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Arquitetura Bizantina

Arquitetura Bizantina foi aquela desenvolvida pelo Império Bizantino durante a


Idade Média. Suas principais características são os mosaicos vitrificados, ícones,
pinturas sacras e cúpulas.

O período bizantino na arquitetura ficou marcado pela ascensão do cristianismo e


criação de novas técnicas construtivas. Diante desse contexto, surgem as
monumentais basílicas e expressões de arte que tinham como objetivo mostrar o
poder da religião cristã.

Mas quais foram as inovações trazidas pela arquitetura bizantina? No post de


hoje, vamos contar a sua história e mostrar exemplos de arquitetura bizantina
em SP. Acompanhe!

O que é Arquitetura Bizantina?

Arquitetura Bizantina foi aquela desenvolvida pelo Império Bizantino durante a


Idade Média. Suas principais características são os mosaicos vitrificados, ícones,
pinturas sacras e cúpulas.

Para entendermos melhor como surgiu a arquitetura bizantina, vamos explicar o


que foi o Império Bizantino.Ele surgiu no fim do século IV e foi até o século XV.
Trata-se de uma continuação do Império Romano do Oriente, que conseguiu
manter-se forte — diferente do Império Romano do Ocidente, que foi
enfraquecido pelas frequentes invasões e ataques.

A capital do Império Bizantino, Bizâncio, posteriormente chamada de


Constantinopla, tornou-se a maior cidade do mundo após a queda de Roma. Esse
título pertenceu a ela durante cerca de quatrocentos anos.O principal
personagem do Império Bizantino foi o imperador Justiniano, que contribuiu
diretamente para as inovações da arquitetura bizantina.

Arquitetura Bizantina: representação de conflito em Constantinopla


Assim como aconteceu na arquitetura romana, a arquitetura bizantina também
foi uma ferramenta política. Ela foi desenvolvida basicamente em edificações
religiosas, como veremos ao longo do texto.

Vale destacar que o período bizantino na arquitetura trouxe elementos dos


estilos anteriores (grego e romano), mas também ficou marcada por mudanças
significativas na arquitetura religiosa devido ao surgimento do cristianismo e o
fim do politeísmo.

Quais são as características da arquitetura bizantina?

O período bizantino na arquitetura ficou marcado pelo desenvolvimento da


engenharia e de técnicas construtivas inovadoras.

Elas ficaram evidentes nas Basílicas. Até então, os cultos cristãos eram feitos em
lugares subterrâneos e, a partir do Império Bizantino, passaram a ter um lugar
de destaque em obras arquitetônicas.

As igrejas da arquitetura bizantina eram planejadas sobre uma base circular,


octogonal ou quadrada com imensas cúpulas, criando-se obras enormes e
totalmente decoradas.

Um dos destaques da arquitetura bizantina é a inovação do uso da cúpula,


aplicada em diversas obras romanas.

Por meio de um sistema de arcos, foi possível utilizar a cúpula em plantas


quadradas, algo até então inédito no mundo. Essa cobertura ficou conhecida
como cúpula sobre pendentes.

Arquitetura Bizantina: cúpula sobre pendentes, uma inovação da arquitetura bizantina


Erguiam-se quatro arcos sobre as paredes, que formavam triângulos curvilíneos.
Juntos, eles serviam de base para a construção da cúpula arredondada.

Arquitetura Bizantina: encaixe da cúpula

Mosaicos: a arte bizantina na arquitetura

A arte bizantina na arquitetura é representada principalmente pelos mosaicos.Trata-se de


um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino, que consiste na formação de imagens
por meio de pequenos pedaços de pedra coloridos colados nas paredes. Essas pedrinhas
são dispostas na superfície de acordo com um desenho previamente determinado.

Diferente da arte grega e romana, que privilegiava a técnica e perfeição das formas, a arte
bizantina traz um contexto simbólico e religioso. O regime do período era teocrático, ou
seja: o imperador tinha plenos poderes administrativos e espirituais sobre a população. Por
esse motivo, não é raro encontrar na arte e arquitetura bizantina mosaicos onde ele
aparece, juntamente com a esposa, cercando a Virgem Maria e o Menino Jesus.

