térmica é um fenômeno natural, que
aconteceria mesmo sem humanos.
O problema da inversão térmica não é a Inversão em si,
mas sim a consequência quando há a presença de poluentes.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Inversão Térmica
• Em um dia normal: ocorre difusão do ar, o ar quente mais
próximo à superfície sobe e o ar mais frio da atmosfera desce.
Quando esse ar frio que desceu se aproxima do solo, ele volta a se
aquecer, reiniciando um ciclo. Se existem poluentes, estes são
dispersos nas massas de ar.
• Em um dia de inversão: a superfície esfria rápido e a camada
superior fica mais quente que a de baixo. Não há difusão. Se
existem poluentes, estes ficam retidos.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

A inversão térmica ocorre quando os raios solares – geralmente


em finais de tarde e em períodos de inverno – tornam-se mais
fracos e a superfície terrestre torna-se menos capaz de aquecer
o ar. Assim, o ar frio fica estacionado sobre os solos e fica
recoberto por uma camada de ar quente, que também não
consegue se movimentar.

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/inversao-
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/inversao-termica termica.htm
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Lembrem-se: A inversão
térmica é um fenômeno
natural, não é causada
pela poluição; ao
contrário, ela agrava a
poluição.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Tipos e Causas de Inversões Térmicas


1) Inversão de superfície por radiação: Normalmente no inverno,
sem a presença de nuvens e de ventos. Nestas condições, o solo
perde energia muito rapidamente, elevando o ar quente e esfriando
o ar próximo à superfície. É de curta duração, ocorre a 100 m de
altitude e é a usada para definir alturas de chaminés.
2) Inversão de superfície por advecção: noites sem nuvens no
inverno quando ocorre advecção de ar. O ar quente se desloca
horizontalmente sobre o solo já frio, promovendo um intervalo de
maior temperatura em camadas mais altas da troposfera.
3) Inversão de fundo de vale: Ar frio acima dos morros desce para
os vales por ser mais pesado,
4) Inversão de subsidência: forma centros de alta pressão, e
ocorre a 1.000m de altitude. Quando ocorre descida de ar de níveis
mais elevados da troposfera e aquecem o ar mais abaixo
5) Inversão frontal: Produzida ao longo da atuação da frente, na
superfície de separação de 2 massas de ar.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

21/08/2003 - 17h59

Inversão térmica piora a qualidade do ar em São Paulo


da Folha Online

São Paulo teve hoje piora na qualidade do ar devido à inversão térmica


(fenômeno que dificulta a dispersão de poluentes) no nível da superfície.
Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental),
quanto mais baixa a inversão, pior a qualidade do ar.

De acordo com a companhia, a causa é a falta de chuva e vento, devido a uma


massa de ar seco que está sobre o Sudeste.

A Cetesb registrou qualidade inadequada do ar em cinco das 29 estações --em


Santana, Mooca, Ibirapuera, Cubatão-Villa Parisi e Paulínia.

A tendência é que a qualidade do ar piore nos próximos dias, pois uma frente
com chuva está prevista para entrar sobre a região apenas na próxima segunda-
feira.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Gazeta do Povo. Terça, 5 de junho de 2001.

Nuvem cinzenta cobre prédios na área central de Curitiba.

“Uma nuvem cinzenta encobriu


parcialmente ontem os prédios
mais altos do centro de
Curitiba. O acúmulo de
poluentes foi causado por um
fenômeno meteorológico
chamado inversão térmica, que
funciona como uma espécie de
"tampão", dificultando a
dispersão de poluentes.” A barreira surge em diferentes
altitudes, e de manhã ela se
formou a cerca de 150 metros
da superfície
Tempo seco cria inversão térmica na região de Curitiba
30/04/2013 | 16:44 | Gazeta
do Povo

O clima seco dos últimos dias no Leste do Paraná criou as condições para a ocorrência da
inversão térmica na região de Curitiba. O fenômeno climático impede a dispersão do ar,
fazendo com que a temperatura próxima à superfície da terra fique mais baixa do que a
registrada em camadas mais altas da atmosfera. Normalmente, quanto mais distante do solo,
mais fria a temperatura do ar. Com o aquecimento do ar acima dos 1.500 metros – acima da
temperatura da superfície -- os poluentes também concentram-se próximo da terra e ajuda a
deixar o clima mais acinzentado, principalmente no período da tarde e da noite.
Segundo Ana Beatriz Porto, do Instituto Tecnológico Simepar, o tempo seco diminui a
chance de ventos que estimulam a troca de ar entre as diferentes camadas da atmosfera.
“Isso ocorre por causa da massa de ar seco que inibe a ocorrência de ventos verticais
ascendentes”.
Efeito da queimada aumenta com a inversão térmica
segunda-feira, 13 de outubro de 2014 - http://www.climatempo.com.br/

Uma massa de ar seco que persiste sobre Sudeste favorece a ocorrência de queimadas e
incêndios florestais. Satélites de órbita polar MODIS/Terra-Aqua registraram focos de queimada na
região serrana do estado do Rio de Janeiro neste domingo, que aumentou em relação aos dias
anteriores. Os focos sobre os municípios de Petrópolis e na divisa entre Teresópolis e São José do
Vale do Rio Preto são mais intensos, e podem ter relação com a formação de névoa na cidade do
Rio, junto com outros dois fatores: primeiro, a inversão térmica ficou mais forte nos últimos dias
sobre o estado do Rio e com isso, o material particulado emitido pelas queimadas ficou
concentrado numa camada não maior que 800m de espessura.
O segundo fator é a mudança na direção do
vento em superfície trazendo maior umidade
para a cidade. Assim, o material particulado
confinado na camada de inversão passou a
atuar como núcleo de condensação para
agregar a umidade, formando gotículas em
suspensão, resultando em névoa. Como a
altura da inversão diminui durante a
madrugada, este efeito é maior ao
amanhecer e tende a diminuir durante a
tarde. Mas o rompimento da inversão só
deverá ocorrer com a passagem da frente
fria, ainda que em alto-mar, entre terça e
quarta-feira.
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Determinação prática da Estabilidade


