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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

NOME DO CURSO

VERÔNICA PATRÍCIA ROCHA MACEDO

LER E APRENDER A SER LEITOR CRÍTICO

LER E APRENDER A SER LEITOR CRÍTICO

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção do título de Pedagogo.

Orientador: Prof.

Montes Claros
2018
VERÔNICA PATRÍCIA ROCHA MACEDO

TÍTULO DO TRABALHO:
Subtítulo do Trabalho, se Houver

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção do título de ........

Orientador: Prof.

MACEDO, Verônica Patrícia Rocha. Ler e aprender a ser leitor crítico. 2018. 35 p.
Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Montes Claros, 2018.

Montes Claros
2018
RESUMO
A linha de pesquisa adotada por este projeto é docência nas séries iniciais do
Ensino Fundamental I. O presente trabalho justifica-se pela preocupação com as
crianças, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, e na
escola incentivos e norteadores para uma prática de leitura correta e eficaz. E parte
da problematização de como os professores das séries iniciais do Ensino
fundamental 1 podem incentivar e desenvolver a leitura crítica em suas aulas? O
objetivo geral deste projeto é analisar a prática da leitura crítica, e como objetivos
específicos: fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e a prática da
leitura crítica, buscando conceituar e explanar o assunto; conhecer como se dá a
leitura crítica e elaborar conteúdos e atividades que devem ser desenvolvidos pelos
professores para que possam incentivar e desenvolver a prática da leitura crítica
com seus alunos. Para tanto abordamos os conteúdos: Leitura e escrita,
Interpretação de texto, Produção textual e Releitura e apreciação da arte e da
literatura como instrumentos de comunicação. E será desenvolvido por professores
através da leitura do livro Menina bonita do laço de fita e atividades que visam a
leitura crítica do livro, sendo necessários recursos de fácil acesso. E a avaliação
sugerida é a observação do desempenho dos alunos nas atividades. No presente
projeto de ensino discutimos na revisão bibliográfica um pouco do que vem a ser a
leitura crítica e sua importância através das ideias de autores como Solé (1998),
Kleiman (2004), Silva (1991) e Chiappini (1998).

Palavras-chave: Ler. Leitura. Crítica.


SUMÁRIO

1. Introdução....................................................................................................4
2 Revisão Bibliográfica ...................................................................................7
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...................................
3.1Tema e linha de pesquisa...........................................................................
3.2 Justificativa.................................................................................................
3.3 Problematização.........................................................................................
3.4 Objetivos....................................................................................................
3.5 Conteúdos.................................................................................................
3.6 Processo de desenvolvimento...................................................................
3.7 Tempo para a realização do projeto..........................................................
3.8 Recursos humanos e materiais..................................................................
3.9 Avaliação....................................................................................................
4 Considerações Finais...................................................................................
5 Referências..................................................................................................
1 INTRODUÇÃO

Há muito tempo educadores afirmam que através do hábito da


leitura a sociedade pode se transformar e alcançar um perfil de sociedade composta
de leitores conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes
de buscar sozinhas ainda mais conhecimentos. Por isso, a preocupação com as
crianças e adolescentes, que devem encontrar nos livros encantamento, liberdade,
harmonia, e na escola incentivos e norteadores para uma prática de leitura correta e
eficaz. Assim será possível pensar em uma sociedade constituída de bons leitores,
por conseguinte, excelentes escritores.
O problema que move essa pesquisa está indicado pela questão:
Como os professores das séries iniciais do Ensino fundamental I podem incentivar e
desenvolver a leitura crítica em suas aulas?
Essa pesquisa tem como objetivo geral analisar a prática da leitura
crítica. E os específicos são: Fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e
a prática da leitura crítica, buscando conceituar e explanar o assunto. Conhecer
como se dá a leitura crítica. Elaborar conteúdos e atividades que devem ser
desenvolvidos pelos professores para que possam incentivar e desenvolver a prática
da leitura crítica com seus alunos.
A presente pesquisa justifica-se pela necessidade de engajamento
dos professores na tarefa de oportunizar aos alunos situações de contato e prática
da leitura crítica. Dessa forma, decidiu-se realizar um projeto que focalize o trabalho
do professor com leitura através dos conteúdos: leitura e escrita; Interpretação de
texto; Produção textual e Releitura e apreciação da arte e da literatura como
instrumentos de comunicação. Para desenvolvimento propomos atividades
relacionadas ao tema abordado no livro “Menina bonita do laço de fita” de Ana Maria
Machado, as diferenças, buscando o incentivo e a prática da leitura crítica por meio
de leitura, releitura e escrita. Para tanto utilizaremos recursos como Power point
para assistir a história contada, Produção de texto coletiva em papel manilha para
instigar a participação dos alunos, recortes em revistas para produção de mural e
outros descritos no corpo do Projeto. Para avaliação sugerimos que seja feita
através da observação do desempenho dos alunos nas atividades desenvolvidas
durante o projeto.
Na revisão bibliográfica discutimos um pouco do que vem a ser a
leitura crítica e destacamos que é uma atividade que vai além do decodificar, que
envolve vários aspectos cognitivos. Além disso, demonstramos sua importância na
formação social do indivíduo, apresentamos os pressupostos teóricos sobre o ensino
da leitura e papel desempenhado pelo professor nesse trabalho, uma vez que é ele
o principal exemplo de leitor que um aluno aprendiz pode ter.

