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NEGROS DA TERRA: Índios e

bandeirantes nas origens de São


Paulo
John Manuel Monteiro

Caio, Júlio, Jamile, Marcos


John Manuel
Monteiro (1956 -
2013)
➢ Historiador norte-americano nascido em
Saint Paul (Minnesota), com mestrado
(1980) e doutorado (1985) na Universidade
de Chicago;
➢ A ligação com o Brasil vinha de criança.
Passou a infância nos EUA, na Colômbia e na
região de Campinas (SP);
➢ Sua especialidade era a história indígena;
➢ Lecionou na Universidade da Carolina do
Norte, em Harvard, na Unesp e, a partir de
1994, na Unicamp;
➢ Morreu aos 56 anos, em 2013.
Características iniciais
➢ ¨Baseado na Tese de Doutorado de John Manuel Monteiro defendida em 1985 na Universidade
de Chicago
➢ ¨Vasta pesquisa documental realizada pelo autor
Características Iniciais
➢ Negros da terra Nomenclatura colonial
➢ Resgate ao contexto colonial Outro prisma à Dinâmica interna do Brasil
Indígena.
Início da Colonização
Homogeneidade dos que ali habitavam
Dois grupos Tupi e Tapuia
Infiltração por meio do casamento Tibiriça x João Ramalho à Interesse nas
questões bélicas
Dinâmica Interna - Características
● Aldeias não eram povoados fixos - desgaste do solo, diminuição das reservas, disputa interna
entre facções ou a morte de um chefe
● Composição proliferação das aldeias - valor do Chefe na definição e preservação da Identidade
étnica
● Pajés - Líderes espirituais e muitas vezes políticos
● Caraíbas - Discurso Profético - Terra sem mal
Dinâmica Interna - Fragmentação
política
Chefes das malocas, chefes das aldeias e as lideranças no nível supra-aldeia (presente no contexto
de guerra) - Contra os interesses coloniais (ausência de um Rei)
Dinâmica de Terra - Contexto de
guerra
O chefe - Preparar as estratégias de batalha
Pajés - Por meio da interpretação dos sonhos e outros signos determinavam o momento de atacar
Caraíbas - Exaltava o melhor guerreiro em seu discurso
Dinâmica de Guerra - Contexto de
Guerra
Motivação de guerra - Vingança - Preservação da memória do grupo local

Importância da guerra - Laço entre o passado e o futuro dos grupos

Vingança - morte do inimigo durante a batalha e captura do mesmo para execução no terreiro -
Antropofagia - base das relações entre aldeias
Resistência
Interesse dos colonos - Mão de obra indígena para abastecimento de gêneros de primeira
necessidade
Recrutamento - Escambo (inconstância) e compra dos cativos (manutenção das tradições) -
Resistência
Aliança se transformou em subordinação

