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HISTÓRIA DA ARTE:
Florianópolis
2013
FRANÇOIS FERDINAND DE BEM URBAN
HISTÓRIA DA ARTE:
Florianópolis
2013
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2. PRÉ-HISTÓRIA...................................................................................................................5
2.1 CONTEXTO HISTÓRICO...................................................................................................5
2.2 ARQUITETURA..................................................................................................................6
2.2.1 Neolítico............................................................................................................................6
2.3 ESCULTURA.......................................................................................................................8
2.3.1 Paleolítico superior..........................................................................................................8
2.3.2 Neolítico............................................................................................................................9
2.4 PINTURA...........................................................................................................................10
2.4.1 Paleolítico Superior........................................................................................................10
2.4.2 Neolítico..........................................................................................................................12
3. EGITO.................................................................................................................................14
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO.................................................................................................14
3.2 ARQUITETURA................................................................................................................15
3.2.1 Antigo Império...............................................................................................................15
3.2.2 Novo Império..................................................................................................................18
3.3 ESCULTURA.....................................................................................................................20
3.3.1 Antigo Império...............................................................................................................20
3.3.3 Novo Império..................................................................................................................24
3.4 PINTURA...........................................................................................................................25
3.4.1 Antigo Império...............................................................................................................25
3.4.2 Novo Império..................................................................................................................26
4. MESOPOTAMIA...............................................................................................................29
4.1 CONTEXTO HISTÓRICO.................................................................................................29
4.2 ARQUITETURA................................................................................................................31
4.3 ESCULTURA.....................................................................................................................34
5. CONCLUSÃO.....................................................................................................................37
REFERÊNCIAS......................................................................................................................38
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1. INTRODUÇÃO
2. PRÉ-HISTÓRIA
2.2 ARQUITETURA
Será abordado neste capítulo somente o período neolítico por ser considerado um
períodos de grande importância para arquitetura.
2.2.1 Neolítico
Já́ em 5000 a.C., surgiu uma colossal arquitetura de enormes pedras erguidas em três
formas básicas: o dólmen, que consiste em enormes pedras verticais cobertas por
uma laje, parecendo uma mesa gigantesca; o menir, que é uma única pedra vertical
(o maior tem 54 metros de altura e pesa 350 toneladas); e o arranjo circular das
pedras, como em Stonehenge.
Estas construções tinham como finalidades religiosas tanto como templos quanto
como obras mortuárias, sendo importantes pontos de encontros e convívio social.
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2.3 ESCULTURA
Não existem representações humanas entre as pinturas rupestres mais antigas. Por
outro lado, ocasionalmente se encontra a escultura em rocha de uma figura feminina
nua, para a qual eram aproveitados os abaulamentos e protuberância da pedra. Aqui
se torna ativa a ideia da magia da fertilidade, a segunda função mais importante da
vida humana depois da alimentação.
2.3.2 Neolítico
2.4 PINTURA
Existem alguns indícios de que possuíam algo como uma oficina onde produziam as
tintas a partir de carvão e ocre e as armazenavam em forma de bastonetes de giz, e
até mesmo gozavam de certa reputação e solicitados em outras cavernas que não as
de seu grupo.
2.4.2 Neolítico
Na pintura quando homem neolítico que se tornara agricultor, não precisava mais
ter os sentidos apurados do caçador do paleolítico, abandonando o estilo naturalista e o
surgimento de um estilo mais geométrico.
Confirma Baumgart (1999, p 7). “A transição do naturalismo para a estilização
pressupõe reflexões mentais que possuem como únicas, a possibilidade de abstração. Este
fenômeno representou um passo decisivo na evolução do homem”.
Na superfície plana da pedra, a cabeça não tem a menor semelhança com a forma
natural, pois nem mesmo chega a ser redonda, está separada do corpo, o nariz combina-se ou
com a boca ou com as sobrancelhas numa figura geométrica simples. O homem é
caracterizado pela adição de armas e a mulher por dois hemisférios representando os seios.
