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A arte egípcia tem forte ligação com essa crença na vida após a morte. Os
túmulos, as estatuetas e os vasos deixados para os mortos tinham valor
religioso.
Acredita-se que o formato das pirâmides auxiliava na ascensão dos faraós aos
céus.
Também no deserto de Gizé foi construída a Esfinge de Quéfren.
Figura 3 - Esfinge de Quéfren
A arte egípcia tem como característica ser anônima, pois os artistas deveriam
seguir um rigoroso domínio das técnicas de execução, e não o estilo do artista.
A padronização acontecia para difundir preceitos e crenças religiosas, e,
portanto, não havia espaço para a imaginação ou para a criatividade dos
artistas.
Apesar das muitas convenções que existiam também para a escultura, esta
manifestação artística desenvolveu uma expressividade surpreendente e nos
ajuda a conhecer a fisionomia, os traços e a cultura egípcia. O escultor egípcio
era chamado como “aquele que mantém vivo”. Mais uma vez surge a relação
da vida após a morte, pois os sarcófagos eram esculpidos de forma idêntica ao
faraó enterrado para que ele, após a morte, em alma, pudesse reconhecer seu
corpo.
Em geral, a escultura produziu esfinges (metade homem, metade animal,
mostrando, por exemplo, a força do animal e a sabedoria humana), bustos de
faraós e de sua família, e o corpo do faraó e de sua família. Nas esculturas a
lei da hierarquia também se faz presente, e uma espécie de lei da frontalidade
afrouxada também, já que o corpo era representado de frente, mas os pés e a
cabeça também. Quando o homem era esculpido em pé, seu pé esquerdo
ficava a frente.
As esculturas eram feitas em apenas uma pedra, por isso são chamadas
monolítico. Acredita-se que isso evitava as quebras de partes da escultura, e
que isso tem relação com a necessidade de preservar a imagem para alcançar
a vida eterna.
Com a morte de Ramsés II, o Egito passa a ser governado pelos sacerdotes
e, com as recorrentes invasões estrangeiras, a sociedade e a arte dela se
desorganizam.