Atmosférica
O sistema de classificação de Pasquill é o esquema mais usado para
classificar a estabilidade atmosférica baseando-se em condições
meteorológicas. Estas classes dependem da velocidade do vento,
juntamente com a radiação solar durante o dia ou a fração de cobertura
de nuvens durante a noite.

Classe Significado
Este esquema de
A Extremamente Instável
classificação reduz uma
B Moderadamente Instável
variedade infinita de
C Levemente Instável
condições de
D Neutra
estabilidade a seis
E Levemente Estável
categorias.
F Moderadamente Estável
G Muito Estável
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

Classes de estabilidade da atmosfera (Pasquil)


Velocidade
vento do
a 10 m Radiação solar no período diurno (W/m2) Grau de cobertura Dia ou noite
da superfície de nuvens período
noturno Tempo
encoberto
(m/s)

Forte1
(>700) Moderada
(350-700) Fraca 1 8
(<350)  4/8  3/8

<2 A A-B B - - D

2-3 A-B B C E F D
3-5 B B-C C D E D

5-6 C C-D D D D D

C D D D D D
6

Notas:
1. Forte insolação corresponde a um ângulo de elevação solar acima do horizonte, de 60º
ou mais. Fraca insolação corresponde a um ângulo de elevação solar acima do horizonte,
entre 15º e 35.
G: Poluentes emitidos em noites sem nuvens com menos de 2,0 metros por segundo.
Período Diurno Radiação Período Noturno Dia ou noite
Solar Grau de Cobertura De Tempo
Velocidade do Vento à 10 m nuvens encoberto
da superfície
Forte1 Moderada Fraca1  4/8  3/8

<2 A A-B B - - D

2-3 A-B B C E F D

3-5 B B-C C D E D

5-6 C C-D D D D D

6 C D D D D D

A: Extremamente Instável D: Neutra G2 : Muito estável


B: Moderadamente Instável C: Levemente Instável E: Levemente Estável
F: Moderadamente Estável

Radiação Solar Incidente


Radiação Solar Incidente
Categoria (W/m2)
(Langley min -1)

Forte I > 1.0 I > 700

Moderada 0.5  I  1.0 350  I  700

Fraca I < 0.5 I < 350


Curiosidade!!!
Exemplos de como medir os gradientes de temperatura

Veículo Aéreo Não Tripulado sendo Plano de voo do VANT.


preparado para campanha de medições.
Radiossondas (Estação
Meteorológica de Altitude)

Têm por finalidade coletar dados


meteorológicos nos diversos níveis
da atmosfera, permitindo o
conhecimento de condições
atmosféricas e/ou meteorológicas
dominantes em um determinado
local num certo momento.
As radiossondagens são
executadas por meio de um balão,
lançado na atmosfera

file:///C:/Users/WALLIS~1/AppData/Local/Temp/
Radiossondas_GRAW_Overview_V04.00_EN(1).pdf
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

EXERCÍCIO 1)
a) Dado o perfil de temperaturas obtido num determinado aeroporto
do Brasil, com base em radiossondagem, identifique (escrevendo na
terceira linha da tabela) a estabilidade das diferentes camadas
(estável, instável, neutra, isotérmica, inversão).
Qual é a camada superadiabática e qual a subadiabática?

Tabela: Altura (m) e temperatura (oC).


Nível 100 150 350 950 1200 1300 1600
do solo

20 oC 15 oC 18 oC 16 oC 13 oC 13 oC 14 oC 11 oC
Estabilidade e instabilidade da atmosfera

EXERCÍCIO 2)
Dados os quatro perfis de temperatura abaixo, identifique:
a) qual o que seria o mais desfavorável para qualidade do ar,
supondo uma região urbana no mês de julho.
b) Iqual o perfil que seria mais favorável na mesma situação.
Justifique suas escolhas.

d d
d d

100

  

TRANSPORTE E DISPERSÃO DE
POLUENTES NA ATMOSFERA
Para a realização de estudos de impacto ambiental para
novas fontes poluentes a serem instaladas, bem como para conhecer
a real contribuição de fontes antigas na degradação da qualidade do
ar em sua área de influência, normalmente utiliza-se o recurso da
modelagem matemática, que simula as concentrações de poluentes
num ponto qualquer sobre o terreno.
Os modelos matemáticos, por serem simplificações dos
processos reais ocorridos na atmosfera, sempre possuem limites.
Visualização da simulação de uma pluma de poluentes de uma indústria de
armazenamento ao sul de Cingapura. pelo modelo AmpliSIM.
https://prace-ri.eu/amplisim-air-quality-simulation-for-industry/
Transporte e dispersão de poluentes na atmosfera

Plumas
Uma aproximação matemática bem sucedida da dispersão da pluma
é geralmente acompanhada por duas hipóteses simplificativas:
- a primeira, é que podemos, artificialmente, dividir o processo de
dispersão em segmentos onde certos fatores são claramente
dominantes,
- a segunda, é que dentro destes segmentos deve-se assumir que
certas variáveis são constantes ou insignificantes de forma a tornar
viável o tratamento matemático.