( HAUSER, 2003)
Pode ser conforme observada na figura 7, os desenhos em rocha já por aparece o
homem na caça, na luta ou em danças rituais.
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A preocupação com o movimento fez com que os artistas criassem figuras leves,
ágeis, pequenas e de pouca cor. Com o tempo, essas figuras foram se reduzindo a
traços e linhas muito simples, mas que comunicavam algo para quem as via. Desses
desenhos surge, portanto, a primeira forma de escrita, a escrita pictográfica, que
consiste em representar seres e ideias pelo desenho.
Só, a partir daí a atitude naturalista, aberta para toda a gama de experiência, cedeu
lugar a uma estilização estritamente geométrica, na qual o artista era mais propenso a fechar-
se para a riqueza da realidade empírica.
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3. EGITO
3.2 ARQUITETURA
As tumbas dos primeiros faraós eram réplicas das casas em que moravam,
enquanto as pessoas sem importância social eram sepultadas em construções retangulares
muito simples, chamadas mastabas, mas foram as mastabas que deram origem às grandes
pirâmides construídas mais tarde.
Afirma Janson (1999) que as pirâmides não eram estruturas isoladas, mas
ligavam-se a imensos distritos funerários, com templos e outras edificações que eram o
cenário de grandes celebrações religiosas, tanto durante quanto após a vida do faraó.
A pirâmide de Djoser na região de Sakkarah, construída pelo arquiteto Imhotep, é
talvez a primeira construção egípcia de grandes proporções, pode-se observar seu formato na
figura 8.
Confirma JANSON (1999, p. 26) A mais antiga é, provavelmente, a do rei Djoser
em Sakkarah, uma pirâmide de degraus que sugere um agrupamento de mastabas, por
oposição aos exemplos posteriores de Gizé, mais planos e regulares”.
Junto a essas três pirâmides está a esfinge ilustrada na figura 10, a mais conhecida
do Egito. É uma obra também gigantesca, com 20 metros de altura e 74 metros de
comprimento. Diz Proença (1999) que ela representa o faraó Quéfren e a ação erosiva do
vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e
misterioso.
Nenhum monarca e nenhum povo teria suportado semelhante gasto, e passado por
tantas dificuldades, caso se tratasse da criação de um mero monumento. De fato,
sabemos que as pirâmides tinham sua importância pratica aos olhos dos reis e seus
súditos. O rei era considerado um ser divino que tinha completo domínio sobre eles
e, ao partir deste mundo, voltava a ascender para junto dos deuses donde viera.
Após o término da Quarta Dinastia grandes pirâmides nunca mais foram erguidas
embora pirâmides de proporções bem mais modestas continuassem a ser construídas.
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A divindade do poder real do faraó foi afirmada de uma nova forma durante o
Novo Império: através da associação com o deus Amon, cuja identidade havia sido fundida
com a do deus-sol Ra e que se tomara a divindade suprema, assim, energias arquitetônicas
sem precedentes foram canalizadas para a construção de imensos templos de Amon sob o
patrocínio real, tal como o templo de Luxor. (JANSON, 1999).
Também afirma Proença (1999, p. 20)
Foi no Novo Império (1580-1085 a.C.) que o Egito viveu o apogeu de seu poderio e
de sua cultura. Os faraós reiniciaram as grandes construções. Dessas, as mais
conservadas são os templos de Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Esteticamente, o aspecto mais importante desses templos é um novo tipo de coluna,
trabalhada com motivos tirados da natureza, como o papiro e a flor de lótus.
3.3 ESCULTURA
No início da história egípcia existe uma obra de arte que é também um documento
histórico: uma paleta de ardósia representada na figura 14 que celebra a vitória de Narmer, rei
do Alto Egito, sobre o Baixo Egito, a mais antiga imagem conhecida de um personagem
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histórico identificado por seu nome. Como ele o faz é nitidamente mostrado na figura de
Narmer: olho e ombros vistos de frente, cabeça e pernas de per fil. (JANSON 1999).