As atividades propostas a serem desenvolvidas neste projeto, bem como


o livro escolhido para fundamentá-las, têm o intuito de demonstrar para o professor
como é possível trabalhar de modo diferenciado um livro, desenvolvendo e
incentivando a leitura em crianças, para desde cedo formá-las leitoras. Bem como,
trabalhar aspectos culturais e sociais através do mesmo, aplicando a criticidade
envolvida na leitura.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CONCEITUANDO A LEITURA

Ao falarmos de leitura, nos referimos não somente a compreensão


de textos escritos, isto implica em outros aspectos. Kleiman (1999, p.9) afirma que a
leitura é um ato complexo do qual fazem parte diversos processos cognitivos com o
objetivo de construir o sentido do texto, e dessa forma, percebemos que esta ação
não se restringe somente à capacidade de decodificar palavras.
Corroborando com tal ideia, Bamberger diz que:

o processo de transformar símbolos gráficos em conceitos


intelectuais exige grande atividade do cérebro; durante o processo
de armazenagem da leitura coloca-se em funcionamento um número
infinito de células cerebrais. (BAMBERGER,1995, p.10).

Assim, a leitura não deve ser vista como apenas um processo cognitivo, mas
também de linguagem e uma eficaz maneira de aprendizagem.
Heidegger (1997) aponta que ato de ler leva a elaboração de
significados e é nesse ato que um texto concretiza seu significado. O autor ainda
afirma que por muito tempo a leitura esteve vinculada a capacidade do leitor
descobrir verdades que estavam no texto de forma implícita ou explicita. O leitor
assume papel importante no ato de leitura, ele evolui assim como a história que lê;
ele passa a construir a história e não somente a desvenda ou constata.
Aebersold e Field (apud FARREL, 2003, p. III) concordam com
essas ideias ao afirmarem que “leitura é o que acontece quando as pessoas olham
um texto e atribuem significado aos símbolos escritos naquele texto”, dessa forma
não é a simples decodificação dos símbolos, mas um processo interativo entre o
leitor, o texto e o contexto.
A leitura se refere às várias fases de desenvolvimento que
Bamberger define como:

Um processo perceptivo durante o qual se reconhecem símbolos. Em


seguida, ocorre a transferência para conceitos intelectuais. Essa tarefa mental
se amplia num processo reflexivo à proporção que as idéias se ligam em
unidades de pensamento cada vez maiores. O processo mental, no entanto,
não consiste apenas na compreensão das idéias percebidas, mas também na
sua interpretação e avaliação. Para todas as finalidades práticas, tais
processos não podem separar-se um do outro; fundem-se no ato da leitura.
(BAMBERGER,1995, p. 23).

O ato da leitura é entendido aqui como ampliador da percepção. A leitura é um


caminho transformador da realidade de modo que não mais se tenha lugar para a
ignorância e o conformismo.

O futuro é reflexo do presente e por isso, é necessário que os


professores de agora assumam sua responsabilidade de ser um dos principais
responsáveis pelo despertar nos seus alunos o gosto e o direcionamento da leitura,
para que assim no futuro eles saibam fazer suas escolhas e possam agir de forma
autônoma quanto a sua prática leitora.
E pensando no futuro há quem defenda que a tarefa futurista seja
desenvolver uma educação permanente, na qual aperfeiçoada o individuo possa se
auto-educar permanentemente. Nessa educação os livros terão

Primeiro a necessidade de satisfazer os interesses, necessidades e


aspirações individuais através da seleção individual do material de leitura.
Todo ser humano pode ser ajudado pelos livros a se desenvolver á sua
maneira, pode aumentar sua capacidade crítica e aprender a fazer escolha
entre a massa da produção geral dos meios de comunicação.
(BAMBERGER,1995, p12).

