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INTRODUÇAO

Estudar a História é uma tarefa necessária e precisa em todos os momentos das nossas
vidas, porque ela nos ajuda a reflectir e compreender sobre o nosso passado longinco
e até mesmo o recente, como também pensamos que esta ciência é necessária pelo
facto de ser uma ciência que ajuda bastante no processo evolutivo das nossas mentes.

Por ser um estudo centrado na universalidade, começamos por fazer uma abordagem
sobre as grandes revoluções que o mundo conheceu até aqui, ou melhor falamos da
RevoluçãoAgrícola, como esta praticamente é que deu origem as outras revoluções
como a inglesa, a americana e a francesa, as tratamos num único capítulo.

Ainda nesta Sebenta tratamos de forma resumida a situação da Guerra do Ópio, da


conferência de Berlim como também do Pan-Africanismo. Por ser mesmo necessário
sermos abrangente não podíamos nos esquecermos das duas Guerras Mundiais que o
mundo conheceu no século XX, analisamos também a situação da revolução socialista
de Outubro na Rússia claramente, Tratado de Versalhes e a Criação da SDNe outros
temas que achamos ser necessário para este curso preparatório.

Queremos que os nossos estudantes ou o público em geral tenha esta Sebenta não
como um simples manual de apoio, mas que o mesmo sirva de fonte passível de uma
leitura e interrogação. Só assim podemos conhecer o mundo em que vivemos olhando
para o passado com olhos postos no presente e fixos no futuro.

AQUI VAI UMA NOTA NÃO MENOS IMPORTANTE A TITULO DE CONSELHO. OU


MELHOR, A PARTIR DESTE MOMENTO, DEPOIS DE ESFOLHARES UMA PÁGINA E LERES
DEVIDAMENTE JÁ NÃO SERÁS A MESMA PESSOA, SE NÃO ACONTECER PARE E PENSE
MUITO BEM NA FORMA COMO ESTUDAS. ISTO SE QURES TER SUCESSO ACADÉMICO
COMO MUITOS DE NÓS.
A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA (1650/1800).
Durante o século XVIII, a paisagem mudou dramaticamente em certos locais da Europa,
sobretudo na Inglaterra, quando foram introduzidos novos métodos de agricultura lucrativa.

Os métodos da agriculturaeuropeia não mudavam há séculos. Mas cerca do século XVIII,


proprietários, botânicos e criadores, sobretudo na Inglaterra, discutiam melhores formas de
gerir as terras e fazer crescer as colheitas. Os cientistas investigaram a criação de animais, a
gestão da terra e as colheitas. As cidades e as indústrias progrediam e havia mais dinheiro
afecto à agricultura. À medida que os lucros aumentavam, os proprietários estudavam e
experimentavam mais coisas. Tudo isto levou a revolução agrícola.

Desenharam-se novos arados e, em 1701, o agricultor inglês JethroTull inventou a máquina de


semear puxada a cavalos, que permitia a colaboração mecanizada de sementes em filas, para
facilitar a monda. Ao fazer a rotatividade das colheitas, a fertilidade dos solos aumentou, e
com a criação racionalizada os animais melhoraram. Estes métodos exigiam investimento
financeiro e quintas maiores.

A paisagem rural mudou muito durante o século XVIII. Em muitas partes de Inglaterra, a terra
tinha sido cultivada em grandes e largos campos medievais. Os aldeões alugavam leiras desses
campos, onde trabalhavam a par dos vizinhos. Este sistema proporcionou a subsistência das
pessoas, mas não produzia excedentes para vender aos habitantes das cidades, a fim de se
obter lucro.

Loteamentos
Os senhorios decidiram que os seus campos podiam ser mais eficazmente cultivados se fossem
cercados. Foram construídos muros e cercas nos campos abertos, para criar unidades mais
pequenas e mais facilmente trabalháveis. As leis de loteamento aprovado pelo Parlamento
entre 1759 e 1801 incluíam também as terras destinadas aos pastos. No total três milhões de
hectares de terra encontravam-se delimitados em Inglaterra durante a Revolução Agrícola.

Muitos rendeiros perderam o seu sustento e foram obrigados a ir para as cidades. Os


proprietários construíram quintas enormes com grandes casas. Muitas quintas foram
redesenhadas como bonitos parques por famosos jardineiros como Lancelot «Capacity»
Brown. Estas mudanças eram suportadas pelo governo, constituído por donos de terras. Mas
isto trouxe muito sofrimento às famílias dos trabalhadores agrícolas.

INDÚSTRIALIZAÇÃO / A REVOLUÇÃO INDÚSTRIAL (1708-1835)


A revolução industrial, que começou na Inglaterra, na indústria têxtil, trouxe mudanças
nunca vistas- um rápido crescimento das cidades, minas, canais e fábricas.
No início do seculo XVIII, a maioria das pessoas produziam bens de forma tradicional,
normalmente a mão, em casa ou em pequenas oficinas. Os homens eram carpinteiro, ferreiros
e tecelões. Outros trabalhavam na terra fazendo crescer colheitas para alimentar as famílias.
As mulheres trabalhavam em casa, tomavam conta dos animais, cardavam e fiavam a la. A
revolução industrial alterou tudo isto. Muitas pessoas mudavam-se para as cidades para
trabalhar por um salario e os empregadores só pensavam em aumentar os lucros iniciando
produções em grande escala. A revolução industrial começou na Inglaterra na indústria têxtil.
As máquinas, associadas por rodas hidráulicas, aumentavam a velocidade dos teares, da fiação
e do acabamento dos tecidos. Foram construídos moinhos e fábricas enormes. Novas cidades
apareceram em área como Yorkshire e Blackcountry, em Inglaterra ou no vale do Ruhr, na
Alemanha. As cidades industriais como Birmingham, Newcastle, Lille, Leipzig e
Roterdãoexpandiam-se rapidamente. Foi construída uma rede de canais para transportar os
produtos. Depois veio o desenvolvimento dos motores a vapor. Newcomen construiu um
motor a vapor em 1712. Em 1776, James watt e MathewBoulton construíram motores a vapor
para alimentar as maquinas. Em 1709 Abraham Darby começou a fundir ferro numa fornalha,
utilizando coque. A Inglaterra ficou conhecida como a «oficina do mundo». A revolução
industrial começou ali porque a guerra não tinha provocado efeitos tao desastrosos como no
resto da Europa, possuía bastantes reservas de minério de ferro e de carvão, muita mão-de-
obra barata (devido ao abandono das terras) e bastante dinheiro dos lucros colónias.

A Industria Britânica Progride


Em 1815, a produção do carvão, têxteis e metais da Inglaterra era igual ao do resto do mundo.
Demorou um século para conseguir este efeito. As grandes mudanças sociais aconteceram
devido a migração das pessoas das zonas rurais para as cidades- famílias e aldeias separavam-
se e os trabalhadores eram explorados pelos poderosos donos das fábricas. Uma nova classe
de industriais ricos foi crescendo, bem como gerentes e profissionais. Londres tornou- se na
capital financeira da Europa. Os produtos manufacturados eram exportados para todo mundo
e as matérias-primas, como a seda, algodão e madeira eram escoados nosportos como
Liverpool e losos

A Revolução Agrícola e a primeira industrial aconteceram em Simultâneo. As fábricas


forneciam novas máquinas e ferramentas aos agricultores e estes tornavam-se também
homens de negócios que vendiam os seus produtos à crescente população das cidades. As
relações pessoais envolvidas na vida do campo e do comércio local deram início aos acordos
financeiros, intermediários e contrato. Era a alvorada de um novo mundo de «fábricas escura

A IDADE DA LÓGICA / ILUMINISMO.


A procura da lógica e da razão durante o século XVII deu origem ao aparecimento de novas
ideias sociais e políticas no século XVIII a que se deu o nome de Iluminismo.

O filósofo alemão Immanuel Kant escreveu «Atreva-se a saber! Tenha a coragem de usar a
inteligência!» As pessoas já não estavam interessadas nas crenças tradicionais. As
investigações científicas do século XVIII tinham dado início a um vasto processo de
experiências e exploração do mundo e, como resultado, do século XVIII forampublicadas
grandes enciclopédias com registos dos conhecimentos.
Entre 1751 e 1772, Denis Diderot em França compilou a Enciclopédia em 35 volumes, com 200
colaboradores. Em 1755, o Dr. Johnson publicou o Dicionário da Língua Inglesa e, em 1768-71,
foi publicada a Enciclopédia Britânica.

O Iluminismo significou também a procura da felicidade, justiça e conhecimento na música, na


literatura, viagens, filosofia e na política. Muitos governantes absolutos e donos de terras
poderosos tinham novas ideias, mas temiam as consequências de as pessoas comuns lerem e
falarem sobre elas. Essas ideias acabaram por conduzir a revoluções.

A DIFUSÃO DAS IDEIAS


O Iluminismo foi liderado por filósofos como Kant, Voltaire e David Hume, o economista Adam
Smith, os compositores Haydn e Mozart, e pensadores políticos como Rousseau, Locke e Paine.
Voltaire era um escritor francês que criticava a intolerância, reescreveu a história do mundo,
bem como dramas e ensaios que focavam a sociedade e a política.