O estudo do processo ideal de dispersão tem muita importância


para estudar os valores médios diários de contaminação.
O comportamento final de uma pluma ao sair de uma chaminé
pode ser subdividido em duas componentes principais:
=> Ascensão da pluma, e
=> Difusão e transporte da pluma.

Caso 1: A pluma tem força e


condições climáticas ideais
para subir a uma altura
consideravelmente maior do
que a altura de sua
chaminé, antes de se
dispersar horizontalmente.

Imagem: Franck Robichon/Efe. https://noticias.uol.com.br/album/album-do-


dia/mobile/2013/02/28/imagens-do-dia---28-de-fevereiro-de-
2013.htm#fotoNav=12
Caso 2: A pluma tem força e
condições climáticas ideais
para subir a uma altura maior
do que a altura de sua chaminé,
antes de se dispersar
horizontalmente.

http://www.phdemseilaoque.com/2014/08/tuka-os-lugares-
abandonados-mais.html

Caso 3: A pluma não tem


força e condições
climáticas para subir, já
se dispersando
horizontalmente logo
após sua saída da
chaminé.

https://coontrol.com.br/blog/controle-de-emissao-material-particulado/
1) Ao ser emitida a pluma tem tendência ascensional
ditadas por parâmetros do próprio efluente, por dimensões da
chaminé e pela influência dos parâmetros meteorológicos no
instante da emissão.
2) Logo a seguir, adquirirá um movimento transversal,
acompanhado de difusão em torno de sua linha de centro, que
caracteriza a componente de difusão e transporte.
Portanto, estuda-se essas duas componentes
separadamente.
Outros fatores como o terreno e elementos de
aerodinâmica também influenciam.

Em uma pluma ideal supõem-se que:


 as partículas de maior peso começam a cair sobre o solo,
 as partículas mais finas continuam a subir até perder sua
energia cinética e cair ao solo,
 restam as partículas que se comportam como gás e se
adaptam ao processo de dispersão deste.
Tipos de pluma
a - Conning  em forma de cone (cônico)
b - Fanning  tubular
c - Fumigation  fumegante
d - Looping  serpenteante
e - Lofting  antifumengante
f – Trapping  entre camadas de inversão

Nas Figuras a seguir, a linha tracejada representa o gradiente adiabático


seco (-1 0C/100m) ) da parcela de ar que sai da chaminé, enquanto que
a linha contínua representa o gradiente atmosférico (real).
a) Pluma tipo Cônica (atmosfera com gradiente
subadiabático)
ad
ia

tic
o

Ocorrem em dias parcialmente nublados (dias de tempestade de


verão, com presença de nuvens cumulus) e com ventos fortes;
Perfeitamente visíveis ao cair da tarde;
Ventos com intensidade média.
A dispersão é uniforme tanto na vertical quanto na horizontal.
b ) Pluma tipo Tubular (atmosfera com inversão térmica)
ad
iab
áti
o c

Grande estabilidade atmosférica;


O poluente não se dispersa;
Típicos na caída da tarde e pode durar até o amanhecer.
Não provoca grandes concentrações a baixa altitudes, mas
precede a fumegante (que é ruim).
A dispersão da pluma ocorre quase que totalmente na horizontal,
com pouca (ou nenhuma) dispersão vertical.
c) Pluma tipo Fumegante (gradiente superadiabático
seguida de inversão)

ad
ia

tic
o

Ocorre quando a pluma fica aprisionada em uma camada de


inversão, mas deixando livre a pluma na parte inferior.

É a pior situação.

Típico das primeiras horas após a saída do sol (após uma noite com
inversão ou grande estabilidade).
Devido a grande a capacidade de mistura, a fumaça fica restrita a
altura desta camada. A medida que a camada cresce, ela se espalha.
d) Pluma tipo Serpenteante (atmosfera superadiabática)
ad
iab
áti
co

Atmosfera instável; Ventos fracos.


Pode ter altas concentrações de poluentes: 40% a mais que as
cônicas.
Dias típicos de verão (ensolarado), e geralmente pela manhã.
e) Pluma tipo Antifumegantes (atmosfera com inversão
térmica seguida de gradiente superadiabático)
ad
iab
áti
co

A pluma está acima da camada de inversão.


A parte inferior da pluma fica aprisionada na parte superior da
inversão e a parte superior da pluma segue para cima.
É o melhor caso de dispersão de plumas (as chaminés devem ser
da ordem de 200 m);
Típico do entardecer.
f) Pluma tipo Trapping (entre camadas de inversão)

A pluma fica retida entre duas camadas de inversão. Isto ocorre


quando a chaminé estiver entre as duas camadas de inversão.
Exercício 3) Complete o quadro abaixo de acordo como o estudado
e outras pesquisas que fizer necessário.
Tipo de Pluma Perfil (atmosfera, gradiente, Céu Vento Amanhecer/
(nome estabilidade) (nublado Entardecer/
popular) ou limpo) Noite

Coning

Fanning

Fumigation

Looping

Lofting

Trapping
Cálculo da ascensão da pluma e altura
efetiva da chaminé.
Para simplificar a dispersão é conveniente assumir que a
dispersão inicia em uma altura fictícia acima da fonte (chaminé).
Assim, a tendência ascensional da pluma ao sair de uma
chaminé, cria aquilo que chamamos de altura (ou elevação ou sobre-
elevação) da pluma (Δh).
A altura efetiva de uma emissão (Hef) é medida a partir da
base da chaminé ao eixo da pluma e, raramente corresponde à altura
física da chaminé (hg).
Além da quantidade de movimento na emissão dos gases, a
maioria das plumas emitidas possui uma temperatura superior a do
ambiente o que resulta em uma força de empuxo térmico que
tende a elevar a pluma.
Assim, existem as forças mecânicas (cinéticas) e as térmicas
(empuxo), podendo hora uma ser maior que a outra e em outros
momentos uma ou outra nem ser considerada.
Essa altura efetiva (Hef) um importante parâmetro para a
modelagem da dispersão da pluma pelo modelo gaussiano.