¨
Jesuítas - Aldeamento
Método dos Jesuítas para regimentar o índio enquanto trabalhador produtivo - contrário ao método
dos colonos
Criação de aldeias próximas a povoação colonial - Incentivando o contato com os portugueses
Os aldeamentos substituíram as aldeias independentes - O índio perdeu o poder sobre a terra e o
trabalho indígena
Aldeamento – Consequências
Desconstrução da identidade étnica
Aumento do conflito entre colonos e Jesuítas - Colono queria ter livre acesso aos índios que estavam
sob a mediação dos Jesuítas.
Fracasso na tentativa de converter os mais velhos através dos mais jovens
Fracasso na tentativa de eliminar a figura do Pajé - Para isto, os Jesuítas deveriam se tornar os
líderes espirituais, o que não ocorreu.
Resistência indígena ao processo Missioneiro
Revolta
Era o nível máximo da resistência indígena
Padres começaram a ser expulsos - à Intromissão nas tradições indígenas (guerra e sacrifício)
São iniciadas as primeiras revoltas nos aldeamentos - Destruição da imagem de Nossa Senhora do
Rosário (Padroeira do Aldeamento) - Rejeição do Cristianismo e da autoridade Colonial - Fim do
Aldeamento
Ataques aos sitios portugueses
Ofensiva dos Colonos
Devido as revoltas dos indígenas os colonos passaram a tomar o trabalho indígena nas suas próprias
mãos
Criaram outros meios de recrutamento - Fora da legislação vigente à expedições predatórias do
sertão
Manutenção da resistência indígena
Forças punitivas - onda repressiva entre 1590-5 à Destruindo e escravizando a população nativa
Maior a demanda por escravos - mais violência
Consequência
Crescimento da mão de obra no planalto Paulista - articulação com outras partes da colônia -
Dependência do abastecimento externo (insuficiência da mão de obra do planalto)
A historiografia trata o bandeirantismo sem considerar o contexto local - A necessidade crônica de
mão de obra indígena para tocar os empreendimentos agrícolas indígenas
Consequências
Interrupção do abastecimento de cativos guaranis que eram sua principal força - Crise nas estruturas
locais - Agravamento com a epidemia de varíola
Necessidade de modificação da estratégia de apresamento - Novas formas de organização para as
expedições sertanejas - Alteração da composição étnica e sexual da força de trabalho
Consequências
Expedições mais longas entre capitanias
Aumento da crueldade das bandeiras - Invasão das reduções e persuasão dos habitantes da aldeias
para acompanhar os colonos, caso resistissem os colonos matariam, queimariam tudo.
¨
Consequências
Expedições mais longas entre capitanias
Aumento da crueldade das bandeiras - Invasão das reduções e persuasão dos habitantes da aldeias
para acompanhar os colonos, caso resistissem os colonos matariam, queimariam tudo.
¨
Crise
Altos custos nas grandes expedições (mortalidade de dos sertanistas e de cativos) à Expedições
menores para os menos desprovidos de recursos.
Essas expedições menores ao sertão que tinham a participação de pelo menos um sertanista
experientes, alguns jovens e inclusive índios do planalto (que conheciam o sertão e os riscos da
viagem), visavam a recuperação das unidades de produção
A ideia era buscar o remédio para a pobreza das terras à o trato ordinário desta que seria realizado
pelos índios a serem capturados
O fim do ciclo
O foco das expedições paulistas (muitas delas em busca de pedras preciosas e metais) estava na mão
de obra indígena, “ ouro vermelho”, que para eles era a principal riqueza.

A coroa se mostrava indisposta com buscas que traziam mais índios que pedras preciosas ou metais
e passou a incentivar tais expedições com títulos honoríficos à atividade do apresamento se apagava
