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Nome: Isabela Viana Mendes Oliveira.

Data: 6 de outubro de 2023.


Disciplina: Metodologia do Ensino Fundamental de Língua Portuguesa.
Professora: Zeneide Paiva Pereira Vieira.
Trabalho: Fichamento sobre o capítulo - o ensino pragmático da leitura.

OLIVEIRA, Luciano Amaral, 1964- Coisas que todo professor de português


precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

“O objetivo deste capítulo […] é […] municiar os leitores com informações para
construir sua própria resposta, Dessa forma, espero contribuir para construir uma
compreensão mais clara do ato de ler e do que o ensino da leitura pressupõe.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 59).

“[…] a leitura não é uma atividade exclusivamente linguística. E isso se deve ao fato
de a leitura exigir dos usuários da língua conhecimentos prévios de tipos diferentes:
conhecimentos linguísticos, conhecimentos enciclopédicos ou de mundo, e
conhecimentos textuais.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 60).

“CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS são os semânticos, os sintáticos, os


morfológicos, os fonológicos e os ortográficos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 60).
“CONHECIMENTOS ENCICLOPÉDICOS são aqueles que possuímos a respeito do
mundo, os quais incluem os conhecimentos gerais, característicos do senso comum,
e os conhecimentos mais específicos, tanto em termos culturais quanto em termos
técnicos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 60).

“CONHECIMENTOS TEXTUAIS, […] são aqueles que possuímos acerca dos


elementos de textualidade, dos tipos e gêneros textuais.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 60).

“[…] os nossos conhecimentos prévios ficam armazenados em nossa mente na


forma de esquemas mentais, ou seja, estruturas de conhecimento existentes em
nossa memória.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 60).

“A falta de conhecimentos linguísticos é a causa mais óbvia da impossibilidade de


uma pessoa analfabeta ler um texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 60).

“[…] mesmo pessoas escolarizadas podem se deparar com textos que lhes causem
problemas para a leitura devido a falta de conhecimentos lexicais específicos.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 60).

“[…] a dificuldade apresentada aos leitores […] por textos de outras áreas
específicas, […] esteja na linguagem, esteja nos conhecimentos linguísticos do
leitor. Pode-se pensar que o problema seja mesmo a falta de conhecimentos
enciclopédicos específicos do leitor.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 61 e
62).

“[…] separar os conhecimentos humanos em tipos, como, por exemplo, tipos


enciclopédicos, linguísticos, textuais, matemáticos, jurídicos este, é apenas um
artifício teórico que nos possibilita discutir e refletir a respeito dos conhecimentos
humanos, mas eles estão entrelaçados.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
62).
“Há casos limítrofes que podem ser atribuídos à falta de conhecimentos linguísticos
ou a falta de conhecimentos de mundo ou a ambos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 62).

“[…] as palavras que conhecemos fazem parte dos nossos conhecimentos


linguísticos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 63).

“Quando encontramos palavras que deles não fazem parte, podemos ter
dificuldades, em diferentes graus, para processar as informações presentes no texto
em que elas ocorrem.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 63).

“[…] percebemos claramente como questões culturais, relacionadas aos


conhecimentos enciclopédicos, influenciam as questões linguísticas e vice-versa.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 63).

“Mas há casos em que nossos conhecimentos enciclopédicos superam nossa falta


de conhecimentos linguísticos na hora da leitura.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 65).

“Todas as vezes que uma pessoa lê algo, ela tem uma razão preestabelecida para a
leitura: busca de prazer, passatempo, aprofundamento em um tema, busca de
informações específicas, seleção de textos etc.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 66).

“Cada objetivo exige estratégias diferentes, exige um tipo de leitura diferente.”


(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 66).

“[…] a leitura não é uma atividade exclusivamente linguística.” (OLIVEIRA, Luciano


Amaral. 1964, página 66).

“O professor deve estar atento aos conhecimentos enciclopédicos e aos


conhecimentos textuais de seus alunos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
66).
“Esses dois tipos de conhecimentos somados aos conhecimentos linguísticos
formam os conhecimentos prévios de uma pessoa.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 66).

