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MIRACEMA DO TOCANTINS - TO
2014
ISABEL RODRIGUES SILVA
MIRACEMA DO TOCANTINS- TO
2014
SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA ...........................................................................................2
2- TEMA .............................................................................................................4
3- PROBLEMA DE PESQUISA ......................................................................4
4 OBJETIVOS DA PESQUISA ........................................................................5
4.1- Objetivo geral .....................................................................................5
4.2- Objetivos específicos ......................................................................... 5
5 METODOLOGIA ...........................................................................................6
6 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................ 7
6.1 Reflexões acerca da leitura e da escrita .............................................7
6.2 Conceito de alfabetização e letramento .............................................8
6.3 A importância da alfabetização e do letramento nas práticas de leitura
e escrita ....................................................................................................10
7 CRONOGRAMA ..........................................................................................14
8 REFERÊNCIAS.............................................................................................15
1. JUSTIFICATIVA
3. PROBLEMA DE PESQUISA
Martins (1994) afirma que o conceito de leitura ainda está relacionado à escrita e a
leitura mecânica, a mesma é vista como um símbolo decodificador da escrita. Mas, bastará
apenas decodificar as letras, para que a leitura aconteça?
A leitura é uma necessidade e esforço para alimentar o imaginário, desvendar os
segredos do mundo e dar a conhecer o leitor a si mesmo através do que lê e como lê. A
leitura e a escrita são instrumentos necessários para o ingresso e a participação do sujeito na
sociedade letrada [em que vive, é a chave para apropriação dos saberes já conquistados pela
humanidade. Como aponta Tfouni, a escrita e a oralidade não é uma relação de dependência
da primeira para a segunda, mas é antes uma relação de interdependência, isto é, ambos os
sistemas de representação influenciam-se igualmente (TFOUNI, 2006, p.19).
Nesse sentido, aprender a ler e a escrever é reconstruir um conhecimento de natureza
conceitual, compreendendo não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela
representa graficamente a linguagem. A leitura e a escrita são processos de compreensão
abrangentes que envolvem aspectos intelectuais, neurológicos, bem como culturais e político.
“Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas
podem ser encontradas na escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas
informações ao que já é” (FOUCAMBERT, 1994, p. 22).
Seguindo o raciocínio de Foucambert, Freire (1999) aborda que a leitura é um
instrumento de comunicação, registro das relações humanas, das ações e aspirações dos
homens; não um instrumento de poder pelos dominadores, mas, a libertação dos dominados.
Freire enfatiza que a leitura implicar uma percepção crítica do mundo. Percepção essa, que
faz com que os dominados percebam como dominados e procurem reconstruir de forma
autônoma, crítica e democrática a sua situação como sujeito construtor da sua formação e
história. “Aprendemos a ler a partir do nosso contexto pessoal” ( FREIRE, 1999, p.21).
Martins (1994), diz que o ato de ler vai além. Para a mesma, ler é dar sentido a um
texto, interpretar, comunicar-se com o mundo à volta. Significa também ler o mundo, dar
sentido a ele e nós próprios. É uma conquista da autonomia, ampliação dos horizontes,
comprometimento, que acarreta alguns riscos como: ruptura com a passividade, enfretamento
de uma determinada situação, frustração em face de descoberta da realidade.
O ato de ler e escrever refere-se aos tipos de expressão do ser humano, pois a leitura
se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido. Em síntese a leitura e a escrita
tornam-se uma ferramenta indispensável à vida em sociedade. Portanto, a leitura tem mais
mistérios e sutilezas do que a mera decodificação de palavras escritas, tendo também um lado
de simplicidade.
Por muito tempo, o conceito de alfabetização ficou ligado ao fato de saber ler
decodificando os gráficos e escrever transformando os sons através das palavras. Na metade
dos anos 1980, surge a palavra letramento que enfatiza o saber ler e escrever tendo
entendimento sobre ambos (SOARES, 2010, p. 36).
A partir da década de 1980, varias teorias mostram que o aprendizado da escrita não
se reduziria ao domínio de correspondência entre grafemas e fonemas (codificação e
decodificação), mas se caracterizaria como processo ativo, por meio do qual, desde os
primeiros contatos com a escrita, a criança construiria hipóteses sobre a natureza e o
funcionamento da língua escrita como representação.
Apesar da alfabetização ser entendida como do ensinar a ler e a escrever, percebe-se
que a alfabetização não se resumir apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas do ato
de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimento.
Assim, a invenção do letramento acontece devido à necessidade de nomear e reconhecer
práticas de leitura e escrita mais avançadas e complexas. Isso porque, “a necessidade de
habilidades de letramento na nossa vida diária é obvia; no emprego, passeando pelas ruas da
cidade, fazendo compras, todos encontram em situações que requerem o uso da leitura ou a
produção de símbolos escritos” (SCRIBNER, 1984, p. 9).
A palavra letramento surgiu para dar nome ao novo fenômeno que deu início na
sociedade onde os indivíduos apesar de saber ler e escrever não compreendiam o que lia e
escreviam e só termo alfabetização já não bastava. Portanto, o conceito de letramento entra
em cena para ampliar a visão da alfabetização, chamando atenção não apenas para o domínio
da prática de ler e escrever, mas, também para o uso dessas habilidades em práticas sociais em
que ler e escrever são necessários (SOARES, 2010, p. 36).