Estátuas do faraó ofereciam uma morada alternativa para o ka, caso o corpo
mumificado se deteriorasse e não pudesse mais hospedá-lo.
Segundo Gombrich (2002, p. 58).
Se a fiel imagem do rei também fosse preservada, não havia dúvida alguma de que
ele continuaria vivendo para sempre. Assim, ordenavam aos escultores que
esculpissem a cabeça do rei em imperecível granito e a colocassem na tumba onde
ninguém a via para aí exercer sua magia e ajudar sua alma a manter-se viva na
imagem e através desta. Uma expressão egípcia para designar o escultor era,
realmente, "Aquele que mantém vivo".
Akhenaton foi um revolucionário não apenas em sua fé́ , mas também em suas
preferencias artísticas, incentivando conscientemente um novo estilo e um novo ideal de
beleza. O contraste com o passado fica admiravelmente claro em um retrato em baixo-relevo
de Akhenaton (figura 18); comparado com as obras no estilo tradicional (figura 19), essa
cabeça parece, à primeira vista, urna caricatura brutal, com seus traços estranhamente
desfigurados e contornos sinuosos e excessivamente enfáticos. Ainda assim, podemos
perceber sua afinidade com o busto merecidamente famoso da rainha de Akhenaton, Nefertiti.
(JANSON, 1999).
O que caracteriza esse estilo não é tanto um maior realismo, mas sim um novo
sentido da forma, que procura abrandar a imobilidade tradicional da arte egípcia.
3.4 PINTURA
A arte egípcia estava intimamente ligada à religião por isso era bastante
padronizada não dando margem à criatividade ou à imaginação pessoal, a obra deveria revelar
um perfeito domínio das técnicas de execução e não o estilo do artista.
Dessa forma Proença (1999) comenta que na pintura e nos baixos relevos (figura
20) existiam muitas regras a serem seguidas. Dentre elas, a lei da frontalidade, que tanto
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caracteriza a arte egípcia, era rigidamente obrigatória. Essa lei determinava que o tronco da
pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram
vistos de perfil.
Ainda Proença (1999). De acordo com essa convenção, a arte não deveria
apresentar uma reprodução naturalista que sugerisse ilusão de realidade. Assim, diante de uma
figura humana retratada frontalmente, o observador não pode- ria confundi-la com o próprio
ser humano. Ao contrário, deveria reconhecer claramente que se tratava de uma
representação.
Na pintura surgem criações artísticas mais leves, e de cores mais variadas que as
dos períodos anteriores. A postura rígida das figuras é abandonada, e elas parecem ganhar
movimento.
Comenta Stickland (2004) que nas pinturas em paredes, a superfície é dividida em
painéis horizontais separados por linhas. A figura despojada, de ombros largos e quadris
estreitos, usando adorno na cabeça e tanga, posa rigidamente com os braços para os lados e
uma perna adiante da outra. O tamanho da figura indica sua posição: os faraós são
representados como gigantes sobressaindo entre criados do tamanho de pigmeus. Nota-se esta
diferença de tamanhos na figura 21.
Comenta Gombrich (2002). O estilo egípcio englobou uma série de leis muito
rigorosas, que todo artista tinha que aprender desde muito jovem. As estátuas sentadas tinham
que ter as mãos sobre os joelhos; os homens tinham que ser pintados com a pele mais escura
do que as mulheres; a aparência de cada deus egípcios era rigorosamente estabelecida: Horo,
o deus-sol, tinha que ser apresentado como um falcão ou com uma cabeça de falcão; Anúbis,
o deus da morte, como um chacal ou com uma cabeça de chacal (figura 22).
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A maioria destas pinturas foram encontradas nos túmulos dos grandes nomes do
Egito antigo, eram pintadas para o faraó, por exemplo, com o intuito deste comtemplar após
sua morte.