Δh

Hef

hg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica#/media/
Ficheiro:Air_pollution_by_industrial_chimneys.jpg
Hef = hg + Δh
Sendo:
Hef = altura efetiva da chaminé,
ℎg = altura física da chaminé,
∆ℎ = elevação da pluma.

fonte virtual

h
Hef
hg
z

A altura efetiva da chaminé é definida como a altura na qual a pluma


tornar-se passiva e passa a seguir o movimento do ar atmosférico.
Cálculo da ascensão da pluma e Altura Efetiva da Chaminé

Três são os fatores que influem sobre o comportamento de


uma pluma:
• Os dependentes da chaminé,
• Os dependentes das condições meteorológicas e do meio,
• Os dependentes exclusivamente do efluente.
Mais especificamente os fatores técnicos são:
 Temperatura e velocidade de emissão dos gases
 Focos de turbulências mecânicas (obstáculos próximos)
 Forma da chaminé
 Número de chaminés
 Composição do efluente
 Fatores meteorológicos:
 velocidade e direção dos ventos
 gradiente vertical temperatura
 Rugosidade do terreno.
Efeitos Aerodinâmicos das Construções e Irregularidades da Superfície

Os efeitos de vizinhança, as características do terreno, os efeitos


aerodinâmicos e a rugosidade do terreno influenciam no processo de
dispersão e diluição da pluma.
Quando a velocidade de emissão de gases da chaminé é muito menor
que a velocidade horizontal do vento, a pluma é dragada para uma região
abaixo da altura da chaminé, e os níveis de concentração de poluentes
tornam-se elevados próximo ao solo.

Este fenômeno é conhecido como downwash aerodinâmico ou building


downwash ou tip downwash. Este fenômeno cessa quando a velocidade
de emissão for 1,5 vezes maior que a velocidade do vento.

Quanto há irregularidades da superfície, uma indústria sofre maiores


efeitos de downwash (queda da pluma) em vales profundos, e a solução é
estender a chaminé acima do topo do vale; e em topo de colinas, a pluma
é afetada por fortes ventos, sendo necessário que o projeto da chaminé
assegure isso.
Cálculo da ascensão da pluma e Altura Efetiva da Chaminé

Desta forma a determinação da tendência da pluma a ser dirigida em


direção ao solo junto a chaminé, o chamado “downwashes” é:

Se a velocidade dos gases que saem de uma chaminé for maior ou igual
a 1,5 vezes a velocidade do vento, o “downwashes” é desconsiderado.

Se a velocidade dos gases que saem de uma chaminé for menor do que
1,5 vezes a velocidade do vento, o “downwashes” é considerado e uma
altura de chaminé reduzida hg’ pode ser calculada.
Cálculo da ascensão da pluma e Altura Efetiva da Chaminé

Então, o rebaixamento da pluma (hg’) pode ser estimada uma altura


de chaminé reduzida hg’ pode ser calculada. Este valor reduzido
deve ser usado nos cálculos subsequentes da altura efetiva da
chaminé, ou seja, Hef = hg’ + Δh.

onde,
hg’ = altura reduzida da chaminé (m),
hg = altura geométrica da chaminé (m),
d = diâmetro interno da chaminé (m),
Vs = velocidade do efluente na saída da chaminé (m/s),
u = ū velocidade média do vento, medida ou calculada na altura física da chaminé
(m/s).
Exemplo:
1) Se Vs=20 m/s e u=10 m/s, teremos entre os colchetes 2,0-1,5 = 0,5, dando hg’ =
hg + Valor (efeito downwashes desconsiderado, não se usa esta equação).
2) Se Vs=15 m/s e u=10 m/s, teremos entre os colchetes 1,5 -1,5 = 0, dando hg’ =
hg + 0 (efeito downwashes desconsiderado, não se usa esta equação).
3) Se Vs=10 m/s e u=10 m/s, teremos entre os colchetes 1-1,5 = -0,5, dando hg’ =
hg – Valor (efeito downwashes considerado, deve-se subtrair da altura geométrica).
A velocidade do vento no topo da chaminé pode ser estimada
por :

Vchaminé / vmedida = (hchaminé / hanemômetro)p


onde,
Vmedida = velocidade do vento medida na altura h anemômetro
do anemômetro
(geralmente a 10 m),
hchaminé = altura física da chaminé.

