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UC Projeto 2 - Grupo 1

Francisca Fontes
Giovanna Christe
Maria Clara Savóia
Maria Inês Aires
Marta Isabela Nunes
Matilde Jardim
Índice de conteúdos
Introdução
Projetos da segunda metade do século XX e i
séculoXXI
ProjetosurbanosdoiníciodoséculoXX
Aberturadoeixodaavenida
Mosteiro de S. Bento de Avé-Maria e Sé Cated
Porto
Organizaçãourbanadoespaçointersticia
Reflxõesfinais
Conclusão
Bibliografia
A presente pesquisa tem como objetivo- com
preenderdeformapráticaasintervençõeseporsua
passado histórico urbanístico da atualAvenida d
sobumavisãoprojectualquevisaomelhorentendi
dolocaledassuascaracterísticasvalorativas,t
exemploumconjuntovastodeprojetosparaláelabo
aolongodosanos.
Tomandocomobasedanossapesquisaacondição
atual da Avenida da Ponte, denotamos num olhar ma
atento o desequilíbrio presente na área que atra
BentoatéàPonteD.LuísolhandoaSé.
No contexto do século XXI, numa cidade - ago
ra dominada pelo turismo, o Porto ilustra - múltipl
alidades temporais fruto de um desenvolvimento
económicoeculturalaolongodostempos.
Comograndeexemplodestamultiplicidade - deco
textos, alguns de grande polémica e desagrado, podemo
olharparaaAvenidaD.AfonsoHenriques,também - con
hecidacomoAvenidadaPonte.
NumaligaçãodiretaentreaPraçaAlmeidaGarre
eaPonteD.LuísI,coexistemdiferenteshabitats. - Ocon
traste aparente entre a Catedral da Sé e o apart
NunoGrandeeaEstaçãodeS.BentoeoMetro - testemu
nham esta vivência múltipla de um só lugar, cuja lar
avenida e os seus resíduos naturais “construído -
gramdestroçosdeoutrostempos.
EmSiza
201, éconvidado,pelasegundavez,para
elaborar um projeto de requalificação da Av. Da Pont
onde integraria a linha de metro que conhecemos h
Na sua proposta, o arquiteto evidencia a clara int
de reinterpretar a malha urbana perdida nas dem
passadas. No entanto, devido ao desentendimento -
tivamente as dimensões do programa, o mesmo não se
concretiza.EmSiza 1968, submetepelaprimeiravezuma
proposta de intervenção baseada em dois conceito
orespeitopeloespaçolibertadopelas- demolições
cessidade da organização da malha urbana. Este est
emandamentoaté1975,ficandotodaviaincompleto.
Àsportasdoséc.XXI,Távoraapresentaum - proje
to que reedifica a antigaTorre Medieval,- que hoje co
spondeàTorredospropondo 24, noseuprojeto - umdialo
goentreostemposdaruína(corpofragmento)easnova
construções(corpocomplemento)sendo , vertidosnum
momentoatemporaleespacial.
Em 195, o arquitetoAntónio de Moura projeta o
MercadodeLevantedeS.Sebastiãoqueveioasubsti
apré-existênciadomercadomedieval.
Em 1975, foi criado o Comissariado do Governo
paraaRenovaçãoUrbanadaáreadaRibeira/Barredo.Ao
longodosanosforam 80, feitosdiversosestudos- eanál
esaoterrenopeloCRUARB.
Na data de 1958, os arquitetos Luís Cunha e
Rogério Barroco lançam um projeto de reconexão ent
osquarteirõesdaRuachãeMouzinhodaSilveira,apar
deumsóedifíciocomaformadeum“Z”.Maistarde,em
1960, a mesma proposta foi reformulada pelo arquiteto
LuísCunha,preservandoamesmalinguagem- arquitetó
ca,cujainfluênciaremontaàarquiteturaclássicadoP
Renascentista.
Manuel Fernandes de Sá e Benjamim do Carmo, em
1957, propunham a criação de uma artéria túnel - que li
gava Almeida Garrett à Ponte, rematando, - com um edi
fício uno e preenchendo a ligação da via por - diversas
fraestruturasembetãoarmado.
OarquitetoFernandoTávoradesenvolve,em195,
sendoestaaprimeiravezquetrabalhasobreeste
uma proposta que relaciona S. Bento àAvenida, curand
a ferida aberta do local das últimas demolições. Na
proposta, há um gesto de intervenção pontual, - recor
do a memória da cidade e enfatizando os vestígios d
demolições, recusa a construção de edifícios margin
que viessem a enfraquecer a relação daAvenida com a
suas envolventes e foca fortemente em uma compone
paisagística.