Os estudos desenvolvidos sobre leitura levam-nos a identificar três


níveis de leitura em um texto, sendo que estes níveis se diferenciarão um do outro
pelo grau de abstração. O primeiro é o dos significados mais complexos e concretos;
o segundo se relaciona a definição de valores estabelecidos através da leitura já o
terceiro nível corresponde aos significados mais simples e abstratos que o leitor
pode perceber ao ler.
Além desses níveis a leitura ainda aprestará diferentes
classificações e estas podem variar de acordo com o escritor. Walty (1995) fala em:
leitura funcional, na qual ler é considerado um ato interativo. E a leitura se faz em
diferentes momentos e obedecendo os diferentes níveis.
A leitura funcional ou operacional corresponderia a primeira leitura
que se realiza, seu intuito é, por exemplo, a busca do conhecimento em livros
didáticos, enciclopédias, revistas científicas, etc. Perini (1991) apud Walty (1995)
destaca que em torno dela que deve girar toda escola. Isso considerando que a
realidade vivida por muitos professores e alunos é a que o livro didático é o único ou
o principal livro por eles utilizado.
Outro tipo apresentado é a leitura crítica. Esta busca desvelar o
texto, lendo-o nas entrelinhas. Graça Paulino apud Walty (1995) a denomina de
leitura informativa ou de opinião e como exemplo dela cita o texto jornalístico. “ A
leitura crítica pode desmanchar a proposta do autor, revelando-nos os não ditos
latentes na própria construção textual”.(WALTY, 1995, p. 22).
Por último a autora cita a leitura literária, essa apresenta várias
possibilidades. ”Cada um projeta no texto, lido pela leitura, seus anseios, suas
angustias, suas pulsões e desejo”. (WALTY, 1995, p. 22). Com o estabelecimento
dessa classificação de leitura, podemos inferir como é amplo o campo de trabalho
de um professor que se proponha a desenvolver em seus alunos o gosto por ela.

2.1.1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

A leitura representa um dos pilares do processo ensino -


aprendizagem, pois permite a aquisição de conhecimentos específicos. A leitura é
fundamental para o desenvolvimento intelectual do ser humano, pois ao ler o
indivíduo tem a oportunidade de ampliar a consciência e a visão do mundo. A esse
respeito Paulo Freire nos diz que a leitura do mundo precede sempre a leitura da
palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela (...)” (FREIRE,
1994.p.11).
Para Martins (2003) ler significa também aprender a ler o mundo, dar
sentido a ele e a nós próprios, o que, mal ou bem, fazemos mesmo sem ser
ensinados. Diante disso, a função do educador não seria precisamente a de ensinar
a ler, mas a de criar condições para o educando realizar a sua própria
aprendizagem, conforme seus próprios interesses, necessidades, fantasias,
segundo as dúvidas e exigências que a realidade lhe apresenta. Então, criar
condições de leitura não implica apenas em alfabetizar ou propiciar acesso aos
livros. Vai além, é dialogar com o leitor sobre a sua leitura, isto é, sobre o sentido
que ele dá, repito, a algo escrito, um quadro, uma paisagem, a sons, imagens,
coisas, idéias, situações reais ou imaginárias. (MARTINS, 2003, p.34).
“Ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade
para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica
frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da
cultura escrita...” (LERNER, 2002, p.73)
Antigamente, antes de ser inventada a imprensa, a leitura era
privilegio que poucos podiam ter e ainda após o Século do Humanismo, uma
pequena parte da elite culta é que tinha a ela acesso. Podemos observar que a
prática da leitura se relaciona as necessidades não só da sociedade, uma vez que é
através de um trabalho bem elaborado com a leitura que, por exemplo, a escola
consegue realizar um de seus objetivos que é formar cidadãos críticos,como propõe
os novos Parâmetros Curriculares 1997, assim ela está intrinsecamente relacionada
também ao indivíduo. Então “o direito de ler significa igualmente o de desenvolver as
potencialidades intelectuais e espirituais, o de aprender e progredir”
(BAMBERGER,1995, p.9).
Através do hábito da leitura, é possível acreditar que a sociedade se
transforme e alcance o patamar de uma sociedade composta de leitores
conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes de buscar
sozinhas ainda mais conhecimentos. “A leitura e a escrita são muito importantes
para que as pessoas exerçam seus direitos, possam trabalhar e participar da
sociedade com cidadania, se informar e aprender coisas novas ao longo de toda a
vida”. (BRASIL, 2006, p. 05). Por isso, a preocupação com as crianças, que devem
encontrar nos livros encantamento, liberdade, harmonia, pois assim será possível
pensar em uma sociedade constituída de bons leitores, por conseguinte, excelentes
escritores.
O escritor Monteiro Lobato destacou: “Um país se faz com homens e
livros”, ressaltando quão importante é a leitura para o indivíduo e sua sociedade. Em
corroboração Kerschensteiner apud Bamberger (1995, p. 33) salienta que “A
educação do individuo só é possível através dos bens culturais cuja estrutura
intelectual se ajusta plena ou parcialmente a estrutura do nível de desenvolvimento
intelectual do indivíduo”. E, na visão desses autores a leitura tem um papel
fundamental na formação cultural e intelectual do indivíduo.
2.2 O PROFESSOR E AS ESTRATÉGIAS NO ENSINO DE LEITURA

Estudos sobre leitura realizados por diferentes teóricos concordam que a


leitura é Elemento importante para a aquisição de conhecimentos e formação
afetiva. Sobre isso, Rangel (1990) destaca que o hábito da leitura melhora o
desenvolvimento da capacidade cognitiva, contribui para a reflexão e expressão do
pensamento, promove a habilidade para argumentação tanto escrita quanto oral.
Assim, o autor afirma que a prática da leitura é fundamental em todas as áreas do
conhecimento, e em todos os níveis de ensino. Por esse motivo, ela deve iniciar o
quanto antes para que seja uma prática constante desde a alfabetização até o
ensino superior e demais graus de ensino.
Baseado no apresentado Rangel (1990) observa que

o papel do professor como multiplicador de leitores pode facilitar o processo,


promovendo diferentes estratégias de leitura como, por exemplo, ativar o
conhecimento prévio do aluno; distinguir o essencial do que é pouco
relevante; determinar o objetivo da leitura; criar expectativas ou, ainda,
incentivar o aluno a fazer previsões ou hipóteses. (RANGEL, 1990, p.2).

