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268,05 habitação social na América Latina ano 23, set. 2022

Universal e local em projeto de habitação e de cidade


James Stirling e o concurso Previ no Peru
Célia Helena Castro Gonsales e Gabriel Alvariz Lopes

Concurso Projeto Experimental de Vivienda — Previ, Lima, Peru, 1969. Arquiteto James Stirling
Elaboração dos autores a partir de dados do projeto

1/3

 
 

A cidade proposta no começo do século 20 no contexto do


movimento moderno — a cidade-parque — buscava recuperar perdido
na estrutura oitoista con construção e aberto o espaço aberto
cidade oitoista e insalubre cidade europeia (1). No entanto,
essa proposta rompeu com as categorias da rua tradicional — rua,
rua, cidade para quarta maneira, urbanos importantes, que
arquitetogradou os novos bairros do segundo-rra, de todos os
bairros fundamentais: uma transição fundamental entre os
domínios público e privado, a dimensão cívica da cidade, enfim,
o espaço público perceptível (2).

Nesse sentido, o ethos da arquitetura moderna de caráter


universal — representante de um espírito da época das primeiras
décadas do século 20 — vinha desde os anos de 1930 sendo
transmutado através do diálogo com o contexto histórico e
cultural dos lugares em que se insere. Entretanto, a partir de
meados de meados do século que essas mudanças internacionais se
tornam contundentes, como especialmente as inflexões no próprio
século da arquitetura moderna — Ciam debate (3).

A obra do arquiteto James Stirling — especialmente aquela


referente à habitação —, que começa a se concretizar nos anos,
reflete bem como as vicissitudes do pensamento moderno e a
crítica que amadurecia nesse período em relação aos preceitos
funcionalistas, parte dos arquitetos de sua geração. O seu
projeto para o de habitação do Previ, realizado em Lima, Peru, é
reflexo de sua trajetória nesse contexto de reflexão e uma
oportunidade de experimentação e concurso das questões acima
citadas.

Em 1968, o governador peruano, sob o arquiteto Fernando Belaúnde


Terry, firmou contrato de cooperação com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento — PNUD para a implantação do
Projeto Experimental de Vivienda , ou Previ, composto de uma
série de projetos que incorporam a ONU desde propostas de
habitação antissísmicas e autoconstruídas e de revitalização de
zonas urbanas críticas da área metropolitana da capital peruana,
até um concurso para um modelo habitacional, ou PP1.

O Projeto Piloto 1 — PP1, previa a construção de 1.500 unidades


habitacionais em uma área de 40 hectares no extremo norte da
zona metropolitana de Lima. Os resultados da investigação
tecnológica e projetual — nos campos da arquitetura, urbanismo,
estruturas e instalações — se aplicarem em futuros programas
afins no contexto dos países em desenvolvimento e assentarem
como bases para uma política nacional de habitação a ser
implantada no país () .
A partir das contribuições de profissionais do Peru e do
objetivo do planejamento estratégico para o exterior, um caminho
estratégico para os objetivos planejados no campo da habitação
de social, a partir das pautas de debates desse momento: a
proposta de uma alternativa aos enormess informais apresenta no
Peru da época, que levasse em conta a própria lógica da cidade
informal.

Para um concurso realizado em 1969, em 1969, um concurso


entregue em duas trezentos seções oferecidas com o mesmo:
concurso com o tema da habitação com concurso internacional
convidado — e com o concurso nacional para os escritórios por
parte dos profissionais. . Como equipes internacionais
convidadas, ou parcerias, relação com o referido debate crítico,
“pós-guerra”, que ganhou corpo principalmente na Europa pós-
guerra, sendo o Team 10 um dos seus principais pontos de apoio
direto (5) ).

A lista completa dessas equipes internacionais ficou assim


constituída: Kiyonori Kiku, Fumihiko Maki, Kisho Kurokawa
(Japão); Christopher Alexander (EUA); Toivo Konhonem
(Finlândia); Rafael Esguerra García, Álvaro Sáenz Camacho,
Germán Samper Gnecco e Rafael Urdaneta Holguín (Colômbia); Knud
Svenssons (Dinamarca); Hansen e Hatloy (Polônia); Herbert Ohl
(Alemanha); Atelier 5 (Suíça); Iñiguez de Onzoño e Vázquez de
Castro (Espanha); Georges Candilis, Alexis Josic e Shadrack
Woods (França); Charles Correa (Índia); Aldo Van Eyck (Holanda)
e James Stirling (Reino Unido).