“[…] a obrigação que o professor tem de informar aos alunos quais os OBJETIVOS
DA LEITURA que eles vão realizar.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“O professor precisa sempre explicitar o(s) objetivo(s) da atividade de leitura.”


(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“Uma segunda implicação prática para o professor de português é a necessidade de


realizar ATIVIDADES DE PRÉ-LEITURA para ajudar os alunos a se prepararem
para lidar com o texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“[…] levar os alunos a ativar seus esquemas mentais relacionados ao tema do


texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“[…] ajudar o professor a diagnosticar problemas que os alunos possam enfrentar


na leitura, relacionados a seus conhecimentos enciclopédicos, linguísticos e textuais
e, caso haja problemas ou dificuldades, a decidir por ações que possam ajudar seus
alunos a proceder à leitura do texto. (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“Os livros didáticos, muitas vezes, não oferecem atividades de pré-leitura; cabendo
ao professor suprir essa lacuna.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“As atividades de pré-leitura podem tomar formatos diferentes, sempre com a


intermediação do professor; uma breve exposição […] perguntas para serem
respondidas pela turma, […] exibição de um documentário, um debate entre os
alunos, […] um mapa semântico.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 67).

“ […] as atividades de pré-leitura servem para os estudantes ativarem ou mesmo


criarem esquemas mentais e, assim, estarem preparados para realizar as atividades
de leitura propostas pelo professor.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 68).
“Diferentes conhecimentos prévios causam diferentes interpretações textuais e
possuem implicações cognitivas para a leitura […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 68).

“Os conhecimentos prévios que possuímos são construídos ao longo de nossa vida,
desde o nosso nascimento até o dia em que partimos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 68).

“[…] enfatizo dois aspectos cognitivos importantes dos conhecimentos prévios no


que diz respeito à leitura: os esquemas mentais e o processamento da informação.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 69).

“Um ponto importante […] é o fato de nossos conhecimentos ficarem armazenados


em nossas mentes. E esse armazenamento ocorre na forma de ESQUEMAS
MENTAIS […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 69).

“A associação de elementos que formam esse quadro mental é resultante de nossas


experiências de vida em sociedade, as quais nos fornecem informações que
armazenamos em nossas mentes.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 69).

“Os conhecimentos linguísticos, textuais e enciclopédicos interagem para tomar o


indivíduo mais eficiente no ato da leitura.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
69).

“O PROCESSAMENTO ASCENDENTE […] aquele em que o leitor se baseia nos


seus conhecimentos linguísticos para processar as informações.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 69).

“[…] PROCESSAMENTO DESCENDENTE […], aquele em que o leitor se baseia


em seus conhecimentos enciclopédicos e textuais para processá-las.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 69).

“[…] um leitor eficiente é aquele que consegue combinar os dois tipos de


processamento.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 71).
“[…] o professor precisa levar em consideração os elementos cognitivos
relacionados aos conhecimentos linguísticos e enciclopédicos de seus alunos no
planejamento e na condução das aulas de leitura.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 71).

“A função mediadora que o professor possui no desenvolvimento da competência de


leitura dos estudantes é muito importante.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 71).

“[…] cabe ao professor a tarefa de ajudar seus alunos a dominarem estratégias de


leitura que lhes sejam úteis nos atos de interpretação textual.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 71).

“Essas estratégias são ações procedimentais estreitamente vinculadas aos


conhecimentos prévios dos estudantes, as quais precisam ser abordadas em sala
de aula.”(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 71).

“[…] PREDIÇÃO. Prever o conteúdo de um texto faz com que o leitor ative
esquemas mentais e o ajuda a construir hipóteses sobre o texto.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 71).

“[…] dois elementos muito importantes para a predição são o título, o subtítulo e as
linhas de apoio. (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 72).

“A ADIVINHAÇÃO CONTEXTUAL é outra estratégia de leitura muito importante, a


qual faz parte da competência estratégica de leitores experientes e precisa ser
estimulada e desenvolvida nos estudantes.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 73).

