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CAMINHAR PELO SÍTIO HITÓRICO

(ROTEIRO BÁSICO DE OBSERVAÇÃO)


Atividade 04: (AT 04) O Caminhar pelo sítio
histórico: apresentar as atividades a serem
realizadas no decorrer da visita técnica/campo
(roteiro e coleta de dados) (AT 04 - Caminhar
pelo sítio histórico).
CAMINHAR PELO SÍTIO HITÓRICO
(ROTEIRO BÁSICO DE OBSERVAÇÃO)

Sugestões de aspectos a serem observados:

1. De que modo o sítio histórico é importante para a cidade?

2. Quais são suas referências patrimoniais e culturais na área de estudo?

3. Quais são os edifícios que se destacam (chamam mais a atenção) e por quê?

4. Quais são os edifícios mais antigos? Têm características comuns (estilo,


materiais, tamanho, etc.)?

5. Identificar edifícios atuais com decoração/ adornos semelhantes a estilos mais


antigos, como janelas, portas, telhados, grades, postes e luminárias, letreiros etc.
CAMINHAR PELO SÍTIO HITÓRICO
(ROTEIRO BÁSICO DE OBSERVAÇÃO)

6. Procurar alterações realizadas nos edifícios que os descaracterizam, como por exemplo: janelas e
portas substituídas, acréscimos de pavimentos, telhados novos. Refletir sobre os motivos que levaram
as pessoas/ proprietários/ usuários a realizaram as modificações.

7. Identificar nos edifícios sinais de conservação ou indícios de sua necessidade.

8. Observar detalhes nos edifícios que “deem dicas” sobre os seus moradores/ usuários, como por
exemplo: o poder aquisitivo; a idade (jovens ou idosos); os tipos de interesses; verificar se os nomes dos
escritórios ou lojas revelam algo.

9. Verificar se as ruas, as praças e demais espaços públicos estão bem cuidados, se há, por exemplo, lixo.

10. Exercitar a percepção sensorial através de identificação de sons, cheiros, texturas, sensações em
relação aos edifícios, às ruas e aos espaços públicos (praças, largos, etc).

11. Identificar os ruídos e suas fontes, quer sejam ruídos naturais ou antrópicos. Se possível, mapear as
fontes.
ATIVIDADES AVALIATIVAS 01 E 06
ASPECTOS HISTÓRICOS (ATAV01) ASPECTOS PSICOSSOCIAIS (ATAV06)
máximo 1.500 palavras máximo 500 palavras

Pontuação máxima: 1,0 ponto.


Produto a ser entregue: slides da apresentação.
Prazo Final/ Apresentação (Via AVA): 09 de março de 2023 (quinta-feira)
(AL03).
Com base nas indicações de leituras (conteúdos abordados até o
presente momento).
ASPECTOS HISTÓRICOS (ATAV01)
máximo 1.500 palavras

1.1. Apresentar contextualização histórica da ocupação da fração a ser estudada


(integrado com Patrimônio, Técnicas Retrospectivas e Manutenção de Edificações Históricas).

1.2. Descrever a paisagem urbana, englobando a caracterização do patrimônio


natural e cultural existente, inclusive com relatório fotográfico que demonstre a
paisagem natural e urbana (integrado com Planejamento da Paisagem 02).

1.3. Contextualizar o valor histórico do patrimônio arquitetônico e da


configuração urbana, com utilização de imagens/ fotografias.

1.4. Por período – identificar possíveis edificações passíveis de levantamento de


seu valor histórico, levantando hipótese sobre o período de sua existência; por
conservação – identificar possíveis edificações passíveis de futuro estudo,
descrever suas condições de conservação; e, por inserção no cotidiano da cidade
(uso do solo), observar qual o uso dado aos exemplares identificados.
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS (ATAV06)
(analisar as transformações do espaço – o antes e o depois dos séculos XIX, XX, XXI – com
o uso de fotografias)
máximo 500 palavras
6.1. Pontos de referência para a equipe/ aluno(a) grupo
(diante do objeto de estudo);

6.2. Marcos históricos;

6.3. Nós e barreiras;

6.3.1. Obras de arte (pontes, por exemplo);

6.3.2. Barreiras arquitetônicas, ambientais e/ou fundiárias


(por exemplo, limites de propriedades rurais, de favelas...).
ÁREAS URBANAS CENTRAIS
Significado de centros urbanos e das diversas
intervenções, dos anos 1950 em diante.

Conteúdo:

Apresentando seus objetivos, analisando as estratégias e avaliando


1
os resultados.

Origem e significado das terminologias usuais dos processos de


2
intervenção que utilizam o prefixo RE para nomeá-los.

Huda Andrade Silva de Lima


Ouro Preto, MG
HELIANA COMIN VARGAS
Doutora em Arquitetura e Urbanismo e
professora titular do Departamento de
Projeto da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Livro: Arquitetura e Mercado Imobiliário

ANA LUÍSA HOWARD DE CASTILHO


Doutora Planejamento Urbano e Regional
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo.

VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luisa Howard de. Intervenções em centros
urbanos: objetivos, estratégias e resultados. IN: VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO,
Ana Luisa Howard de (Org). Intervenções em centros urbanos: objetivos,
estratégias e resultados. 2.ed. Barueri: Manole, 2009.
Como é que nós queremos que seja o
Sítio Histórico?

Quais são os elementos que garantem as imagens/ os


elementos urbanísticos-arquitetônicos?

Como protegê-los?
https://veja.abril.com.br/brasil/capela-suspensa-santa-luzia-hospital-matarazzo-umberto-i/

Capela de Santa Luzia (1922, do arquiteto Giovanni Battista Bianchi), tombada como patrimônio cultural de São Paulo.
Cidade Matarazzo.

Não é tarefa simples realizar intervenções em centros históricos


A capela encontra-se nas
dependências do
Hospital e Maternidade
Umberto I, o antigo Hospital
Matarazzo.

Têxtil, químico, comercial,


bancário e alimentício.
Cidade Matarazzo
https://www.youtube.com/watch?v=I_wBdoevHV4
Ler a descrição da Igreja
https://veja.abril.com.br/brasil/capela-suspensa-santa-luzia-hospital-matarazzo-umberto-i/
O empreendimento, que custará cerca de 1 bilhão de reais e tem inauguração
prevista para o início de 2020, terá ainda uma torre de 24 andares projetada pelo
arquiteto francês Jean Nouvel.
Não é tarefa simples realizar intervenções em centros históricos

Aspectos espaciais e territoriais

Condições socioeconômicas

Contexto político-institucional envolvido,


até aqueles referentes a recursos e instrumentos jurídicos e urbanísticos
previsto na sua implantação e gerenciamento.
Fio condutor
1 Visão de conjunto com base
numa mesma estrutura de
composição do tema.

2 Análise dos objetivos propostos.

3 Estratégias adotadas pelos


agentes sociais e institucionais
envolvidos.

4 Resultados alcançados em cada


uma das experiências tratadas.

Discurso x Realidade
PARA REFLEXÃO CONCEITO DE CENTRO HISTÓRICO
Qual é a sua visão sobre
os centros históricos das cidades?
Lugar mais dinâmico da vida urbana, animados pelo fluxo de pessoas, veículos e mercadorias
decorrentes da marcante presença das atividades terciárias, transformando-se no referencial
simbólico das cidades. Historicamente eleitos para a localização de diversas instituições
públicas e religiosas, os centros têm a sua centralidade fortalecida pelo somatória de todas
essas atividades, e o seu significado, por vezes, extrapola os limites da própria cidade.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 01).

Vitalidade Urbana
Jane Jacobs
Condições para diversidade urbana:
1. Usos principais combinados
2. Quadras Curtas
3. Necessidade de prédios antigos
4. Necessidade de Concentração
Madri, Espanha
A expansão das áreas urbanas intensifica-se de modo espontâneo ou planejado, a
noção de centro começa a diluir-se pelo surgimento de uma rede de subcentros,
que passa a concorrer com o centro principal

EXPANSÃO DAS ÁREAS URBANAS

CENTRO PRINCIPAL

SUBCENTROS

CENTRO HISTÓRICO

CENTRO DE NEGÓCIOS

CENTRO TRADICIONAL

CENTRO DE MERCADO

OU, SIMPLESMENTE, CENTRO.

Pequenas povoações (arraial, aldeia)


Vila – autogestão pelo Conselho Municipal
Distrito
Cidade
CENTRO URBANO

SÍTIO HISTÓRICO URBANO NACIONAL


Inclui o centro urbano, áreas residências, comerciais, industriais e paisagens.
Com ou sem o centro urbano.
Centro histórico.
CONJUNTOS URBANOS DE MONUMENTOS NACIONAIS
Possui inteligibilidade/ compreensão como conjunto, ou seja, ao
qual pode ser atribuído um sentido unitário numa narrativa
histórica, seja pela simultaneidade, pela complementaridade ou
pela sequencialidade.

Repousam experiências coletivas e princípios de identidade


Lugares da memória - ideia de pertencimento
Monumentos são sinais que perpetuam os testemunhos das sociedades passadas
Vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil. O que é a história do Brasil?
Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e • 2010 – Tombado (Edital de Notificação)
Paisagístico do Município de Natal-RN • Cidade Alta e Ribeira
ou popularmente conhecido como • 500 imóveis em sua poligonal de tombamento
Centro Histórico de Natal. • 1.060 imóveis na poligonal do entorno
CONCEITO DE CENTRO HISTÓRICO
“Associa-se à origem do núcleo urbano, reforçando a valorização do
passado (Carrion, 1998). Este último conceito cristaliza-se, por vezes,
como se as demais partes da cidade não tivessem dado a sua
contribuição para a história da sua gente, refletida sucessivamente na
sua estrutura em construção (Marcuse, 1998). O Centro Histórico não
deve, portanto, ser analisado como se fosse um lugar predestinado à
fantasmagoria de perda causada mais pelo desaparecimento das
referências do presente que pela real saudade do passado (Huyssen,
2000). Nessa direção, são valorizados os lugares geográficos, os
elementos arquitetônicos (religiosos e civis) e, por extensão, urbanos
(estrutura urbana e bairros), em detrimento do conteúdo social”.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 02-03)
“A definição de Centro, portanto, implica a presença de uma cidade de diversidade
étnica, portadora de processos históricos conflituosos, com milhares de anos de
existência em permanente contradição (Carrion, 1998). Não apenas os edifícios
expressivos e monumentais merecem ser preservados, mas também as edificações de
todas as classes sociais que fazem parte da história, sem que essa concepção, no
entanto, signifique um congelamento da cidade (Marcuse, 1998)”.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 03)