Contrapondo esse pensamento está muitas vezes a atitude de alguns


professores que apesar de pensarem dessa forma, não são exemplo de leitores.
Para ser realmente um incentivador, o professor precisa se envolver com a leitura,
se inteirar por exemplo sobre os processos cognitivos e relacionar os conhecimentos
teóricos sobre o assunto a realidade vivida em seu ambiente de trabalho, ou seja,
buscar estratégias pedagógicas que correspondam as necessidades apresentadas
por seus alunos.

o ensino da leitura deveria seguir os seguintes propósitos: incentivar o


indivíduo em sua leitura, de modo a levá-lo a sua autorrealização; empregar
a leitura como um instrumento de aprendizagem e crítica, e também de
diversão; ampliar constantemente os interesses de leitura dos alunos;
estimular atitudes que levem a um gosto pela leitura e para outros fins.
(BAMBERGER, 1998, p. 24)

Ainda em referência ao papel do professor no trabalho com a leitura Cramer


e Claster (2001) afirma que se esse profissional assume uma postura positiva diante
da leitura, isso contribuirá para o desenvolvimento desta habilidade nos seus alunos
de forma que eles não só a praticarão enquanto estiverem na escola, mas ainda
depois, quando se formarem continuaram a desempenhar tal hábito.
As atividades desenvolvidas devem ser vistas como um modo a mais de
interação entre professor e aluno, de forma que um possa influenciar na atitude do
outro, ou seja, o professor poderá mudar comportamentos do aluno e desperta-lo
como leitor. Cabe ao professor a responsabilidade de ser exemplo para seu aluno-
leitor conforme nos aponta Dwyer e Dwyer (2001), conferindo ao professor a missão
de ser modelo de adulto leitor, uma vez que em muitos casos as crianças não
encontram esse modelo em suas casas.

Geralmente a leitura do leitor maduro é mais abrangente do que a do imaturo.


(...) se a relação do professor com o texto não tiver um significado, se ele não
for um bom leitor, são grandes as chances de que ele seja um mau professor.
O primeiro requisito, portanto, para que o contato aluno/texto seja menos
doloroso é o que o mestre não seja um mau leitor. Que goste de ler e aplique
a leitura. ( LAJOLO, 1998, p. 53-54).

Então, o trabalho proposto em sala de aula não deve ser de cunho impositivo,
mas interativo. Estudiosos defendem que o exemplo do professor influenciará seus
alunos, facilitando também o trabalho em sala.

Aprender a explicar um texto “para aprender” não é aprender, exceto para fins
escolares, pois existem tantas maneiras de explicar ou interpretar um texto
quantas perspectivas gramaticais. Se esse aprendizado não for associado a
uma ou mais práticas sociais, suscetível de ter um sentido para os alunos
será rapidamente esquecido, considerando como um dos obstáculos a serem
vencidos para conseguir um diploma e não côo uma competência a ser
assimilada para dominar situações da vida. (PERRENOUD, 1999, p.45).

Dessa maneira a leitura deve ser trabalhada levando em


consideração sua primeira característica, de ser algo prazeroso e não imposto ao
aluno como mais um mecanismo para avaliá-lo; a nota não deve ser a principal
preocupação do aluno ao ler um livro ou texto. Também sobre o ensino de leitura,
levantou-se o questionamento da real possibilidade de se ensinar o aluno a ler, a
respeito Rangel (1990) declara que o aluno deve se envolver no trabalho, mas que o
professor atua como o mediador desse processo que pode ser lento, mas deve ser
permanente. Kleiman (2004) ainda define; ensinar a ler é:
Criar uma atitude de expectativa prévia com relação ao conteúdo referencial
do texto, isto é, mostrar à criança que quanto mais ela prever o conteúdo,
maior será sua compreensão; (...) é ensinar a utilização de múltiplas fontes
de conhecimento – lingüísticas, discursivas, enciclopédicas (...) é ensinar,
antes de tudo, que o texto é significativo (...) criar uma atitude que faz da
leitura a procura pela coerência. (KLEIMAN, 2004, p.151.)