Adam Smith, economista escocês, descreveu os trabalhos das economias modernas e


mercados livres. O pensador político francês Jean-Jacques Rousseau escreveu sobre a
igualdade social e a democracia. Thomas Paine, escritor revolucionário britânico que visitou a
América e a França, escreveu os Direitos do Homem com ideias populares fortemente
influenciadoras. Foi também uma época em que as pessoas começaram a descobrir as coisas
através da experimentação científica e observação. Durante este período, foram estabelecidas
as bases químicas moderna e também feitos progressos na biologia. Estes desenvolvimentos
ajudaram os cientistas do futuro. A literatura tornou-se mais realista quando os primeiros
romances modernos surgiram. Mas do que nunca as pessoas sabiam ler e as novas ideias
difundiam-se mais rapidamente.

Numa Europa cheia de guerras, imposto elevados, desigualdades e governos opressivos, o


livre-pensamento e a procura de livres aspirações eram cada vez maiores. O primeiro resultado
desta corrida para a liberdade correu fora da Europa, nas colónias da América do Norte.
Inesperadamente, iniciava-se uma revolução, o que encorajou outras mudanças radicais em
todo o continente Europeu.

A Fundação dos E.U.A 1763- 1789


Os habitantes das trezes colonias da América não estavam satisfeitos com o governo britânico.
Lutaram pela sua independência, e nasceu uma nova nação.

No final da guerra dos sete anos, em 1763, o governo britânico em Londres e os colonos
ingleses na América sentiam-se satisfeitos. Tinham derrotado a França e ocupado territórios no
Canada e também terras tao longe como às do rio Mississípi. Com a ameaça francesa afastada,
o colono já não precisava da Inglaterra para os defender.

Mas os Britânicos queriam governar os antigos territórios franceses e subir os impostos para
pagar aos soldados a defesa destas terras. Aumentaram os impostos nas treze colonias. As
assembleias locais das colonias afirmavam que era injusto a Inglaterra cobrar impostos nas
colonias Americanas, pós aquelas não podiam interferir com o governo britânico. Elas diziam
que o «imposto sem representação é tirania». As colonias baniram todas as importações
britânicas e, em 4 de Julho de 1776, os representantes das treze colonias adoptaram a
declaração de independência., reclamando o direito a um governo próprio.

A Independência
Guiadas pelas ideias de Thomas Jefferson e influenciada pelo iluminismo, a declaração de
independência Americana afirmava em 1776: «defendemos estas verdades evidentes, segundo
as quais todos os homens são iguais, e são contemplados pelo criador com certos direitos
inalienáveis, entre eles a vida, a liberdade e a busca da felicidade».

A guerra revolucionária Americana tinha começado em 1775. No início, os britânicos


venceram, apesar dos problemas de lutarem a 5000 km longe de casa. Mas os Americanos
tinham vantagem, porque estavam a lutar em território nacional e acreditavam na sua causa.
Seis anos apos o conflito, o exércitobritânico rendeu-se em Yorktown, Virgínia, em 1781,
derrotado pelas tropas de George Washington. A Inglaterra acabou por reconhecer a
independência Americana no tratado de Paris, em 1783.

A Constituição Americana.
Em 1783, depois da assinatura do trado de paz com os Britânicos, o povo dos Estados Unidos
da América teve de decidir a melhor forma de Governar o pais. Decidiram eleger um
presidente de 4 em 4 anos. Governaria com ajuda de um congresso (dividido por uma camara
dos deputados e um senado constituídos por representantes dos estados), e de um tribunal
supremo. O texto da constituição (estabelecido em normas jurídicas) para o novo governo
continha três afirmações importantes sobre a nação Americana.

Primeiro, deveria ser uma união. Os colonos que tinham lutado contra os britânicos
governariam o seu próprio país. Segundo, cada um dos estados teriam as suas próprias
assembleias e iria gerir um governo de estado como quisesse. Terceiro, o presidente, o
congresso ou o supremo tribunal não poderiam nunca controlar o governo central da América
por si próprios. UmSistema de controlo mútuo garantiria que poder seria partilhado pelas três
áreas do governo.

Estas eram novas ideias influenciadas pelo iluminismo, e nunca antes testadas. A constituição
revolucionária tornou-se lei em 1789.Esta nova nação, coma sua breve história e o seu povo
com muitas más recordações do seu próprio passado, era a primeira república
verdadeiramente democrática do mundo, governadas em conformidades com as leis
acordadas colectivamente. Apenas 150 anos mais tarde transforma-se na nação líder do
mundo.

(o texto da constituição foi trabalhado em várias convenções em 1787. Dos 55 delegados


presentes, 39 assinaram o documento. Uma vez acordado o texto, foram enviadas cópias a
cada Estado a fim de serem assinadas pelos seus líderes.

George Washington 1732 / 1799 serviu no exército britânico na América, depois foi
comandante do novo exército americano, lutando contra os britânicos. Em 1789 foi eleito
como o primeiro presidente dos Estados Unidos.
Thomas Jefferson 1743 / 1826 tornou-se o terceiro presidente, em 1801. Foi um líder cujas
ideias marcaram bastante a política americana)

A Revolução Francesa 1789 / 1799


Em 1789, o insatisfeito de povo de França destituiu o rei, exigida liberdade e justiça. A
revolução que se seguiu mudou a França para sempre.

A Revolução Francesa estava eminente há anos. Foi provocada por um mau governo enormes
diferenças entre os ricos e os pobres os direitos das pessoas e acelerada pela revolução
americana.

No século XVIII, a França estava em crise. A comida escasseava, os preços eram altos e o
governo enfrentava a falência. Para obter mais dinheiro, ou Luís o pedia emprestado ou subia
os impostos. Mas primeiro precisava de aprovação e apoio de uma assembleia tradicional, os
estados gerais, que não se reunião a 175 anos.

Na assembleia os representantes das classes profissionais revoltaram-se contra os nobres e o


clero. Votaram para constituir uma nova Assembleia Nacional e exigir a reforma. Escreveram
uma nova constituição abolindo a anterior, nacionalizando as terras da Igreja e reorganizando
o governo local. Luís enviou tropas para tentar dissolver a Assembleia.

A luta pelo poder


Luís XVI fugiu, mas foi capturado e preso. Em 1792, a monarquia foi abolida e no ano seguinte
Luís e sua mulher, maria Antonieta, foram julgados e executados. Nessa altura, o governo
revolucionário estava em guerra com a maioria dos estados europeu, que receavam que a
revolução se espalhasse aos seus países.

Como quase sempre acontece nas revoluções, o caos surgiu e houve luta pelo poder. o novo
governo revolucionário começou a reunir os seus rivais, realistas ou populares, chamando-lhes
(inimigos da revolução). Houve uma batalha política entre dois grupos, os jacobinos e aos
girondinos, tendo os primeiros saído vitoriosos. Dominaram então ~um novos corpo
governante chamado Comissão da Segurança Pública. Acomissão mobilizou tropas franceses
contra a invasão e de Setembro de 1793 a Junho de 1794 executou todos os que se opunham
ao seu sistema de Terror.

Durante o Terror, cerca de 18000 pessoas perderam a cabeça na guilhotina. Em breve, um


homem, Robespierre, controlava o poder ditatorial. Mesmo ele não estava em segurança e,
em 1794, foi acusado de traição e execu9tado.

O directório
Em 1795 foi escrito uma nova constituição e formou.se um governo fraco, chamado Directório.
A guerra já tinha eclodido e os exércitos exercito0s revolucionários franceses conquistados os
Países baixos e o sul da Alemanha. Um jovem general, Napoleão Bonaparte, liderou o exército,
invadindo a Itália, Suíça e Egipto. O Directório confiou nele. Tornou-se popular e poderoso e,
em 1799, destituiu o Directório e assumiu o poder.

(Após Luís XVI ter sido executado em 1793, a comissão começou a atacar todos os suspeitos
de oposição á revolução. Foi criado um tribunal para julgar os imigos do Estado, embora
estes julgamentos fossem, na sua maioria, apressados e injustos. Aristocratas, realistas,
padres e todos os suspeitos iam para a guilhotina. Quando Robespierre se livrou dos rivais
na comissão da segurança pública, governou sozinho durante algum tempo, até ter sido
enviado para a guilhotina em Julho de 1794. o terror terminou nessa altura e este Luís XVI
tinha se tornado Rei em 1774 e foi um rei muito tímido e preferia a boa vida)

O FIM DA ESCRAVATURA 1792 / 1888


As colónias europeias nas Américas dependiam muito dos trabalhos dos escravos. Mas em
meados do século XVIII, muitas pessoas questionavam a moralidade de tal acto.

Durante o século XVIII, a Inglaterra, à França e a Espanha enriqueciam com os impostos e


lucros das colónias. Muita da riqueza vinha da escravatura. A Dinamarca, a Suécia, a Prússia, a
Holanda e Génova (Piemonte) também negociavam escravos. Os africanos eram vendidos aos
europeus por negociantes e governantes locais que viam o comércio de escravo como uma
forma castigar criminosos, libertando-se dos inimigos e dos prisioneiros e enriquecendo.

