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O Império Bizantino, também conhecido como Império Romano do Oriente, foi um dos mais
O Império Bizantino, que também ficou conhecido como Império Romano do Oriente, foi uma
das organizações políticas mais importantes e duradouras do mundo antigo e medieval, já que
durou de 395 a 1453 d.C. A história do império bizantino começou com a fundação da cidade
de Constantinopla sobre o que havia sido até então Bizâncio – uma antiga colônia grega,
fundada em 657 a.C. O fundador de Constantinopla, Constantino, o Grande, filho de
Constâncio Cloro, foi aclamado um dos imperadores romanos em julho de 306 d.C., após a
morte de seu pai, Constâncio Cloro.
Nessa época, toda a extensão do Império Romano estava vulnerável ao ataque de bárbaros do
Norte e também de povos do Oriente, como a dinastia sassânida da Pérsia. No ano de 285, o
imperador Diocleciano dividiu o império em duas partes, a oriental e a ocidental. Cada parte
passaria a ser governada por duas autoridades, um Augustus e um Caesar (sucessor
automático do primeiro), tendo o império, portanto, quatro chefes de Estado. Constâncio
Cloro era um dos césares e governava as regiões da Hispânia, Gália e Britânia. Quando um
césar morria, sucedia-o geralmente o herdeiro de sangue. Foi o que ocorreu em 306, com
Constantino ascendendo ao poder na parte Ocidental.
Com a vitória sobre Licínio, Constantino conseguiu novamente reunificar as duas partes do
Império Romano, divididas por Diocleciano. Mas, apesar de teoricamente dar continuidade ao
legado tradicional latino (incluindo seus aspectos culturais e institucionais), Constantino
anunciava também elementos novos. O principal desses elementos era a fundação de uma
nova capital imperial no Oriente.
A fundação de uma nova capital tinha um papel estratégico, já que havia uma pressão enorme
das hordas de bárbaros sobre a velha Roma, e outras cidades do Ocidente também poderiam
ser alvos fáceis desses ataques. Mas havia também um elemento de inauguração de uma nova
era. A cidade escolhida foi Bizâncio, onde confluíam as tradições intelectuais helenísticas – em
que o grego era o idioma principal – e as tradições institucionais romanas. Além disso, estar
situada na Anatólia (Ásia Menor), um dos berços da expansão cristã primitiva, fazia de Bizâncio
um lugar para dar seguimento a uma espécie de “política cristã” com os bispos da Igreja – que
já possuíam autoridade intelectual e espiritual bastante forte à época.
Bizâncio foi, de 326 a 331, inteiramente reformada e preparada para ser a “nova Roma”. Ao
fim dessa preparação, foi renomeada, passando a se chamar Constantinopla, em homenagem
ao imperador.
Constantino faleceu em 337. Sucedeu-o seu filho, Constantino II, e a este se seguiram mais seis
imperadores até a ascensão de Teodósio I, que finalmente tornou o Cristianismo a religião
oficial do Império Bizantino por meio de um decreto, em 380. Em 391, o paganismo foi
completamente proibido nas extensões do Império Romano. Com a morte de Teodósio, em
395, o Império foi novamente dividido. Seus dois filhos, Arcádio e Honório, ficaram cada um
com uma parte, a Oriental e a Ocidental, respectivamente.
Arte Bizantina
A Arte Bizantina é uma arte cristã que surge no período em que o Cristianismo passa a ser
reconhecido como religião.
Jesus, considerado uma ameaça para o Império Romano, foi perseguido e morto pelos
romanos. Após sua morte, seus adeptos se escondiam em catacumbas para rezar, pois
continuaram sendo perseguidos .
Até que em 313 o imperador Constantino outorgou o Édito de Milão, que proibia a
perseguição aos cristãos e, então, o Cristianismo começa a crescer. Surgem assim, as igrejas
cristãs e um novo estilo de arte, a Arte Bizantina.
A Arte Bizantina se contextualiza na Arte Paleocristã, que tem origem nas expressões artísticas
dos convertidos na fé em Jesus Cristo. Eram manifestações feitas especialmente através das
pinturas nas catacumbas e nos sepulcros.
A Arte Bizantina, por sua vez, surge após a aceitação do Cristianismo e, assim, revela a
exuberância de uma arte que pretende ser vista, divulgada e que tinha como propósito instruir
os devotos, neles incutindo a devoção ao Cristianismo.
Desse modo, a Arte Bizantina pode ser considerada o primeiro estilo de arte cristã.
Assim, muitas vezes se encontra mosaicos que retratavam o imperador e sua esposa entre
Jesus e Maria.
Arquitetura Bizantina
O imperador mandou construir igrejas onde os convertidos pudessem se reunir para rezar.
A arquitetura se destaca como expressão artística desse período pela construção de grandes e
ricas igrejas, na verdade basílicas, dada a sua amplitude e riqueza expressa no revestimento de
ouro e decoração com mosaicos.
Pintura Bizantina
Nessa época foi criado o ícone, uma vertente da pintura bizantina. Ícone em grego significa
imagem e nesse contexto representavam personagens religiosas como a Virgem e Cristo, além
de santos.
Uma das técnicas bastante utilizadas pelos pintores bizantinos foi a têmpera, que consiste em
preparar os pigmentos junto a uma goma feita de material orgânico (como a gema de ovo) a
fim de fixar melhor as cores à superfície.
Os ícones eram encontrados sobretudo nas igrejas, entretanto era possível também encontrá-
los nos ambientes familiares, em oratórios.
Foi na Rússia que essa expressão teve maior reconhecimento, principalmente na região de
Novgorod. Foi lá que viveu o renomado artista André Rublev, no início do século XV.
Ícones de André Rublev. À esquerda, Solenidade da Santíssima Trindade; à direita, Nossa
Senhora da Misericórdia
Mosaico Bizantino
Entre outras coisas, eles retratavam o imperador, bem como profetas. Eram aplicados no
interior das igrejas e exibiam cores intensas e materiais nobres que refletiam a luz,
concedendo suntuosidade aos templos.
Eram criados a partir de pequenos pedaços de pedras em cores distintas, colocados sobre
cimento fresco em uma parede e que compunham, assim, um desenho.