Nesse sentido, ensinar leitura implica assumir alguns propósitos que são:
o incentivo do indivíduo para a leitura, a fim de levá-lo a autorrealização; o emprego
da leitura como instrumento possibilitador de uma aprendizagem crítica; bem como a
busca constante pelo interesse dos alunos pela leitura e o estimulo pelo gosto pela
leitura. (BAMBERGER, 1998, p.24).
Esse modo se torna necessário ainda que o professor crie estratégias
para desenvolvimento do trabalho com leitura. Para Solé (1998), estratégias são “um
conjunto de ações voltadas para execução de uma meta”. E por meio delas o
individuo aprende a selecionar, avaliar, persistir ou mudar certas ações visando
alcançar os objetivos por ele mesmo traçados.

As estratégias de leitura são capacidades cognitivas de ordem mais elevada


e intimamente ligadas à metacognição. Elas permitem uma atuação
inteligente e planejada da atividade de leitura, já que, enquanto ações
metacognitivas permitem conhecer sobre o próprio conhecimento. (SOLÉ,
1998, p.70).

A autora defende que o ensino das estratégias de leitura deve acontecer de


maneira que possibilite que elas possam ser relacionadas a outras situações, e não
feito de um único modo, como se este fosse infalível. Porém, de forma a valorizar a
capacidade de cognição do aluno, desse modo, não basta ao professor conhecer
diversas estratégias se não sabe como usá-las. Haja vista que quando bem
trabalhado e instruído o aluno alcançará com o passar do tempo autonomia diante
da leitura, então, “o bom ensino não é apenas o que se situa um pouco acima do
nível atual do aluno, mas que garante a interiorização do que foi ensinado e seu uso
autônomo por parte dele”. Solé (1998, p.76)
Solé (1998) destaca que o ensino de leitura que utiliza estratégias de
deve ser pautado em três características. Na primeira, professor e aluno revezam
seus lugares na prática educativa, mas, considera os dois como elementos
indispensáveis para o processo educativo. Na segunda o professor é apresentado
como o orientador da atividade, ele é o responsável por mediar os conhecimentos
escolares e as situações sociais. Já na terceira a idéia defendida é que o aluno
possui capacidade de resolver questões que ás vezes lhe são evitadas, sozinho,
mesmo que seja ele uma criança.
Para a autora o terceiro pressuposto se relaciona ao grau de
complexidade dos textos e das atividades propostas com os mesmos. Não é
aconselhável poupar os alunos de novos desafios. Dessa maneira Solé (1998)
aponta variações presentes e instigadas a partir das estratégias apresentadas:

1) Os objetivos da leituras, dependendo da situação, podem servir para: a)


obter uma informação precisa; b) obter uma informação de caráter geral; c)
revisar um escrito próprio para comunicação; e) praticar em voz alta; f)
verificar o que se compreendeu.
2) Em relação a ativar o conhecimento prévio pode: a) ser dada uma
explicação geral por parte da professora sobre o que será lido; b) instigar o
aluno a prestar atenção a determinados aspectos do texto que podem ativar
seu conhecimento; c) incentivar os alunos a expor o que já sabem sobre o
assunto em discussão com o grande grupo.
3) Estabelecer previsões sobre o texto seria formular hipóteses sobre a
continuidade
textual. Nessa atividade, sugere-se omitir a seqüência do texto e solicitar
aos alunos que formulem hipóteses.
4) Incentivar os alunos a fazerem perguntas pertinentes sobre o texto, as
quais devem ser reformuladas, se necessário, pelo professor. Eles devem
ser instigados, paulatinamente, a fazer seus próprios questionamentos, o
que implica autodirecionamento. (SOLÉ, 1998 apud Rangel sd, p.4).