Ninguém sabe quantos escravos foram vendidos, mas estima-se que 45 milhões tinham sido
enviados da África entre 1450 e 1870, embora apenas 15 milhões tinham sobrevivido. Muitos
europeus não gostavam do comércio de escravos, mas na altura acreditavam que era a única
forma de fornecer trabalho às plantações coloniais.

Finalmente, alguns decidiram protestar, dizendo que era contra a lei de Deus e da decência
humana. Rousseau, um filósofo francês, escreveu no Contrato Social, em 1764: O Homem
nasce livre, mas está acorrentado em todo o lado, os escritos inspiraram as revoluções na
França e na América e a liberdade individual tornou-se um direito social, não um presente do
rei. As ideias de Rousseau também inspiraram as pessoas a lutar em favor dos que não podiam
ajudar-se a si próprio. Políticos, clero e pessoas vulgares começaram a pensar como poderiam
ajudar os escravos. Mas os argumentos morais não tinham tanta força como os lucros que a
escravatura produzia.

Antes da abolição da escravatura, os navios de escravos seguiam uma rota marítima atlântica
triangular, levando bens para África, escravos para as Américas e outros produtos, como o
açúcar, de regresso à Europa.

FIM DO COMÉRCIO DE ESCRAVO


Entre 1777 e 1804, a escravatura foi considerada ilegal no Norte dos Estados Unidos. A
Dinamarca deixou de fazer o comércio de escravo 1792 e a Inglaterra em 1807. A marinha
britânica continuou a viver do comércio de escravos até em 1815, mas a escravatura era ilegal.
Uma revolta na colónia francesa de Santo Domingo em 1791 / 1793 levou à sua abolição em
França, mas em 1803, a escravatura tornou-se de novo legal. Em 1831, uma revolta de
escravos na Virgínia, liderada por Nat Turner, originou novas leis mais cruéis e um aumento do
apoio à escravatura junto dos sulistas brancos.

A revolta dos escravos em Santo Domingo: A Revolução francesa alastrou as colónias


francesas de além-mar. Em 1791, a Assembleia Nacional de Paris decidiu dar o voto aos
escravos em Santo Domingo (actual Haiti), na Caraíbas. Os donos das plantações recusaram-se
a obedecer. Quando souberam disso, cerca de 100 000 escravos revoltaram-se. Muitos donos
de escravos foram mortos, casas destruídas e plantações de açúcar e café incendiadas.
Napoleão enviou tropas para ilha e deu-se uma longa guerra civil liderada por
ToussaintI’Ouvertune em ex-escravo que se declarou governador da ilhaem 1801.

Filantropia
Em Inglaterra, Thomas Clarkson e William Wilberforce tinham liderado uma campanha
antiesclavagista e, em 1807, o comércio foi abolido. No entanto, os escravos não foram logo
libertados. Wilberforce morreu antes de todos os escravos pertencentes aos ingleses terem
sido libertados. Os europeus estavam agora contra a escravatura, e a marinha britânica
bloqueou o comércio, impedindo navios negreiros.

A escravatura continuou em Cuba, Costa Rica, Brasil e no Sul dos EUA. As grandes plantações
mantinham-se à custa do trabalho dos escravos e os proprietários estavam relutantes em
mudar. A Europa gozava também do algodão e tabaco baratos, cultivados pelos escravos do
Estados do Sul dos EUA.

Nos EUA, o Norte apoiava a emancipaçãoe os sulistas não. A revolta de 1831 na Virgínia
originou leis mais rígidas para controlar os escravos nos Estados do Sul. A escravatura foi
banida nos EUA em 1863, em Cuba em 1886 e no Brasil em 1888. O comércio de escravos
árabes em África terminou em 1873.

A guerra do Ópio (1839- 1842)


A guerra do opio aconteceu concretamente nos meados do seculo XIX (1839- 1842), numa
altura em que a Inglaterra era a potência europeia mais desenvolvida. Por isso, procurava
mercado cada vez maior, para a colocação de seus produtos. A China e a Índia, países
extremamente populoso exerciam forte atracão sobre os mercados ingleses. Porém a Índia
comercializavam abertamente com a Inglaterra, Mas a china não demostrava interesse
nenhum pelas mercadorias europeias. Os produtos chineses, como a Seda, o Chá e a Porcelana
tinham bons preços nos mercados europeus, porem não pode se falar o mesmo sobre os
produtos europeus no mercado chines ou melhor os produtos europeus não conseguiam
entrar no mercado chines. Esse comércio era pouco rendoso para a Inglaterra. Apenas um
produto interessava particularmente aos chines:( o Opio, Narcótico) que produz efeitos
adormecedores para o cérebro.

Os ingleses cultivavam o Ópio na Índia e na Birmânia e vendiam em grandes quantidades na


China, o abuso do uso deste produto fez com que o governo chines proibisse o comércio do
mesmo produto, que neste período era o produto que mais lucro dava para a Inglaterra neste
mercado ou região. Logo, o tráfico ilegal da droga tomou proporções alarmantes que esforçou
o imperador chines a combate-lo energicamente.

A guerra começou quando foi assassinado um súbdito chines por Marinheiros ingleses
embriagados. Comissario imperial ordenou que queimassem todas caixas de Ópio num total de
vinte mil (20.000) e a expulsão de todos os ingleses de Cantão, cidade onde era mais forte o
contrabando de Ópio. Era o fim das esperanças da expansão comercial. Imediatamente a
Inglaterra respondeu com o bombardeamento de Cantão, em 1939.

Os modestos juncos chineses, movidos a vela, não podiam oferecer grande resistência a frota
inglesa. As forças britânicas tomaram pontos importantes da costa chinesa, incluindo HONG
KONG E XANGAI, ameaçando PEQUIM. Vendo-se praticamente derrotados, os chineses
assinaram em 1842 o tratado de NANQUIM, que deu fim a esta onda de conflitos ( GUERRA ).

Este tratado ou acordo (deNANQUIM), garantiu aos ingleses a abertura de cinco portos
chineses importantes e o direito de fazer comércio nestas zonas. A China foi ainda obrigada a
pagar indeminização pelo Ópio não utilizado e a ceder a ilha de HONG KONG, para o domínio
da Inglaterra. Os ingleses passaram a gozar de um certo estatuto, ou melhor durante este
período os ingleses não podiam ser julgados em tribunais chineses e nem estavam sujeito as
suas leis.

A CONFERNÊCIA DE BERLIM
Depois do comércio de escravos deixar de ser rentável, o comércio e a indústria europeia
passaram a viver uma estagnação (MARASMO) profunda devido ao DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO CAPITALISTA. A procura de novos mercados torna assim, uma necessidade vital
para as potências europeias que na sua expansão para Africa e Asia, procuraram a solução
para os seus problemas económicos. Por esta causa, no fim do seculo XVI teve inicio o grande
movimento da expansão colonial em África.

A conferência de Berlim foi convocada como tal por BISMARCK (chanceler) primeiro ministro
da Alemanha e por JULE FERRY ministro dos negócios estrangeiros da frança. Esta conferência
teve como objectivo: tratar das colonias e fixar limites geográficos dos territórios africanos.

A conferência realizou-se entre 15 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro 1885,participaram


15 países dentre eles a frança, Alemanha, Noruega, Portugal, EUA, Itália, Dinamarca, Espanha,
Holanda, Bélgica, etc. nesta conferencia em que estava em causa a partilha da africa não
presente nenhum representante (País) dos povos africanos (sobas ou século) verdadeiros
donos dos territórios.

A conferência de Berlim tratou de revalidar em termos de direito internacional burguês.


Naquela época, um processo de expansão imperialista que já tinha começado, a conferência
de Berlim acelerou a partilha de Africa.

Em Berlim os delegados europeus apresentaram as suas reivindicações territoriais. Entretanto


os agentes ou delegados queriam definir um mapa de Africa e justificar a reclamação legal da
sua ocupação efectiva. Assim, pode-se concluir que o assunto mais debatido n conferência foi
provar a ocupação dos territórios ocupados pelos belgas e analisar o plano de Portugal sobre o
MAPA COR- DE- ROSA, QUE PRETEONDIA UNIR ANGOLA E MOÇAMBIQUE, através dos oceanos
índicos Atlânticos, impedidos pelos ingleses através do ultimato de 1890.

OS PRINCIPAIS ACORDOS DA CONFRENCIA DE BERLIM:


Foram vários os pontos que foram abordados nesta grande conferencia para os países
europeus, dentre os vários pontos resultaram alguns acordos e os principais são os seguintes:

I. Proclamação do reino do congo como Estado independente (propriedade pessoal do


rei da Bélgica LEOPOLD ӀӀ)
II. Liberdade de fazer comércio na bacia do Kongo e territórios adjacente.
III. Liberdade de navegar nos rios Níger e Kongo.
IV. Provar a ocupação de qualquer território antes de declarar novas anexações.
V. Submeter a declaração que proíbe o tráfico de escravos e as operações terrestres e
marítimas do tráfico.

