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Os Índios e a
Civilização
A INTEGRAÇÃO DAS POPULAÇÕES
ÍNDIGENAS NO BRASIL MODERNO
Darcy Ribeiro
Nasceu em Montes Claros, no estado
de Minas Gerais, Brasil, em 26 de
Outubro de 1922.
Faleceu em 17 de fevereiro de 1997.
Estudou Ciências Sociais na
Universidade do Distrito Federal.
Posteriormente, obteve um mestrado
em Antropologia pela universidade
Autônoma do México, sua formação
Acadêmica contribuiu para sua
carreira como antropólogo, político e
educador .
Qual a importância dos estudos de Darcy para o
entendimento da formação do povo brasileiro?
Tópico 1: A Amazônia
Tópico 2: As Fronteiras da expansão pastoril
Tópico 3: A expansão agrícola na Floresta Atlântica
Tópico 4: Penetração Militar em Rondônia
Curt Nimuendajú
Em 1905, o etnólogo conheceu a tribo
Guarani, no oeste do Estado de São Paulo. Ele
revelou, mais tarde, que conviveu com os
índios por cerca de 2 anos, com poucas
interrupções. Durante este período, após
cerca de um ano morando com os
Apokokuva-Guarani, Unckel foi adotado como
filho do cacique e pajé Avacauju.
A Amazônia
A realidade da onda invasora com o avanço da
“ Civilização”
-Para o índio, o seringal e toda a indústria extrativa têm representado a morte,
pela negação de tudo que ele necessita para viver: ocupa lhe as terras; dissocia sua
família, dispersando os homens e tomando as mulheres; destrói a unidade tribal,
sujeitando-a ao domínio de um estranho, incapaz de compreender suas
motivações e de proporcionar-lhe outras. Enfim, submete o índio a um regime de
exploração ao qual nenhum povo poderia sobreviver.(pag33.)
As lutas começam com os índios Torá. Foram enfraquecidos pela lutas restando apenas 31
deles, unindo aos índios Mura que tinha como habilidade principal a canoagem e passaram a
atacar os povos civilizados através das águas obrigando-os a se mudarem de região . Com o
surgimentos de outra tribo os Mundurukus vindo do rio Tapajós impõe o viés de todos as
tribos começarem a viver nas vilas passando a conviver pacificamente com os civilizados .
Em 1820 Os Mura foi orçada de 30 a 40 mil, em 1864 em 3 mil, e em 1922 em 1 600 índios.
Os índios Mawé , que viviam entre o Tapajós e o Madeira. Foram encontrados pelos jesuítas
no século XVIII uns foram levados para as missões outros chacinados e outros expulsos.
Foram três séculos de lutas e jamais se submeteram aos Jesuítas.
Em meados do século XIX, surge os Parintins capaz de ameaçar a estabilidade da colonização,
cobraram um alto preço em vidas pela borracha extraída.
As Fronteiras da Expansão
Pastoril
Expansão nos Sertões Nordestinos;
Deslocamento para os sertões da Bahia e Pernambuco;
Criação de Gado;
Confronto com povos indígenas habitantes do nordeste;
Impactos nas vidas indígenas;
Missões Religiosas e Exploração;
Expulsão dos jesuítas e exploração crescente.
Índio no nordeste: Os índios
Potiguara
Os Potiguaras perderam suas terras principalmente devido à usurpação
durante os tempos coloniais. Apesar de inicialmente receberem duas
reservas de terras no município de Mamanguape, essas áreas foram
gradualmente invadidas e tomadas.
Originalmente foram concedidos às famílias indígenas foram usurpados,
resultando na atual ocupação por uma poderosa firma agroindustrial. A
perda das terras potiguaras ilustra um padrão histórico de desapropriação
de terras indígenas na região, muitas vezes motivado por interesses
econômicos e expansão territorial por parte de colonizadores e empresas.
Índio no nordeste: Retrato dos
Potiguara por Alípio Bandeira
“Frequentam as vilas, conhecem as cidades e têm suas moradas, como quaisquer outros
sertanejos, à beira das estradas. Aí recebem o mascate e o tropeiro, o professor e o padre
em desobriga. Confundem-se nas igrejas com as populações rurais e das vilas. Sabem as
intrigas da vizinhança e por vezes nelas figuram. Perderam de todo a língua dos
antepassados, falando em lugar dela o nosso idioma. Constroem casas como as nossas,
vestem-se como nós, usam os nossos utensílios e a nossa medicina. Alugam-se e alugam
os filhos. Compram e vendem, preferindo, como é natural, para as suas transações certas
pessoas e certos lugares. Tudo isso praticam à imitação dos brancos, e, todavia, são índios
puros, índios selvagens, com a sua sociedade à parte e tão alheia à nossa quanto lhes é
possível sonegá-la da mútua e voluntária aproximação em que as duas se defrontam.” (A.
Bandeira, 1926: 20).
Índio no nordeste:
Situação semelhante de
outros grupos indígenas
Rondon e os Nambikwara.
O kARAÍBA
Daniel Mukurundu
Escritor, professor, ator e ativista
indígena brasileiro originário do Povo
DANIEL
Munduruku.
Autor de 65 livros, suas obras literárias
Perna Solta se abaixou quando percebeu que havia uma movimentação numa clareira mais a
frente
escuta sons de vozes diferente, se esconde e tenta reconhecer de onde as vozes estão vindo.
O jovem teme que algo tenha acontecido com a aldeia do seu Tio Anhangá a qual deveria levar
a mensagem do cacique Kaiuby de sua tribo.
Diante dessa situação resolve mudar de direção para chegar ate o seu tio Anhangá.
Perna solta esquece pelo caminho o colar que ganhou do cacique de sua aldeia.
Capítulo 9 - Corpos no caminho
• Não foi muito agradável para perna solta deparar-se com
os corpos abandonados pela floresta.
O tempo passou e Potyra simplesmente ia se aperfeiçoando cada vez mais naquela arte,
deixando para trás as coisas próprias das meninas.
Capítulo 12 - Encontro de
dois destinos
ANHANGA CHAMOU PERIANTÃ, SEU MAIS FORTE GUERREIRO E
FILHO DE CRIAÇÃO, para uma conversa. .
- Haverá uma guerra, meus filhos. Poderá ser uma guerra sangrenta.
Mortos poderão estar nas nossas fileiras e nas fileiras de nossos inimigos.
Para que fazemos guerra? Para honrar nossos antepassados. Fazemos
também para dar continuidade à nossa memória ancestral. Fazemos por
nossas famílias e por nossas esposas. Fez-se um grande silêncio.
Capítulo 13 - Lua Nova
Meu filho é sangue do meu sangue
Vai honrar seu pai e sua mãe.
Vai mostrar ao inimigo que somos feitos De passado e de presente.
Vai levar as marcas da nossa gente
E matar o inimigo com honra e prestígio.
Quem morto for pelos seus braços
Alcançará a glória de Nhanderuvuçu.
OBRIGADA!