“Eles precisam ser informados pelo professor que um leitor eficiente não tem de
conhecer todas as palavras de um texto para compreendê-lo.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 73).
“[…] o leitor, antes de recorrer a um dicionário, pode tentar adivinhar o significado da
palavra a partir do seu contexto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 73).

“[…] INFERENCIAÇÃO, a busca do não dito a partir do dito.” (OLIVEIRA, Luciano


Amaral. 1964, página 74).

“Um elemento que os alunos têm à sua disposição para realizar inferências é o
vocabulário usado nos textos, que muitas vezes trazem pressupostos importantes
para a construção dos sentidos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 74).

“Ele pode pegar jornais publicados na sua cidade, selecionar manchetes,


fotocopiá-las ou escrevê-las no quadro […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 74).

“O professor também pode trabalhar com trechos um pouco mais longos para os
alunos fazerem inferências […]” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 75).

“Cabe ao leitor inferir coisas das coisas que lê.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 77).

“A IDENTIFICAÇÃO DAS IDEIAS MAIS IMPORTANTES de um texto é outra


estratégia que os estudantes precisam dominar.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 77).

“[…] isso é fundamental para o aluno ser capaz de elaborar resumos, habilidade
muito exigida na universidade.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 77).

“O desenvolvimento da competência discursiva dos estudantes passa pela prática


das estratégias de leitura, que dependem, por sua vez, do desenvolvimento dos
conhecimentos prévios dos estudantes.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
77).
“[…] o que importa, na verdade, é o professor ter consciência de que as
características linguísticas que marcam uma narração ou uma descrição, por
exemplo, não são as mesmas coisas que os textos concretos, que circulam na
sociedade, como, por exemplo cartas, anúncios e panfletos […].” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 77).

“[…] as marcas gramaticais e lexicais que tendem a ocorrer nos textos de TIPOS
TEXTUAIS.”(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 77).

“[…] os gêneros textuais são textos concretos, empíricos, que circulam em nossa
sociedade […] .” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 78).

“O TIPO DESCRITIVO está ligado à nossa percepção no espaço, favorecendo a


ocorrência de adjetivos, de verbos de estado no presente do indicativo e no pretérito
perfeito do indicativo, e de advérbios de lugar e de modo.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 78).

“[…] a descrição permite ao leitor construir um retrato mental daquilo que está sendo
descrito. Romances, contos, guias turísticos e anúncios são alguns dos gêneros
textuais em que seguramente encontramos sequências linguísticas desse tipo.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 78).

“O TIPO NARRATIVO, que está ligado à percepção no tempo, se realiza por meio
de verbos no pretérito perfeito e no pretérito imperfeito e de expressões adverbiais
de tempo.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 79).

“ […] são usados para expressar eventos organizados temporalmente, como vemos
em romances, contos, notícias jornalísticas e em casos contados em rodas de
amigos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 79).

“O TIPO INSTRUTIVO OU INJUNTIVO está ligado à previsão de comportamento(s)


futuro (s) e se concretiza na forma de imperativos ou de perguntas e de expressões
congeladas de cumprimento, que pretendem levar o ouvinte ou o leitor a realizar
uma ação.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 80).
“O TIPO EXPOSITIVO está ligado à análise e à síntese de representações
conceituais e se materializa na forma de conectores lógicos […]” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 80).

“O TIPO ARGUMENTATIVO, ligado ao ato de julgar e à tomada de posição, também


se realiza por meio de conectores lógicos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 81).

“Há gêneros textuais que já são lidos com a expectativa de serem textos que
objetivam informar, explicar e/ou argumentar para convencer e/ou persuadir, é o
caso de panfletos, discursos políticos, cartazes, cartas de cobrança e anúncios
publicitários. (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 82).

“[…] é preciso deixar claro para os seus alunos que um mesmo texto pode ter
diferentes tipos textuais.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 83).

“Os GÊNEROS TEXTUAIS, que são textos empíricos, ou seja, textos concretos, que
circulam socialmente.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 84).

