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São Paulo, 04 de setembro de 2022.

PUP – Projeto Urbano Paisagístico

Habitação coletiva e a evolução da quadra - Mário Figueroa

RESUMO:

 1º Parágrafo:

Ideário (sistema de ideias políticas, económicas, sociais);

Apresentação do problema Urbano, da Arquitetura, da Política, do convívio social como um


todo;

 2º Parágrafo:

Conceitos Germinais (aquilo que produzis);

Citação do texto de Christian de Portzamparc, A terceira era da cidade (Ville age III) (2);

Criação de projetos a partir da segunda metade do século 19 até o final do século 20 . Ideias
que propõem sobre a inserção, complementação e construção da habitação coletiva na cidade
moderna;

 3º Parágrafo:

Diferentes estratégias e conceitos para habitação coletiva na cidade moderna. Há confronto


entre HABITAÇÃO e ESPAÇO HABITÁVEL, que influenciam diretamente nas paisagens, na
sociedade, na cultura, nos hábitos e no desenho urbanístico da cidade;

QUADRA DA CIDADE TRADICIONAL:

 4º Parágrafo:

Cidade tradicional= gerado ao longo da história;

Traçado Viário e Habitação Coletiva= não podem se separar, andam sempre alinhados. Não
existem, portanto, espaços indefinidos nesta relação restrita aos domínios do público e do
privado;
 5º Parágrafo:

Arquitetura BIDIMENSIONAL, pois o espaço foi mal projetado, compacto e desproporcional;

 6º Parágrafo:

Haussmann em Paris (1852-69);

QUADRA RESIDUAL: Traçado viário era mais importante e não composição urbana;

Os projetos eram controlados (gabarito de altura, composição das fachadas, matérias e


elementos construtivos) para proporcionar habitação multifuncional;

QUADRA DO PLANO CERDÁ:

4 5 6

3 7
2 9 8
1

 7º Parágrafo:

Plano de expansão para Barcelona de Ildefonso Cerdá (1959-64):

Grelha ORTOGONAL, no total de 9 quadras por 113m x 113m, em vias de 20m de largura,
dentro de um quadrado de 400m. Estende-se aos núcleos urbanos e envolve a cidade
medieval;

A Conexão está nas avenidas diagonais que surgem a partir de vias pré-existentes. Que
transforma o simples cruzamento de vias em lugar, que destaca edifícios de esquina;

Exemplo de habitação coletiva: Casa Milá de Antoni Gaudi (1960-12)


CASA MILÁ:

LINK: História de Casa Milá https://www.passaportebcn.com/la-pedrera-casa-mila/

 8º Parágrafo:

Seu limite era de 2, e no máximo 3 fachadas. Os espaços internos abrem ao público com áreas
arborizadas. O projeto passa a fazer parte da composição urbana. O perímetro da quadra não
é mais limite para espaço público;

 9º Parágrafo:

Inicialmente o traçado viário de Cerdá era a principal mudança. As quadras permaneceram no


modelo tradicional. Originalmente as quadras tinham 67.000m² e após 150 anos passaram a
ter em média 295.000m²;

QUADRA COM OCUPAÇÃO PERIMETRAL


10º parágrafo:

A Habitação coletiva passa a ter como regra e elemento fundamental a célula de habitação
para o urbanismo moderno, ou seja, o pensamento da urbanização vem a frente de qualquer
projeto;

Isso porque a unidade de habitação era consequência da forma do edifício que resultava na
forma do lote, que era resultante da localização da quadra.
 11º Parágrafo:

Forma LAMINAR: ausência de hierarquia entre as partes, crescimento ilimitado, proximidade


entre espaços internos e externos;

Siedlungen - Frankfurt, Ernst May (1925-30) - Conjunto de 15.000 unidades totalmente


coerentes;

EDIFÍCIO-CIDADE:

 12º parágrafo:

Houve um processo gradativo desde Cerdá até os tempos atuais, pois o sentido de quadra
tradicional foi sendo substituído aos poucos pela unidade habitacional.

 13º Parágrafo:

Le Corbusier a “Unité d’Habitation”, propõem espaço público sobre pilotis e NÃO estando
mais ligada ao sistema viário, mas sim sobre a orientação solar, pavimentos elevados, o
edifício de uso misto desde o comércio aos equipamentos coletivos e ideias contidas na Carta
de Atenas (habitação, lazer, trabalho e circulação).
MEGA-ESTRUTURAS

 14º Parágrafo:

A década de 60 foi considerada um grande EXPERIMENTALISMO, tendo em vistas as diferentes


tendências arquitetônicas em diferentes países. Como os movimentos ARCHIGRAM e
SUPERSTUDIO com pensamentos ilimitados e modernistas;

 15º Parágrafo

A liberalidade urbanística fez com que pudessem propor projetos que fugissem do padrão.
Como por exemplo a obra de Barbican Complex (1964-82) em Londres projetado por
Chamberlin, Powell e Bom;
QUADRA PÓS-MODERNA CONTEXTUALISTA

 16º Parágrafo:

Na década de 80, Berlim e Barcelona passam por remodelações de quadras parciais de forma
que pudessem reler a história antiga com a atual.

Em 1992, Barcelona aproveita os Jogos Olímpicos para reestruturar áreas urbanas. A mais
importante é a Vila Olímpica a partir do Plano Cerdá (O Plano Cerdá foi um plano de reforma e
ampliação da cidade de Barcelona de 1860 que seguia os critérios do plano ortogonal, com
uma estrutura de grade, aberta e igual)

LINK IMAGEM: https://www.wikiwand.com/en/La_Vila_Ol%C3%ADmpica_del_Poblenou

 17º Parágrafo:

Recuperam neste período o acesso urbano de uso coletivo, a partir do perímetro urbano. A
esquina volta a ser valorizada e referenciada.
QUADRA ABERTA:

 18º Parágrafo:

Passa-se então ter uma nova abordagem a partir do pensamento contemporâneo, a revisão do
espaço construído e do espaço livre.

Conjunto Golden Lane (1954) em Londres, de Chamberlin, Powell e Bom:

 19º Parágrafo:

A quadra aberta recupera o valor da rua e da esquina da cidade tradicional, sem desconsiderar
as nuances entre o sem público e o semiprivado
SOBRE O AUTOR

Mario Figueroa, arquiteto pela FAU-Puccamp (1988) e doutor pela FAU-USP (2002). Desde
1993 é professor de Projeto na FAU Mackenzie, onde também é professor do curso de
mestrado e pesquisador. Também leciona no CAU Belas Artes desde 1998

LINK: https://vitruvius.com.br/index. php/revistas/read/arquitextos/06.069/385

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