O valor do expoente “p” depende do estado atmosférico, tal


como no quadro abaixo:
As fórmulas mais citadas para estimar a sobre-
elevação são:

 Fórmula de Davdson Bryant;


 Equação de Holland;
 Fórmula de Briggs;
 Diversas outras (LORA, 2000, pág. 529; WARK et al.).
Altura efetiva da chaminé (Hef): Fórmula de
Davidson-Bryant
É uma equação baseada/calibrada em experimentos em campo.
Tem uma parte de componente cinética e a parte de empuxo. Não
considera outros fatores, como a estabilidade atmosférica. que
poderiam influenciar nos resultados.

onde,
d = diâmetro interno da chaminé (m)
Vs = velocidade do efluente na saída da chaminé (m.s-1)
u = ū = velocidade média do vento medida a 10 metros (m.s-1)
Δt = temperatura do gás na chaminé menos a temperatura ambiente (K = ºC + 273)
Ts = temperatura do gás na saída da chaminé (K).
Altura efetiva da chaminé (Hef): Fórmula
Empírica de Holland (1953)
Esta fórmula tem boa concordância com dados observados, com
uma leve tendência a subestimar o Δh. Ela seria mais precisa para
chaminés elevadas. Os parâmetros da equação incluem além de
outros já vistos, o valor de p = pressão ATM em milibares (mbar) (u
= ū = velocidade média do vento medida a 10 metros (m.s-1).

Esta fórmula foi obtida a partir de provas realizadas em um túnel


de vento e de resultados obtidos em 3 chaminés em
funcionamento.
Interveem as energias cinéticas e térmicas (empuxo), mas não
considera a estabilidade atmosférica.
Altura efetiva da chaminé (Hef): Fórmula
Empírica de Holland (1953)

Para tentar corrigir o fato de não incluir a estabilidade atmosférica,


Holland propõe:
- para condições instáveis um acréscimo de 10 a 20% de Δh,
- para condições de estáveis, uma redução de 10 a 20% de Δh.

O último termo da equação de Holland pode ser substituído pela


equação abaixo, onde Qh = taxa de emissão de calor em
quilojoules por segundo.
Altura efetiva da chaminé (Hef):
Modelo de Briggs
A fórmula provavelmente a mais utilizada na prática e de aplicação bastante vasta foi a
desenvolvida por Briggs. Briggs (1965) que propôs um método para determinar a
sobrelevação de uma pluma como função das características da fonte, da meteorologia e da
distância a sotavento da fonte.
Este método fornece as melhores estimativas à partir de chaminés de grande altura,
superiores a 100 metros, levando em conta as condições de estabilidade atmosférica.
Briggs utiliza o método prático para determinação da estabilidade atmosférica, proposto por
Pasquill e modificado por Gifford (ver slide anterior).

Briggs considera a intervenção de um fluxo de quantidade de movimento ou de um fluxo de


forças de empuxo de Arquimedes (flutuabilidade) na elevação de uma pluma. Para a maior
parte das fontes os efeitos da quantidade de movimento são rapidamente negligíveis. Esta
elevação depende essencialmente da estabilidade atmosférica.
As plumas de gases leves (aqueles que tem densidade praticamente igual a do ar, caso geral
das emissões em chaminés), sob condições atmosféricas estáveis, como as classes E e F de
Pasquil, culminam a uma altura e na sequência, a altura do eixo da pluma resta constante. No
que concerne às outras classes de estabilidade, a pluma sobe até atingir uma camada de
inversão térmica, ou o limite da camada de mistura.
Altura efetiva da chaminé (Hef) Modelo de Briggs

Muitas interpretações das equações de Briggs são encontradas na


literatura.

Briggs determina a sobre-elevação para duas categorias de


estabilidade: instável ou neutra e estável.

Primeiro deve-se calcular se a elevação da pluma é dominada pelo


momento (Fm) ou pelo empuxo (flutuabilidade), calculando-se o
fluxos de empuxo (F ou Fb).

Faz-se também necessário calcular a diferença de temperatura


cruzada (crossover) (ΔT)c .
Briggs define ainda a distância crítica Xf a partir da chaminé, onde a
subida de uma pluma Δh (m) está plenamente desenvolvida.
A partir desta distância (Xf) a turbulência atmosférica ambiente torna-
se dominante em relação a turbulência gerada pelo gás saindo da
chaminé.

Figura: Distância crítica xf.


De modo a determinar se uma pluma é dominada pelo momento
ou pelo empuxo (ou flutuabilidade), faz-se primeiro necessário
determinar os valores dos fluxos de empuxo (Fb) e momento
(Fm).

g Ta
F = Qo ( 1 - )
π Ts
onde:
F = Fb = parâmetro de fluxo de empuxo (ou térmico ou flutuabilidade) (m4/s3)
Fm = fluxo de momento [m4 s-2]
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s2)
Ta = temperatura do ar ambiente (K)
Ts = temperatura dos gases de saída na chaminé (K)
Qo = vazão volumétrica de gases (m3/s), definida por:
Qo = ∏ rc2.vs
rc = raio do interior da chaminé (m)
vs = velocidade de emissão dos gases (m/s)
d = diâmetro da chaminé (m).
Fórmulas de Briggs para atmosfera com estabilidade
neutra ou instável.

Para condições instáveis ou neutras o cálculo da diferença de


temperatura cruzada (crossover) (ΔT)c é dependente do fluxo de
empuxo (Fb).