“Quando o tratamento dado pelo professor aos gêneros textuais é adequado, os


estudantes são levados a se conscientizarem de que os gêneros são entidades
estáveis, mas não imutáveis.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 85 e 86)

“[…] os gêneros textuais são formas prototípicas e que, por isso, não são imutáveis,
embora sejam estáveis.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 86).

“[…] isso significa que as formas podem mudar com o tempo e que o próprio falante
ou escritor, ao se apropriar de um gênero, pode impor-lhe mudanças, criando o
chamado gênero híbridos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 86).

“Trabalhar com gêneros diferentes oferece ao professor oportunidades para


conversar com seus alunos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 86).
“[…] um texto não é um punhado de sentenças conectadas umas às outras […]”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 88).

“[…] a repetição lexical, esse aglomerado de sentenças não configura um texto.”


(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 88).

“[…] o professor precisa alertar seus alunos para não se deixarem enganar com o
fato de podermos entender o significado de cada sentença. Isso não basta para as
sentenças formarem um todo lógico, um todo semanticamente compreensível.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 88).

“Eles elencaram dois grupos de elementos responsáveis por tornar um texto um


texto: os elementos linguístico-semânticos, i.e, a coesão e a coe-rência; e os
elementos pragmáticos, ie., a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade,
a informatividade e a intertextualidade.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
89).

“[…] os professores de português abordam os elementos linguístico-semânticos em


sala de aula, mas tendem a não levar em conta os elementos pragmáticos.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 89).

“[…] estes elementos são fundamentais para a construção das habilidades de leitura
e de escrita dos estudantes.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 89).

“[…] COERÊNCIA é notoriamente difícil de definir com clareza, tanto em termos de


onde ela reside quanto em termos daquilo em que ela consiste.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 89).

“O que se tem defendido é que a coerência resulta de uma construção dos usuários
do texto, numa dada situação comunicativa, para a qual contribuem, de maneira
relevante, todos os outros fatores de textualidade.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 89).
“[…] a coerência […] não é um fenômeno que está no texto à espera do leitor: ela
resulta da interação entre texto e leitor, interação essa que leva o leitor a criar um
retrato do mundo a partir do texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 89).

“[…] a coerência de um texto não está no texto nem no leitor, mas no encontro dos
dois.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 90).

“Fica clara a importância dos conhecimentos prévios do leitor no processo de


construção de sentidos a partir de um texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 90).

“Não há como negar, portanto, a importância dos conhecimentos prévios do leitor


para que a coerência textual seja construída no processo de leitura. (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 90 e 91).

“[…] A COESÃO TEXTUAL […] é o fator de textualidade para o qual confluem mais
explicitamente os conhecimentos linguísticos, ie, a competência gramatical, do leitor
e do escritor.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 91).

“[…] a coesão pode ser vista como a sintaxe do texto […].” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 91).

“Eis os elementos coesivos mais comuns: a repetição, a repetição parcial, a


paráfrase, o paralelismo, as pró-formas, a elipse, os sinônimos, os antônimos, os
hiperônimos e hipônimos […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 91).

“O que importa mesmo é que os alunos aprendam a funcionalidade textual dos


pronomes para perceber a que eles se referem dentro e fora do texto, e que
aprendam também em que gêneros textuais determinados pronomes tendem a
ocorrer […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 91).

“[…] o professor precisa ajudar seus alunos a se conscientizarem da função textual


que os elementos sintáticos e lexicais desempenham.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 91).
“[…] ELEMENTOS PRAGMÁTICOS DE TEXTUALIDADE […] têm a ver com as
atitudes dos usuários dos textos e com o contexto de produção e recepção textual.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 92).

“[…] INTENCIONALIDADE, elemento de textualidade relacionado aos objetivos do


produtor do texto e a tudo o que ele faz para atingi-los.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 92 e 93).

“[…] Quando os alunos se tornam conscientes desse elemento pragmático, tendem


a ficar mais alertas e a desenvolver a capacidade de realizar inferências no
processo de leitura.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 93).

