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ÁREAS URBANAS CENTRAIS

CONTINUAÇÃO

Conteúdo:

Apresentando seus objetivos, analisando as estratégias e avaliando


1
os resultados.

Origem e significado das terminologias usuais dos processos de


2
intervenção que utilizam o prefixo RE para nomeá-los.
Elaborado por:
Ouro Preto, MG Huda Andrade Silva de Lima
Reinvenção
Urbana
City Marketing Resiliência
Preservação Urbana
Renovação Urbana Crises/ Resistências
Superar as
Urbana Negação ao Movimento Moderno vulnerabilidades

1950 1970 1990 2000 Ano


“Embora os resultados devam ainda ser avaliados, o que se observa é
um interesse cada vez maior do poder local pela melhoria da
imagem dos centros das cidades. Áreas fortemente desvalorizadas
vêm a ser alvo das atenções do poder público, que se alia ao capital
imobiliário, iniciando dessa forma uma reconquista daquele espaço.
Orlas marítimas e de rios, leitos ferroviários, áreas portuárias e
edificações industriais desativadas são as primeiras eleitas no
processo de intervenção. Essas ações sugerem que a arquitetura e o
planejamento urbano também vieram a ser regidos por estratégias
de marketing, destinadas a estruturar a mudança da economia
urbana de base produtiva para a base do consumo”.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 44)
“Enquanto a imagem da cidade pode ser um elemento importante para atrair
capital e pessoas, em um período de intensa competição urbana, lugares
espetaculares e festivais públicos servem também, para ofuscar fortes conflitos
sociais e desigualdades (...).

Problemas como gentrification (enobrecimento) são mascarados pela imagem


de um urbanismo espetacular que simula a requalificação do centro (...).

De qualquer forma, se o objetivo era o retorno ao centro, pode-se dizer que ele
tem sido alcançado. Observa-se, sobretudo, uma forte participação da
sociedade civil, por intermédio da formação de associações locais, na busca de
soluções para a melhoria do ambiente construído”.
(VARGAS e CASTILHO, 2009, p. 44)
Origem e significado
das terminologias usuais dos
processos de intervenção
que utilizam o prefixo RE
para nomeá-los.
“A partir da década de 1960, as ações em sítios com preexistências
significativas introduzem o reconhecimento de valor histórico e cultural. Essa
nova postura em relação ao meio ambiente construído indica uma atitude
crítica às práticas precedentes de demolição de extensas áreas das cidade,
para fins de expansão e/ou substituição de usos e edificações”
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009, p. 53).

REABILITAÇÃO, REVITALIZAÇÃO, RENOVAÇÃO...

PREFIXO RE
Indica um movimento de volta,
para trás, alguma coisa que repete
o já existente com uma nova forma.
Ordem
Higienização

Reforma Urbana de Paris


Barão Haussmann (1851-1870)
Pirmeiros Planos de Renovação Urbana
Google Earth Pro, 2018
“Segundo Choay e
Merlin (1988:580), a
crítica desse modelo
(renovação) coloca-se
no plano social, uma
vez que desfaz o laço
dos habitantes da
área ‘renovada’
quando são
removidos para
outros lugares.
Quanto à morfologia,
rompe brutalmente
as características do
tecido urbano
anterior e a relação
com a vizinhança”
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009,
p. 57)

Reforma de Pereira Passos (1903-1906)


Rio de Janeiro
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.187/5885
Em síntese...
Início do fim da
Amplia o conceito de “era das demolições”
monumento histórico
Surgiram ações integradas e
Carta de Veneza (1964) simultâneas, visando à
Amplia o conceito de retomada de atividades
Surgem termos
monumento histórico. Não econômicas, como a
restrito a exemplos recuperação física dos SÍTIO HISTÓRICO URBANO
isolados, seria estendido a imóveis e a fixação da REVITALIZAÇÃO URBANA
todo conjunto população de origem no seu REABILITAÇÃO URBANA
representativo, mesmo habitat.
modesto, testemunho de
evoluções, civilizações ou
acontecimentos históricos.

RENOVAÇÃO URBANA PRESERVAÇÃO URBANA REINVENÇÃO URBANA

1950 1964 1970 1990


Ano

(VASCONCELLOS & MELLO, 2009)


Tentativas de definições
Cartagena das Índias, Colômbia
Patrimônio Mundial pela Unesco SÍTIO HISTÓRICO
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura URBANO

O espaço que concentra


testemunhos do fazer
cultural da cidade em suas
diversas manifestações.