Para Fb < 55 m4.s-3 utiliza-se Para Fb ≥ 55 m4.s-3 utiliza-se


a expressão: a expressão:

Se a diferença (ΔT) entre a temperatura do gás na saída da chaminé


(Ts) e a do ar ambiente (Ta) for maior ou igual a (ΔT)c, a sobre-
elevação é dominada pelo empuxo, caso contrário, o momento é
que predomina.
Para condições instáveis ou neutras, onde o empuxo é
dominante (ΔT ≥ (ΔT)c), tem-se:

Onde:
u = ū velocidade média do vento, medida ou calculada na altura física da
chaminé (m/s).
Para condições instáveis ou neutras, onde o momento é dominante
(ΔT < (ΔT)c) (isso acontece geralmente quando a temperatura dos
gases na saída da chaminé é menor ou igual a temperatura do ar
ambiente) (obs.: esta equação é mais adequada quando Vs/ u é
superior a 4), tem-se:

Para Fb < 55 m4/s3 e para Fb ≥ 55 m4/s3

onde:
u = ū velocidade média do vento, medida ou calculada na altura física da chaminé
(m/s).
Fórmulas de Briggs para atmosfera com estabilidade
estável
Para condições estáveis a diferença de temperatura cruzada
(crossover) (ΔT)c é calculada pela seguinte expressão:

Onde
“s” [s-2] é o índice de estabilidade da atmosfera,
 / z = gradiente de temperatura potencial

 d  gradiente gradiente vertical de temperatura da adiabática seca (-0,0098


K/m).
T /  z = gradiente vertical de temperatura ou diferença de temperatura do
topo da chaminé ao topo da pluma, dividido pela altura da pluma.
Na falta de conhecimento do gradiente vertical de temperatura, os
dados do quadro abaixo, que concerne a latitudes médias e um ar
seco, podem ser utilizados.

Gradientes térmicos verticais (dT/dz) para as diversas classes de


estabilidade atmosférica.
Para condições estáveis, onde o momento é dominante (ΔT <
(ΔT)c), calcula-se por meio das duas equações abaixo, optando pela
que der o menor valor.
Para condições estáveis, onde o empuxo é dominante (ΔT ≥
(ΔT)c), tem-se a altura efetiva H (m) e xf são calculadas como:

( )
1/3
F . Ta
Δh= 2,6 .
u . g . (∂ Φ/∂ z )
Ou, já substituindo “s”.

onde:
ƌФ/ ƌz = gradiente de temperatura potencial, é a diferença entre o
gradiente de temperatura ambiente ƌT/ƌz e o gradiente vertical
adiabático (Γ).
Com velocidade do vento próxima de zero (u <1 m/s) e condições
calmas e estáveis (classe E e F) as equações anteriores não
podem ser usadas, sendo recomendado o uso das seguintes
equações:

para condições onde predomina a


flutuabilidade (hidrostática)

para condições onde predomina a


velocidade de saída (jato)

onde S [s-2] é o índice de estabilidade da atmosfera


Resumo das equações de Briggs para cálculo da sobre-elevação.
Teoria de Gauss para Dispersão
de Plumas
Para estudar a dispersão de poluentes na atmosfera podem
ser utilizados experimentos de campo e as simulações
computacionais. Entretanto, devido às dificuldades operacionais e
os elevados custos dos experimentos de campo, torna-se a
simulação computacional o método mais utilizado para a análise da
dispersão de poluentes na atmosfera.
Os modelos matemáticos são indispensáveis para simular
estes fenômenos.
A equação da teoria estatística de Gauss é uma solução analítica
simplificada da equação básica da difusão. Nessa teoria o eixo x
coincide com a direção do percurso da pluma (direção principal do
vento).

Δh

Dispersão de uma pluma atendendo ao modelo estatístico de Gauss.


Equação principal da dispersão atendendo a
teoria estatística de Gauss
Onde:

x = coordenada horizontal com origem na coordenada do ponto de


despejo (m),
y = coordenada horizontal vertical (m),
z = coordenada vertical como origem no solo e orientada para cima (m)
C(x,y,z) = concentração esperada do contaminante na coordenada
(x,y,z) (g/m3),
Qs = taxa de emissão do poluente (g/s),
H = altura efetiva de lançamento (m),
u = velocidade média do vento, na direção do escoamento (x) e
medida no topo da chaminé (m/s),
α = coeficiente de reflexão (sem dimensão)
σy = desvios padrão médios da distribuição espacial da pluma ao longo
das direções horizontal y (m). Coeficiente de dispersão lateral
(determina a expansão horizontal da pluma),
σz = desvios padrão médios da distribuição espacial da pluma ao longo
das direções horizontal z (m). Coeficiente de dispersão vertical
(determina a expansão vertical da pluma),
Este modelo considera algumas hipóteses simplificativas como:
A pluma apresenta distribuição Gaussiana (a concentração dos poluentes segue uma
distribuição normal);
Não considera a deposição de material e reações de superfície;
A emissão dos poluentes é considerada uniforme no tempo;
A direção e velocidade do vento são constantes no período de tempo considerado;
Não são consideradas as reações químicas na atmosfera;
A classe de estabilidade atmosférica é constante no período de tempo considerado;
Quando a pluma penetra na atmosfera, se eleva até alcançar uma altura de equilíbrio
horizontal. Com isso, a altura do centro da pluma permanece constante na direção
predominante do vento, adotada como fixa durante a trajetória da pluma;
Para qualquer distância a concentração máxima sempre ocorre no centro da pluma;
O perfil horizontal da concentração, descrito pela equação gaussiana, não se refere a plumas
instantâneas e, sim, representam concentrações médias sobre períodos de 10 minutos a 1 hora
– depende dos coeficientes de dispersão adotados;
Quando é assumido que todo material que sai da pluma se conserva (isto é, não ocorre perda
e que ao tocar o solo sofre reflexão não existindo absorção; não ocorre reações químicas ou
físicas na atmosfera) o coeficiente α é igual a 1, isto é, não há perda e que ao tocar o solo sofre
reflexão;
A área considerada deve apresentar um terreno relativamente plano;
A equação gaussiana traduz situações atmosféricas estacionárias, isto é, a emissão de
poluentes é constante e todos os parâmetros meteorológicos são constante.
Os coeficientes de dispersão horizontal (σ y) e vertical
(σz) podem ser estimados utilizando-se equações ou ábacos.
Os ábacos nas páginas seguintes (curvas de Pasquilli-
Guifford) estão baseadas em dados coletados em regiões do
EUA e Grã Bretanha, para intervalo de 10 min.
Considera-se que estes ábacos podem ser usados em
tempo de amostragem variando de 15 minutos a 1 hora, sendo
os resultados válidos para distâncias de no máximo 10 km.
Coeficiente de
dispersão vertical
σy, função da
distância percorrida
pela pluma desde a
fonte (m), segundo
Pasquill-Gifford.
Obs.: Os valores de
 y e  z são maiores
quanto maior for a
turbulência.
Coeficiente de
dispersão vertical
σz, função da
distância percorrida
pela pluma desde a
fonte (m), segundo
Pasquill-Gifford.
Obs.: Os valores de
 y e  z são maiores
quanto maior for a
turbulência.
Os Quadros abaixo apresentam os coeficiente de dispersão, para as
classes de estabilidade de Pasquill A - F, utilizados em modelos do EPA.
As relações foram propostas por Briggs e são válidas para médias de
10 minutos (há quem argumente que também são válidas para são
válidas para médias horárias).
Parâmetros de dispersão urbana por Briggs (para distâncias entre 100 e 10.000
m) - Média de 10 minutos.

