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UM PERFIL DEMOGRÁFICO
DA CAPITANIA DE GOIÁS
1755-1835*
ARTIGO
MARY KARASCH**
DOI 10.18224/hab.v15i1.5898
U ma das questões históricas de grande importância é determinar o número aproximado de
populações indígenas no Brasil em cada período histórico. Em contraste com o México
e outras partes da América Espanhola, há pouco interesse por parte dos historiadores em
Goiâna, .1
coletar dados demográficos acerca das populações indígenas no Brasil antes de 1900.1
Pode-se citar, por exemplo, e mais precisamente no sertão do Brasil, a primeira Capitania
de Goiás (atualmente os estados de Tocantins e Goiás), no Centro-Oeste, da qual pouco
se sabe a respeito da população indígena antes de 1900, bem como o número de povos
* Recebido em: 29.07.2017. Aprovado em: 08.08.2017. Este artigo foi escrito entre 2006 e 2009 para
ser uma parte de um volume de CEDHAL e nunca foi publicado. Gostaria de agradecer Horacio
Gutierrez que me convidou a escrevê-lo e Izabel Missagia de Mattos pelo apoio para publicá-lo na
revista Habitus.
** Mary Karasch foi professora de História de Oakland University (Rochester, Michigan) e professora
Fulbright da Universidade de Brasília (1977-1978) e da Universidade Federal de Goiás (1993 e 1996).
Aposentada, mora atualmente em Tempe, Arizona. Seu livro mais recente é Before Brasilia: Frontier
Life in Central Brazil, Albuquerque, New Mexico, University of New Mexico Press, 2016. O texto
21 foi traduzido por Maria Angela P. C. Grigoleto Masin. E-mail: karasch@oakland.edu
indígenas que ali viviam, seja no período pré- ou pós-colonial. Os Bandeirantes, que
exploravam e escravizavam os índios dessas áreas, raramente se interessavam em registrar
o número dessas populações, embora através de suas crônicas se tenha conhecimento
de que a região era bem populosa, por esta razão um bom local para se obter escravos.
Há, entretanto, uma estimativa de que no começo do século dezenove, vinte “nações”
viveram por um período na capitania de Goiás; mas é incerto como este número
foi obtido (SILVA E SOUZA, 1812, fl. 43-44). Por outro lado, somente uma pesquisa
paciente em arquivos com uma variedade muito grande de fontes pode eventualmente
levar a uma ideia aproximada do número de povos indígenas de Goiás e Tocantins.
Este ensaio é uma tentativa inicial de apresentar um resumo de alguns da-
dos demográficos dos povos indígenas desta região no fim do período colonial, quan-
do os portugueses estavam especialmente preocupados em “civilizar e cristianizar”
os “gentios hostis” que resistiam a instalação dos aldeamentos luso-brasileiros na
região (KARASCH, 1992). Para isto, o governo português fundou aldeias cristãs
para assentar a população indígena. Em especial e, felizmente, através desses assenta-
mentos, encontramos registrados dados populacionais dos povos indígenas que lá se
instalaram. De fato, temos um ponto de partida naqueles registros, seguido por anos
de abandono, quando oficiais do governo colonizador reclamaram sobre os poucos
índios que ainda permaneciam nas aldeias. Se por um lado os “dados desta popula-
ção indígena” é limitado quanto a qualidade, por outro, ela revela a identidade étnica
daqueles que concordaram em estabelecer-se nas aldeias, bem como a idade, sexo, e
estado legal. Algumas vezes, as listas com os nomes dos chefes de família revelam
que somente alguns poucos adotaram os costumes de habitação do conquistador em
oposição às tradicionais malocas, mostrando neste uso uma característica da oposi-
ção destes povos aos costumes luso-brasileiros.
ALDEIAS CRISTÃS
deia de São Francisco Xavier, localizada às margens do Rio Formiga. Duas léguas a partir
desta aldeia 250 Akroá foram assentados em uma aldeia chamada São José do Duro em
1755, e foram seguidos por alguns índios Gueguê (Guenguen) à leste do Rio Tocantins,
no Piauí. Deste local, os índios se rebelaram e fugiram em 1757, por serem maltratados
pelo administrador que os tratava como escravos, inclusive forçando-os a viverem em
senzalas. Depois que esse administrador foi destituído por corrupção, acusado de tomar o
dinheiro destinado aos Xacriabá para seu próprio uso, os Akroá retomaram ao Duro. En-
tretanto, os Xacriabá mudaram-se mais ao sul da capitania para assentarem-se na aldeia
jesuítica de Santa Ana do Rio das Velhas, onde é hoje Minas Gerais. Depois da expulsão
dos jesuítas em 1759, os Akroá continuaram a viver na aldeia do Duro ou na nova aldeia
de São José de Mossâmedes, cuja fundação foi autorizada pelos portugueses em 1755. São
estas duas aldeias que apresentam registros de um dos melhores levantamento de dados
demográficos do período (ALENCASTRE, 1864 [1979], p. 120-33; CHAIM, 1974, p.