Nesse contexto, alguns teóricos abordam o termo alfabetização e letramento: Tfouni
(2006) enfatiza que “ a alfabetização se refere à aquisição da escrita (TFOUNI, 2006, p.9) e “
o letramento procura focalizar os aspectos sócio históricos da aquisição da escrita. Entre
outros casos, procura estudar e descrever o que ocorre nas sociedades quando adotam um
sistema de escrita restrita ou generalizada”. Letramento, de acordo com Magda Soares,
significar “estado ou condição de quem não saber ler e escrever, mas cultiva e exerce as
práticas sociais que usam a escrita.” E, por sua vez, alfabetização é “ação de ensinar/aprender
a ler e a escrever” (2001, p. 47). Paulo Freire destaca “alfabetização é a criação ou a
montagem de da expressão escrita e oral e letramento é a complexidade deste processo, que
significa a compreensão crítica do ato de ler” (FREIRE, 1994, p. 45).
Soares diz que:
Um adulto pode ser analfabeto, porque é marginalizado socialmente e
economicamente, mas vive em um meio em que a leitura e a escrita tem presença
forte, se interessa em ouvir uma leitura de jornais feita por um alfabetizado [...] se
ditas cartas para que o alfabetizado escreva [...], esse analfabeto é, de certa forma,
letrado porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e escrita
(SOARES, 2006.p. 24).
Desse modo, uma pessoa letrada é quando faz uso das habilidades de ler e escrever,
num conjunto de práticas sociais, não apenas no conhecimento das letras e do modo de
associá-las, mas usar esse conhecimento em benefício e formas de expressão e comunicação
reconhecidas e determinadas num contexto social, letramento depende da alfabetização, ou
seja, da teoria e prática, pessoas letradas e não alfabetizadas mesmo incapazes de ler e
escrever compreendem os papeis sociais da escrita, distinguem gêneros e reconhecem as
diferenças entre língua escrita e a oral (SOARES, 2006, p. 17). Portanto, alfabetização e
letramento mesmo sendo processos diferentes, ambos são indispensáveis quando se leva em
consideração a aprendizagem da leitura e da escrita.
Assim, “ letramento tem por objetivo investigar não somente quem é alfabetizado,
mas quem não é alfabetizado, desliga-se de verificar o individual e centraliza-se no social”
(TFOUNI, 2006, p.10). Vygotsky, diz que, o letramento representa o coroamento de um
processo histórico de transformação e diferenciação no uso de instrumento mediadores
(VYGOTSKY apud TFOUNI, 2006, p. 21).
Nesse sentido, letramento é “(...) O resultado da ação de ensinar e aprender as
práticas sociais da leitura e escrita. O estado ou condição que adquiri um grupo social ou
individuo como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas práticas sociais
(SOARES, 2006, p. 39)”.
O domínio da língua oral e escrita refere-se à capacidade de ler e escrever, fazendo
uso do objeto de leitura e escrita nas práticas sociais, na dimensão da alfabetização no âmbito
do letramento. Porém, a construção desse conhecimento não é fácil, nem simples. Trata-se de
uma aprendizagem complexa, individual e subjetiva, mas não solitária, porque exige, ao
mesmo tempo, trocam de informações, estímulos e motivação.
Assim, o professor precisa ser um mediador entre o conhecimento e o aprendiz
estabelecendo um canal de comunicação, não apenas um aplicador de pacotes educacionais
(SOARES, 2010, p. 39). É necessário que se compreenda o que é alfabetizar letrando.
Ler e escrever são processos frequentemente visto como imagens espelhadas uma
outra , como reflexos sob ângulos oposto de um mesmo fenômeno: a comunicação
através da escrita. Mas há diferenças fundamentais entre as habilidades e
conhecimentos empregados na leitura e aqueles empregados na escrita, assim como
há diferença entre os processos envolvidos na aprendizagem da leitura e os
envolvidos na aprendizagem da escrita (SMITH apud SOARES, 2001, p. 68).
Ferreiro deixa claro na citação acima que, para aquisição da escrita acontecer é
necessário entender o processo de construção individual do educando; conheça teorias e
estabeleça um constante intercâmbio entre o conhecimento teórico e a prática pedagógica; der
oportunidade para que a criança vivencie diversos atos de leitura e escrita; estimule a criança,
acreditando em sua capacidade de cada um em aprender. As práticas devem estar orientadas
de modo a promover a alfabetização na perspectiva do letramento, proporcionado à
construção de habilidades para que alcance o domínio efetivo da tecnologia escrita. Nesse
raciocínio, Soares afirma que:
2013/2
MÊS
ATIVIDADES
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR
Elaboração do Pré- X X X X X
Projeto
Entrega do Pré- X
Projeto
Pesquisa X X X
Bibliográfica
Elaboração do X X
Projeto TCC
Término do X
Projeto de TCC
2014/1
MÊS
ATIVIDADES
ABR MAIO JUN JUL AGO SET
Realização das X X X
leituras e
fichamentos
Construção dos X X X
capítulos
Análise e X X
discussão dos
dados
Entrega da Versão X
Final do TCC
Correções e ajustes X
Defesa X
7. REFERÊNCIAS