Parâmetros de dispersão para condições de campo aberto, por Briggs (para


distâncias entre 100 e 10.000 m) - Média de 10 minutos.
Casos simplificados da equação de Gauss

Simplificação da equação de emissão pontual contínua ou clássica,


aplicada para situações onde o ponto de amostragem é ao nível do
solo (z = 0).

Simplificação da equação de emissão pontual contínua ou clássica,


aplicada para situações onde o ponto de amostragem é ao nível do
solo (z = 0) e o deslocamento horizontal da linha central da
pluma é igual a zero (y = 0).
Casos simplificados da equação de Gauss

Quando se pretende estimar a máxima concentração do


poluente ao nível do solo:

Com o valor de σz entra-se no ábaco e retira-se “x” máximo


(distância da fonte). Com “x” máximo, encontra-se σy pelo ábaco
de σy.
O posicionamento e configurações das estações automáticas da grande Vitória-ES foi definido
por meio de estudos realizados com modelos de dispersão atmosférica que, alimentados por
dados de inventário de fontes e vários anos de informações meteorológicas, forneceram 576
cenários de contaminação. Esses cenários foram combinados com um cenário de densidade
demográfica gerando regiões com possíveis exposições aos diversos poluentes e assim
definindo a configuração atual da rede automáticata
Cenário de
modelagem
– AERMOD.
http://qualityamb.co
m.br/pt/servicos/est
udo-de-dispersao-a
tmosferica/
Cenário de
modelagem
– CALPUFF.
http://qualityamb.co
m.br/pt/servicos/est
udo-de-dispersao-a
tmosferica/
Cenário de
modelagem – CMAQ,
para modelos
fotoquímicos de
dispersão atmosférica
– O3).
É um estudos de
dispersão mais
sofisticados, capaz de
tratar transporte de
poluentes, mistura e
transformação
química de gases e
aerossóis.

http://qualityamb.com.br/pt/se
rvicos/estudo-de-dispersao-at
mosferica/
STAR-CCM tecnologias da Siemens para
estudar aplicações como dispersão de
poluição industrial.
http://mdx2.plm.automation.siemens.com/cfdImage/pollution-
dispersal-factory?language=ko&page=7%2C2
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 1)

Calcular a elevação da pluma que sai de uma chaminé com as


seguintes características:

VS = 6 m/s;
u = 3 m/s;
D = 2 m;
Ta = 27 oC;
Ts = 127 oC;
ƌФ/ ƌz = 0,004 oC/m (Condição de estabilidade atmosférica
estável, E).
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 2)

Determinar a concentração de SO2 nos seguinte pontos:


a) nível do solo a 700 m da chaminé,
b) nível do solo a 1.000 m da chaminé
c) nível do solo a 10.000 m da chaminé
d) centro da pluma a 700 m da chaminé,
e) centro da pluma a 1.000 m da chaminé
f) centro da pluma a 10.000 m da chaminé.

Sendo dados:
• Q = 120 g/s;
• altura da chaminé = 40 m;
• altura de ascensão da pluma = 50 m;
• veloc. do vento = 5 m/s;
• radiação solar baixa.
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 3)

Uma fundição de cobre tem uma chaminé de 150 metros de


altura, e uma elevação da pluma de 65 m. Na atualidade, está
emitindo 1000 g/s de SO2. Estime a concentração de SO2 ao
nível do solo a uma distância de _____ km, diretamente na
direção do vento quando a velocidade do mesmo é de 3 m/s e o
tipo de estabilidade é C.
Nome Valor
Aline 2,4
Karla 3,2
Kananda 4,2
Laysa 5,1
Matheus 6,5
Welington 8,2
Jaína Carla de S Machado 5

Karen Araujo da Silva 5,5


EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 4)

Uma termoelétrica queima 200 ton de carvão por dia, gerando


3,6 ton/d de SO2.
Calcule a concentração de SO2 em μg/m3 a 1 km da chaminé. A
velocidade do vento a 10 m de altura é de 4 m/s, a altura física
da chaminé é de 37 m e a altura efetiva da chaminé é de ______
metros. (usar estabilidade classe D).