A PARTILHA DE ÁFRICA
Depois da conferência de Berlim a Africa ficou assim repartida:

 Grã-Bretanha (Inglaterra), ficou com as parte sul e ocidental que compreendem os


seguintespaíses: Africa do Sul, Gana, Nigéria, Quénia, ou melhor todos os países de
expressão inglesa.
 França ficou com território do mediterrâneo, comportando os seguintes países: a
Tunísia, Argélia e Marrocos. Na Africa ocidental e Equatorial, a França ficou com o
Senegal, Guine-Conacri, Congo Brazzaville, Mali e uma parte dos Camarões, e no
Oceano Indico as grandes Ilhas de Madagáscar e Ilhas Maurícias.
 A Bélgica ficou com o amplo território do Congo (hoje Republica Democrático do
Congo RDC rico em minerais)
 A Espanha ficou com a Gune Equatorial.
 Alemanha ficou com a Namíbia, Togo, Ruanda e Tanganica (Tanzânia).
 E Portugal ficou os territórios dos PALOPS (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau,
Tomé e Príncipe e Moçambique.

Na verdade estes acordos saídos desta conferência, serviram para amenizar ou harmonizar os
desentendimentos, mas não diminui nem acabou com o desejo expansionista e de conquista
de novas terras. Esta foi mais uma conferência entre cavalheiros para esconder as aparências.

A Conferencia de Berlim e o reino do Congo.


A causa da conferência de Berlim estava intrinsecamente ligada a disputa e divisão do reino
Congo. Em 1884 Portugal, Inglaterra, o bloco franco-b belga, mais tarde a Alemanha assinaram
um tratado sobre o reino do Congo. A conferência de Berlim deixou o Congo dividido desta
forma: a Norte o território de Ambriz, Soyo e Cabinda (paralelo8˚ͦ), a Inglaterra reconhecia os
direitos de Portugal mas não permitia nem aceitava a ocupação destas terras em
consequências das reservas e diferenças diplomáticas. Portugal tinha algumas feitorias na
costa Norte e nas duais margens do rio Zaire, estes factos deram origens as várias
contestações.

Os portugueses defendiam os seus direitos históricos sobre as duas margens do rio Zaire, estes
mesmos direitos foram contestados pela Bélgica, Inglaterra e pela França. Foi este um dos
factores que provocou a marcação da Conferencia de Berlim, convocada por Bismarck
(Alemanha) e JuleFerry (França), isto em 15 de Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro de 1885
onde foi reconhecido o Estado livre do Congo, como propriedade do rei Leopold ӀӀ da Bélgica,
retalhado por portugueses,franceses e belgas.

Foram firmadas as regras para a supressão (abolição) da escravatura e criou-se o conceito de


Ocupação Efectiva, que exigia dos colonizadores respeitar os direitos adquiridos.
Naconferência, cuja acta foi assinada em Fevereiro de 1885, e foi entregue a administração
portuguesa, a colonia de Angola com as fronteiras entre os paralelos 5˚, 17 ˚ e 25 ˚ de latitude
Sul, incluindo a margem esquerda do rio ZAIRE e o enclave de Cabinda. A administração belga
para ter acesso ao mar ficou com o Congo, incluindo Boma, Banana e a margem direita do rio
Zaire.

Os princípios da repartição colonial de Berlim foram reconfirmados na Conferencia de Bruxelas


de 1889 a 1890. O tratado que veio estabelecer os limites a norte de Angola, só foi assinado
em 25 de Maio de 1891 entre Angola e o Estado Livre do Congo, representado pelo rei Dom
Pedro V (Ntotela Ne Congo), também conhecido por Ngudia Kama Futila.

A conquista efectiva do continente e suas consequências.


A conquista, ou ocupação aconteceu basicamente entre (1885-1900).A ocupação efectiva do
continente trouxe drásticas consequências para os povos africanos, porque para além de
perderem a soberania politica, perderam também os recursos naturais, sua economia foi
estruturada segundo os interesses dos centros metropolitanos europeus. Era uma economia
que beneficiava o exterior (a Europa) e tinha como função o lucro das grandes empresas
monopolistas e não o desenvolvimentoeconómico do continente.

A população foi cruelmente explorada e despojada das suas terras, e noutros casos eram
obrigados a trabalhar nas minas e plantações, longe de suas famílias. Isso provocou o
subdesenvolvimento e despovoamento do continente.

O Pan-Africanismo.
Pan- africanismo é um termo que deriva do grego Pan que significa toda e africanismo refere-
se a elementos africanos.

Pan-africanismo é uma ideologia que propõe a união de todos os povos de África como forma
de potenciar a voz do continente no contexto internacional. Foi também considerado, um
movimento político, filosófico e social que promove a defesa dos direitos dos povos e da
unidade do continente africano no âmbito de único Estado-Soberano, para todos africanos.

O pan-africanismo nasceu no final do seculo XIX, nas Antilhas Britânicas e nos EUA. O Pan-
africanismo foi no inico uma forma de manifestar a solidariedade e a fraternidade entre os
descendente de escravos africanos, o seu percursor foi um advogado da Ilha de Trindade,
chamado, Sylvester Williams, o mesmo tomou a iniciativa de organizar, a Iª conferencia Pan-
africano foi em Londres (1890) com o objectivo de protestar contra as ocupações arbitrarias de
terras ancestrais africanas pelos Europeus, foi nesta conferencia que pela primeira vez que se
falou Pan-africanismo. Mas o homem que sistematizou a ideia de Pan-africanismo, foi o Dr.
Williams E. Burghart Dubois, igualmente descendente de escravos, e um dos mais notáveis
intelectuais do seu tempo (fim do seculo XIX e primeira metade do seculo XX). Williams
Dubois, já fazia parte da primeira burguesia negra, e procurou levar a questão da luta dos
negros a nível mundial, e não mais apenas no seu país, e por esta razão, ele é tido como o
verdadeiro pai do Pan-africanismo. Em todos os seus escritos, Dubois advogou o direito dos
negros de todo o mundo de viverem como povos livres, e o seu direito a desobediência lá onde
estivessem sendo colonizados ou discriminados. E o homem que procurou ir mais além, e
popularizou ainda mais o pan-africanismo foi sem dúvida o jamaicano Marcus Garvey, nascido
em 1885 e falecido em 1940 em Londres, residindo nos EUA. Marcus Garvey professou um
pan-africanismo agressivo, no sentido em que foi ele procurou a confrontação com o mundo
branco como resposta as discriminações e maus tratos infligidos aos negros. Defendia um
racismo ao contrário, e instruções governativas criadas e dirigidas por negros. Depois de vários
congressos, tais como:

O congresso de 1919 e 1921, realizou-se o histórico congresso de Manchester onde estiveram


lideres africanoscomo: KwameNkrumah (presidente do Ghana mais tarde), JomoKenyatta
( chegando a ser presidente do Quénia) e o conhecido escritor da Africa do Sul Peter
Abrahams.

O V Congresso Pan-Africano.
O V Congresso Pan-Africano realizou-se em Manchester em Outubro de 1945, e participaram:
O William Dubois, que é o patriarca do movimento, participaram também personalidades
africanas como são os casos do KwameNkrumah, JomoKenyatta e o sul-africano Peter
Abrahams.

George Padmore, conselheiro de Nkrumah e outras personalidades do mundo inteiro


formularampela primeira vez na Historia do movimento Pan-africano, as revindicações sobre
liberdade e a Independência dos povos negros.

O Congresso tomou como uma das resoluções que dizia que: os povos das colonias devem ter
o direito de escolher por si mesmo os seus próprios governos, um governo sem o limite de
qualquer Potência estrangeira. Apelemos para todos os povos das colonias para lutarem pelos
seus direitos, por todos os meios a sua disposição. A luta dos povos coloniais pelo poder
politico é o primeiro passo em frente e a condição necessária para a emancipação completa,
social, económica e politica… os trabalhadores coloniais devem estar na vanguarda da batalha
contra o imperialismo… colonias e povos dependentes de todo mundo, uni-vos.

Para concretizar os ideais de Dubois, Sylvester Williams, George Padmore e Marcus Garve, o
Pan-Africanismo, mais tarde foi comandado pelos africanos representados por KwmeNkrumah.

O movimento Pan-africano foi protagonizado em três grandes períodos:

I. Período de solidariedade 1935 a 1957.

II. Período de libertação e independências em Massa 1957 a 1960.

III. Período de integração de Africa 1960 a 1970.

A Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918).

Durante o Século XIX as nações imperialistas dominaram povos e territórios em diversas partes

do mundo. Assim, em poucas décadas, acumularam riquezas e aumentaram muito a sua

capacidade de produzir mercadorias. A disputa por mercado entre as nações, esteve na base

do nascimento das várias rivalidades entre as nações europeias. E destas surge a primeira

Guerra Mundial.