61, 63,100, 101, 111, 112; CUNHA MATTOS, 1836, p. 163).
O melhor levantamento demográfico na aldeia do Duro, entretanto, vem da déca-
da de 1820, quando o oficial militar, Raimundo José da Cunha Mattos, recebeu um relató-
rio do Cadete Comandante João Manoel de Menezes, que registrou em 1823, o número de 22
famílias que residiam no Duro. Ele registrou que um total de 203 “índios” vivia na vila do
Duro. O Comandante deles era Luiz Francisco Pinto, de 60 anos, que não foi identificado
como Akroá. Os outros 69 homens eram divididos em 50 Akroá, 6 Aricobé, 6 Kayapó e 6
falantes da língua geral. Deste grupo, 39 eram casados e 30 solteiros (Tabela 1).
Tabela 1: Homens Indígenas da Aldeia do Duro, 1823
Nação Casado Solteiro Total
Acroá [Akroá] 26 24 50
Aricobé 3 3 6
Caiapó [Kayapó] 4 2 6
Língua Geral 5 1 6
Nação Desconhecida [a] 1 - 1
Total: 39 30 69
Legenda: [a] Capitão Luiz Francisco Pinto.
Fonte: Documentação Diversa, no 68, Arquivo Histórico Estadual de Goiás. Correspondência Dirigida do Coman-
dante das Armas, Raymundo José da Cunha Mattos, Mapa dos Índios Amigos na Aldeia de S. José do Duro, Cadete
João Manoel de Meneses, Goiânia, 29 dezembro 1823, fls. 211-212.
Homens
23 continua...
continua...
Mulheres
24. Hilaria - - 3 - 4
Total: - - - 120
[Indivíduos] Solteiros Nação [a] Idade [a] Filhos Filhas [b] Total
1.Capitão José de
continua... 24
conclusão...
6. Zeferino José - - - 1 3
Total: 83
Legenda:
[a] Etnicidade e idade estão da lista militar. Aqueles sem esta informação não estão nos róis militares. O total
incluiu a esposa do homem casado e os agregados de 4 chefes de família.
[b] Todos foram identificados como filhos ou filhas, exceto pelo neto do Capitão Luís Francisco.
[c] Inclui 1 agregado com 4 filhos.
[d] Inclui 4 agregados.
[e] Inclui uma agregada com 4 filhos e uma filha.
[f ] Inclui 11 agregados.
[g] A idade é 24 na lista militar, mas seria isto um erro, uma vez que ele tinha 8 filhos?
Fonte: Documentação. Diversa, no. 68 Arquivo Histórico Estadual de Goiás. Cunha Mattos, Lista das Companhias dos Índios da
Aldeia de S. José do Duro, Quartel do Duro, Cadete Comandante João Manoel de Menezes, 4 fevereiro 1824, fls. 50-51; Menezes,
4 fevereiro 1824, fls. 199-200; Menezes, 29 de dezembro 1823, fls. 211-212.
Homens Mulheres
Aldeias “Almas”
Casados Solteiros Total Casadas Solteiras Total
[a] “Índios Catequisados” só foi usado neste censo. “Almas” foi usado para descrever o total.
Fonte: Estatística da Província de Goyaz remetida a Secretaria de Estado dos Negócios do império por Caetano Maria
Lopes Gama Presidente da mesma Província, 1825, Tabela no 1, “Censo da População”. Rio de Janeiro, Biblioteca
Nacional, Seção dos Manuscritos, 11, 4, 2.
De peito 12 13 25
6 ou 7 anos 56 62 118
8 ou 10 anos 51 61 112
% 44,6 55,4
Mortes
continua...
28
conclusão
Adultos 11 14 25
Rapazes/raparigas 10 [a] 2 12
Total 21 16 37
Legenda:
[a] O numero podia ser um. Não estava certo.
Fonte: Relação dos Índios da nação Cayapó, que se acham nesta Aldeya Maria desde 15 de Julho de 1781 até 26
de Maio de 1783, com a assinatura de José Luís Pereira. Projeto Resgate, Goiás, CD ROM, no. 4, consultado na
Biblioteca do Congresso, Washington, D.C,12 Setembro 2005. Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino.