O Processo de transformação, especificamente
Projetos urba - n
centro histórico, inicia-se como já exposto nosnos do inícanos
io
entre1938e1940. do sé c ulo X
Com efeito, foram convidados 2 arquitetos
- Pian
centinieMuzio,encarreguesderealizaroPlanoGera
urbanizaçãode1934,comdatalimitea193.
Assimsendo,foramformuladasdiferentes - propo
tas,estandoasmesmascentralizadasna- CatedralE
tas,algumasdassoluçõespassavamporumainterru
dasruasepraças,outrasimplicavamgrandesdemoli
considerando-se, por fim, a última proposta, - por se as
sumir ser a menos violenta “ para o frágil equilíbrio
malha medieval, presente na área. No entanto nenhu
daspropostasfoiadotada.
A194, é convidado oArquiteto Giovanni Muzio
para o lugar de Consultor no Gabinete Urbanístico
foramapresentadaspropostas 4 principais, - nãomuit
erentes,masequeexperimentavamvárias - praçasela
raseconfiguraçõesdevias.
Noentanto,nenhumadestaspropostas - avança,a
sar de terem cativantivado o Ministro, - devido ao
mentodeoutraszonasdacidadeedaconstruçãodaP
daArrábida.
Aolongodotempooutrashipóteses-foramestud
daseparalelamenteiniciaramaaberturadoTerre
oobjetivodeampliaroLargodoCorpodaGuarda.
O engenheiroAntónio Barreiros propõe - um proj
to a 192 que surge de uma outra proposta feita a 196,
acompanhando, assim, as mudanças que estavam - a ocor
rernaquelazona,bemcomoanítidaabertura - depossib
dadesdedesenvolvimentourbano.Emfoi
1932, realizada
umaoutravariantedomesmoprojeto,cujasinterv
e remodelações no centro histórico se prolongari
aosfinaisdosanos40.

Em 193, surgiu a necessidade da ligação entre a


Ponte D. Luís e a Praça Almeida Garrett, proposta est
que permitiria tratar, simultaneamente, outros
que afetavam o centro histórico, sendo que entre
estava a demolição das habitações em torno da Sé, q
permitiriamqueestasetornassemais- salubre.Res
iam-se também os acessos ao centro, com o objetivo de
atrairnovosinvestidoresparaacidade.Assim,ores
finalconstituiuareformulaçãodetodo-oespaçoedi
ca em torno da Sé, deixando à descoberta as silhueta
mesma.
Antecedendo a estas transformações, a constr
denovasinfraestruturasentreestasaprópriaPo
e (186) aEstaçãodeS.Bentogeram (1896) umnovool -
har perante a cidade. Durante a construção da Pont
Luís,jásediscutiaanecessidadedealterar - amalha
nadaárea,obrigandoàcriaçãodenovosacessos(18),
mais concretamente, a ligação que atravessa o Cor
GuardaatéS.Bento.
Este núcleo histórico é constituido - por preex
cias que remontam até à edificação do Mosteiro - Ben
edito das freiras de S. Bento de Ave-Maria, que, com a
extinção das Ordens religiosas em Portugal, em 1834,
começou a enfrentar diversas dificuldades, o que le
à sua demolição, em 1902. Outro antigo testemunho que
sobreviveu até aos dias de hoje foi a Sé do Porto, qu
apesar das diversas intervenções nela feita, man
erguidacomoumgrandemarcodacidade.

Entre estes dois centros coexistia - uma espaç


bano, que acarretava o dia-a-dia de uma população qu
se deslocava sem a facilidade das vias rodoviárias
isto, as ruas pedonais desempenhavam um grande pap
na comunicação entre os polos, de forma mais rápida e
segura. A Rua do Loureiro e a Rua Escura, de especial
importância,permitiamatravessiadesdeaPraçaAlm
GarrettàSé.