lentamente, fechando esse ciclo no decorrer dos anos de 1600
O Celeiro do Brasil
➢ Escravidão antes lenta, agora poderia florescer em sua plenitude;
➢ No Brasil do séc. XVII ter muitas terras não representava riqueza;
➢ Existências das sesmarias; aceleração na divisão de terras;
➢ O surgimento de novos núcleos populacionais, cada vez mais distantes das primeiras vilas,
acompanhava o desenvolvimento do apresamento como forma de suprir suas necessidades de
trabalho;
➢ A importância das vilas residia justamente nas instituições básicas que elas produziam;
➢ O acesso ampliado a terras e à mão-de-obra indígena constituiu, ao longo do século XVII, fator de
peso no desenvolvimento econômico da região do planalto. Entretanto, faltava um elemento
crítico para transformar a agricultura em fonte de renda: sua comercialização;
➢ os colonos de São Paulo envolveram-se numa experiência de lavoura comercial fortemente
amarrada a um sistema de exploração do trabalho indígena,
➢ Agricultura do trigo e economia do trigo, o trigo era produzido para ser comercializado, para
cidades, minas e o litoral;
➢ O surgimento de uma agricultura comercial no planalto, sobretudo com a produção do trigo,
pode explicar muito da constituição da sociedade colonial na região, uma vez que a presença
de um número elevado de cativos índios possibilitou a articulação da economia do planalto
com a do litoral, redundando, ao mesmo tempo, na composição desigual da riqueza na
sociedade local;
➢ Os carregadores índios constituíam a modalidade mais barata de transporte, uma vez que eram
mais rápidos e eficientes, comiam menos e carregavam pesos consideráveis, proporcionando o
mais baixo custo relativo ao valor das cargas;
➢ Tentativa de modificar a divisão de trabalho já existente nas comunidades indígenas,
aproximando-as de uma cultura de plantation;
➢ Jesuítas criticam uso indiscriminado da força indígena, alegam que paulistas tentavam tirar o
máximo de ganho possível através da exploração dos índios;
➢ Porém o autor mostra que os próprios jesuítas às vezes se aproveitavam do índio como meio
de transporte de cargas
➢ Se tornaram um meio de transporte caro com o passar do tempo;
➢ A partir de 1670, os produtores rurais passaram a dar maior importância às atividades
agropastoris, (atividades que requerem menos M.O.) ;
➢ Apesar de a maioria dos paulistas ter desistido da lavoura comercial, a dependência com
relação ao trabalho forçado dos índios permaneceu.
A Administração Particular
➢ Durante o século XVII em São Paulo a escravidão indígena desenvolveu-se a partir dos mesmos
princípios de exploração econômica que a escravidão negra no litoral;
➢ Desde os primórdios da colonização portuguesa, o desenvolvimento da escravidão indígena
sofreu os seguintes obstáculos:
1. A resistência dos índios do planalto
2. A oposição persistente dos jesuítas
3. A política ambígua da Coroa quanto à questão indígena
➢ Para os jesuítas, todos os índios trazidos à São Paulo deviam ser integrados aos aldeamentos.
Os colonos defendiam a posse e administração direta destes índios;
➢ A partir da década de 1590 esta postura mudou, quando o conselho resolveu adotar uma
posição explicitamente pró-colono, colocando-se em oposição direta aos jesuítas;
➢ O alvará Régio de 1596 procurou mediar este conflito, definindo o papel dos jesuítas;
➢ Os colonos justificavam a posse ilegal dos índios alegando que prestavam um impagável serviço
a Deus, ao rei e aos próprios índios ao transferir estes últimos do sertão para o povoado, e se
afirmava juridicamente no apelo ao “uso e costume”.
➢ Um trecho da epístola de Domingos Jorge Velho escrita ao monarca português D. Pedro II
declarou:

“(…) e se depois de cativar os índios nos servimos deles para os nossas lavouras; nenhuma
injustiça lhes fazemos; pois tanto é para os sustentarmos a eles e a seus filhos como a nos e aos
nossos; e isto bem longe de cativá-los, antes se lhes faz um inestimável serviço em ensiná-los a
saberem lavrar, plantar, colher e trabalhar para o seu sustento, coisa que antes que os brancos
lho ensinem, eles não sabem fazer”.
COLONOS X JESUÍTAS: A Batalha
decisiva
➢ Os jesuítas dispunham de bons motivos para criticar os paulistas, uma vez que estes adquiriam
a maior parte de seus índios por vias reconhecidamente ilegais; ao mesmo tempo, porém, os
colonos exerciam sua oposição aos jesuítas alegando que os padres retardavam o
desenvolvimento de suas atividades econômicas;
➢ O confronto fatal entre as partes foi alimentado em dois níveis distintos;
➢ As diferenças irreconciliáveis entre as partes ocasionaram demonstrações de força de ambos
os lados. Assim, diante das demandas dos jesuítas junto aos governos coloniais e ao Vaticano,
que acarretaram novas medidas contra a escravidão indígena, os colonos não tardaram em
responder, lançando mão da violência e expulsando os padres de São Vicente.
➢ Os moradores das principais vilas da capitania de S Vicente se reuniram e determinaram a
expulsão incondicional de todos os jesuítas e confisco de suas propriedades e a transferência
dos índios aldeados a administração pública das câmaras municipais;
➢ Os jesuítas foram readmitidos 13 anos depois nas seguintes condições: deveriam abdicar da
breve de 1639 ou qualquer outro instrumento da defesa da liberdade indígena, abandonar o
litígio contra a expulsão e desistir de qualquer indenização pelos danos sofridos. Ademais,
deveriam negar assistência aos índios que fugissem de seus donos;
➢ Em contraponto mais conciliatório, os colonos se propuseram a ajudar na reconstrução do
Colégio, o que de fato fizeram em 1671;
➢ Os jesuítas por sua vez, continuaram como poderosos proprietários de terras, apesar das
aparências, os jesuítas tinham perdido o controlo dos aldeamentos, e sua voz de oposição ao
cativeiro indígena fora praticamente emudecida
Escravos ou Administrados
➢ Os paulistas davam o nome de administrados aos seus índios cativos, contudo, dispunham
deles como escravos, dando-os em dotes de casamento, e aos seus credores como pagamento
de dívidas;
➢ Já no último quartel do século XVII, a controvérsia em torno da liberdade indígena recomeçava
a se intensificar;
➢ Os colonos mostraram-se mais flexíveis que em 1640,iniciaram um longo processo de
negociação com as autoridades régias, mediado pelo provincial dos jesuítas. Mas os paulistas
jamais poderiam aceitar o que os jesuítas pediam;
➢ o desfecho do processo de negociação entre colonos, jesuítas e Coroa foi a carta régia de 1696,
essa em total desacordo com a lei que 5 anos antes proclamara a liberdade dos índios.
Senhores e Índios
● A partir do Século XVII, os colonos começaram a se distanciar geograficamente das sociedades
em que os índios se originavam, formando vilas na capitania de São Vicente ;
● A partir deste século, colonos e cativos passam a integrar a mesma estrutura social;
● A vivência compartilhada entre brancos e negros da terra contribuiu para a construção de uma
historicidade indígena na sociedade colonial;
● A heterogeneidade das culturas indígenas causaram diversos desafios à viabilidade da
escravidão indígena;
● Os cativos reagiam de forma diferenciada à escravidão e imposição dos seus senhores;
● Este capítulo evidencia as múltiplas relações entre índios e colonos.
● “Do sertão ao povoado, de índio a escravo, foi este o caminho percorrido pela maioria.”
(p.154)
● Muitos índios foram dizimados devido à pragas e doenças antes desconhecidas, porém, a
maioria dos cativos apresados sem tornam escravos;
● Os índios eram diversos, a primeira diferença que vemos é a valorização maior àqueles índios
que já eram habituados à sociedade colonial;
● Índios recém-introduzidos valiam até 5x menos do que um “crioulo” já acostumado àquela
formação;
● Existia uma sensibilidade por parte dos senhores de escravos no que se refere às diferenças
étnicas dos cativos;
● Essa sensibilidade se evidencia através da diferença de valores entre índios de origens
divergentes.
● Escravos especializados em algum serviço específico também eram valorizados, sendo eles os
mais caros entre os cativos;
● O apresamento de índios era visto como muito precário, porém necessário para a reprodução
do sistema escravista;
● Devido à facilidade da compra e abundância de cativos, eles eram vistos como descartáveis;
● Altos índices de mortalidade são observados nas vilas paulistas;
● Além da longa marcha do sertão até São Paulo, os índios tinham que lidar com a fome, maus-
tratos, doenças e etc. quando chegavam em sua nova localidade;
● Grandes epidemias de varíola dizimaram centenas de milhares de cativos;
● Como o apresamento apresentava diversas vicissitudes, a ideia era construir dentro da
sociedade uma estrutura que desenvolvesse o sistema escravista;
Caminhos para a integração
● Era necessário, além dos esforços dos colonos, que os índios colaborassem para sua inserção;
● A ideia era que essa colaboração se desse através de uma formação cristã;
● A religião era usada como arma contra os cativos;
● Os índios eram sumariamente batizados na igreja, para que essa arma tivesse um sentido na
vida do cativo;
● Com o batismo, o índio ganhava um nome cristão e era introduzido no compadrio;
● Grande parte era apadrinhada por seu próprio senhor;
● Geralmente os índios que tinham pais desconhecidos;
● Enquanto índios com dois pais índios, geralmente eram apadrinhados por outros cativos;
● Isso deixa claro que, apesar do esforço para doutrinar o índio, as relações sociais mantinham
grande distância entre senhor e cativo.
● Já na linguagem, a maioria dos cativos pode-se considerar bilíngue, apesar de existir uma
dificuldade por parte destes em se expressar em português;
● Até meados do século XVIII, a língua geral falada em São Paulo era predominantemente
influenciada pelo guarani;
● No geral, a língua era uma versão paulista do português com fortes influências de dialetos
indígenas;
● Apesar de heterogêneo, o grupo de cativos era formado em grande parte por Guaranis;
● A partir de 1640, há uma diminuição na oferta de índios Guaranis,
● Devido à heterogeneidade do grupo, os colonos até do século XVII preferiam se referenciar aos
índios como “Negros”, mudando diversas verses até o termo mais conhecido: “Carijós”.
● A preocupação com a diminuição dos índios vindos dos apresamentos, fez com que os
senhores dessem ainda mais valor à ideia de “auto reprodução” do sistema;
● Obviamente, esta tarefa seria realizada através da reprodução dos indígenas;
● Muitos homens brancos tiveram filhos com mulheres cativas;
● O casamento também era uma forma de prender o índio à terra;