Não-indígenas 16 12 28
Alvo 2 1 3
Pardo 8 8 16
Cabra 2 1 3
continua... 30
conclusão
Crioulo 4 1 5
Angola - 1 1
Xavante 76 82 158
Casados 19 22 41
Solteiros 19 35 54
Meninos 38 25 63
Javaé 5 5 10
Casados 1 3 4
Solteiros 3 2 5
Meninos 1 - 1
Kayapó 3 - 3
Casados 2 - 2
Solteiros 1 - 1
Índio 1 1 2
Fonte: Documentação Diversa, no. 68, Arquivo Histórico Estadual de Goiás. Correspondência Dirigida do Coman-
dante das Armas, Raymundo José da Cunha Mattos, de João Lourenço de Oliveira, Carretão, 13 Novembro 1824,
fl. 217; Mapa de Toda a Gente que existe nesta Aldeia de São Pedro Terceiro do Carretão, 12 dezembro 1824, fls.
194-198; e Relação da População da Aldeia de S. Pedro Terceiro do Carretão, sem data, fls. 208-210.
Goiânia.15,n.v 1,p.2-38jan./jun.2017
Um ano depois, o censo oficial de 1825 registrou 198 “índios” no Carretão,
dos quais 28 eram homens casados, 71 homens solteiros, 28 mulheres casadas, e 71 mu-
lheres solteiras (Tabela 3). Além do mais, João Lourenço de Oliveira incluiu a idade de
158 Xavante. Os dados sobre a idade na Tabela 7 é incompleta, especialmente, quanto
aqueles indivíduos que tinham 60 ou mais anos. Oliveira listou a idade de 76 Xavante
do sexo masculino e 82 Xavante do sexo feminino. Estes dados referentes a idade revela
que mais de um terço (36,7%) tinham menos de 9 anos, enquanto um quinto (20,3%)
eram adolescentes, ou seja, tinham entre 10 e 19 anos. Um outro terço (32,9%), esta-
vam na idade própria para o trabalho, ou seja, entre 20 e 49 anos. Os Xavante mais
velhos eram apenas 16, então, 10 % da população estava acima dos 50 anos. Oliveira
não só dividiu sua lista pelo estado legal de homens e mulheres, como também, divi-
diu meninos e meninas. Dos 38 meninos, 33 tinham menos de 9 anos e cinco entre
as idades de 10 a 12 anos. As 25 meninas tinham todas oito anos de idade ou menos,
31 perfazendo um total de 63 crianças (Tabelas 6 e 7).
Tabela 7: Idade e Sexo dos Xavante do Carretão, 1824
0-9 33 25 58
10-19 14 18 32
20-29 7 13 20
30-39 8 9 17
40-49 8 7 15
50-59 3 1 4
60 2 3 5
70 1 2 3
80 - 1 1
90 - 3 3
Total 76 82 158
Fonte: Documentação Diversa, no. 68, Arquivo Histórico Estadual de Goiás. Correspondência Dirigida do Coman-
dante das Armas, Raymundo José da Cunha Mattos, de João Lourenço de Oliveira, Carretão, 13 novembro 1824,
fl. 217; Mapa de Toda a Gente que existe nesta Aldeia de São Pedro Terceiro do Carretão, 12 dezembro 1824, fls.
194-198; e Relação da População da Aldeia de S. Pedro Terceiro do Carretão, sem data, fls. 208-210. Esta tabela foi
construída utilizando-se ambas as listas.
Alcântara (agora Carolina) em cinco ou seis aldeias, incluindo as aldeias dos Apinagé
e os Afotigés (também conhecidos como Afotegiz). Em 1832, Manoel Monteiro de
Barros relatou aos agentes do censo que havia ali somente 25 fogos em São Pedro de
Alcântara, e o censo de 1832 registrou 79 indios na povoação (Tabela 9) (BARROS,
1832; CUNHA MATTOS, 1824, fls 201-2).
As condições insalubres das missões do começo do século dezenove sugerem
que nenhuma delas obteve sucesso em alcançar as metas dos portugueses em cristia-
nizar todos os “gentios.” Há dois dados numéricos que mostram que somente alguns
poucos povos indígenas viveram nas missões de 1825 e 1832. O primeiro dado é apre-
sentado pelos agentes do censo de 1825 que puderam achar somente 125 indivíduos em
São José, 198 em Carretão e 300 no Duro para uma população indígena total de 623
em toda a província de Goiás. Eles estão divididos igualmente por sexo: 304 homens
para 319 mulheres (Tabela 3). Este censo também inclui dados de idade em um grupo
de 623 índios, o que revela que menos de 15 % de indivíduos do sexo feminino e 16 %
de indivíduos do sexo masculino eram crianças ou jovens adolescentes entre a idade de
12 a 16 anos. No outro extremo do espectro de idade, 64 estavam entre as idades de 60
a 80 anos, com 7 indivíduos de mais de 80 anos (Tabela 8). 34
Tabela 8: Idades dos Índios Catequizados das Aldeias, 1825
Do Nascimento a 16 [a] 45 52 97
De 16 a 25/de 12 a 25 67 70 137
De 25 a 40/de 25 a 50 99 98 197
De 40 a 60/de 50 a 60 58 63 121
De 60 a 80 30 34 64
De 80 a 90 3 2 5
De 90 a 100 2 - 2
Legenda:
[a] Para as mulheres, o número chega somente até a idade de 12 anos.