Recuandoatéaosiníciosdoséc.XIX,percebemos
Reflexões
que todo o contexto, já por nós explorado, provém finais
de
uma travessia da cidade por diferentes - ideologia
vamenteàsintervençõesnopatrimónio.Estadiverg
dementalidades,porvezesextremada,assentavaem
doutrinas: uma intervencionista, predominantem
-
ropeia,eumaoutra,passiva,provenientedaInglate
Foto:
ª1 DemoliçõesparaaberturadaAv.daPonteanos0 4
2ªFoto:Porto-EntradadaruadoCorpodaGuardaantesdasdemolições
daAv.daPonte
Noentanto,opassardosanospreconizouumafalt
deatuação,levandoaosquerestavados - edifíciose
naedestruiçãoprogressiva.
Podemos perceber que, a certa altura, veio ao d
cimaaideiademonumentohistórico,proporcionadap
noçãode“cidadehistórica”quepropunhaaavaliaçã
qualidades estéticas necessárias para um novo mom
denominada“eraindustrial”.Aummonumento - indivi
al, seria igualmente conveniente aplicar leis de
e os mesmos critérios de restauro, de levantamen
reconstruçãoedeinovação.
Assim,oreconhecimentodacomunidadecientífica
e técnica, incentivou o desenvolvimento de orien
paraasalvaguardado“patrimóniourbano”, - comoocon
hecemoshoje.Aoposiçãoentreacidadeantigaeacid
nova veio relacionar dois ramos distintos, - mas co
mentaresentresi,umavezqueincidemnomesmoobjet
deestudo-acidade.

Em suma, a Avenida da Ponte testemunha a


evolução da cidade do Porto, retratando
- um desen
mento, que não acarretou apenas sentidos
- positiv
rendo dos efeitos nefastos das demolições dos ano
40.
Posto de lado devido às políticas de expansão d
cidade, o antigo centro entrou em esquecimento,
- c
tribuindo, assim, para problemas de cariz social da zo
bem como ao seu exponencial abandono, mesmo após a
tentativaderespostaàrequalificaçãodo“vazio”d
AAvenidadaPonte,nuncatotalmente - capazdere
cuperardosdanosjáefetuados,expressaumanecessi
dequestionarosprincípiosquedevemreger - quaisqu
tervençõeseouditasrequalificações.
Apesardisto,sabemosqueapotencialidadedazo
évistapelosqueparaláprojetaramdeformasábiaep
aquelesqueláveemavidacontemporâneanãodespoj
deumpassadoesuasexpressõesvalorativas.
Referências Bibliográficas
ETAPAS DE CONSOLIDAÇÃO DA PAISAGEM UR -
BANADODAPROGRAMAÇÃODOSALMADASAO
PLANO DE 1952 PORTO CONTEMPORÂNEO, Nuno
FerreiraeManuelJoaquimMoreiradaRocha
REQUALIFICAÇÃODAAVENIDAD.AFONSOHEN -
RIQUES,ÁlvaroSiza(formatoemvídeo)
DOCUMENTOS COM REFERÊNCIA A CIVIDADE,
LARGODA(VIADESAPARECIDA,PORTO,PORTU -
GAL)Arquivo
, MunicipaldoPorto
ZONAHISTÓRICADACIDADEDOPORTO,Sistemas
paraInformaçãodoPatrimónioArquitetóni -
enoePauloDordio
MONUMENTOS DESAPARECIDOS, Blog (levanta -
mentodeimagens)
APERSISTÊNCIADE UM MACIÇO ROCHOSO, Pú -
blico,JoséManuelLopesRibeiro
PORTOMEDIÉVICO,AntóniodeSousaMachado
INTERVIR NO PATRIMÓNIO: A CASA DOS 24 EN -
QUANTO PARADIGMA, Beatriz Santos Sousa, FAUP,
2018
AVENIDA DA PONTE - MEMÓRIA E REVITAL -
IZAÇÃO URBANA, ARQUITETURA, PRESENTE E
PASSADO, Silvia Alexandra Canelas Ferreira
2012

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