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A CIDADE:

GÊNESE, DESENVOLVIMENTO E
ALGUM OLHAR SOBRE O FUTURO

Cesar Bargo
AGENDA

Conceitos/ Tipologia
As Cidades
Urbanismo (Cidade no Sec. XX)
O caso Bogotá
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Conceitos

TIPOLOGIA
URBANA
Argan (1978, p. 269) entende o tipo como uma “forma básica”
da arquitetura, deduzida, ou reduzida, da existência de uma série
de edifícios similares, admitindo “variações formais ou
modificações estruturais” em determinado momento histórico
ou cultura.

O tipo não representa tanto a imagem de uma coisa que tenha que
copiar-se e imitar-se perfeitamente, senão a ideia de um elemento
que deve servir de regra ao modelo [...] O modelo [...] é um objeto
que deve se repetir tal qual é; o tipo, ao contrário, é um objeto de
acordo com o qual cada um pode conceber obras que não se
assemelhavam em absoluto entre si. (QUATREMÈRE DE
QUINCY, [1823] apud ROSSI, 1995, p. 25-26).

“A criação de um tipo depende da existência de uma série de


construções que tenham entre si uma evidente analogia formal e
funcional. Em outras palavras quando um “tipo” é definido pela
TIPOLOGIA prática ou teoria da arquitetura, ele já existia na realidade como
resposta a um complexo de demandas ideológicas, religiosas ou
práticas ligadas a uma determinada situação histórica em qualquer
cultura.” (ARGAN; NESBITT, Uma nova agenda para arquitetura,
2006, p. 269)
Prof. Dr. Cesar Bargo Perez 12/03/2021 4
TIPOLOGIA

Método de categorização comum aos


estudos sistemáticos. Em arquitetura, é o
estudo científico de tipos e signos que
constituem uma linguagem arquitetônica.
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TIPOLOGIA
URBANA
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Formas de Trama urbana: Malha regular, irregular, anel, estrela, linear, radio concêntrica

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O que faz uma cidade se
desenvolver?

https://www.mentimeter.com/s/cdb5296b8daae3ef17bd00ff6d2189db/638098d5461f/edit?new
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O que faz uma cidade se
desenvolver?
Uma cidade se desenvolve quando os responsáveis por seu
planejamento adotam têm uma visão integral e ampla, que inclui suporte a
totalidade da atividade humana em cada área, com devidos governos
municipais, escolas, estrutura de saúde, recursos, estrutura financeira e
incentivo ao relacionamento entre pessoas.

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Como a cidade se desenvolve?

EXPANSÃO --------------------------
----------------CONSOLIDAÇÃO

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SOBRE AS CIDADES
Diante das distinções entre as cidades quanto à origem, história, importância econômica e
política, é possível classificar os núcleos urbanos de acordo com sua função e grau de influência,
o primeiro se diferencia segundo sua origem, tais como:

• Cidades Naturais são aquelas que emergiram e se desenvolveram sem nenhum tipo de
planejamento prévio, ou seja, naturalmente, nessas geralmente as ruas são estreitas dificultando a
mobilidade e fluxo de pessoas e pedestres, além de outros inconvenientes. Nesse contexto, podemos
exemplificar as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (Brasil), Nova York (Estados Unidos) e Tóquio
(Japão).

• Cidades Planejadas correspondem àquelas constituídas a partir de um projeto ou plano diretor


discutido e analisado antes da sua execução, nesse caso há uma preocupação com a configuração
da cidade, como largura das ruas, escolha de espaços específicos para comércio, residências e
outras funções. No Brasil são consideradas como cidades planejadas: Teresina, fundada em 1851;
Aracaju, 1858; Belo Horizonte, 1898; Goiânia, 1937; Brasília, 1960; e Palmas, 1990. Apesar do
planejamento prévio, o crescimento acelerado não acompanha as previsões do projeto.

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As cidades podem ser classificadas também pela função ou principal atividade econômica:

• Cidades Industriais correspondem àqueles municípios que concentram um grande número de indústrias, tendo
essa como principal atividade geradora de receita, exemplo: São Bernardo do Campo, São José dos Campos
que abrigam um parque industrial de porte.

• Cidade Comercial representam núcleos urbanos que tem como ponto forte econômico as transações comerciais e
a prestação de serviços: Manaus (Brasil), Nova York (Estados Unidos) e Londres (Inglaterra).

• Cidades Portuárias são aquelas que têm suas atividades vinculadas à exportação e importação e que abriga
portos em plena área urbana: Santos (Brasil), Hamburgo (Alemanha) e Marselha (França).

• Cidades Turísticas correspondem a núcleos urbanos que tem como principal atividade econômica a indústria do
turismo: Porto Seguro e Caldas Novas (Brasil), Miami (Estados Unidos) e Acapulco (México).

• Cidades religiosas são aquelas que se destacam por atrair fiéis de diferentes religiões: Aparecida (Brasil), Meca
(Arábia Saudita), Lourdes (França).

• Cidades históricas correspondem a núcleos urbanos que carregam um grande acervo histórico, seja na
arquitetura ou na própria relação social desenvolvida no lugar: Goiás Velho e Parati (Brasil), Atenas (Grécia) entre
muitas outras dispersas pelo mundo.