Aline 41, Karla 49, Kananda 57, Laiza 64, Matheus 73, Welinton
82 m.
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 5)

Para o problema anterior (exercício 4) onde ocorrerá a


máxima concentração de SO2 do nível do solo e qual o seu
valor em μg/m3?
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 6)

Para uma proposta de planta de fabricação de papel espera-se a emissão de


______ toneladas de H2S por dia através da chaminé. O receptor mais próximo é
uma pequena cidade a 1.700 m ao nordeste do lugar de localização da planta. A
chaminé da planta deve ser suficientemente alta para que a concentração de H 2S na
cidade não exceda 28 µg/m3 ao nível do solo. As características físicas das emissões
e da atmosfera ambiente são:
- Velocidade de saída do gás (vs) = 8 m/s
- Temperatura de saída do gás (Ts) = 122 oC
- diâmetro interno da boca da chaminé no extremo (D) = 1,0 m
- Temperatura do ar ambiente (Ta) = 22 oC
- Velocidade do vento (u) = 2 m/s
- Gradiente vertical de temperatura = - 6 oC/km.

Estime a altura da chaminé requerida pela planta.

Valores da emissão de em toneladas de H2S por dia através da chaminé, referentes


ao exercício 6.

Aline 1,2; Karla 1,6; Kananda 1,9; Laiza 2,2; Matheus 2,5; Welinton 3,1.
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 7)

A máxima concentração de um poluente emitido por uma fonte com


uma altura efetiva de 50 metros é de 1 x 10-3 mg/m3 . As condições
de estabilidade são do tipo C e a velocidade do vento de 3 m/s.
a) Em qual ponto ocorrerá a máxima concentração do poluente?
b) Qual a taxa média de emissão desta fonte em g/s?
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 8)

Em uma indústria na grande Vitória, ES, procedeu-se


algumas medições para estudos de dispersão de poluentes.
Esta indústria possui um chaminé de 34 m de altura e
diâmetro interno de 1,6 m. Por meio de sensores instalados
no topo desta chaminé obteve-se a velocidade de saída dos
gases de 11 m/s e temperatura dos gases de 167 oC. A
temperatura do ar medida foi de 25 oC. A velocidade do
vento a 10 m de altura foi de 4 m/s. A condição de
estabilidade atmosférica foi considerada como neutra.

Utilizando as equações de Briggs para estas condições,


qual é a distância crítica a partir da chaminé e qual é a
altura efetiva desta chaminé?
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 9)
Refazendo o exercício anterior com outros dados

Em uma indústria na grande Vitória, ES, procedeu-se


algumas medições para estudos de dispersão de poluentes.
Esta indústria possui um chaminé de 34 m de altura e
diâmetro interno de 1,6 m. Por meio de sensores instalados
no topo desta chaminé obteve-se a velocidade de saída dos
gases de 4,6 m/s e temperatura dos gases de 167 oC. A
temperatura do ar medida foi de 25 oC. A velocidade do
vento a 10 m de altura foi de 4 m/s. A condição de
estabilidade atmosférica foi considerada como estável.

Utilizando as equações de Briggs para estas condições,


qual é a distância crítica a partir da chaminé e qual é a
altura efetiva desta chaminé?
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 10)

Determine a concentração de um poluente a 2 metros


acima da superfície e a 400 metros diretamente a
favor da pluma que sai da chaminé.
Assuma classe de estabilidade D, velocidade média do
vento de 2 m/s medida na altura da chaminé, taxa de
emissão do poluente de 1 g/s e a altura efetiva da
chaminé de 20 m. Assuma também que o poluente é
perfeitamente refletido ao tocar o solo.
EXERCÍCIOS SOBRE DISPERSÃO DE POLUENTES 11)

Uma chaminé industrial em uma área urbana está


emitindo 80 g/s de NO. A altura efetiva desta chaminé é
de 100 m. A velocidade média do vento a 10 m de altura
é de 4 m/s. É um dia claro de verão, com o sol quase ao
zênite (pino).
Estimar a concentração de NO:
a) ao nível do solo a 2 km a favor do vento na linha
central da pluma.
b) ao nível do solo a 2 km a favor do vento, 0,1 km fora
da linha central da pluma.
http://www.cesgranrio.org.br/pdf/petrobras0112/provas/PROVA%2019%20-
%20ENGENHEIRO%28A%29%20%20DE%20MEIO%20AMBIENTE%20J
%C3%9ANIOR.pdf

Exemplos de questões de
concurso envolvendo o
tema estudado.

(não precisa fazer):


EDITAL No 1 TRANSPETRO PSP RH - 3/2011
http://site.pciconcursos.com.br/provas/15963690/aff6378eb7b4/
prova_17_profissional_do_meio_ambiente_j_nior.pdf
http://www.cespe.unb.br/concursos/
_antigos/2004/PETRONS2004/Arquivos/
ENG_MEIO_AMB_PLENO.PDF

(não precisa fazer):


Questões teóricas (não precisa fazer):
1) Quais são as suposições feitas em gaussiano modelo de dispersão?
2) O que é equação de dispersão gaussiana? Explique o significado de cada
termo nele. Dê também suas diferentes formas.
3) Escreva sobre como usar o Modelo de Dispersão de Gauss.
4) Quais os usos práticos dos modelos de dispersão?
5) Discutir os parâmetros necessários para a poluição do ar modelagem.

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