“O sítio histórico urbano


deve ser entendido em seu
sentido operacional de
‘área crítica’, e não por
oposição a espaços não-
históricos da cidade, já
que toda cidade é um
organismo histórico" .
(Carta de Petrópolis, 1987, art, 1º)
CENTRO URBANO

SÍTIO HISTÓRICO URBANO NACIONAL


Inclui o centro urbano, áreas residências, comerciais, industriais e paisagens.
Com ou sem o centro urbano.
Centro histórico.
CONJUNTOS URBANOS DE MONUMENTOS NACIONAIS
Possui inteligibilidade/ compreensão como conjunto, ou seja, ao
qual pode ser atribuído um sentido unitário numa narrativa
histórica, seja pela simultaneidade, pela complementaridade ou
pela sequencialidade.

Repousam experiências coletivas e princípios de identidade


Lugares da memória - ideia de pertencimento
Monumentos são sinais que perpetuam os testemunhos das sociedades passadas
Vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil. O que é a história do Brasil?
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009, p. 61 e Carta de Veneza, 1964)

CONSERVAÇÃO / RESTAURAÇÃO
Manutenção preventiva

A conservação, no que se refere aos bens culturais, é


A restauração é uma operação de caráter excepcional,
um termo abrangente para definir os tipos de medidas
aplicada somente em edifícios ou conjuntos
destinadas a manter ou restabelecer a saúde física de
particularmente prestigiados.
organismos edilícios.
PREFIXO RE
Indica um movimento de volta, para
trás, alguma coisa que repete o já
existente com uma nova forma.
REABILITAÇÃO URBANA
habilitar, restabelecer ou recuperar algo
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009, p. 59 e Carta de Lisboa, 1979)

REABILITAÇÃO URBANA Carta de Lisboa, 1979

É um estratégia GESTÃO URBANA que procura REQUALIFICAR A CIDADE existente através de INTERVENÇÕES
MÚLTIPLAS destinadas a valorizar as POTENCIALIDADES SOCIAIS, ECONÔMICAS E FUNCIONAIS, a fim de melhorar a
qualidade de vida das populações residentes; isso exige o melhoramento das condições físicas do parque construído
pela sua reabilitação e instalação de equipamentos, infraestruturas, espaços públicos, mantendo a identidade e as
características da área da cidade a que dizem respeito.

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (1999), Fortaleza


www.dragaodomar.org.br/
www.dragaodomar.org.br/
REVITALIZAÇÃO URBANA
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009, p. 59)

REVITALIZAÇÃO URBANA
Engloba operações
destinadas a RELANÇAR
A VIDA ECONÔMICA E
SOCIAL DE UMA PARTE
DA CIDADE EM
DECADÊNCIA. Esta
noção, próxima da
reabilitação urbana,
aplica-se a todas as
ZONAS DA CIDADE SEM
OU COM IDENTIDADE E
CARACTERÍSTICAS
MARCADAS.

São Luís, Maranhão


REESTRUTURAÇÃO URBANÍSTICA
Estação das Docas, Belém (PA)
Alcântara, Maranhão

REESTRUTURAÇÃO URBANÍSTICA
Uma das PRINCIPAIS AÇÕES PARA
TUTELA DOS CENTROS
HISTÓRICOS com a abordagem
especialmente das relações,
sobretudo do ponto de vista
FUNCIONAL, TECNOLÓGICO E DE
USO ENTRE O TERRITÓRIO, a
cidade e o centro histórico.
(VASCONCELLOS & MELLO, 2009)
Estação das Docas, Belém (PA)
PREFIXO RE
REABILITAÇÃO URBANA Estratégia de Gestão Urbana
Requalificar a cidade por meio ou não da Renovação Urbana
Múltiplas Intervenções
Potencialidades sociais, econômicas e funcionais
Exige manutenção da identidade e das características

REVITALIZAÇÃO URBANA
Relançar a vida econômica e social de uma parte da cidade em decadência.
Em qualquer parte da cidade.

REESTRUTURAÇÃO URBANÍSTICA
Intervenções/ ações com abordagem especialmente das relações, sobretudo do
ponto de vista funcional, tecnológico e de uso entre o território, a cidade e o centro
histórico.
Implícita em todos os RES
está a manutenção da cultura local.

Seria a cultura local possível de ser mantida,


se o próprio conceito de cultura leva
a entendê-la como um
processo dinâmico e mutável no tempo?

Preservação da Memória Coletiva (VASCONCELLOS & MELLO, 2009)


DEMAIS QUESTIONAMENTOS
Morar no centro/ sítio histórico é bom?
E próximo da área portuária?
Melhor morar na periferia?
Na beira da praia?

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