A apreciação e incorporação certa das experiências


internacionais provindas dos grandes centros do capitalismo no
contexto periférico latino-americano pode parecer mais
contemporânea, de modo contraditório, especialmente se tratando
do tema da habitação social. Por outro lado, esse convite revela
a intenção de um grande laboratório o Previ como um grande
laboratório, colocando em contato o reconhecido debate irradiado
desde os grandes centros sendo com uma produção local —
projetual e crítica — igualmente profícua, que vinha
desenvolvendo paralelamente (6).

Assim, se o permitido foi trazido como bagagem pelas equipes


internacionais inicialmente, para uma possível perpetuação da
influência centroperiiais, por outro lado, como tentarmos
demonstrar, como concurso e funcionalidades do contexto em que
ocorreu o — tratando do pro equipes de habitação para uma
metrópole-americana em situação de declínio e déficit
habitacional, com ajuste de assentamentos precários ao sul e
estabeleciam uma perspectiva genuinamente latino-americana, da
qual essas equipes precisariam se apropriar e à qual suas
proposições combinam. Falamos, portanto, menos de uma influência
unilateral do que de um campo experimental de trocas mútuas.
Nesse sentido, os projetos internacionais foram balizados por um
edital detalhado (7),barriadas ), projetos habitacionais do
governo e conhecendo como possibilidades construtivas locais.

Os concorrentes apresentam, além do projeto detalhado da


residência, um plano urbano geral para a área. O edital do
concurso indica uma série de requerimentos em uma orientação de
conformidade urbana baseada em clustersou rupturas: a proposta
de um agrupamento com baixa altura e alta densidade — Baad, um
certo grau com o conceito de unidade de vizinhança, a adoção do
tipo-pátio no projeto das unidades residenciais. Tais diretrizes
latinas foram-se como uma construção às propostas progressistas,
desenvolvidas em superquadras governamentais da América, e
construídas em altura, projetos pela América. A proposta Baad
responderia às necessidades de crescimento da moradia real dos
habitantes — de crescimento da moradia e de contato mais com a
rua — sem romper com a estrutura da cidade a partir das baixas
densidades próprias do modelo cidade-jardim.

As unidades habitacionais comuns apresentarão um plano de


crescimento de três pavimentos com flexibilidade para ao longo
do tempo, considerando os arranjos familiares no Peru à época —
a coabitação de núcleos diferenciados familiares era recorrente.
A proposta construtiva aberta e pragmática deve ser o suficiente
para contemplar essa possibilidade de realização pelos próprios
moradores.

O plano urbano deve prever os serviços básicos e equipamentos


urbanos como creches, escolas, mercados, centros comunitários,
jardins e jardins abertos em geral, com restrição de circulação
de carros. Propunha-se, também, que os clusters ou agrupamentos
de habitações se organizam ao redor de espaços coletivos,
conformando de maneira específica uma referência aos espaços
públicos tradicionais do Peru como passeios, alamedas e pequenas
praças.

Linhas diretrizes modernas ao formato, com os paradigmas do


pensamento urbano de alguma crítica19, ainda em conjunto com os
paradigmas do pensamento urbano de alguma crítica1950, na
esteira da estratégia ao longo da forma, com os paradigmas ainda
do pensamento urbano de alguma crítica1950, na esteira da
trajetória da alguma crítica. Tal reflexão foi potencializada a
partir da década de 1960, com a publicação de obras emblemáticas
que problematizavam os frutos da abordagem funcionalista na
produção das cidades — por exemplo, Morte e vida de grandes
cidades (1961), de Jane Jacobs, e o artigo “A cidade não é uma
árvore” (1965), de Christopher Alexander. A biografia de James
Stirling, exclusivamente dessa época, é uma ilustração dessa
geração clara de transição em que, a partir das críticas ao
modernismo, surgiam novos princípios lógicos, formais e
conceituais.

O trabalho objetivo, portanto, investigue de que modo se


apresenta e apresenta como se traduz em experiências, na
proposta do arquiteto britânico para o Previ, tanto quanto suas
experiências pregressas no campo da habitação — continuadas ou
tensionadas pela atuação em um tão diverso como o latino-
americano —, quanto aos próprios paradigmas éticos e estéticos
desse momento geral de crítica, percebida no debate europeu, mas
também experiências locais. Para entender a obra de Stirling no
campo da habitação desvelando seus gerais, recorremos à farta
documentação de sua obra disponível, por exemplo, no acervo do
próprio arquiteto decorrer do trabalho.

