1) O documento resume o capítulo 4 do livro "Saber Ver a Arquitetura" de Bruno Zevi, que analisa a evolução dos estilos de igrejas cristãs da Idade Média, incluindo paleocristão, românico, bizantino e gótico.
2) Zevi discute como os cristãos se inspiraram na arquitetura helenística e romana para criar suas igrejas, tornando o espaço mais dinâmico.
3) O estilo bizantino exagerou o tema da basílica, dil
Descrição original:
ZEVI, Bruno. Saber Ver a Arquitetura. Capítulo 4 - As várias idades do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pág. 70 – 95.
1) O documento resume o capítulo 4 do livro "Saber Ver a Arquitetura" de Bruno Zevi, que analisa a evolução dos estilos de igrejas cristãs da Idade Média, incluindo paleocristão, românico, bizantino e gótico.
2) Zevi discute como os cristãos se inspiraram na arquitetura helenística e romana para criar suas igrejas, tornando o espaço mais dinâmico.
3) O estilo bizantino exagerou o tema da basílica, dil
1) O documento resume o capítulo 4 do livro "Saber Ver a Arquitetura" de Bruno Zevi, que analisa a evolução dos estilos de igrejas cristãs da Idade Média, incluindo paleocristão, românico, bizantino e gótico.
2) Zevi discute como os cristãos se inspiraram na arquitetura helenística e romana para criar suas igrejas, tornando o espaço mais dinâmico.
3) O estilo bizantino exagerou o tema da basílica, dil
DISCIPLINA: TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I PROF. KARINE DAUFENBACH FLORIANÓPOLIS, 25/11/2013
ZEVI, Bruno. Saber Ver a Arquitetura. Capítulo 4 - As várias idades do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pág. 70 – 95.
Resenhado por François Urban (Faculdades Barddal - UNIESP)
Bruno Zevi começou a estudar arquitetura em Roma e graduou-se na Harvard
University. É autor de importantes livros de história e teoria da arquitetura, entre os quais encontra-se o livro “Saber Ver a Arquitetura”. Neste Bruno Zevi apresenta os principais aspectos que considera ser fundamentais para a compreensão e a análise da arquitetura, ressaltando a importância de se evidenciar o espaço, além de dissertar sobre a evolução histórica da mesma. O desenvolvimento desta baseia-se no quarto capítulo onde Zevi reporta- se ao período cristão da idade média, analisando e descrevendo os principais estilos de igrejas ocidentais ao decorrer do tempo: paleocristão, românico, bizantino e gótico. Segundo o autor os cristãos se basearam na arquitetura helenística para criar sua igreja, assim temos a igreja com a escala humana dos gregos e a consciência do espaço interior romano. Produzindo uma revolução funcional no espaço latino. A igreja cristã tem como propósito ter um lugar de reunião, comunhão e oração dos fiéis. Inspirada mais na basílica do que no templo romano, por sua proximidade temporal. A basílica é simétrica, já a igreja cristã não tem uma das duas absides e desloca a entrada para o lado menor deixando um único eixo longitudinal, a diretriz do caminho humano. A diferença entre a escala humana grega e a cristã é que a primeira é estática e a segunda respeita o dinamismo do homem. Essa conquista dinâmica também é evidente nos edifícios de esquema central. Roma com o passar do templo muda de extrovertido e ativo para mais reflexivo, mostrando essa característica na arquitetura, tornando-a mais dinâmica com várias passagens para o homem, diversas vistas e sensações. O tema basilical exalta-se e exaspera-se no período bizantino. o problema do arquiteto bizantino não é de caráter estrutural, mas limita-se a introduzir no esquema longitudinal paleocristão a urgência de uma aceleração como na basílica longitudinal se negam as relações verticais, assim nos edifícios de planta cêntrica, o espaço é dilatado até as fluências mais velozes e às tensas distancias. As faixas de mosaico acentuam no conteúdo e na forma a horizontalidade. No terreno crítico dos resultados arquitetônicos, deve ser reconhecido que a dilatação dos espaços romanos, por mais ampla e tecnicamente corajosa que seja, encontra o seu limite na manifesta robustez das suas estruturas murais para quem quiser confrontar o espaço paleocristão com o bizantino, é fácil demonstrar que existe entre eles não só diversidade, mas oposição. é uma mensagem nova cuja voz será ouvida nos séculos seguintes, no XI e XII, e o seu eco será sentido em toda a arquitetura oriental. Numa resenha seria ilegítimo passar do bizantinismo para o românico, ignorando os três séculos, entre VIII e X. Estes são séculos bárbaros, cheios de invasões, lutas e ditaduras, são vistos na historia da arquitetura como produtores de monumentos aparentemente toscos, vulgares. No entanto, nestes séculos descobrimos a origem e o presságio da arquitetura românica, a intuição das concepções espaciais dos séculos XI e XII que constituem o primeiro renascimento da arquitetura europeia os elementos que formam a originalidade da produção desses séculos. Na segunda metade do século XI e ao surgir do século XII a arquitetura românica institui, depois do final do império romano, o primeiro período em que a civilização de toda a Europa se agita sincronicamente em nome de uma mesma renovação do conjunto arquitetônico quando se chega ao românico, bastam poucos retângulos para formar paredes, vertentes do telhado e pavimento. Ressalta-se algumas características arquitetônicas como a elevação do prebistério, o ambulacro e o deambulatório que continua o jogo das naves em torno do vão absidal, o engrossamento das paredes, a acentuação visual das relações de peso e sustentação, o gosto pelo material bruto. Elevar o prebistério significa interromper o comprimento do ambiente. Introduzir o ambulacro, quer dizer, articular o edifício tornando-o mais complexo. Injetar o sentido de peso e substituir o cromatismo por materiais brutos, implica a inversão da intenção espacial e dos adjetivos decorativos. Século XI e XII Sant'Ambrogio de Milão e Cathedral de Durham. Caracteriza-se por dois fatos: a arquitetura deixa de agir em termos de superfície e se exprime em termos de estruturas. O gótico do ponto de vista construtivo aprofunda e conclui a investigação românica. O sistema em ossatura aperfeiçoa-se, a técnica dos arcos orgivais reduz as pressões laterais, os arcobotantes e os contrafortes tornam-se braços musculosos. O conjunto românico torna-se mais leve e se estende. O Autor cita duas diretrizes a vertical e a longitudinal, relação entre ângulo e planta e retângulo de seção e em segundo lugar da relação entre esses dois retângulos e o homem. Se confrontarmos o gótico italiano, francês e inglês verificamos que o contraste se acentua a medida que se sobe em direção ao Norte. Sendo esta última ainda, orgânica possibilitando expandir, crescer e articular edifícios. O que distingue a arquitetura gótica da românica é o contraste das forças dimensionais, pela primeira vez na historia da arquitetura, os artistas concebem espaços que estão em antítese polemica com a escala humana e que produzem no observador não uma clama contemplação, mas um estado de espírito de desequilíbrio. Outro significado da escala que diz respeito não às relações de proporção entre o edifício e o homem, mas às proporções do edifício em si relativamente ao homem.
RESENHA CRÍTICA: A Planta Central em Edifícios Católicos e Protestantes. Simbolismo, Tradição e Inovação para A Renovação Da Arquitetura Religiosa Do Século XX, de María Diéguez Melo.