“Os alunos precisam desenvolver a habilidade de analisar criticamente um texto


para chegar à posição do autor, a qual nem sempre está explícita.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 94).

“[…] ACEITABILIDADE que diz respeito à forma como o leitor recebe o texto, às
suas expectativas em relação a ele.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 94).

“[…] a importância de o professor trabalhar com gêneros textuais variados, pois


gêneros diferentes geralmente requerem vocabulário e estilo distintos e quantidade
de informações variadas, forçando os alunos a atentarem para as diferenças.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 94).

“A aceitabilidade é o limite da intencionalidade.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,


página 95).

“A falta de algum tipo de conhecimento do leitor pode fazer com que o autor não
atinja seus objetivos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 95).

“[…] a SITUACIONALIDADE, estreitamente relacionado à competência


sociolinguística dos usuários dos textos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
96).
“[…] a situacionalidade diz respeito às circunstâncias sob as quais um texto é
produzido e lido, as quais influenciam profundamente o escritor e o leitor.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 96).

“[…] a INFORMATIVIDADE diz respeito ao ‘grau de novidade ou de


imprevisibilidade que um texto tem para seus receptores’.” (OLIVEIRA, Luciano
Amaral. 1964, página 96).

“[…] um texto com informações pouco previsíveis é mais informativo do que um


texto com informações previsíveis.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 96).

“Um texto com um bom grau de informatividade fornece informações suficientes


para o leitor, a menos que o escritor, deliberadamente, não queira fazer isso ou seja
desatento.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 96 e 97).

“Palavras com funções gramaticais, como preposições, artigos e pronomes, são


mais previsíveis, ao passo que palavras de conteúdo são menos previsíveis.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 97).

“Os pronomes são elementos linguísticos usados para remeter o leitor a elementos
textuais anteriores ou posteriores a eles.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página
97).

“[…] INTERTEXTUALIDADE […] diz respeito à relação de dependência que se


estabelece entre, por um lado, os processos de produção e de recepção de um
texto determinado e, por outro, o conhecimento que os participantes têm de textos
anteriores a ele relacionados.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 98).

“Há dois tipos de intertextualidade: a explícita e a implícita.” (OLIVEIRA, Luciano


Amaral. 1964, página 98).

“A intertextualidade explícita é aquela em que o autor revela a fonte dos textos que
usa no seu texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 98).
“[…] intertextualidade implícita: aquela em que o autor não revela as fontes dos
intertextos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 98).

“A intertextualidade não pode deixar de ser abordada em sala de aula por duas
razões. A primeira razão é que o aluno precisa entender que a referência explícita a
outros textos serve, principalmente, como argumento de autoridade. […] A segunda
razão […] estar mais diretamente relacionada com a produção escrita dos alunos.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 98).

“A intertextualidade deve ser tratada de forma explícita para que o professor possa
levar seus alunos a perceberem a importância de lerem muitos e variados textos e
para conscientizá-los da importância de não plagiar textos dos outros.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 98 e 99).

“O professor não pode deixar de analisar criticamente as atividades ali propostas,


antes de decidir usá-las com seus alunos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 100).

“[…] o objetivo desta seção é exatamente propor critérios para tal análise, usando
atividades retiradas de um livro didático para exemplificar a maneira de se fazer a
análise.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 100).

“[…] clareza do objetivo da atividade; viabilidade de realização da atividade; clareza


das instruções para os alunos; relevância pedagógica da atividade; familiaridade
dos alunos com o vocabulário do texto; familiaridade dos alunos com o tema do
texto; familiaridade dos alunos com o gênero textual.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 100).

“São critérios simples, porém úteis para dar ao professor uma ideia clara de
atividade com a qual vai lidar na sala de aula.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 100).

“[…] é importante alertar o professor de português para a necessidade de sempre


analisar livros didáticos, mesmo aqueles recomendados por pessoas mais
experientes ou por alguém de posição hierarquicamente superior.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 103).

“[…] não acredito que receitas prontas para professores de português funcionem.”
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 103).