Sir James Frazer Stirling (Glasgow, 1926 — Londres, 1992) foi um


arquiteto de grande versatilidade projetual, característica que
o tornou mundialmente reconhecido ainda nos primeiros anos de
sua carreira. Sua produção desde 1950, quando foi graduado pela
Universidade de Liverpool, até o seu falecimento, quatro décadas
mais tarde, foi marcada por tamanha pluralidade que seria
“difícil, para não dizer impossível, encontrar outro arquiteto
cuja obra ilustre todo um ciclo da história recente da
arquitetura com tanta eloquência” (11). Projetando diversos
conjuntos habitacionais, edifícios universitários e museus,
Stirling tanto se adaptou às novas vertentes que emergiam com a
crítica ao funcionalismo moderno quanto ajudou a estabelecer,
ele próprio, novos paradigmas.

Durante os anos iniciais de atuação, além de colaborar com o


escritório Lyons, Israel and Ellis, Stirling realizou alguns
projetos habitacionais independentes, como a proposta para o
décimo Ciam (1956), organizado pelo Team 10. No projeto
apresentado no congresso (12), observam-se características e
experimentações importantes que se estabeleceram como base da
obra de Stirling desse período, sobretudo uma aproximação a
arquiteturas locais que se manifesta, por exemplo, na
manipulação espacial através da seção transversal — estratégia
que viria a ser muito utilizada pelo arquiteto. O projeto
constituía-se de um conjunto de soluções para expansão de
vilarejos rurais existentes no Reino Unido e apresentava
múltiplas possibilidades de implantação e de arranjos
tipológicos, adaptando-se a variadas situações e considerando a
execução com “materiais locais, por trabalhadores locais e, se
necessário, não qualificados” (13). Um dos desenhos apresentados
demonstra a implantação paralela a uma estrada rural, cuja
linearidade é resolvida com um conjunto de residências em fita —
a tradicional terraced house inglesa, referida pelo arquiteto em
alguns textos (14) e cuja referência viria a ser utilizada por
ele em outros projetos. A variedade espacial é lograda através
de planos de telhado em diversos níveis e volumes que poderiam
ser adequados tanto a topografias planas ou acidentadas como a
grupos de moradores diversificados.

Além disso, as soluções de implantação que o projeto previa —


casas em fita, casas isoladas ou semi-isoladas, paralelas ou
perpendiculares a uma estrada rural principal — também se
relacionavam com a crítica daquele momento à cidade
funcionalista, na medida em que retomavam formas urbanas
tradicionais como paradigmas de projeto.

Na sequência dessa proposta, em 1956, Stirling firma com o


arquiteto James Gowan (Glasgow, 1923 — Londres, 2015) uma
sociedade que duraria sete anos e que renderia outros projetos
de conjuntos habitacionais, como os apartamentos em Ham Common
(1955–1959) e o conjunto em Preston (1957–1959). Essas
experiências em habitação que antecederam o concurso do Previ
compõem o que se poderia considerar como uma primeira fase da
obra de Stirling — que se estenderia até meados dos anos 1960 —,
marcada por um certo regionalismo, com valorização especial das
arquiteturas vitoriana e industrial da região de Liverpool, onde
cresceu.

No conjunto em Preston, região industrial do norte inglês,


Stirling e Gowan tiveram como referência, por um lado, a alta
qualidade do trabalho em tijolo das fábricas de algodão que
marcavam a paisagem, e, por outro, algumas características
arquitetônicas dos terraces da classe operária (15). Para além
do uso do tijolo estrutural de coloração avermelhada, que era
produzido na região, a reinterpretação da arquitetura vernacular
fez referência principalmente às características de “expressão
funcional”, depois descritas textualmente pelo próprio Stirling:
nos fundos desses conjuntos vitorianos em fita, permanecia
claramente legível a individualidade e a organização funcional
de cada residência, com seus compartimentos de dimensões
variadas e em diferentes níveis, seus telhados de duas águas e
pequenas construções externas marcando os limites da propriedade
(16).

Desse modo, no projeto em Preston se destaca a clareza com que


cada unidade habitacional é expressa externamente e pode ser
identificada nos três grandes blocos/terraces propostos na
composição em “U” com um grande pátio central. Por outro lado, o
acesso aos apartamentos por rampas e passarelas, que remetem, a
seu modo, às streets-in-the-air em voga naqueles anos, mostra
uma tentativa de dar aos espaços abertos uma caracterização que
de maneira gradual fizesse a transição entre o mais público e o
mais privado.

Experiências como as de Ham Common, de Preston e dos vilarejos


rurais demonstram que o arquiteto estava, naquela época,
buscando alternativas à hegemonia funcionalista da arquitetura
moderna, apontando, por um lado, na direção de uma proposta mais
relacionada com a cultura local e, por outro, das possibilidades
de flexibilidade e crescimento tão importantes nesse momento de
grande demanda habitacional tanto na Europa quanto na América
Latina.