Para além da disputa por novos mercados, existem outras razões para a eclosão da Guerra

entre as nações europeias:

1) A rivalidade Anglo-alemã: a rivalidade entre a Inglaterra e a Alemanha, devido a

competição industrial. Em apenas três décadas, Alemanha tornou-se uma grande


potência industrial, os produtos de suas fábricas tornaram-se mundialmente

conhecidos, com uma grande aceitação no mercado inglês. Fortalecida, Alemanha

passou a pressionar para que houvesse uma novarepartição do mundo colonial. A

Inglaterra por sua vez, mostrava disposição em manter suas colonias a qualquer custo.

2) A rivalidade Franco-alemã: na França o anti germanismo era muito forte, devido a

derrota Francesa na guerra Franco-prussiana (em 1871) e a perda das cidades de

Alsácia e Lorena para Alemanha. Outro problema entre os dois países foi a questão do

Marrocos. Alemanha queria ocupar Marrocos, mas foi impedida pelos franceses e

ingleses. Em 1905, o imperador alemão defendeu abertamente a independência do

Marrocos, o significava opor-se contra a França. Esta atitude provocou quase uma

entre Alemanha e França.

Para evitar confrontos, convocou-se em 1906 Conferencia de Algéricas na ESPANHA, que

garantia a França a manutenção do protectorado sobre o Marrocos, comprometendo-se a

conservar a liberdade económica dos marroquinos. A França, temendo uma guerra, entrou na

corrida do fabrico de armamento e aproximou-se mais a Inglaterra.

3) A rivalidade Austro-Rússia: a Rússia desejava dominar o império Turco-Otomano, a fim

de obter uma saída para o mar mediterrâneo e também controlar a

penínsulaBalcânica. Para justificar esse expansionismo, criou o Pan-eslavismo

movimento politico, que tinha direito de defender e proteger (povos) as pequenas

nações Eslavas da península Balcânica.

4) A rivalidade entre a Alemanha e a Rússia: o império turco era um território que tinha

um grande mercado consumidor. E Alemanha pretendia construir um caminho-de-

ferro que permitia-lhe sair de Berlim passando pelos Balcãs e chegar a Bagdade

(Iraque), que pertencia ao império turco. A construção deste caminho interessava a


Inglaterra que pressentia uma ameaça as suas possessões na Índia. Também a Rússia

inquietava-se com a construção do Berlim-Bagdade.

5) O nacionalismo da Sérvia: a Sérvia era uma pequena nação Eslava independente,

situada na região dos Balcãs que almejava libertar e unificar os territórios pelo povo

Eslavo desta região. Opondo aos austríacos e aos turcos. A Sérvia aproximou-se cada

vez mais a Rússia, que comprometeu-se apoia-la e protege-la militarmente. Em 1907, a

Europa já se encontrava dividida em dois blocos político-militar:

1- A tríplice Aliança- constituída pela Alemanha, Itália e Áustria-Hungria. Essa aliança

secreta começou com Bismarck, que pretendia isolar a França e a Rússia, isoladas e

ameaçadas pelaTríplice Aliança, formaram a aliança Franco-Russa. Mais tarde,

uniram-se a Inglaterra e criaram a Tríplice Entente.

2- Tríplice Entente- com a Inglaterra, França e Rússia.

Enquanto se organizavam em blocos rivais, as principais potenciais europeias

lançaram-se numa desenfreada corrida armamentista. Adoptaram o serviço militar

obrigatório, criaram novas armas e passaram a produzir armamento e munição em

grande quantidade. A Europa vivia a paz armada. (este período começa com a

guerra Franco-Prussiana e vai até a Iª guerra mundial)

O que acelerou a guerra, foi o assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinand em

1914. O herdeiro do trono Austro-húngaro (Francisco Ferdinand), foi assassinado

por um membro da organização terrorista Mão-Negra em Sarejo (Bósnia). A

Áustria, acreditando que o atentado tinha sido preparado pela Sérvia, enviou-lhe

um ultimato com 11 pontos. Percebia-se pelo teor do texto, que a Áustria queria

guerra e contaria com o apoio da Alemanha.

A Sérvia, apoiada pela Rússia, recusou o ultimato. No dia 28 de Julho de 1914 a

Austro-Hungria, invadia á Sérvia á Sérvia. Assim começava a primeira Guerra

Mundial (nos Balcãs).


Fases da guerra

1ª Fase da guerra (1914), esse período caracterizou-se por movimentos

rápidos, envolvendo grandes exércitos. Certo de quevenceriam suplantá-la,

penetrou no território francês até as proximidades de Paris. Os franceses

contra-atacaram e na primeira batalha de Marne, em Setembro de 1914,

conseguiram deter o avanço alemão. O plano de guerra da Alemanha foi

traçado pelo general Van Schieffem em 1905.

2ª Fase de guerra (1915-1916), na frente Ocidental, foi marcada pela guerra

trincheiras, os exércitos de defendiam suas posições utilizando uma extensa

rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Enquanto isso, na frente

Oriental, o exercito alemão impunha sucessivas derrotas ao mal treinado

exercito russo.

Em 1915, a Itália que se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a

Alemanha e negociou com os países da Tríplice Entente, procurando conseguir

alguns territórios que se encontravam sobre conta da Áustria-Hungria. Na

medida que o conflito se foi alastrando, tornou-se cada vez mais trágico.

Fabricavam novas armas como: o canhão e o submarino, que faziam um

número crescente de vítimas.

3ª Fases da guerra- (1917-1918) em 1917 ocorreram dois factos decisivos para

o desfecho da guerra. A entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da

Rússia. Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da

França. Mas durante os primeiros anos de guerra, a posição dos Estados

Unidos era neutra, apenas fornecia armas, munições, alimentos e dava

créditos para alimentar as operações bélica.


O apoio Norte-americano, tem uma explicação simples: os americanos tinham

grandes investimentos nesses países ( Inglaterra e França) e queriam assegurar

os seus investimentos. Outras nações e também se envolveram na guerra

como: a Turquia e Bulgária que se juntaram á tríplice Aliança, enquanto o

Japão, Portugal, Roménia, Grécia, Brasil, Canada e Argentina colocaram-se ao

lado da tríplice Entente.

A saída da Rússia na guerra, tem que ver com as sucessivas derrotas contrao

exércitorusso (o Exercito Vermelho). O Czar-rei da Rússia, alegou que a guerra

era imperialista e que o seu país tinha muitos problemas por resolver. Por isso,

assinou o tratado de Brest-Litovsky que deu saída. Outro factor foi a crise

política e social na Rússia acelerou o processo revolucionário, que terminou

com o partido Bolchevique (Partido de Lenine) ao poder em 1917, com a

famosa Revolução de Outubro tornando a Rússia o primeiro País Socialista no

mundo.

Objectivos da tríplice Entente

1. Destruir o poderio económico da Alemanha

2. Destruir a forte marinha de guerra alemã

3. Anexar as colonias alemãs

4. Conquistar posições estratégicas np médio oriente

5. Enfraquecer militarmente Alemanha.

No ano de 1918, Alemanha fez o seu último ataque desesperado contra os seus inimigos da

Entente antes da chegada dos Estados Unidos à Europa,os alemães foram novamente

derrotados na segunda batalha do Marne forçados a recuar. A partir desse recuo, os países da

Entente foram impondo sucessivas derrotas aos alemães. A Alemanha ainda resistia quando

foi sacudida por rebelião interna, que forçou o imperador Guilherme II a abdicar da guerra em
9 de Novembro de 1918. No dia 11 de Novembro, derrotados em todas as frentes de batalhas,

a Alemanha terminou a guerra assassinando o armistício incondicional de Compiegne com as

forças da Entente. Alemanha e os seus aliados, da Tríplice Aliança (com excepção da Itália),

saíram derrotados na Iª Guerra Mundial.

Tratado de Versalhes e criação da SND 1919

No dia 18 de Janeiro de 1919 no antigo palácio de Versalhes, foi convocada a conferência dos

países aliados para redigir o tratado de paz. Fizeram parte desta conferência, 27 países. A

conferência tinha um objectivo claro: aniquilar Alemanha, política e economicamente e acertar

as medidas para a destruição do jovem país socialista a Rússia que ameaçava a própria

hegemonia do ocidente no mundo. O tratado de Versalhes, incluía também a criação das

Nações, instituição responsável para manutenção da paz mundial. Organização que a ONU,

mais tarde veio a substituir.

O tratado de Versalhes estabelecia que Alemanha era obrigada:

 A restituir as províncias de Alsácia e Lorena a França, bem como parte

da Prússia ao Mar Báltico á Polonia de forma a permitir o acesso deste

país ao mar.

 Ceder as minas de carvão do Sarre a França e Inglaterra para um prazo

de 15 anos.

 Ceder suas colonias, submarinos navios mercantes a Inglaterra, França

e Bélgica.

 Pagar aos vencedores uma indemnização fabulosa de 33 bilhões de

dólares (a Inglaterra e França)

 Reduzir o poderio bélico alemão, ficando proibida de possuir força

aérea, de fabricar armas e ter um exércitosuperior de 100 mil homens.