“Os professores precisam ter oportunidades de leitura, de reflexão e de diálogo para


se conhecer melhor como professores e; dessa forma, descobrir o que precisam
fazer, aprender ou mudar para dar seguimento a seu desenvolvimento profissional.
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 103).

“Um texto escrito para ser lido silenciosamente tem uma estrutura discursiva
diferente da estrutura discursiva de um texto escrito para ser lido em voz alta,
marcado por características próximas da fala, caracterizadas por palavras
fonológicas […].” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 104).

“[…] a dissertação escolar e a palestra são gêneros textuais completamente


diferentes, que pressupõem intenções, públicos-alvo e situações de ocorrência
distintos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 105).

“[…] não se faz uma palestra de improviso. […] se confundem ao pensarem na


preparação de uma palestra como sendo a redação da palestra. A preparação da
palestra diz respeito a seu conteúdo e aos objetivos do palestrante, à adequação do
conteúdo ao público-alvo, à sequência de apresentação desse conteúdo, ao modo
de apresentação, aos recursos necessários para a realização da palestra. A
preparação da palestra não é a redação de um texto.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral.
1964, página 105).

“[…] o palestrante não tem de redigir um texto para apresentá-lo […].” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 105).

“O professor de português precisa ficar de olhos abertos para as recomendações


feitas nos livros didáticos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 106).
“A passagem da leitura em voz alta para a leitura silenciosa é considerada uma das
mais importantes revoluções na leitura.”

“[…] os padres cristãos ficaram preocupados com a leitura silenciosa porque ela
permitia que um livro fosse lido "em par ticular e sobre o qual se pode refletir
enquanto os olhos revelam o sentido das palavras", deixando de estar sujeito de
orientações ou esclarecimentos, a censura ou condenação imediata de um ouvinte".
(OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 106).

“[…] o professor precisa se perguntar: para que pedir aos alunos para lerem em voz
alta na sala de aula? Leitura em voz alta pode servir ao professor para ele saber se
o aluno conhece as regras ortográficas por meio das correspondências entre grafia
e som e se o aluno reconhece os valores dos sinais de pontuação, pois a evidência
se encontra na entonação com que ele lê.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 107).

“O professor precisa ter consciência dos objetivos das atividades que decide usar
em sala de aula. E a atividade de leitura em voz alta não é exceção.” (OLIVEIRA,
Luciano Amaral. 1964, página 107).

“[…] embora um texto não seja escrito para ser objeto de estudo de pesquisadores e
estudantes, qualquer pessoa pode se apropriar de um texto para torná-lo seu objeto
de estudo.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 107).

“[…] há muitos professores de português que veem a leitura como uma atividade
exclusivamente linguística, não levando em conta os conhecimentos prévios dos
seus alunos na preparação das aulas de leitura.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964,
página 108).

“[…] muitos professores não trabalham de forma consistente com gêneros textuais
diversos e não fazem uma análise crítica das atividades dos livros-texto que usam
em suas aulas.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 108).
“A má-formação dos professores e o currículo do curso de letras contribuem para o
ensino deficitário de português, que contribui, por sua vez, para os alunos não
desenvolverem sua competência comunicativa e, assim, lerem pouco e escreverem
menos ainda.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 108).

“[…] o descaso das autoridades políticas para com a educação, que resulta […] em
péssimas condições de trabalho e de ensino e aprendizagem; a priorização das
atividades voltadas para o mercado de trabalho, […] sem a preocupação com a
democratização das atividades letradas de lazer e de crescimento intelectual, com
um aumento do número de pessoas com acesso ao teatro, ao cinema e a
bibliotecas; a exclusão social generalizada, geradora de violência e de desistência
escola.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 108).

“O cenário social que se nos apresenta no Brasil é ruim, muito ruim. Mas não
podemos jogar a toalha ainda. E uma forma de tentar mudar o cenário é formar
professores mais críticos e atentos à importantíssima função que possuem: formar
cidadãos.” (OLIVEIRA, Luciano Amaral. 1964, página 108).

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