Dentre os projetos do arquiteto desse mesmo período, é


importante destacar, ainda, dois que são precedentes inegáveis
da unidade residencial proposta para o Previ: a precoce Stiff
Dom-ino Housing (17), de 1951, e a Expandable House (18), de
1957, já com James Gowan, ambas com um desenvolvimento
centralizado em uma planta de base quadrada.

A primeira, uma referência ao mestre Le Corbusier — apesar de


apresentar uma moldura estrutural muito mais rígida do que seu
famoso homônimo — articula seus espaços interiores ao redor de
um centro contemplado com a circulação vertical. Na segunda, os
serviços domésticos são abrigados por um volume central em cuja
órbita a casa podia se expandir. Como veremos, no Previ Stirling
aplica um esquema semelhante, mas lança mão de uma estrutura
espacial mais aberta com um vazio central que se configura como
um lugar social, e não uma área de serviço.

Assim, a maturidade projetual e teórica do arquiteto aliada aos


exemplos concretos de suas experiências anteriores com habitação
social justificam o convite para a participação no concurso do
Previ. O projeto no Peru, como poderá ser observado, coincide
com a transição para um novo momento, já não tão marcado pela
manufatura artesanal do tijolo, mas caracterizado pelo uso de
elementos construtivos industrializados. Essa nova estratégia,
técnica e projetual, ensaiada já na Stiff Dom-ino Housing, pode
ser observada no projeto de dormitórios de estudantes da
Universidade de Saint Andrews (1964–1968), em que se revelam
experimentos com a construção através de painéis pré-fabricados,
erguidos por guindastes. No entanto, dentre os projetos dessa
nova fase, fundamentalmente o projeto de baixo custo para o
conjunto residencial Southgate, de 1967, será a experiência que
precede a proposta do Previ, com seus painéis perfurados por
janelas circulares.

Depois, em obras posteriores ao concurso do Previ, não cessaram


os experimentos do britânico com estratégias projetuais e
tecnologias construtivas, aproximando projeto e reflexão
teórica. No entanto, veja essas obras, a partir dos anos 1970,
ilustram a geral de paradigma que renovou o olhar para as pré-
existências e para a historicidade (culminando na fase pós-
moderna pela qual Stirling é muitas vezes reconhecido), está
claro que desde as obras iniciais do arquiteto existe já uma
preocupação imanente à interpretação da arquitetura histórica e
vernacular e, de modo geral, à relação entre arquitetura, cidade
e idiossincrasias locais.

A proposta urbana para o Previ

O edital do concurso indicava, em parceria ao plano geral, que a


organização dos equipamentos deve ser baseada na “hierarquia de
associações”, com base nas atividades diárias — acesso aos
veículos, caminhadas, compras etc. coincidência de interesses
com as propostas do Team 10, que assinalavam que “mais
importante que a ação de centros com edifícios públicos e
representativos, era a construção do âmbito da própria vivenda,
onde se poderia estabelecer relações mais imediatas entre o
núcleo familiar e a comunidade imediata ” (19).
A proposta urbana e arquitetônica de Stirling, como as dos
demais concorrentes, se estrutura a partir da apreciação dos
direcionamentos do concurso que, além das reflexões teóricas
sobre habitação e cidade naquele momento, apontavam também para
as características ambientais da região e para as
particularidades socioculturais peruanas. No entanto, é possível
observar uma peculiar interpretação do contexto por parte do
arquiteto britânico. Essa atitude vai se refletir na organização
da vizinhança em agrupamentos ao redor de plazas; na complexa,
mas clara, articulação de espaços mediadores entre a dimensão
pública e privada e na possibilidade de expansão das unidades
habitacionais no nível do térreo ao redor do pátio central, que,
além de ter reflexos diretos na morfologia urbana, remonta à
cultura e à arquitetura tradicional peruanas.

A ideia de núcleo — local de uso coletivo — presente nos vários


níveis de agrupamentos demonstra a intenção de humanizar os
espaços abertos urbanos, criando diversos locais de encontro
que, em suas dimensões variadas, visavam diferentes sensações de
acolhimento e de intimidade, fomentado, portanto, os vínculos
comunitários.

Para dispor no terreno as unidades habitacionais e os edifícios


públicos, Stirling lança mão de alguns eixos paralelos à via
Pan-Americana, localizada na face leste da gleba, e à via já
prevista que corta o terreno, gerando três largas faixas de
áreas verdes onde estão implantados os equipamentos públicos.
Essas faixas delimitam e unem as zonas residenciais e criam uma
conexão com os bairros circundantes, tornando o conjunto
habitacional bastante permeável.