Diante do exposto o professor ao utilizar estratégias para o ensino de


leitura deve fazê-lo de forma inovadora, a fim de aumentar o repertório do aluno ao
expô-lo com a maior diversidade de gêneros textuais possíveis. Deve-se considerar
a formação do leitor como um processo gradual, planejando e exigindo de forma que
o processo faça sentido para aluno, leitor em construção. Dessa forma, podemos
observar que a intenção é incluir a criança nesse processo, utilizando estratégias
que envolvam o aluno aprendiz de forma afetiva e cognitiva. Aqui, cabe ao professor
a função de facilitar o processo de construção de conhecimentos que a leitura requer
do aprendiz. Isso porque segundo Melo e Kramer (2001, p. 204), ler é uma questão
que não “se resolve com o aperfeiçoamento de métodos de alfabetização, pois a
leitura é algo mais que um mero passo além da decifração”.
Solé (1998) em conformidade com o exposto ainda ressalta que o
importante no ensino da leitura não é apenas a “explicitação” de como se
desenvolverá trabalho com a leitura.
As estratégias de leitura apresentadas por Solé (1998) possibilitam que
através delas sejam produzidas novos sentidos no aluno, mobilizando vários tipos de
conhecimentos que temos armazenados na memória. O processamento textual
pauta-se em três a diferentes sistemas de conhecimento, os quais, são segundo
Koch e Elias (2007):
▪ Conhecimento linguístico, que abarca o conhecimento gramatical e lexical
do individuos compreende a organização do material lingüístico na superfície do
textual, que seria, por exemplo, os meios coesivos usados pelo individuo para
retomar um referente.
▪ Conhecimento enciclopédico ou de mundo, refere-se ao conhecimento geral
sobre o mundo, assim como os alusivos à vivências pessoais e eventos espacio-
temporalmente situados.
▪ Conhecimento interacional, este refere-se à forma de interação por meio da
linguagem e engloba outros conhecimentos, como:
- locucional: permite ao leitor o conhecimento de objetivos ou propósitos
pretendidos pelo produtor do texto, em uma dada situação interacional;
- Comunicacional: refere-se a quantidade de informações necessárias ou
seja, seleção da variante linguística adequada á situação de interação e adequação
do gênero á situação comunicativa;
- Metacomunicativo: com ele o locutor certifica a compreensão do texto por
parte de seu ouvinte e consegue que ele aceite os objetivos com que produz o que
fala, para isso utiliza várias ações linguísticas como, sinais de articulação e
atividades de construção textual, a fim de obter a atenção do leitor;
- Supraestrutural: possibilita a identificação do texto como exemplares
adequados aos diversos eventos da vida social, diz respeito ao conhecimento de
gêneros e tipos textuais, bem como da ordenação textual em conexão com os
objetivos pretendidos.
A autora observa que o conjunto de todos esses conhecimentos determina-se
socioculturalmente e são adquiridos de acordo com a vivência de circunstâncias que
farão com que se haja de um modo em particular em determinadas situações e
atividades específicas.
2.3 A LEITURA CRÍTICA E O LEITOR CRÍTICO: DESAFIOS NA SALA DE AULA

A construção do significado de um texto é alcançada por meio da


compreensão que o leitor obtém do mesmo, tarefa esta que não é fácil quando
tratamos da leitura de textos em sala de aula. Em concordância com esta ideia
Foucambert (1994), afirma que o leitor é aquele que se sente comprometido com o
seu estar no mundo e com a sua transformação, bem como a transformação dos
outros e das coisas, para ele ser leitor é compreender. Silva (1991), observa que “o
leitor crítico, movido por sua intencionalidade, desvela o significado pretendido pelo
autor (emissor), mas não permanece nesse nível – ele reage, questiona,
problematiza, aprecia com criticidade” (SILVA, 1991, p.79).
Assim, a criticidade é elemento importante que deve acompanhar o
leitor, visto ser ela que possibilita a este compreender as entrelinhas do que está
escrito, ou seja, faz com que o indivíduo que lê possa posicionar-se, discutindo com
suas próprias ideias e eliminando suposições.

Ler significa em primeiro lugar, ler criticamente, o que quer dizer perder a
ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada texto
há um sujeito, com uma prática histórica, uma visão de mundo (um universo
de valores), uma intenção.(KUENZER, 2002, p.101).

A leitura crítica constrói significados que permitem, conforme


Chiappini (1998), por meio do ato de ler, que o leitor seja capaz de criar seu próprio
texto, tendo como base o texto primeiro lido, concordando ou discordando da ideia
principal. Esta característica, segundo a autora diferencia a leitura crítica da
decodificação de sinais, com reprodução mecânica de informações que por muitos
anos foi considerada como interpretação textual, fazendo com as aulas de Língua
Portuguesa se resumisse a cópia de fragmentos do texto, para servir de resposta
aos questionamentos feitos a respeito do que estava escrito.
Assim sendo, os alunos devem ser orientados e incentivados a
leitura de forma correta e responsável para que ela não se torne mera decodificação
feita de qualquer forma. A leitura aumenta o conhecimento geral e ou específico. Ler
é trocar informações e experiências próprias com as narradas pelo escritor,
comparar os pontos de vista, é recriar ideias, rever conceitos, produzir
conhecimento.
E sendo a escola o espaço destinado a formação de leitores,
torna-se exigência que nela sejam elaborados trabalhos que contribuam a formação
do leitor, de forma que ele seja capaz de compreender e interpretar e escrever sobre
o que leu. A respeito Roland Barthes (1992) afirma que é necessário fazer do leitor
não mais um consumidor, mas sim, um produtor de textos e isso é conseguido à
medida que ele preenche as lacunas existentes na obra lida, mergulhando na
ambiguidade dos textos, em busca dos significados mais profundos.
Para Silva (1991) as atividades de ensino desenvolvidas em sala de aula
devem levar o leitor ao “exercício de sua consciência sobre o material escrito não
visando o simples reter ou memorizar, mas o compreender e o criticar” Silva (1991,
p. 80). Sobre isso Soligo (1999) ainda afirma:

a compreensão da leitura depende da relação entre os olhos e o cérebro,


processo que a longo tempo os estudiosos procuram entender. Nas últimas
três décadas houve um avanço significativo nessa direção, mas ainda não
se conseguiu desvendar a complexidade do ato de ler.(SOLIGO, 1999,
p.53).