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PENSADORES DO ESPAÇO URBANO
TONY GARNIER EBENEZER HOWARD ARTURO SORIA Y MATA

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TONY GARNIER
1869 - 1948

A Cidade Industrial
•Agrupamento racional da indústria
•da administração
•das residências
•Exclusão dos pátios internos e estreitos
•Criação de uma quantidade suficiente de
espaços verdes na cidade.

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O plano de Garnier separava as zonas:

• Agrupamento racional da indústria


• da administração
• das residências
• Exclusão dos pátios internos e estreitos
• Criação de uma quantidade suficiente de espaços verdes
na cidade.
• Propunha também o uso do novo material, o concreto
armado, que era a potencialidade estética do século XX.

A proposta era, sobretudo de uma cidade socialista sem


muros ou propriedade privada, onde todas as áreas não
construídas eram parques públicos.

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Uma cidade industrial tem como
princípios diretores a análise e a
separação das funções urbanas, a
exaltação dos espaços verdes, que
desempenham o papel de elementos
isoladores, a utilização sistemática
dos materiais novos.

• Diferentes tipos de edifícios são


padronizados

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EBENEZER HOWARD
1850 - 1928

“Para onde as pessoas irão?”,

Três imãs de atração da


população, a cidade inchada, o
campo vazio, e a cidade-campo,
que seria a terceira via. Cidade Jardim
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Howard com o conceito de cidades-jardins conseguiu
comprovar:

•que era viável a construção de cidades novas com


indústrias e jardins, e não subúrbio jardins;

•que as famílias poderiam possuir uma casa em meio


ao verde, perto do trabalho e do centro da cidade;

•poderia obter cidades com boa qualidade ambiental,


mantendo os jardins;

•era possível construir moradias a baixo custo, com


conforto térmico, e formando uma arquitetura
homogênea (leia-se arquitetura georgiana) dando
continuidade a cidade.

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ARTURO SORIA Y MATA
1844 - 1920
A Cidade Linear
Modelo concebido pelo urbanista espanhol Arturo Soria y Mata em fins do século XIX,
construída como bairro experimental na periferia de Madrid, Espanha, em 1894. A noção de
cidade linear foi utilizada no modernismo a partir do final da década de 20 por alguns urbanistas
como Le Corbusier, Ernst May, Lúcio Costa, Kenzo Tange, entre outros.

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Este modelo foi executado em Madrid, com 700 casas unifamiliares ao longo de
5 km que em 1920 alojavam 4.000 habitantes (atual Avenida Arturo Soria).

• A cidade linear tem como característica mais marcante o desenvolvimento


em linha, geralmente com uma via central que funciona como estrutura principal,
em torno da qual se desenvolvem ramos secundários.
• A interpretação da cidade linear varia segundo cada um dos autores:

1) Para Nikolay Milyutin ela estava ligada ao sistema de produção industrial;

2) Le Corbusier a utiliza para atingir maior liberdade formal e de igual maneira


trabalhar livremente o sistema viário dentro de sua proposta de hierarquia viária
apresentada também em “Sur Les Quatre Routes” (‘Sobre as 4 Vias’);

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Lúcio Costa usa o Partido linear como um dos
elementos do seu plano para o Plano de Brasília.

•A cidade linear está ligada em muitos aspectos à


questão do transporte, por este motivo da crescente
importância ao sistema viário no planejamento da cidade.
• Em sua concepção inicial, com Soria y Mata, esteve
ligado ao movimento higienista e de igual maneira à
questão dos bairros operários .
• Desde a década de 1880, Soria y Mata acreditava que
sua cidade poderia se estender pelo território se ligando a
outras e até a diferentes países, em uma grande rede
urbana.
• Este fenômeno não está longe da realidade dos nossos
dias. Através de sistemas de transporte super-rápidos
(como o trem-bala), cidades são interligadas em poucas
horas no Japão e em alguns países da Europa.

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• A Cidade Linear parte do problema do congestionamento das grandes cidades tradicionais
que se desenvolvem concentricamente em torno de um núcleo.
• Soria propõe uma alternativa radical: uma faixa de largura limitada, percorrida por uma ou
mais ferrovias ao longo de seu eixo, que pode ter comprimento indefinido.
• Propõe uma cidade extensível, feita de pequenas casas isoladas, cada uma com sua horta e
seu jardim.

“ (...) o tipo de cidade quase perfeita será aquela que se estende ao longo de uma única via, com uma largura de
500 metros, e que se estenderá, se necessário de Cádiz a São Petersburgo, de Pequim a Bruxelas.”

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O CASO
BOGOTÁ
https://www.youtube.com/watch?v=XMc9HRo-Dz8
https://www.youtube.com/watch?v=DMABtvIm2y0
https://www.youtube.com/watch?v=qiH5zWQwsEc
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Autor do Estudo: Lisandro Lusry Abulatif

http://dx.doi.org/10.15446/bitacora.v27n1.49734
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A UNESCO proclamou Bogotá como Capital Mundial do
Livro em 2007, em reconhecimento da atividade literária
da cidade.

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REFERÊNCIAS
CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Ed. Perspectiva. São
Paulo. 1992
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura
Moderna. São Paulo. Martins Fontes. 2008
ARGAN, G. C. Sobre a tipologia em arquitetura. In:
NESBITT, K.(Org.). Uma nova agenda para a arquitetura:
antologia teórica (1965-1995). São Paulo: Cosac Naify,
2006 [1963], p. 268-273.
QUATREMÈRE DE QUINCY, A. C. Type. Opposition. v. 8,
p. 617-620, 1977.

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