Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
vitruvius | pt|es|en
receba o informativo | contato | facebook Curtir 39 mil busca em vitruvius ok
069.03
Viagens pelo Nordeste
do Brasil: uma crônica
em vocábulos
Luiz Manuel do Eirado
Amorim
069.04
Novo ecletismo de fim
de século
Rogério Pontes Andrade
069.05
Os “Brasileiros” e a
azulejaria exterior
portuense do século XIX
Luiz Alberto Fresl
Backheuser
069.06
Sala de aula,
arquitetura, corpo e
aprendizagem
Marilice Costi
069.07
Figura 1 – Quadra da cidade tradicional Patrimônio industrial e
memória. A formação da
cidade de Itapevi SP a
Devemos entender como cidade tradicional um organismo urbano gerado partir da contribuição
através de um longo processo histórico. Neste contexto, tanto o traçado da Santa Rita S.A.
viário como a habitação coletiva são elementos que não podem ser Henrique Caruso Almeida
concebidos separadamente, como o positivo e o negativo de um mesmo
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 1/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
sistema. Não existem, portanto espaços indefinidos nesta relação restrita 069.08
aos domínios do publico e do privado. As arquiteturas do
tempo de Louis I. Kahn
A quadra da cidade tradicional se caracteriza por ser claramente Nicolás Sica Palermo
delimitada e homogênea. Uma massa compacta que apresenta uma relação
069.09
desproporcional entre uma grande quantidade de espaço construído em
Estudios de paisaje
contraposição a escassos e fragmentados espaços livres habitualmente
para elevar la
destinados apenas para a ventilação das habitações. A arquitetura,
qualidade de vida en
restrita a fachada, se expressa neste momento apenas de forma
zonas de interés
bidimensional.
suburbano
Graciela Gómez Ortega e
As transformações de Haussmann em Paris (1852-69) podem exemplificar este
Omarky Aguilar Labrada
tipo de quadra “residual”, resultante do traçado viário, e não como
módulo de composição urbana. Paralelamente o projeto dos edifícios era 069.10
controlado (gabarito de altura, composição das fachadas, matérias e Sóbrio, organizado e
elementos construtivos) para regularizar o tecido urbano e proporcionar conservador: o
uma extraordinária força de conjunto. A habitação coletiva compunha a escritório é a cara do
diversidade programática da quadra através de sua sobreposição em dono? Sobre valores,
distintos pavimentos o que gerava habitualmente edifícios símbolos e significados
multifuncionais. dos espaços
Cristiane Rose de
Quadra do Plano Cerdá Siqueira Duarte, Alice
Brasileiro, Ana Paula
Simões e Viviane Cunha
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 2/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
No caso de Viena a opção não é pela expansão, mas sim, por aproveitar
vazios urbanos pré-existentes para inserir habitação coletiva operária
através de grandes edifícios residenciais contínuos, chamados de “hoff”.
Possuíam equipamentos urbanos associados a generosos espaços ajardinados
internos de caráter semipúblicos. As grandes dimensões obrigavam a se
sobrepor sobre o traçado urbano existente. Os generosos pórticos
resultantes definiam com clareza os acessos ao interior da quadra. O
conjunto Karl Marx Hoff, projetado por Karl Elm em 1927, é o “hoff” mais
conhecido. Implantado em um vazio urbano de 15 hectares, os blocos
residenciais ocupam apenas 18% do solo, com 1382 unidades de habitação e
aproximadamente 5000 habitantes. Duas novas questões surgem nos projetos
de habitação coletiva: a resolução das unidades em edifícios mais
esbeltos (maior e melhor ventilação e insolação) e necessidade de
projetar as fachadas internas destas novas quadras.
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 3/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
conseqüência da forma do edifício, que era resultante da forma do lote,
que era resultante da sua localização na quadra. Agora para o urbanismo
moderno a célula de habitação é o elemento base da formação da cidade.
Edifício-cidade
Figura 5 – Edifício-cidade
Mega-estruturas
Figura 6 – Mega-estruturas
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 4/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
A partir dos anos oitenta cidades européias como Berlin e Barcelona estão
envolvidas em profundas transformações urbanas. A primeira, através do
programa do IBA, serviu como modelo para outras cidades européias
principalmente com as estratégias de remodelação de quadras parcialmente
consolidadas através da reconstituição perimetral das quadras e a
reinterpretação das tipologias, morfologias e linguagens das cidades
históricas européias. A segunda cidade aproveita a oportunidade de sediar
os Jogos Olímpicos de 1992 para reestruturar quatro grandes áreas
urbanas. A intervenção mais importante é a da Vila Olímpica que permitiu
recuperar o acesso da cidade ao mar além de criar um novo bairro
residencial através de uma estratégia extensão do Plano Cerdà de certas
características de suas quadras.
Quadra aberta
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 5/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
notas
1
O conteúdo deste texto foi apresentado (em palestra do mesmo nome) no
“Seminário Hipótesis de Paisaje 05” em Córdoba – Argentina, no dia 20 de
setembro de 2005.
2
PORTZAMPARC, Christian. “A terceira era da cidade”, In: Revista Óculum 9, Fau
Puccamp, Campinas, 1992.
bibliografia
sobre o autor
Mario Figueroa, arquiteto pela FAU-Puccamp (1988) e doutor pela FAU-USP (2002).
Desde 1993 é professor de Projeto na FAU Mackenzie, onde também é professor do
curso de mestrado e pesquisador. Também leciona no CAU Belas Artes desde 1998
comentários
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 6/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
Adicionar um comentário...
Antonio Martins
Excelente, vai direto ao assunto! Não cansa o leitor como gostam alguns
autores pernósticos.
Curtir · Responder · 7·6a
Sandra Irala
excelente artigo!!! como tudo o publicado em vitruvius...
Curtir · Responder · 6 a
Nathalia Ferreira
adorei o texto!!!
Curtir · Responder · 6 a
Francisco Gomes
Para arquitetos e não!
Curtir · Responder · 1·6a
Samela Vieira
Aos amigos do 3º e 4º período.
Curtir · Responder · 4·6a
Marllon de Paiva
A quadra, deve sempre ser um objeto de estudo e reflexão, são as
quadras responsáveis pelo desenho da cidade, é uma parte da estrutura
da identidade do lugar.
Curtir · Responder · 1·5a
Luciana Mayrink
excelente!
Curtir · Responder · 5 a
André Perini
Quadra é sistema estrutural da cidade, ligando as quatros extremidades
da cidade, os 4 pontos cardeais, poderíamos ter novos conceitos diante
topografia do sítio em seu gabarito de altura, excelente conceito.
Curtir · Responder · 5 a
Jonas Pontes
Ótimo o texto. Muito esclarecedor, me ajudará em uma apresentação
neste semestre.
Parbéns.
Curtir · Responder · 5 a
Adriane Barbosa
Riquíssimo em informação, será muito últil, um ponto de partida para a
criação de projeto na minha Disciplina de Ateliê.
Curtir · Responder · 1·2a
Evelly Pabline
EXCELENTE TEXTO!!!!
Curtir · Responder · 1 a
Albelania Loris
oque é a transformação da quadra e o uso do espaço,alguem pode me
resumir,please?
Curtir · Responder · 15 sem
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 7/8
20/08/2018 arquitextos 069.11: Habitação coletiva e a evolução da quadra (1) | vitruvius
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/385 8/8