A 28 de Julho de 1919, Alemanha assinou o tratado de paz. Segundo o tratado, Alemanha tinha

que restituir as províncias de Alsácia e lorena a França e ceder ao novo estado Polaco os

territórios conquistados anteriormente. Alemanha foi também obrigada a entregar a

administração da Namíbia à sociedade das nações. Nesta reunião participaram:

1. O presidente Woodrow Wilson dos Estados Unidos Da América.

2. O primeiro-ministro Inglês Lioyd George

3. Primeiro- ministro francês Clémenceau

4. Primeiro-ministro Italiano Vittorio Orlanda

5. E ainda o representante do Japão que só entreviam nos assuntos respeitantes à Asia

O representante italiano Vittorio Orlanda, retirou- se quando percebeu que os aliados não

pretendiam cumprir com as promessas feitas a quando da entrada do seu país a guerra.

Medidas da mesma natureza foram aplicadas aos restantes países aliados dos alemães através

do estabelecimento de pactos: Tratado de Sant Gemain assinado pela Austrália (1919),

tratado de Trianon assinado pela Hungria (1920), tratado de Neuilly assinado pela Bulgária

(1920) e tratado de sérveres assinado pelo Imperio Turco (1920).

Com estes tratados, A Europa de 1920 ganhou uma nova fisionomia politica, resultante do

reajustamento territorial que defina novas fronteiras. Com isso, surgiram seis novos estados,

em função da desagregação do Imperio Austro- Húngaro e de territórios pertencentes à

Rússia, que são: Checoslováquia, Jugoslávia, Finlândia, Estónia e Lituânia. E baixadas medidas

no sentido de impossibilitar uma futura união entre Alemanha e a Áustria.

Checoslováquia, Jugoslávia, Finlândia, estónia e Lituânia. E baixadas medidas no sentido de

impossibilitar uma futura união entre Alemanha e a Áustria.

Sociedade das Nações- 1919


A sociedade das nações nasceu após o término da primeira guerra mundial, no sentido de

prevenir conflitos e impedir o surgimento de uma outra guerra mundial. A ideia da criação, do

presidente Norte Americano Woodrow Wilson, após várias discussões. O pacto da SDN apenas

entrou em vigor a 10 de Janeiro de 19120, eram membros desta organização internacional as

nações vencedoras da guerra e as nações neutras.

A SDN era composta por três membros:

1. Assembleia Geral: onde todos os membros tinham direito ao voto e reinava a unanimidade

com excepção a questões processuais.

2. Conselho: composta por 5 membros permanentes (E.U.A, Franca Grã-Bretanha, Itália E

Japão), números que aumentou depois para 9 em 1926.

3. Secretariado: este órgão tinha como objectivo preparar toda a documentação. O seu

secretário – geral era Jean Monet (1888- 1979), o homem que lançou a ideia para a criação da

comunidade Europeia do carvão e do Aço- CECA.

A primeira Assembleia – geral da SDN teve lugar em Genebra entre Novembro e Dezembro

1920 sem a presença dos E.U.A e da Alemanha. A tarefa deste organismo internacional era

resolver o problema da incorporação das ex-colónias alemãs.

Para tal, a liga das Nações criou o sistema de protectorado, aos povos coloniais com o pretexto

de os ajudarem a governarem. Desta forma, a Inglaterra recebeu a tutela da Palestina, da

Transjordânia, do Iraque, etc.

Consequências da Guerra

A primeira guerra mundial trouxe as seguintes consequências:

1. A guerra ceifou cerca de 10 milhões de vidas sem contar com os feridos


2. O comércio ficou praticamente reduzido a zero, os prejuízos eram incalculáveis.

3. O declínio da Europa que ficou totalmente atingida com o conflito e ascensão dos

Estados Unidos da América.

4. Aparecimento de regimes totalitários au autoritários, tas como: Fascismo e o Nazismo.

5. A guerra terminou com o esmagamento da Alemanha e o triunfo dos países de

democracias liberais.

Esta guerra mudou o rumo da história. Os quatros impérios caíram (Russo, Austro-húngaro,

Alemão e Otomano), a Rússia perdeu todas as conquistas dos dois seculos, a Finlândia, Estónia,

Letónia, e a Lituânia que tornaram-se independentes. A Rússia também teve que ceder a

Bessarábia e a Roménia.

A Revolução Socialista de Outubro de 1917.

A Revolução Russa de 1917 foi um dos movimentos mais importante do mundo

contemporâneo. A mesma teve lugar num país da Europa atrasado devido aos seguintes

factores:

I. As derrotas da 1ª guerra mundial.

II. O absolutismo do governo (sistema de governo em que o poder do chefe é absoluto.

em que tudo esta nas mãos do chefe. (tipo tirania despotismo.)

III. A situação miserável da população (mais de 88%) operária, soldados e camponeses.

IV. A Ansiedade de paz, pão e terra.

V. A existência de lideranças políticas expressivas.

Antecedente para a Revolução de 1917/ Ensaios.


Em 1905, a Rússia entrou em guerra com o Japão pelo controle da Manchúria e da Coreia e foi

derrotada. A derrota russa e a morte de muitos militares do Exercito Vermelho acentuaram os

problemas internos do país. Que vivia uma crise de abastecimento de alimentos, nas cidades e

para as tropas. Isto originou uma série greves. O objectivos dos manifestantes era exigir

melhores condições de vida, o povo foi totalmente reprimido pela guarda pessoal do Czar (os

Cossacos), nesta repreensão foram mortas mais de mil 1000 pessoas. Esta revolução foi

chamada “Ensaio Geral para a Revolução de 1917.

Noinício do século.XX não existia liberdade na Rússia, a imprensa era censurada, não havia

parlamento o CZAR (rei) comandava através de decretos-lei o Estado. A igreja ortodoxa auxiliar

do Estado dominava a Educação de base, subordinada ao Estado.

Em 1917, já se esperava uma revolução na Rússia, devidas as inúmeras manifestações que fez

co que até os tropas aderissem aos protestos. Em 1917 aconteceram duas grandes revoluções

na Rússia, a primeira foi a Revolução de Fevereiro (12 de Março no calendário Ocidental e 27

Fevereiro no calendário russo) e a Segunda Revolução de Novembro a Outubro.

 A Revolução de Fevereiro foi democrática-burguesa e acabou com a autocracia

(governo absoluto de um monarca) e implementou um regime nunca visto na Rússia.

Mas quem tomou o poder foi a Burguesia (conjunto de indivíduos que formam a

classe média da sociedade) que estava muito bem organizada politicamente.

O Czarismo foi derrubado e instalou-se um governo provisório, controlado pela

burguesia liberal que criou uma Assembleia constituinte. Os partidos da oposição e a

imprensa puderam funcionar livremente.

 A Revolução de Outubro foi socialista e colocou os bolcheviques no poder. antes da

revolução, os Mencheviques apresentavam-se como a principal força da oposição,

mas não lutavam para a implementar imediatamente o socialismo. Por isso, apoiavam

o governo provisório chefiado pelo Primeiro- Ministro KERENSKY. Mas foi o WLADIMIR
ILLICH ULIANOV LENINE (discípulo de KARL MARX), PENSADOR EXTREMAMENTE

Flexível e membro do PSDR que em 1903 convocou (pelo facto de muitos não estarem

de acordo com o programa de Lenine) o seu 2º congresso em Londres e dividiu o

Partido em duas partes: os BOLCHEVIQUES partido de Lenine com a maioria e os

MENCHEVIQUES CO MINORIA. LELININE IMAGINAVA UMA RUSSIA MAIS FORTE COM

O SOCIALISMO E NÃO COM O CAPITALISMO.

Quando caiu o Czar ele estava no exilio (naSuíça), fez as malas e foi para o país. Logo que

chegou em Petrogrado (cidade russa), proferiu um discurso em que denunciou o governo

provisório, dizendo: que era um instrumento de dominação da burguesia e terminou com as

seguintes palavras Todo o poder aos Sovietes. Sovietes significam conselho, assembleia, órgão

do poder dirigido pelo povo.

A Revolução Socialista de Outubro 1917

A Revolução de Outubro na Rússia, também conhecida como Revolução Bolchevique ou

Revolução Vermelha, foi a segunda fase da Revolução Russa de 1917, depois da Revolução de

Fevereiro do mesmo ano (aconteceu depois da Rússia ter assinado o tratado de Brest-Litovscki

que lhe permitiu sair da Primeira Guerra Mundial)

Foi liderado por Vladimir Lenine e pelo Bolcheviques, contra o governo provisório, em 25 de

Outubro de 1917 (pelo calendário juliano) e 7 de Novembro pelo calendário gregoriano. Foi a

primeira revolução comunista marxista do Seculo XX e deu o poder aos Bolcheviques.

Na madrugada do dia 25 de Outubro os Bolcheviques liderados por Lenine, Zinoviev eRadek,

com ajuda de elementos anarquistas e Socialistas Revolucionários, cercaram a capital, onde

estava sediado o Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado. O papel dos Bolcheviques era

o de convencer os sovietes a aceitar as propostas de tomada do poder.