Isso demonstra que a tarefa de compreender o que é lido é algo


complexo, portanto exige a adoção de práticas que vão além da decodificação,
mas devem buscar o entendimento e a compreensão do que está sendo
ensinado.

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto.


É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação, conseguir
relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer
nele o tipo de leitura que o autor pretendia e, dono da própria vontade,
entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não
prevista. (Apud GERALDI, 198,p.80).

Formar um leitor crítico deve ser visto então como uma forma de
colaboração com o desenvolvimento de uma prática de leitura que desperte e cultive
o desejo de ler. O que exige a formulação de uma prática pedagógica eficiente que
funcione juntamente com as estratégias de leitura, como suporte para o aluno em
seu desenvolvimento intelectual, por ser isso necessário para que o mesmo consiga
ler textos independentemente de sua complexidade.
Eco (2000, p. 31) analisa que “um texto é um universo aberto onde o
intérprete pode descobrir uma infinidade de conexões”. O leitor pode dentro desse
universo formular conexões entre a realidade por ele vivenciada e ideias de autores
das quais tenha conhecimento. Então, para o autor, os professores devem ser
estimulados a ensinar em sala de aula que a leitura é na verdade um veículo de
aperfeiçoamento da sociedade, e através dela eles irão compreender o seu papel de
agente transformador do mundo em que vivem. Por isso, é tão relevante a
capacitação continuada, estudos e atualização dos professores. “A leitura crítica faz
parte da capacidade do professor, pois ao se tornar um leitor crítico e praticar essa
leitura ele se torna apto para ensinar seus alunos a também o serem”.(ECO, 2000,
p.34).
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA

A linha de pesquisa adotada por este trabalho é docência nas séries


iniciais do Ensino Fundamental I, tendo em vista que o tema “Ler e aprender a ser
um leitor crítico” faz parte do campo de atuação de todo docente e é um assunto de
suma importância para a formação de leitores capazes de lerem e entenderem
aquilo que leram. Além disso, durante todo o curso de graduação em Pedagogia
foram abordadas temáticas relacionadas à leitura que muito nos despertaram a
atenção. E acreditamos que o estudo mais apurado em relação a leitura crítica pode
colaborar com nosso crescimento profissional a medida que nos leva a reflexão da
prática e do incentivo a leitura, pois a cada dia os educadores devem buscar formas
de pensar e fazer da educação um meio para o desenvolvimento da sociedade.

3.2 JUSTIFICATIVA

Há muito tempo educadores afirmam que através do hábito da leitura, a


sociedade pode se transformar e alcançar um perfil de sociedade composta de
leitores conscientes, de bons escritores, de cidadão críticos, de pessoas capazes de
buscar sozinhas ainda mais conhecimentos. Por isso, a presente pesquisa justifica-
se pela preocupação com as crianças, que devem encontrar nos livros
encantamento, liberdade, harmonia, e na escola incentivos e norteadores para uma
prática de leitura correta e eficaz. Assim será possível pensar em uma sociedade
constituída de bons leitores, por conseguinte, excelentes escritores.

3.3PROBLEMATIZAÇÃO

Como os professores das séries iniciais do Ensino fundamental 1


podem incentivar e desenvolver a leitura crítica em suas aulas?
3.4 OBJETIVOS

Objetivo geral: Analisar a prática da leitura crítica.

Objetivos específicos:

 Fazer um levantamento bibliográfico sobre o incentivo e a prática da leitura


crítica, buscando conceituar e explanar o assunto.
 Conhecer como se dá a leitura crítica.
 Elaborar conteúdos e atividades que devem ser desenvolvidos pelos professores
para que possam incentivar e desenvolver a prática da leitura crítica com seus
alunos.

3.5 CONTEÚDOS

 Língua Portuguesa: leitura e escrita


 Língua Portuguesa: interpretação de texto.
 Língua Portuguesa: Produção textual.
 Artes: Releitura e apreciação da arte e da
literatura como instrumentos de comunicação.

3.1 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento do Projeto de ensino “Lendo e aprendendo


a ser um leitor crítico” o professor deverá providenciar cópias do livro: “Menina
Bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado para cada aluno. Em uma primeira
aula o professor deverá separar um tempo para os alunos lerem a história.
Em seguida irá exibir o vídeo da história contada por meio de Power
point que está disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=W9eBpv-
WPAs&hd=1 .
Após a exibição do vídeo em roda a professora irá ler a história
“Menina Bonita do Laço de Fita” fazendo comentários sobre a mesma, estimulando a
reflexão das crianças.
Na sequência a professora fará a interpretação do livro oralmente,
com os alunos, buscando interpretar fatos da história a partir de perguntas
sugeridas. (Qual era a cor da pele da menina? Porque o Coelho se encantou com
ela? Você conhece alguma história parecida com essa?).
Havendo alguma criança negra na sala, a professor poderá ressaltá-
la dizendo das semelhanças com a menina da História. Abordar o tema de forma
natural, para que as crianças reconheçam a importância que cada um tem,
independente de posição social, raça ou cor.
Ainda em roda a professora irá ler um pequeno texto informativo
sobre diferenças, favorecendo a ampliação dos seus conhecimentos sobre o
assunto e despertando o senso crítico para a situação do negro em nosso país.
Nesse momento o professor poderá instigar os alunos a falarem sobre o preconceito
racial.
Com base nas falas das crianças a professora irá produzir um texto
coletivo falando das diferenças raciais.