Fonte: Estatística da Província de Goyaz, 1825, Tabela no 1, “Censo da População.” Rio de Janeiro, Biblioteca
Nacional, Seção dos Manuscritos, 11, 4, 2.
Comarca do Sul
Cidade de Goiás 50 34 84
Meia Ponte 71 71 142
Crixás 34 38 72
Total 155 143 298
Comarca do Norte
Palma 16 17 33
Cavalcante 3 - 3
35 continua...
conclusão
São Felix 2 - 2
Arraias 4 4 8
Natividade 10 15 25
Porto Imperial (Nacional) 23 30 53
Carolina 30 49 79
Total 88 115 203
Total Geral 243 258 501
Fonte: Censo da População da Província de Goiás, 30 de maio de 1832, fl. 96. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional,
Seção dos Manuscritos. Cod. 808 vol. I.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abstract: this article is a summary of the number of mission Indians in the Center West
at the end of the colonial period, when the Portuguese were preoccupied in “civilizing and
Christianizing” the “ hostile” indigenous nations that they tried to install in Luso-Brazilian
missions without great success due to the resistance of the indigenous peoples to forced labor
and treatment like slaves in the missions.
Notas
1 Rio de Janeiro, Museu do Índio, Centro de Documentação da FUNAI, Serviço de Proteção aos
Índios (SPI), organizado por postos indígenas. No século vinte, o SPI coletou muitas estatísticas 36
sobre a população indígena dos seus postos, incluindo muitos bons dados ao respeito do povo
indígena dos estados de Goiás e Tocantins.
2 Menezes (1824, fls 199-200) registrou mais 33 homens, que foram “arranchados dentro das
terras pertencentes a Aldeia.” Ao menos seis homens eram pretos por que estão na lista servindo
com os Henriques, o regimento dos pretos.
3 Para ver um resumo da conquista dos Xavante, ver Mary Karasch (2005). Sobre a quantidade
de 3.000, ver Arquivo Histórico Ultramarino, no 1002, caixa 4, Consulta do Conselho Ultra-
marino, 17 outubro 1788; e sobre 3.500, ver Silva e Souza (1812, fl. 28).
4 Arquivo Histórico Estadual de Goiás, Goiânia. Documentação Diversa, no. 68, Mapa de Toda
a Gente que existe nesta Aldeia de São Pedro Terceiro do Carretão, 12 dezembro 1824, fls. 194-
198; e Arquivo Histórico Estadual de Goiás, Goiânia, Relação da População da Aldeia de S.
Pedro Terceiro do Carretão, sem data, fls. 208-210.
5 Arquivo do Museu das Bandeiras, Cidade de Goiás v. 338, III-Bens, Rendimento dos Dí-
zimos da Aldeya de Pedro Terceiro do Carretão, 1821.
6 Carretão, 1856-1880s, e a fuga dos Xavante ao Rio das Mortes: Governador Pereira da Cunha,
1856, 15, citado em Rita Heloisa de Almeida Lazarin (1985); e Karasch (1992, p. 408).
7 Para Graciosa, ver mapa de Curt Nimuendajú, Robert H. Lowie (1942 [1979]). Felizardo do
Nazareth Bitencourth a Pacifico Antônio Xavier de Barros, 1824, fl. 216.
8 “O mais entranhável ódio” e resistência, ver em Documentação diversa, n. 18, Correspondência
dirigida ao comandante das Armas, Raimundo José da Cunha Mattos (1824), fol. 49; e José de
Souza Azevedo Pizarro e Araújo (1945, p. 212).
9 Karasch (1992 e 2016) apresenta um resumo das aldeias e o declínio delas. Os relatórios dos gover-
nadores de Goiás na segunda metade do século dezenove tem muitas estatísticas sobre a população
indígena ainda morando nas aldeias. Ver também os relatórios publicados nos volumes de Memórias
Goianas, da Sociedade Goiana de Cultura (Goiânia: Editora UCG, 1982-2004) ou notados no meu
“Catequese.”
Referências
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CUNHA MATTOS, Raimundo José da. Documentação Diversa, no. 68, Corre-
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38