Arquitetura Bizantina: Sacrifício de Isaac, mosaico do século VI


Outro exemplo de arte bizantina na arquitetura são os ícones, pinturas feitas
direto nas madeiras.

Trata-se de quadros que representam figuras sagradas como Cristo, a Virgem, os


apóstolos, santos e mártires.

Em geral, eram bastante luxuosos e venerados nas igrejas, mas não era
incomum encontrá-los em oratórios familiares.

Arquitetura Bizantina: ícone “A Trindade” de André Rublev

A surpreendente arquitetura da Catedral de Santa Sofia

A Catedral de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia, foi construída
entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a Catedral de Constantinopla
(atual Istambul, na Turquia). Os responsáveis pelo projeto foram Antêmio de
Tralles e Isidoro de Mileto.

Mas antes de 532, a obra já havia passado por duas fases de construção e
reforma, sendo destruída por um incêndio antes do último reparo, providenciado
pelo imperador Justiniano I.

O nome da Catedral de Santa Sofia é uma transliteração fonética da palavra


grega sabedoria.

Trata-se da obra que resume todas as características da arquitetura bizantina


que falamos até aqui.

A Catedral de Santa Sofia é considerada a mais importante obra da arquitetura


bizantina e uma das mais revolucionárias na história da arquitetura.
Essa obra prima da arquitetura bizantina foi a maior catedral do mundo por
quase mil anos, até que a Catedral de Sevilha fosse completada em 1520.

Arquitetura Bizantina: Catedral de Santa Sofia

A estrutura da Catedral de Sofia é semelhante a uma basílica romana, com uma forma
retangular. No meio fica um grande vão cercado por uma série de passagens laterais.

O interior da Catedral de Santa Sofia é revestido com mármore e repleta de mosaicos. Por
ordem do imperador da época, Justiniano, oito colunas coríntias foram desmontadas em
Baalbek, no Líbano, e enviadas para Constantinopla para a construção de Santa Sofia.
Arquitetura Bizantina: pilares e lustres

Arquitetura Bizantina: detalhes das vigas e guarda-corpo


Os mosaicos representam a Virgem Maria, Jesus, santos, imperadores e
imperatrizes. Outras partes da obra foram criadas com um estilo puramente
decorativo, com padrões geométricos.

Arquitetura Bizantina: mosaico da Virgem Maria entre Constantino e Justiniano na Catedral de Santa Sofia

Arquitetura Bizantina: mosaico da Imperatriz Zoe na Catedral de Santa Sofia

A planta da Catedral de Santa Sofia é retangular e sobre ela está a grande


cúpula central de 31 m de diâmetro e 55 m de altura. Ela é extremamente
elevada, fazendo uma alusão à abóbada celeste (céu).
A cúpula é perfurada com uma faixa de 40 janelas em arco, que criam
uma iluminação zenital e dão leveza à estrutura.
Arquitetura Bizantina: janelas na cúpula e iluminação zenital

Em 1935 a Catedral de Santa Sofia foi transformada em um museu da recém-


criada República da Turquia.
Obras da Arquitetura Bizantina

Arquitetura Bizantina: Igreja de São Vital, em Ravena (Itália)

Arquitetura Bizantina: Igreja de Santa Irene


Arquitetura Bizantina: Igreja de Panaghia Kapnikarea

Arquitetura Bizantina: Basílica dos Santos Sérgio e Baco


Arquitetura Bizantina: Basílica de São Marcos

Arquitetura Bizantina no Brasil

Em algumas cidades do país, é possível ver obras construídas no estilo bizantino.


Um exemplo é o Museu Judaico de São Paulo.

Arquitetura Bizantina em SP: Museu Judaico na cidade de São Paulo


Já na cidade de Prudentópolis, no interior de São Paulo, existem cerca de 50
igrejas com arquitetura bizantina.

Mais de 70% da população tem ascendência ucrânia. O município mantém viva


as origens e preserva sua cultura por meio de cultos ortodoxos na língua
ucraniana.

Um exemplo de igreja com arquitetura bizantina é a Matriz de São Josafat.

Arquitetura Bizantina em SP: matriz de São Josafat em Prudentópolis, interior de São Paulo

Referências
Site Viva Decora - Disponível em <
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-bizantina/ > Acesso em
01/08/2020.

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