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Universidade: UNIPIAGET - UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA

Disciplina: PLANEAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

TEMA 11 – O CENTRO URBANO

1. Introdução/ Conceito

Centro: é o lugar de concergencia ou de irradiação, poção do espaço com


características locacionais, de uso e ocupação excepcionais em relação as demais áreas que
com ela compõem, excepto o geométrico.

Centro urbano: é a área central que forma o núcleo, a partir do qual a cidade se
desenvolve.

O Centro Urbano tem como delimitação, a área geográfica compreendida entorno de


uma população ou de uma cidade.

Para estabelecer a delimitação do Centro Urbano utilizam-se critérios estipulados pela


lei. Os mesmos atendem entre outros aspectos:

 As características da estrutura urbana e morfológica;


 A sobreposição de usos;
 A evolução histórica;
 A continuidade espacial do traçado;
 A densidade populacional;
 E que seja uma área com limites identificáveis, que sejam eles naturais - como, por
exemplo, uma cordilheira, ou construídos – como, por exemplo, uma muralha.
Cordilheira: é a área geográfica definida por um conjunto de montanhas relacionadas
geologicamente. (himalaias, na Ásia); (Andes, América do Norte);

Antigamente, quando os conceitos de cidade eram bem definidos, as estradas eram


destinadas ao trânsito de pessoas e meios de transporte, os edifícios eram destinados às
relações sociais e de trabalho.

Actualmente, não há essa divisão e o exterior também se encontra ocupado para fins
sociais e comerciais. A ocupação de determinados espaços ou linhas privilegiadas no exterior,
os recintos, pontos focais etc, são outras tantas formas de apropriação do espaço.

Na atual situação em que vivemos o padrão tradicional de cidade se perdeu. O centro


das cidades está morto, por conta das edificações sempre extremamente próximas, não
permitindo o acesso de automóveis e a necessidade de concentrar o comércio e a zona de
negócios em uma única zona é cada vez menor, por conta dos meios de comunicação cada
vez mais avançados.
Viscosidade

Se num mesmo local há dois tipos de ocupações; a estática e a pelo movimento, ocorre
à viscosidade.

Viscosidade: é o termo que denomina espaços que agrupam as pessoas nas ruas.
Exemplo: Lugares abertos para circulação de pessoas, vendedores de flores e jornais nas ruas,
toldos sobre as lanchonetes na parte externa.

Fig. 1 - Centro da cidade de Lima - Peru

Delimitação de espaços

Os materiais, a altura das edificações, entre outras características são elementos


capazes de delimitar os centros urbanos. Ao chegar à região em que eles se encontram, logo
percebemos a passagem de um determinado local para uma região urbana.
Fig. 2 - Região de La Defense, Paris.

Um outro artefacto utilizado para delimitação de espaços é o das áreas verdes. Ocorre
em Londres com o Cinturão Verde, que foi criado para impedir um crescimento descontrolado
de área construída na região, para impedir que as cidades vizinhas invadissem uma á outra e
para manter um caráter especial da cidade.

Fig. 3 – Centro Urbano de Londres, Inglaterra.


É importante mesclar os centros urbanos com áreas verdes por uma questão da
qualidade que isso propõe à vida das pessoas que ali convivem.

Fig. 4 – Central Park, Nova York – EUA

A qualidade da arquitetura nos centros urbanos tem sido constantemente esquecida.


São como ver sempre as mesmas características repedidas nas edificações. As grandes
fachadas de vidro é um exemplo, elas padronizam o local, porém fazem com que o mesmo
perca a sua vitalidade.

Fig. 5 – Faria Lima, Centro de São Paulo – Brasil.


Focalização

Uma tática muito utilizada em grandes centros é a de


por um foco de luz apenas no centro dos edifícios, obrigando o observador a desviar o olhar
para cima, valorizando então sua “grandeza”. Essa tática é utilizada também para evitar que
ocorra a truncagem – quando o observador se depara com um edifício muito alto e olha para o
seu primeiro plano e já sobe com o olhar para os pavimentos mais altos, desprezando os
pavimentos intermediários.

Os edifícios dos centros urbanos muitas vezes nos remetem a verdadeiras obras de
arte constituindo o espaço. Com várias nuances, formas, estilos. Causando um grande
contraste na paisagem urbana, que por sua vez chamam a atenção de quem passa pelo local.

Fig. 5 – CCTV Tower – China

Saliências ou Reentrâncias

Nenhum centro urbano possui todas suas edificações na testada das vias. Eles oscilam
por conta dos recuos e de seus formatos trazendo ao observador essas saliências à sua visão.
Acidentes: São detalhes nas edificações que buscam prender a atenção do
observador fugindo da monotonia. Por meio de diferentes elementos que criam uma silhueta,
cores vivas, etc, a disposição destes acidentes podem dar sentido a determinadas formas em
determinados locais.

As distorções da escala muitas vezes provocam uma sensação


de violência, agressão ao observar um edifício que se destaca dos demais dentro de um certo
urbano. Fig. 6 – Edifício Shinjuku Scape - China

Publicidade

A publicidade é uma questão que gera diversas opiniões quando se trata de


arquitetura. Ela pode “estragar” a arquitetura de um centro urbano (1), como pode fazer parte
da sua composição (2), como é o caso da Times Square, em Nova York.

Fig. 7 – Área central de Shanghai (1), China.

Muitas vezes os meios de transportes marcam a paisagem dos centros urbanos se


tornando referência mundial dos locais.
Flutuação

A racionalização dos espaços urbanos não é a mais correta quando tudo está
centralizado nas ruas ou numa grelha ortogonal. Uma cidade típica é na verdade uma
seqüência de espaços criados pelos próprios edifícios. A flutuação nada mais é do que o
conjunto desses espaços vazios, espaços estreitos, edifícios etc.

Fig. 9 – Praça de San Martin Plaza, Lima – Peru.

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