Nos extremos das faixas públicas, tanques elevados de água


marcam o ingresso de cada um desses parques. Arrematando os
agrupamentos pelo lado sul e próximos a uma via veicular estão
localizados os edifícios comerciais e centros comunitários,
possibilitando a conexão do conjunto ao transporte público e,
assim, às funções metropolitanas gerais da cidade.

Entre este grupo de edifícios comerciais e comunitários e a via


há uma grande área livre que pode atender a atividades de
recreação e esporte, feiras e até futuras expansões desses
serviços urbanos (20). Com esse arranjo geral, o projeto acomoda
1.560 unidades, chegando a uma densidade de 230 habitantes por
hectare.
Projeto urbano geral: domínio público e privado
Redesenho dos autores a partir de “Previ/Lima: Low Cost Housing
Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]
A proposta de Stirling, em termos de organização viária, reflete
uma lógica de hierarquização na qual as ruas com maior fluxo,
paralelas ao eixo dos edifícios públicos, conduzem a ruas
perpendiculares de penetração sem saída — vias locais. A
preferência do arquiteto pela utilização de cul-de-sacs em
detrimento da conectividade viária parece ter relação, por um
lado, com a tentativa de dar às pequenas espacialidades de
acesso à habitação um caráter mais privativo e, por outro,
priorizar o percurso a pé — preservando, por exemplo, um trajeto
transversal ininterrupto ao pedestre, ao longo dos eixos de
espaços abertos e equipamentos públicos.

Projeto urbano geral: hierarquia viária


Redesenho dos autores a partir de “Previ/Lima: Low Cost Housing


Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]
A hierarquia viária está relacionada com a criação de um
gradiente de intimidade na escala do projeto urbano que vai dos
espaços de uso mais público, passando por locais semipúblicos e
semiprivados, até chegar ao ambiente privado da habitação. De um
modo geral, o acesso das residências se volta para vias de
pedestres e pequenas praças que, por serem espaços mais íntimos,
poderiam ser mais facilmente apropriados pela população local.
Projeto urbano geral: gradiente de espaços públicos a privados
Redesenho dos autores a partir de “Previ/Lima: Low Cost Housing
Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]
A organização pautada em centros ou núcleos é marcante na
proposta de Stirling, tanto na escala do edifício quanto na
escala do projeto urbano, possibilitando a criação de uma
variedade desses espaços coletivos, de caráter mais público ou
mais privativo. A zona habitacional é configurada então por uma
rede gerada a partir do encaixe das unidades residenciais em
diversos níveis, em uma lógica fractal. Do mesmo modo que os
compartimentos de cada casa estão agrupados em torno de um pátio
ou jardim, os chamados agrupamentos primários — unidades urbanas
intermediárias — são formados pela justaposição de quatro
habitações ao redor dos pátios de serviço. Esses agrupamentos
são então organizados ao redor de um espaço comunitário de
caráter semiprivado, acessado por ruelas de pedestres,
conformando a vizinhança imediata — ou cluster, segundo o
arquiteto —, com vinte ou 21 unidades residenciais. Depois, esse
arranjo se torna o agrupamento básico que gera vizinhanças
maiores, associadas às vias de acesso e estacionamentos.

Agrupamentos em diferentes escalas


Redesenho dos autores a partir de

“Previ/Lima: Low Cost Housing


Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]

Agrupamento geral: grupos primários de quatro unidades; clusters


menores (vinte casas ao redor de um pátio); e clusters maiores
(oitenta casas conformando uma plaza)

Elaboração dos autores a partir de dados do projeto


Os feixes conformados por essas redes de habitação, conectados
pelos grandes espaços públicos lineares distribuídos em eixos de
direção transversal ao terreno, distanciam o projeto da ideia de
unidade de vizinhança — procedente da cidade-jardim e da cidade
funcional —, formada por grupos de unidades habitacionais
relativamente autônomas dispostas ao redor dos serviços básicos.
Desse modo, no projeto de Stirling se dá um afrouxamento dos
limites entre as diversas zonas habitacionais, que são
conectadas pelos espaços públicos e por uma trama de caminhos de
pedestres nos dois sentidos, leste-oeste e norte-sul.

O projeto da unidade habitacional

A presença de um pátio ou jardim, com o qual a área de estar da


habitação estaria conectada, era mais um requisito do edital do
concurso (21). James Stirling, em sua proposta para a unidade
residencial, utilizou-se dessa demanda como característica
elementar e primordial do projeto, fazendo do pátio o coração da
moradia. Como resultado, observa-se uma das propostas mais
literais em termos de interpretação do tipo-pátio — átrio,
peristilo — entre aquelas apresentadas, na qual os
compartimentos são dispostos ao redor de um pátio central
descoberto.

