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Arte
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 Webaula 1
Arte medieval

1
 A arte medieval
No ano 323, Constantino, o Grande,
decidiu transferir a capital do Império
Romano para Bizâncio, contribuindo com
a cisão e a posterior queda da parte
ocidental do Império. Sem a unidade
política que o Império Romano costurava,
essa parte se fragmentou e passou a se
organizar em reinos bárbaros, como o
reino dos Visigodos e o dos Francos, por
exemplo.
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A fé cristã tornou-se, assim, um novo
elemento de unidade entre os povos
diversos, como romanos, celtas, francos e
germanos. Conectado a essa fé e
resistente às invasões bárbaras na parte
oriental da Europa, mantinha-se o Império
Bizantino. A arte medieval foi produzida
nesse contexto, compreendido na Europa
durante os séculos V e XV, e guardou
marcantes diferenças conforme se
desenvolveu em épocas e lugares distintos
dentro desse cenário apresentado.
 Arte paleocristã
A arte paleocristã, ou cristã primitiva, foi a primeira
manifestação de uma arte com temática dedicada aos
seguidores do cristianismo. Contudo, mesmo antes da sua
regularização oficial por Constantino – convertido ao
cristianismo em 312 –, os primeiros cristãos, já desde o
século I, utilizavam imagens pintadas em cemitérios
subterrâneos – as catacumbas. Nelas eles também
guardavam esculturas e sarcófagos com relevos, nos quais
as representações de Jesus Cristo, de personagens e de
passagens dos Evangelhos eram retratadas.

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 A arte cristã primitiva desenvolveu-se entre as
comunidades cristãs que se formaram após a
morte de Jesus. Essas comunidades se
espalharam pelos territórios do entorno do mar
Mediterrâneo logo no primeiro século depois
de Cristo. Em 313, o Edito de Milão pôs fim à
perseguição à comunidade cristã e, com o
incentivo do imperador Constantino para a
edificação de templos para a nova fé, deu início
à fase da arte cristã associada às basílicas.
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As basílicas são construções que eram
utilizadas pelos romanos para funções
diversas, como econômicas e políticas.
Em latim, a palavra basílica significa
“casa real”. O fato de a basílica permitir
que um grande número de pessoas se
aglomere simultaneamente em um
mesmo espaço fechado e coberto foi
decisivo para sua adoção como templo
para a celebração do culto cristão.
 Cristo e os apóstolos (Catacumba de Domitilla, Roma, Itália)
Algumas das pinturas cristãs mais antigas
retratavam Cristo como o Bom Pastor. O
modelo de representação adotado pelos
pintores nos séculos II e III para a criação de
suas figuras foi o estilo greco-romano, e a
maneira de modelar os volumes dos corpos e
dos tecidos foi com o uso de cores e tons
criados pelos efeitos de luzes e sombras. A
escultura paleocristã, realizada na forma de
figuras tridimensionais ou de painéis
escultóricos, também representava Cristo como
Fonte: <https://goo.gl/HUpVAo> Acesso em: 10 jul. 2017
o Bom Pastor.
Clique na imagem ao lado.

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Arte bizantina
Com a queda do Império Romano do
Ocidente em 476, o afastamento desses
domínios da parte oriental, que seria
reconhecido depois como o Império
Bizantino, continuou a se desenvolver. O
cristianismo praticado nas terras
bizantinas favoreceu o desenvolvimento
de uma arquitetura grandiosa,
representada pelas basílicas, com uma
luxuosa ornamentação com mosaicos,
pinturas e murais.
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A representação de imagens em suportes
móveis, de metal ou madeira, e os ícones,
também marcava o estilo. A arte que se
desenvolveu nos limites do Império Bizantino
serviu tanto para a afirmação do poder terreno
de seus imperadores quanto para a expansão e
manutenção da fé cristã. A Arte Bizantina é
caracterizada por suas basílicas grandiosas,
pela rica ornamentação dos interiores dessas
construções, como com murais, mosaicos e
relevos em capitéis, além da produção de
pinturas em painéis.
 Basílica de Santa Sofia (Istambul, Turquia)
As basílicas bizantinas possuem certo tom de
austeridade no seu acabamento externo, pois
muitas vezes as paredes não eram revestidas
por argamassa, deixando expostos os materiais
utilizados na construção. O uso do arco romano
foi fundamental para a estruturação de
espaços abertos e a sustentação dos tetos
abobadados. Uma das maiores é a Basílica de
Santa Sofia, erigida a mando do imperador
Justiniano entre os anos 532 e 537 em
Constantinopla (atual Istambul).
Fonte: <https://goo.gl/TtkyJA>. Acesso em: 22 abr. 2017

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 Mosaico de Jesus Cristo (Istambul, Turquia)
Mosaicos
São painéis com imagens compostas de
pequenos pedaços de determinado material
(como pedras coloridas, pedaços de mármore,
pedaços de conchas marinhas ou mesmo
pedaços de vidro). As figuras representadas em
mosaicos, murais ou ícones seguiam certo
padrão que prezava pela simplicidade. A
intenção era se afastar do modelo greco-
romano de representação de deuses e outros
temas pagãos. Fonte da imagem (se aplicavél)

Clique na imagem ao lado.

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 Arte românica
Enquanto a arte bizantina se desenvolvia na parte oriental
da Europa, uma criação que conciliava elementos da arte
romana com aspectos locais de outros povos bárbaros –
além dos de muçulmanos que tomaram a península Ibérica
– gerava a arte românica. Muitos aspectos são
“empréstimos” da própria Arte Bizantina, como o gosto
pelas cores intensas. Outros são resultado da grande
mistura de elementos que eram justapostos na edificação
de igrejas e na ornamentação destas, realizada com
pinturas, murais e relevos escultóricos.

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 Na arquitetura, as características mais
marcantes são: a abóbada de berço
(semicírculo), os contrafortes, as paredes
espessas, os pilares grossos e o uso de
poucas e pequenas janelas. O aspecto
rústico que aparenta tanto no exterior
como internamente é evidenciado por um
acabamento de paredes que geralmente
deixava expostos os materiais, as pedras e
os tijolos utilizados na edificação.
Clique aqui para saber mais.
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Os interiores eram modestamente
decorados. Relevos são comuns em
capitéis e portais. As fachadas das igrejas
são lisas, com pouca ornamentação
(quando existe, se concentra no portal), e
as torres altas ficam dispostas nas laterais
das fachadas ou no fundo das
construções. O relevo também é
importante em objetos como crucifixos,
relicários e placas ornamentadas.
A escultura românica
Estava a serviço da arquitetura, isto é, sempre se
relacionava diretamente com pilares, portais e
paredes – seja pelo uso da escultura fixada a eles,
seja pelo resgate do uso monumental em pedra.
Apresentava forte estilização das figuras, o que
provocava sérias distorções na imagem
representada.
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 Bons estudos!
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