○ Mamalucos: Filhos de brancos com indígenas que eram assumidos pelo pai.

○ Bastardos: Filhos de brancos que não foram assumidos.


A busca de um espaço próprio
● Sem espaço reproduzir as formas pré-coloniais de organização, os índios buscavam introduzir
alguns aspectos de sua cultura naquele âmbito;
● Essa introdução se dava no nível habitacional;
● As casas em que viviam nas fazendas, eram longas e com tetos de palha, casas que mais tarde
viram senzalas;
● Com a chegada dos africanos, as construções foram perdendo as características dos cativos.
● A divisão do trabalho também afetou a vida dos cativos;
● As mulheres geralmente ficavam nos serviços da casa do senhor, enquanto o homem
trabalhava no campo;
● Se contrasta diretamente com a forma pré-colombiana de organização destes cativos;
● Esta divisão os distanciava de seu passado indígena;
● Os índios artesãos eram abundantes e muito cobiçados por seus dotes, eram também os mais
caros escravos;
● Além disso, é inegável o uso da violência por alguns dos senhores de escravos como forma de
reafirmar a hierarquia patriarcal vigente.
● Todas essas divergências entre a vida dos cativos e de seus antepassados, começa a gerar
revolta;
● Os índios eram vistos como arruaceiros, porém dificilmente eram culpabilizados até 1660;
● Geralmente quem pagava por seus crimes eram seus proprietários
● Entre as principais atividades criminosas estão:

○ Invasão de terras

○ Roubo de gado

○ Assassinatos
● As autoridades municipais tentaram acabar com as atividades rebeldes dos indígenas através
de multas;
● Porém, no auge do escravismo indígena, a população de cativos era de 8 índios para 1 branco;
● Essa desigualdade demográfica contribuía para as revoltas e fugas;
● Ocorreram diversos episódios de fuga em massa;
● Após as fugas, os índio geralmente acabavam em propriedades vizinhas;
● Isso começou a se tornar um problema, já que proprietários eram lesados pelo prejuízo;
● Estabeleceram-se multas para os proprietários que estivessem desfrutando do trabalho de um
cativo alheio.
As Origens da Pobreza Rural
● Ao longo do Século XVII a posse de escravos indígenas era fator para
definir a renda e portanto o donativo real a ser pago.
● Durante o período tornou-se característico o povoamento europeu com
base na mão-de-obra escrava
Distribuição da riqueza
● Diferenças significativas no nível de renda de povoamentos antigos para
os mais novos
● Mesmo nos bairros mais abastados a concentração de renda era notável.
Concentração da Riqueza
● As localidade abastadas surgiram através de sesmarias concedidas e
consolidaram-se através da produção do trigo.
● Poucas famílias detendo o poderio econômico.
● Disputas entre famílias pela hegemonia .
Difusão da pobreza
● Os povoamentos mais pobres surgiram do domínio de aldeias indígenas
● Dificuldade na produção devido a exaustão do solo, entre outros fatores
● Ação predatória entre os povoamentos
Os anos finais da escravidão
● Declínio da economia paulista
● Torna-se cada vez mais difícil a expansão e captura de mão-de-obra
indígena
● Concentração de renda aproximou os índios dos brancos pobres
Alforrias
● Intensa miscigenação e bastardia
● Alforrias concedidas sem estabelecer claramente seus limites
● Estratégias para continuar a servidão mesmo após a liberdade.
● Os casos envolvendo indígenas da família
● Mesmo livres os escravos continuavam nas propriedades.
● Preocupação de alguns senhores com o futuro dos libertos
Justiça
● Carta Régia de 1696
● Indígenas com conhecimento da legislação vigente
● Estrutural legal de amparo aos indígenas
● Retaliações dos senhores
Transição para a escravidão negra
● Difícil transição no começo devido ao preço elevado
● Adequação dos paulistas aos novos contornos da economia colonial.

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