A organização centralizada em torno de um pátio dominante


permite ventilação e iluminação naturais, além de garantir a
permeabilidade visual entre os compartimentos da residência. No
projeto de Stirling, por ser hierarquicamente o espaço mais
importante e concentrar a maior parte das aberturas voltadas
para si, o pátio sugere introspecção e fechamento em relação ao
exterior. A partir desse tipo tradicional, Stirling propõe uma
habitação flexível e com possibilidade de expansão que, quando
completa, conformaria uma planta quadrada de 11 x 11m, com um ou
dois pavimentos (22).

Essa literalidade tipológica, aliada à necessidade de soluções


que permitissem crescimento vertical, afastam o projeto no Peru
de propostas anteriores de Stirling, baseadas em seções
transversais complexas que geravam formas dinâmicas, como no
vilarejo rural para o Ciam e no conjunto em Preston. Aqui,
observa-se a primazia da planta na conformação de uma residência
de fachadas austeras, sem reentrâncias, e cobertura plana.

O arranjo das unidades é regimentado por uma retícula que divide


a forma quadrangular inicial em nove porções e que norteia as
diversas possibilidades de expansão tanto ao redor da estrutura
térrea pré-definida quanto no sentido vertical, oferecendo para
isso uma estrutura central de apoio. Desse modo, o vazio central
na volumetria, definido desde o princípio por quatro pilares,
possibilita um certo controle da expansão, favorecendo que haja
sempre, de algum modo, ventilação e iluminação naturais — ainda
que, em virtude da justaposição das residências, em ambientes
como o dormitório de casal térreo a abertura seja restringida ao
interior, impossibilitando ventilação cruzada.

A residência principia com uma unidade mínima com área social


integrada à cozinha, dois dormitórios, sanitário, lavatório e
previsão para circulação vertical, configurando um “L”. A partir
de então, o crescimento da habitação para seis, oito ou mais
pessoas se dá prioritariamente no nível térreo, ao redor do
pátio central, através de transformações aditivas na volumetria
e obedecendo ao perímetro quadrangular sugerido pela estrutura
externa de painéis pré-moldados de concreto (23).

Unidade habitacional com propostas de crescimento (quatro pessoas,


seis pessoas, oito ou mais pessoas)

Redesenho dos autores a partir de “Previ/Lima: Low Cost Housing


Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]
Além da potencialidade de ampliação da habitação no segundo
pavimento, a proposta apresentava outras possibilidades e
arranjos: seria possível a coabitação de duas famílias a partir
de um acesso independente para o segundo nível, e, ainda, o
arquiteto indicava a viabilidade de instalação de comércio ou
serviço em parte do térreo, possibilitando incremento de renda à
família e dinamizando os espaços urbanos, com a diversificação
de uso. Outras particularidades do projeto são os dois acessos
por fachadas distintas e a possibilidade de expansão também do
setor social, não apenas do número de dormitórios.

Unidade habitacional: potencialidades e possibilidades de usos


Redesenho dos autores a partir de “Previ/Lima: Low Cost Housing


Project” [Architectural Design, v. 40, n. 4, p. 203]
Considerando os conceitos de racionalização e modulação
previstos pelo concurso, Stirling propôs que a construção das
unidades habitacionais se desse por meio de elementos produzidos
em larga escala, haja vista sua maior velocidade de execução e
menor custo. As paredes seriam compostas por módulos pré-
fabricados de concreto, em sanduíche, que incorporavam as
aberturas — as portas e as peculiares janelas circulares — e
cuja instalação seria realizada através de guindastes. Através
da técnica de caixão perdido, lajes de piso e cobertura mais
leves permitiriam a autoconstrução posterior por parte dos
moradores quando houvesse necessidade de ampliação da habitação.

Essas soluções, nesta e em outras obras de Stirling indicadas


anteriormente, pautadas na pré-fabricação em concreto armado,
dialogavam com uma série de pesquisas projetuais daquele
momento, inclusive por parte de outras equipes participantes do
concurso, que procuravam técnicas compatíveis com a grande
demanda habitacional verificada desde o pós-guerra.

Considerações finais

As tentativas de conciliação entre as polaridades público e


privado caracterizaram boa parte da produção prática e teórica
sobre habitação e cidade a partir do segundo Pós-Guerra, em
especial ao redor do Team 10. Nesse sentido, tratava-se de uma
contraposição à homogeneidade da cidade funcional, uma vez que

“O planejamento de cidades modernistas destruiu a


possibilidade de simbolizar o domínio público social e
criou uma polaridade entre o espaço privado cada vez
mais isolado e um domínio público que desafia qualquer
tipo de representação espacial” (24).