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4. MESOPOTAMIA
Mas o vale do Tigre e do Eufrates, ao contrário do vale do Nilo, não é uma estreita
faixa de terra fértil protegida por desertos; parece mais uma depressão larga e rasa
com poucas defesas naturais, fácil de ser invadida por qual quer direção. Dessa
forma, a região mostrou-se quase impossível de ser unificada sob um mesmo
governante. A história politica da Mesopotâmia antiga não apresenta um tema
subjacente, tal como o caráter divino da realeza que existia no Egito; as rivalidades
locais, as invasões estrangeiras, a súbita eclosão e o igualmente súbito colapso do
poder militar é que constituem a sua substância. Mesmo assim, houve uma
admirável continuidade das tradições artísticas e culturais, que, em grande parte, são
criação dos antepassados que fundaram a civilização mesopotâmica, aos quais
chamamos de sumérios. (JANSON, 1999, p. 32)
4.2 ARQUITETURA
Figura 25 - Zigurate de Ur
A elevação, com suas partes laterais em declive reforçadas por solida alvenaria de
tijolos, eleva-se a uma altura de 12 metros; escadas e rampas levam até a plataforma na qual
fica o santuário, chamado de "Templo Branco" (figura 26). Suas pesadas paredes, articuladas
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O mais famoso deles, a Torre de Babel bíblica, foi completamente destruído, mas
um exemplo muito anterior, construído antes de 3000 a.C.
Segundo Strickland (2004) os autores bíblicos viam a magnífica Torre de Babel
(figura 27), de noventa metros de altura, com um emblema da arrogância humana tentando
chegar ao céu. O historiador grego Heródoto descreveu-a como um amontoado de oito torres
empilhadas, com 120 leões em cerâmica vitrificada vivamente colorida conduzindo a portões
de metal maciço. Uma escada em espiral externa levava ao topo da torre onde um santuário
interno continha um sofá e uma mesa de ouro ricamente adornados.
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4.3 ESCULTURA
5. CONCLUSÃO
Por meio desta pesquisa foi possível entender como nasceu a arte com o homem
pré-histórico, e seu desenvolvimento com os povos do berço ocidental. O homem por meio
das necessidades de evoluir utilizou-se de ferramentas para desenvolver sua habilidades e
estas se tornaram expressões da arte, o que era um ofício no passado hoje entendemos como
arte, assim como o homem de hoje produzirá conforme suas necessidades e num futuro
distante será observado como arte, uma representação do seu modo de pensar dada sua cultura
e fatores regionais.
Observou-se que mesmos distantes algumas civilizações compartilhavam de
maneira semelhantes algumas representações, mas também outras bem distintas, por fatores
regionais, culturais e religiosos a necessidade era diferente. No Egito o solo era fértil devido
ao rio Nilo fazendo que sua agricultura fosse abundante, sua região tinha proteção natural de
montanhas rochosas permitindo uma cultura bem característica sem intervenções, também
utilizam-se destas rochas para construir seus templos e obras mortuários que durariam
séculos. Enquanto esta civilização venerava a morte e a continuação na Mesopotâmia
observou que foi muito diferente, características locais e culturais fez-se esta civilização
transpor sua arte distinta a qual foi base para outras civilizações vindouras.
Este estudo permitiu a obtenção do conhecimento sobre a arte antiga e sua
complexidade, servirá como base para o desenvolvimento de novas pesquisas e estudos,
aprimorando ainda mais o entendimento desta importante e mágica característica humana de
criatividade através dos tempos chamada arte.
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REFERÊNCIAS
BAUMGART, Fritz. Breve História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 376 p.
GOMBRICH, Ernst Hans. A História da Arte. São Paulo: LTC Editora, 2002. 543 p.
HAUSER, Arnold. História Social da Arte e da Literatura. São Paulo: Martins Fontes,
2003. 1032 p.
JANSON, H.W; JANSON, Antony F. Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins
Fontes, 1999, p 326.