Os Bolcheviques começaram armar os operários, e conquistaram um prestigio popular,

Trotsky, um intelectual marxista com grande liderança entre os trabalhadores, entrouno

partido e foi eleito presidente do soviete de Petrogrado. Bukharin, outro destacado intelectual,

vai ser eleito presidente de Moscovo. São essas figuras que vão contribuir em grande para o

desenvolvimento da revolução

Na noite de 6 a 7 de Novembro de 1917 as forcas Bolcheviques começaram a movimentar-se,

soldados e operários armados (Guarda vermelha), seguiram o plano traçado por Lenine (no

palácio Smolin, sede dos Bolcheviques). Quase não houve resistência, os principais pontos

estratégicos foram tomados sem lutas; o estacão ferroviária, a central telefónica, os telégrafos

e o palácio do governo,Kerensky fugiu.

Os Bolcheviques largamente maioritários no congresso dos sovietes, tomam o poder em 7 de

Novembro de 1917. Criam um conselho dos Comissários do povo, presidido por Lenine. Leon

Trostsky assume o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Josef Estaline, o das Nacionalidades

(Interior). A revolução russa é vitoriosa e instala o primeiro Estado Socialista do mundo.

O novo governo, presidido por Lenine,adoptou uma serie de reformas radicais, baseada no

marxismo e executadas por meio da ditadura dos sovietes. Os objectivos dos comunistas não

eram apenas derrubar o governo provisório: Procuravam criar uma nova sociedade baseada no

socialismo. É assim que os Bolcheviques começam a fazer determinadas reformas, através de

um decreto eliminou os latifúndios imediatamente, as terras foram distribuídas aos

camponeses. Assim. Lenine cria o regime Socialista.

SOCIALISMO: é o regime político que defende a propriedade colectiva (para o povo), a não

existência de classes, e a regulação das actividades económicas e sociais por parte do

Estado. (A doutrina socialista tem origem no seculo XVIII, logo que consolidaram-se os

efeitos da revolução industrial sobre as sociedades modernas. É uma ideologia que critica o
liberalismo económico e vai contra asnoções de que o mercado é o princípio organizador da

actividade económica)

A importância da Revolução de Outubro

A revolução de Outubro (russa) de 1917,foi um facto importante para o mundo. A grande

Revolução socialista de Outubro teve uma enorme importância internacional, pelo facto de

influenciar o movimento operário mundial, como mostrou aos povos oprimidos (da África e da

Ásia) do mundo, a via para a libertação nacional e do colonialismo. A revolução russanão foi

apenas, um movimento nacional, constituiu uma viragem na história da humanidade.

Período Estalinista

Lenine não pode ver o sucesso da URSS. Em 1922, quando saía de um cinema apanhou um tiro

de um terrorista, a partir daí sua saúde foi piorando, ate morrer em 1924. Apos a morte de

Lenine, a liderança do Partido Comunista passou a ser disputado por Estaline e Trotsky. Trotsky

achava que o socialismo nunca seria vitorioso se ficasse confinado na Rússia. Defendia o

avanço do Exercito Vermelho por toda Europa, para apoiar os movimentos revolucionários

(baseava-se na teoria da Revolução).

Já Estaline tinha uma outra ideia, que era de conservar a URSS intacta e, mais tarde difundir o

socialismo. Estaline acreditava na teoria do socialismo num só país. A disputa entre os dois foi

crescendo. Estaline tinha muitos poderes e prestígio pelos membros do partido, devido o cargo

(Secretario geral do partido Comunista). Pouco a pouco, consegue o controlo do partido,

Trotsky foi perseguido e acabou por se exilar no México (em 1929), onde morreu em 1940.

Estaline assumiu o controlo total do país e em nome do comunismo, viria a chefiar uma das

maiores ditaduras que o mundo já conheceu.


De 1927, quando eliminou seus rivais, ate 1953 quando morreu. Estaline tornou-se o dirigente

absoluto da UniãoSoviética. O nome URSS- União das Republicas Socialistas Soviéticas,

representava um Estado federativo. Aparentemente este Estado era democrático, segundo o

artigo nº 6 da constituição de 1936 Todo o poder emana do povo, na verdade não acontecia

isso.

A mesma constituição, dizia que o partido comunista tinha a hegemonia do estado e da

sociedade. Cabendo a ele a direcção. O partido único era o motor e o verdadeiro detentor do

partido soviético, pouco numeroso em relação à população. Os membros do partido eram

escolhidos pela direcção, tinham de ser disciplinados e obedientes, sempre sujeitos ao chefe.

Tinham muitos privilégios tais como: casas de luxos em grandes condomínios, bons salários,

férias e outras regalias. Aproveitando- se do assassinado de Kirov, Estaline a pretexto de

combater a contra- revolução, implantou o terror policial, começou a eliminar seus últimos

opositores através do processo de Moscovo (1936- 1938), todos aqueles que faziam parte do

antigo comité central do partido eram presos e executados.

O culto da personalidade

Estaline para assegura o poder, possuía também um grande prestígio popular. Sua palavra era

indiscutível e sagrada, era tido como o guia genial dos povos. Todos os partidos comunistas se

inspiravam ao da Rússia. Estaline era modelo de todos os dirigentes e de todos os líderes.

Dizia-se que era a concepção do comunismo russo a derrotar o nazismo e o fascismo.

A ascensão dos E.U.A e a crise Económica (de 1929 a 1932)

A crise económica de 1929 a 1932 e a situação de Europa

Termina a 1ª guerra mundial, os E.U.A tinham-se transformado na maior potência económica

do mundo. Apesar da pequena crise económica que viveu em 1929-21, chamada (crise de

conversão), causada pela diminuição das exportações para a Europa que se recuperava e
voltava a produzir. Vários factores contribuíram para que os Estados Unidos se tornasse tao

rapidamente numa potência, não obstante ter sido uma colonia inglesa. Os factores foram:

1. A dimensão dos territórios- Os E.U.A e tao vasto como a Europa, 9.363.000 km e so

ultrapassado em superfície pela Rússia.

2. O dinamismo demográfico- Causada pelos primeiros colonos Europeus que povoaram

a procura de uma vida livre, de aventura e de fortuna. Esta população, culturalmente

diversificada, transformou a América num grande país.

3. Crescimento das redes de transportes- A construção de redes de caminhos-de-ferro

vai constituir um factor estruturante do desenvolvimento. A eficiente rede de

transportes permitiu uma extraordinária mobilidade geográfica, favorecendo o

domínio do espaço e o desenvolvimento económico.

4. O poder financeiro- Tinha uma industria constituída por empresas gigantes, em forma

de trusts e holdings.

Os anos 20 foram os anos de prosperidade económica para os estados Unidos. A

agricultura Norte- Americana era a mais mecanizada do planeta e as industrias (de

automóveis, petróleo, carvão,aço, cobre e alumínio), produziam bens em quantidades,

parecia que todo mundo, do milionário ao humilde operário, se tornaria num grande

consumidor. O grande crescimento económico dos Estados Unidos, resulta também dos

lucros daexportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no

período pós guerra. Era esta a situação Americana no final da década de 20. Apesar disso,

a maior parte desta renda nacional estava concentrada nas mãos de uma minoria da

população, impedindo o desenvolvimento do mercado consumidor interno. A exportação

para a Europa fica difícil, porque a maioria dos países europeus estavam a recuperar a sua

capacidade produtiva e sem condições para importarem os produtos americanos. A

década de 20, foi também marcada pelo aparecimento das Bolsa de Valores, onde as
cotações eram manipuladas por grandes espectadores. A bolsa de Nova Iorque (Nova York)

movimentava milhões de dólares, investindo diariamente em acções. Mas no dia 24 de

Outubro de 1929, a chamada (quinta- feira NEGRA) ocorreu o craque- queda da Bolsa de

Nova York. Esta queda criou um pânico, no dia 29 mais de 16 milhões de títulos foram

despejados no mercado, milhões de dólares em títulos foram reduzidos a zero. Este craque

destruiu o património de milhões de pessoas.

A crise económica de 1929

Inicia-se assim, a grande crise do capitalismo americano, que viria a afectar o capitalismo

mundial. Nos que seguiram, o valor da produção dos Estados Unidos voltou a cair, o

número de desempregados cresceu fortemente, mostrava-se o aspecto da miséria. Uns

suicidavam-se e outros enlouqueciam. Todos os países da Europa sofreram os efeitos.

Os Estados Unidos, investidores e credores dos países europeus, retiraram seu capital da

Europa, provocando a queda de bancos e indústrias e consequentemente o aumento do

desemprego em todo continente que acabava de sair da guerra. Esta crise também afectou

os países da América Latina, as colonias da Asia e Africa, pois eram produtores e

exportadores de matérias- primas e de produtos alimentícios.

Em busca da saída- O NEW DEAL

Em 1932, um novo presidente FrenklinRoosvelt, assume o poder. Ele criou um plano

económico chamado New Deal (um método novo), um vasto programa de reformas que visava

dar ao país uma nova base social e lutar para impedir a catástrofe que estavam a viver. O plano

económico abrangia 4 pontos: Agricultura, desemprego, segurança social e

administração.Este plano obrigava o estado a intervir directamente na economia para evitar

as crises.

