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Alfredo Volpi

Alfredo Foguebecca Volpi (1896-1988) foi um pintor ítalo-brasileiro considerado um dos


mais destacados pintores da Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Suas
pinturas são caracterizadas por casarios e bandeirinhas coloridas.

Alfredo Volpi nasceu em Lucca, Itália, no dia 14 de abril de 1896. Em 1897, sua família
emigrou para o Brasil e fixou residência na região do Ipiranga, em São Paulo, onde
estabeleceu um pequeno comércio.

Início da carreira

Volpi foi aluno da Escola Profissional Masculina do Brás. Em 1911, começou a aprender
a pintar frisos, painéis e murais nas paredes das mansões das famílias da alta sociedade
paulistana.

Nessa mesma época, começou a pintar sobre madeira e tela.

A divulgação do trabalho

Em 1925, Volpi participou pela primeira vez de uma mostra coletiva no Palácio das
Indústrias de São Paulo.

Influenciado pela arte italiana da década de 1920, realizou paisagens de cunho realista,
pintando vistas dos bairros pobres da capital paulista ou de cidades do interior de
Santos.

Suas telas apresentam grande sensibilidade para a luz e sutileza no uso das cores,
sendo por isso comparado aos impressionistas. São dessa época: Paisagem com
Carro de Boi e Casinha de Mogi das Cruzes.

Paisagem com Carro de Boi


Casinha em Mogi das Cruzes

Em 1934, Volpi participou de sessões conjuntas de desenho de modelo vivo do grupo


Santa Helena, no ateliê da Praça da Sé. Em 1936, participa da formação do Sindicato
dos Artistas Plásticos de São Paulo e em 1937, expõe com a Família Artística Paulista.
Sua produção é figurativa e destacam-se a série de Paisagens Marinhas, executadas
em Itanhaém, São Paulo.
A consolidação da carreira

Em 1940, Volpi ganha o concurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional, com trabalhos baseados nos monumentos das cidades de São Miguel e Embu,
voltando-se também para temas populares e religiosos.

Em 1944, Volpi realiza sua primeira exposição individual, na Galeria Itá, em São Paulo.

Em 1953, recebe o Prêmio de Melhor Pintor Nacional da Bienal Internacional de São


Paulo.

A ida para a Europa

Em 1950, viaja pela primeira vez para a Europa, onde passou quase seis meses.
A partir dessa década, a obra de Volpi começa gradativamente a caminhar para a
abstração.

O abstracionismo geométrico
Ainda na década de 50, a pintura de Volpi entrou na fase do abstracionismo geométrico.
Ele pintou diversas séries denominadas: Bandeirinhas, Fachadas e Ampulhetas.
A pintura de Volpi passa a ser a linha, a forma e a cor.
As Bandeirinhas

As Fachadas
As Ampulhetas
O reconhecimento nacional e internacional
Depois de várias exposições, em 1958, recebeu o Prêmio Guggenheim. No ano seguinte
participou de exposição em Nova Iorque e da V Mostra Internacional em Tóquio.

Em 1962, Alfredo Volpi recebe o prêmio da crítica carioca, como o Melhor Pintor do
Ano.

Em 1964, participa da Bienal de Veneza. Em 1966, pinta o afresco Dom


Bosco, no Itamaraty.

Em 1973, Volpi recebeu a Medalha Anchieta da Câmara Municipal de São Paulo, a


Ordem do Rio Branco no Grau de Grão Mestre.

Em 1986, em comemoração aos 80 anos de Volpi, o MAM – SP organizou uma


retrospectiva, com a apresentação de 193 obras do pintor.

Características da pintura de Alfredo Volpi

Ao longo de sua carreira, Alfredo Volpi passou por várias fases, recebeu influência de
pintores clássicos e impressionistas, criou sua própria linguagem, evoluindo das
representações de cenas da natureza para representações dominadas pelas cores e
pelo seu estilo próprio representando o abstrato e geométrico.

Os seus mais importantes registros desse estilo são seus casarios e bandeirinhas
coloridas, sua marca registrada, sendo chamado de "mestre das bandeirinhas."

O pintor não fazia uso de tintas industriais, produzia suas próprias tintas, onde diluía
verniz, clara de ovo e pigmentos naturais, como terra, ferro, óxidos etc.
Referências
Site E–Biografia – Disponível em <
https://www.ebiografia.com/alfredo_volpi/#:~:text=Alfredo%20Foguebecca%20Volpi
%20%E2%80%8B%E2%80%8B,14%20de%20abril%20de%201896. > Acesso em
20/06/2020.

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