Para a realização dessa aula o professor precisara dos seguintes


recursos:

 Livro: Menina Bonita do laço de fita.


 Projetor para Power point.
 Texto informativo.
 Biblioteca da escola.
 Papel manilha.
 Hidrocor.

Na segunda aula o professor irá distribuir para os alunos cartelas de


bingo com palavras que fazem parte do assunto tratado: Respeito às diferenças.
Após o jogo cada aluno irá elaborar frases com as palavras de sua cartela. E a
professora irá pedir a alguns alunos que façam a leitura de uma das frases
elaboradas.
Na terceira aula para estimular a oralidade e expressão das crianças
o professor vai confeccionar dedoches dos personagens da história: Menina bonita
do laço de fita para as crianças brincarem de teatrinho.
As crianças deverão colorir os dedoches e depois o professor,
recortará o espaço dos dedinhos. As crianças poderão brincar com eles construindo
os diálogos dos personagens, fazendo a releitura da história na visão deles. Para
essa aula o professor irá precisar dos seguintes recursos:

Para a quarta aula o professor deverá preparar previamente livretos


de papel tamanho A4 para que as crianças escrevam seu próprio livro contando a
sua história de vida, falando de suas heranças familiares e ilustrando. Nessa aula o
professor deverá auxiliar os alunos na organização das ideias e escrita.

Para a quinta aula, encerramento do Projeto, o professor irá


providenciar revistas para recorte. Ele deverá distribuir revistas para que os alunos
recortem pessoas de várias cores e em uma folha de papel manilha todos juntos
montem um mural com o título: Viva as diferenças! Depois de pronto o mural deve
ser exposto no pátio da escola.
3.2 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

O projeto poderá ser desenvolvido em cinco aulas, separando uma


aula por dia para que as atividades sejam bem desenvolvidas.

Atividades Segunda Terça Quarta Quinta Sexta


Feira Feira Feira Feira Feira
Leitura do livro/
exibição de vídeo/
Interpretação e X
Produção textual
coletiva.

Bingo de palavras. X

Construção de
dedoches/ X
Releitura da
história.

Confecção de livro. X

Construção do X
mural.

3.3 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

 Livro: Menina Bonita do laço de fita.


 Projetor para Power point.
 Texto informativo.
 Biblioteca da escola.
 Papel manilha.
 Hidrocor.
 Cartelas xerocadas.
 Lápis.
 Borracha.
 Sala de aula.
 Caderno de língua Portuguesa.
 EVA
 Tesoura
 TNT
 Cola

 Livretos de papel A4.


 Lápis de escrever.
 Borracha.
 Lápis de cor.
 Revistas
 Tesouras
 Cola

Nessa parte do trabalho, você deverá elencar os recursos


necessários para a realização do seu projeto de ensino. (Se tiver convidados, data
show,etc)

3.4 AVALIAÇÃO

A sugestão de avaliação do projeto é que seja feita através da


observação do desempenho do aluno nas atividades desenvolvidas. E também
através da observação se o aluno compreendeu que o povo brasileiro é formado por
uma mistura de raças, culturas e etnias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da revisão bibliográfica deste projeto de ensino é possível


concluir que o ensino da leitura em séries iniciais, assim como nas demais séries é
algo complexo. Os autores e estudiosos pesquisados e usados não apresentaram
divergências de idéias, ao contrário um complementou o pensamento e teoria do
outro.
A escola foi apresentada como espaço de formar leitores capazes de
argumentar e decidir, logo, é uma formadora de cidadãos, então, o trabalho com a
leitura deve ser realizado de modo a levar o aluno a aprender não apenas conteúdos
e decodificação de letras, mas capacitá-lo a relacionar o lido em textos trabalhados
em sala com a realidade por ele vivida. Característica da leitura crítica e de seu
leitor.
Conclui-se que quando bem amparado teoricamente e enquanto exemplo
de leitor o professor pode incentivar seus alunos e desenvolver com eles e neles a
leitura crítica, contribuindo para que os mesmos sejam indivíduos críticos o
suficiente para escolher melhor suas atitudes sociais e sua absorção de conteúdos
de modo eficiente.
As atividades propostas a serem desenvolvidas neste projeto, bem como
o livro escolhido para fundamentá-las, têm o intuito de demonstrar para o professor
como é possível trabalhar de modo diferenciado um livro, desenvolvendo e
incentivando a leitura em crianças, para desde cedo formá-las leitoras. Bem como,
trabalhar aspectos culturais e sociais através do mesmo, aplicando a criticidade
envolvida na leitura.
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