Assim, a proposta de Stirling dialoga com as de outras equipes


no mesmo concurso, no sentido de que há uma tentativa geral de
criar uma gradação de espaços, sobretudo espaços externos, que
vai da máxima privacidade — como pode ser a do pátio interno de
uma casa (tipo-pátio) — ao máximo caráter público — como as
grandes praças-eixo que, no projeto de Stirling, conectam o
conjunto à cidade.

Não apenas em termos espaciais urbanos a homogeneidade era


questionada nesse momento: a valorização e incorporação das
diversas particularidades de cada local passava também por
questões construtivas, modos de habitar, linguagem arquitetônica
etc. Por outro lado, essa valorização do autóctone e das
idiossincrasias do sítio — bem representada já nas obras de
Stirling anteriores ao Previ — era tensionada pelo contexto de
franco desenvolvimento tecnológico concomitante, em que se
buscava a utilização de materiais pré-fabricados e/ou
padronizados que dessem conta da grande demanda habitacional e
que tinham, portanto, uma universalidade intrínseca.

Desse modo, o projeto de Stirling no Peru em fins da década de


1960 é uma demonstração, um registro das complexidades de um
processo de mudança de paradigma em curso desde a década
anterior. Propostas teóricas e projetuais desse momento
inseriram no tema da habitação questões ainda fundamentais na
contemporaneidade, como, por exemplo, a noção de temporalidade
que perpassa uma arquitetura aberta à adaptação e à expansão.

Stirling busca, no Previ, conciliar a flexibilidade espaço-


temporal da habitação, a padronização e racionalidade
construtiva, a simbiose com a cultura local e a diferenciação
espacial urbana através de uma lógica subjacente que seja capaz
de estruturar formal e conceitualmente o projeto como um todo —
uma lógica suficientemente forte para que se perceba unidade e
coerência em escalas variadas, da habitação ao conjunto, mas que
seja permeável a interferências.

No contexto de grande versatilidade que marcou a atuação de


Stirling, a proposta para o Previ representa, em sua trajetória,
a afirmação de questões elementares e balizadoras nas quais sua
postura projetual estava pautada: a riqueza/particularidade
compositiva, a adequação da arquitetura ao local em seus
atributos físicos e imateriais e a busca por uma identidade do
lugar, garantida em parte através do ambiente construído. Dessa
forma, o arquiteto se distancia do indivíduo ideal para o qual
os arquitetos modernistas projetavam, e olha mais atentamente
para o indivíduo real e suas especificidades.

notas

NA — Este trabalho procede de uma pesquisa mais ampla, vinculada à


Universidade Federal de Pelotas, que estuda projetos de habitação
social ibero-americanos na segunda metade do século 20. Mais
especificamente, este artigo faz parte do estudo sobre as propostas
das treze equipes internacionais que participaram do concurso do
Previ, no Peru, em 1969 e se constitui como uma versão ampliada de
comunicação apresentada no 14º Seminário Docomomo Brasil, e
publicada em seus anais. GONSALES, Celia Castro; LOPES, Gabriel
Alvariz. Habitação e cidade modernas e contexto cultural. A proposta
de James Stirling para o concurso Previ-Peru. Anais do 14º Seminário
Docomomo Brasil, Belém, UFPA, 27 a 29 out. 2021 <​
https://bit.ly/3SfIpmO​
>.

MARTÍ ARÍS, Carlos. Las formas de la residencia en la ciudad


moderna. Barcelona, Etsab, 1991.

COLQUHOUN, Alan. La arquitectura moderna: una historia


desapasionada. Barcelona, Gustavo Gili, 2005.

MUMFORD, Eric. The Ciam discourse on urbanism: 1928–1960. Cambridge,


MIT Press, 2000.

ININVI; MINISTERIO DE VIVIENDA. Proyecto experimental de vivienda:


Previ. 27 volumes. Lima, Ministerio de Vivienda y Construcción del
Perú, 1971.

Grupo dissidente responsável pela organização do 10º Ciam, a partir


do qual o congresso se diluiu. Entre as equipes convidadas ao Previ,
estavam figuras centrais no Team 10, como Aldo van Eyck e o trio
Candilis, Josic e Woods.