Granada, Região da Andaluzia, Espanha


Ocupação moura, em Alhambra
(capital dos reinos mulçumanos, século XI-XV)
Intervir nos centros urbanos pressupõe não somente
avaliar sua herança histórica e patrimonial,
seu caráter funcional e sua posição relativa na estrutura
urbana, mas, principalmente,
precisar o porquê de se fazer necessária a intervenção.
Qual é a importância de recuperação
dos sítios históricos urbanos?

São Luís, Maranhão


“Recuperar o centro das metrópoles nos dias atuais significa,
entre outros aspectos, melhorar a imagem da cidade que, ao
perpetuar a sua história, cria um espírito de comunidade e
pertencimento. Significa, também, promover a reutilização de
seus edifícios e a consequente valorização do patrimônio
construído; otimizar o uso da infraestrutura estabelecida;
dinamizar o comércio com o qual tem uma relação de origem;
gerar novos empregos. Em suma implementar ações em busca
de atração de investimento, de moradores, de usuários e de
turistas que dinamizem a economia urbana e contribuam para
a melhoria da qualidade de vida, valorizando também a gestão
urbana que executa a intervenção”.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 05)
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 05)

MOTIVAÇÕES QUE CONDUZEM AS INTERVENÇÕES EM CENTROS URBANOS

REFERÊNCIA E IDENTIDADE: os
centros têm um papel essencial quanto à
identidade e à referência de seus cidadãos e
visitantes.

HISTÓRIA URBANA: o centro é o lugar


onde se encontram as sedimentações e as
estratificações da história de uma cidade.

SOCIABILIDADE E DIVERSIDADE:
a variedade de atividades e a tolerância às
diversidades reforçam o caráter singular dos
Ouro Preto, Minas Gerais centros urbanos em relação aos subcentros
mais recentes.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 05)

MOTIVAÇÕES QUE CONDUZEM AS INTERVENÇÕES EM CENTROS URBANOS


INFRAESTRUTURA EXISTENTE: nos centros das cidades,
geralmente, há um sistema viário consolidado, saneamento básico,
energia e serviços de telefonia, transporte coletivo, equipamentos
sociais e culturais de diversas naturezas. O descarte dessa
infraestrutura, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental, é
injustificável.

MUDANÇAS NOS PADRÕES SOCIODEMOGRÁFICOS:


alterações como maior expectativa de vida e consequente
envelhecimento da população; redução do número de componentes da
família; (...) facilitam e reconduzem ao retorno de habitações nas áreas
centrais.

DESLOCAMENTOS PENDULARES: estatisticamente, o centro de


muitas cidades ainda concentra um maior número de postos de
emprego. O retorno do uso residencial para o centro diminui
sensivelmente a necessidade de movimento pendular diário moradia-
trabalho.

DISTRIBUIÇÃO E ABASTECIMENTO: durante muitas décadas,


vem ocorrendo a dispersão locacional dos negócios. Em diversas
escalas, entretanto, os centros ainda retêm uma parcela da distribuição
de bens e serviços.
1938 - Ouro Preto é
uma das primeiras
cidades tombadas pelo
Iphan.
1980 - Patrimônio
Mundial, conferido
pela Unesco.

- Cidades, monumentos, quadros, livros, fotografias que documentem a


O que é memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural
e artístico.
Patrimônio Histórico ou
- Devem ser preservados através de coleções particulares, do mercado de arte
Patrimônio Cultural? ou proteção de entidades governamentais.
- O que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.
LEMOS, Carlos. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 2000.
03 categorias de elementos do
Patrimônio Cultural
1) Elementos pertencentes à natureza, ao meio ambiente.
2) Elementos não tangíveis ou patrimônio imaterial: elementos
do conhecimento, às técnicas, ao saber e ao saber fazer.
3) Elementos tangíveis ou patrimônio material: elementos dos
bens culturais que englobam toda sorte de coisas, objetos,
artefatos e construções obtidas a partir do meio ambiente e do
saber fazer.

Centro histórico de São Luís (tombada pelo


Iphan em 1974 e inscrita como Patrimônio
Mundial em 1997).

Festa de Sant’Ana de Caicó/RN (Patrimônio


Cultural Brasileiro, em 2010

Paisagem: orienta e está plena de


símbolos, de marcos, de pontos de
Arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas referência, de encruzilhadas.
(Patrimônio Natural Mundial, em 2001).

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