Projetos desenvolvidos localmente naquele período, a exemplo do


conjunto habitacional Palomino (1965–1967), em Lima, do arquiteto
Luis Miró Quesada — depois participante da seção nacional do
concurso do Previ —, traziam propostas de espaço urbano divergentes
daquela preconizada pelo dogma moderno da Carta de Atenas (1933),
que claramente norteara projetos anteriores em Lima, como a Unidad
Vecinal 3 (1945–1949), de Fernando Belaunde Terry. O próprio
Belaunde demonstra, com sua Carta del Hogar, redigida para o Ciam em
1949, essa inflexão crítica, ainda que incipiente: um olhar mais
atento à realidade das famílias de baixa renda e à possibilidade de
mudança nas composições e demandas familiares ao longo do tempo. Ver
BELAUNDE TERRY, Fernando. Carta del Hogar. El Arquitecto Peruano,
ano 13, n. 141, Lima, n.p., abr. 1949.

Parte do edital e do parecer dos jurados está reproduzido em:


Previ/Lima: Low Cost Housing Project. Architectural Design, v. 40,
n. 4, 1970, p. 187–205. Também se pode encontrar outras informações
a respeito em ININVI; MINISTERIO DE VIVIENDA. Previ Introducción, p.
15; e em LAND, Peter. The Experimental Housing Project — Previ,
Lima. Design and technology in a new neighborhood. Bogotá, Ediciones
Uniandes, 2015.

James Stirling / Michael Wilford fonds. Canadian Centre for


Architecture <​
https://bit.ly/3C4u1bg​
>.

ININVI; MINISTERIO DE VIVIENDA. Op. cit.

10

LAND, Peter. Op. cit.

11

MONEO, Rafael. Inquietação teórica e estratégia projetual na obra de


oito arquitetos contemporâneos. São Paulo, Cosac Naify, 2008, p. 15.

12

Grande parte do texto da introdução trata de análises de obras


arquitetônicas cujas imagens as normativas de direitos de imagem não
nos permitem reproduzir. No entanto, o leitor poderá ter facilmente
acesso à ampla informação gráfica e fotográfica dos projetos em
sítios da web através dos buscadores usuais, por exemplo em James
Stirling / Michael Wilford fonds. Canadian Centre for Architecture
(op. cit.).

13

Pranchas com desenhos diversos e texto do arquiteto enviadas ao


congresso disponíveis em Village housing for Ciam 10. Canadian
Centre for Architecture <​
https://bit.ly/3DRzqUb​
>. Tradução dos
autores.

14

exemplo, em STIRLING, James. The Functional Tradition and
Por
Expression. Perspecta, v. 6, 1960, p. 88–97.

15

Plantas, fotografias diversas e texto dos arquitetos sobre o projeto


disponíveis em GOWAN, James; STIRLING, James. Housing redevelopment
in Avenham, Preston. 1957–1963. Canadian Centre for Architecture <​
https://bit.ly/3BF1K9T​
>.

16

STIRLING, James. The Functional Tradition and Expression (op. cit.).


17
STIRLING, James. Stiff Dom-ino housing. Canadian Centre for
Architecture <​
https://bit.ly/3RarvEH​
>.

18

GOWAN, James; STIRLING, James. Expandable house. Canadian Centre for


Architecture​
<h
​ttps://bit.ly/3SowByk​
>.

19

COLQUHOUN, Alan. Op. cit., p. 219. Tradução dos autores.

20

ININVI; MINISTERIO DE VIVIENDA. Op. cit., p. 7.

21

Previ/Lima: Low Cost Housing Project (op. cit.).

22

Embora o edital indicasse que deveria ser prevista a possibilidade


de crescimento até três pavimentos, a proposta de Stirling consistia
em uma residência que podia chegar até aproximadamente 95 m² de área
construída no primeiro pavimento e quase 200 m² quando ampliada com
o andar superior. Ver ININVI; MINISTERIO DE VIVIENDA. Op. cit., p.
11.

23

Previ/Lima: Low Cost Housing Project (op. cit.), p. 203.

24

COLQUHOUN, Alan. Conceitos de espaço urbano no século 20. In


Modernidade e tradição clássica: ensaios sobre arquitetura 1980–
1987. São Paulo, Cosac & Naify, 2004, p. 201.

sobre os autores

Celia Castro Gonsales é arquiteta e urbanista formada pela


Universidade Federal de Pelotas, com doutorado em Arquitetura pela
Universidad Politécnica de Cataluña. Realizou pós-doutorado na
Universidad Politécnica de Madrid e atualmente é professora
associada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Federal de Pelotas.

Gabriel Alvariz Lopes é graduando em Arquitetura e Urbanismo pela


Universidade Federal de Pelotas e bolsista de iniciação científica
(Fapergs).

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