O nascimento de países fascistas


A crise do capitalismo e da democracia apos a IªGuerra Mundial, gerou um novo regime e

uma nova serie de movimentos conhecidos pelo nome de Fascismo. O primeiro país a

constituir um regime fascista foi a Itália, onde Benedito Mussolini (1883-1945) organizou

um Estado forte e antidemocrático. Foram fascistas:

 O regime implantado por Francisco Franco (em 1939) em Espanha;

 O regime Salazarista implantado em Portugal por António de Oliveira Salazar em

Portugal (em 1933);

 O Nazismo alemão implantado por Adolfo Hitler em 1933 a 1945

Certos partidos totalitários surgiram na década de 30. Mas o nazismo alemão liderado por

(Hitler), foi o mais extremista e terrorista. O fascismo se tornou uma mística e transformou

homens, chefes, em semideuses, que incorporavam as aspirações da sociedade e com uma

disciplina severa exigiam a nação a trabalhar em conjunto.

Fascismo: é um regime político totalitário (ou ditador) inspirado no corporativismo Foi

implantado na Itália (em 1922-1945) por Benedito Mussolini (1883-1945).

O Fascismo na Itália

A Itália foi a primeira a sofrer a ditadura fascista. A Itália entrou na Iª Guerra Mundial ao lado

da Entente, com objectivo de ganhar colonias e territórios, mas não ganhou nada, pelo

contrário perdeu mais de 600 mil vidas e uma divida aos EUA. O resultado disso, trouxe uma

crise económica devastadora: com fome, greve e desemprego. O presidente Giolitti perdia o

controlo do país. Houve lutas nas fábricas e empresas. Preocupada, a burguesia começou

afinanciar um movimento fascista, o líder era Mussolini que começou a organizar esquadrões

de combatentes, todos voluntários. Com ajuda do exército e a cumplicidade da polícia, os

fascistas passaram a reprimir violentamente as greves e espancar ou matar socialistas e líderes

sindicais. No ano de 1921, foi fundado o Partido Nacional Fascista, atraindo a classe media, a
juventude, antigos socialistas, Ex-combatentes e aventureiros. Os militares eram chamados

Camisas Negras.

Marcha a Roma

Em Outubro de 1921, 40 mil Camisas marcharam a Roma. O rei e exército e a polícia não

conseguiram os deter. No dia seguinte, o rei Victor Emanuel II indicou Mussolini para formar o

novo governo. Em 1924, houve eleições gerais que deram aos fascistas 65% dos votos e

Mussolini consegue ver eleito Primeiro-Ministro. A partir de 1925, o regime foi fechado de vez,

todos os partidos foram proibidos de exercer actividades políticas e o poder foi centralizado.

Introduziram a censura e a pena de morte. A única força da (oposição) que foi a igreja católica.

Completada a tomada de poder, o fascismo começou a realizar grandes obras públicas,

monumentos, vias de comunicação, palácios e obras sociais.

O Nazismo na Alemanha

O fascismo alemão teve o nome de Nazismo. Tao logo terminou a primeira guerra mundial, a

Alemanha mergulhou numa crise terrível, a derrota da Alemanha gerou grande depressão

económica e uma inflação vertiginosa.

A instabilidade da Republica de Weimar (Alemanha)

O partido social-democrático, era o partido socialista mais forte da Europa, tendo muitos

representantes no parlamento e controlando os maiores sindicatos do país. Em Janeiro de

1919 a Assembleia constituinte na cidade de Weimar, elaborou uma nossa constituição, que

estabelecia um regime democracia-liberal. Assim nasceu a República de Weimar, dirigido pelo

social-democrata ERBERT quesó perdeu o poder depois da tomada do poder pelos Nazista

liderado por Adolfo Hitler em 1933 (chefe do partido Nacional Socialista dos Trabalhadores

Alemães).
Aproveitando-se da falta de unidade entre os comunistas e social-democratas, em 1933Hitler

(1889/1945) assumiu a função de chanceler, (primeiro ministro) ficando Hindengurg na

presidência. Com o apoio dos deputados nazistas, que era a maioria, Hitler foi acumulando

poderes e construindo um estado Totalitário. Em 1934, um grande incidente fez desaparecer

os outros deputados do parlamento. Um incêndio aconteceu no parlamento, foram atribuídas

as culpas aos comunistas, acusadas de provocar instabilidade política, Hitler mandou prender

todos os comunistas e socialistas. Em consequência disto, Hitler depuroua política e o exército,

dissolveu os partidos da oposição, bem como os sindicatos e as associações. Em 1934, o

Partido Nazista ocupava todos os cargos estatais e com a morte de Hindengurg, Hitler assumiu

também a presidência do país.

A Ideologia Nazista

A ideologia nazista foi fundamentada no livro ‘’ MEinKampf A Minha Luta’’ que apresentava

todo o pensamento nazista.

1º Ponto: era a vingança contra as decisões do tratado de Versalhes.

2º Ponto: era o lebensraum( espaço vital), esmagar o arqui-inimigo do nazismo, o comunismo

da Rússia.

3º Ponto: a superioridade da raça ariana, impor ao mundo que os arianos eram mais fortes e

puros, e que todas as raças deveriam servir os arianos.

4º Ponto: foi o anti-semitismo, Hitler possuía um enorme ódio contra os judeus identificados

com o capitalismo.

A doutrina Nazi era também uma doutrina fascista, fundamentada no racismo, os nazis

acreditavam que existiam raças superiores e raças inferiores. A raça superior segundo Hitler,

eram os arianos cujos representantes mais puros eram alemães, que tinham o direito de
dominar o mundo. Entre as raças inferiores, consideravam a raça judaica, culpada de todos os

males da sociedade, os judeus eram excluídos do exército, do ensino e da administração

pública. Também viam as suas empresas boicotadas e as suas sinagogas destruídas. Muitos

assassinados e queimados vivos. O genocídio eliminou milhões de judeus, nos campos de

concentração.

No fascismo, desprezava-se a inteligência crítica, queimavam-se livros que criticavam o regime,

propagava-se a educação física e preparação militar. Os combatentes eram considerados

superiores e os intelectuais inferiores, o militarismo era preocupação principal. O fascismo era

antidemocrático, considerava a democracia incapaz de defender a nação, porque rompe a

unidade do país. Desta forma deixou de existir diferentes opiniões e partidos politico. O lema

do fascismo era ‘’Tudo pelo Estado, Nada contra o Estado’’

A IIª Guerra Mundial

As tensões internacionais

Depois da Iª guerra, o mundo fico dividido em dois grupos:

1º Grupo dos países capitalistas (liderado pelos EUA);

2º Grupo dos países socialistas (liderado pela Rússia).

Dentro do Iº grupo, havia uma certa divisão. O 1º era os países vencedores da Iª guerra, que

dividiam entre si as colonias, por isso tinham fontes de matérias-primas e amplo mercado para

circulação dos seus produtos, esses países eram: EUA, Inglaterra e França. O 2º grupo eram

países derrotados na Iª guerra mundial, esses eram semiatrasados, carente de matérias-primas

e de mercados para circulação dos seus produtos, entre eles estavam: Itália, Alemanha e

Japão.
As consequências da Iª Guerra Mundial, foram nefastas em todo o domínio social,

demográfico, económico e político. Esta realidade levou o Presidente americano Wilson, em

lançar a ideia de criar um organismo internacional que velasse pela paz e segurança mundial

na conferência de Versalhes. Esta ideia foi aceite e decidiram criar a Sociedade das Nações

SDN. A acção da Sociedade das Nações, foi dificultada devido a ausência dos EUA, Alemanha e

URSS. O outro factor, está ligado com as decisões que eram, tomadas por unanimidade e não

existência de uma força armada (por exercito), para manutenção da paz, isso prejudicou

bastante a intervenção da Sociedade das Nações na resolução dos conflitos que foram

acontecendo. Na década dos anos 20, após o tratado de Versalhes, a paz parecia que estava

definitivamente assegurada pela SDN, mas nos anos 30 a vida política internacional foi

seriamente abalado pela grande depressão. Com a fraca capacidade da SDN,a Alemanha violou

o tratado de Versalhes, ocupando Lorena e Alsácia (territórios franceses), com objectivo de

implementar a sua política de Espaço Virtual, em 1935, Hitler institui o serviço militar

obrigatório e em 1936 aliou-se com a Itália. Em Março de 1939 exigiu direitos sobre a Polónia:

de livre passagem pelo corredor de Dantizig. Em Novembro de 1936 Hitler assinou um pacto

com a Itália (Pacto Eixo Roma-Berlim) e no mesmo ano, um pacto com Japão (Pacto Anti-

Komintern) criado concretamente para combater a Internacional Comunista e a União

Soviética. Em 1935, o Japão invade a Manchúria (China), por causa das sabotagens da sua linha

férrea pelos chineses, em 1931, a Itália ocupava a Etiópia (África) e em 1939, rebentou a

guerra civil espanhola que serviu de ensaio para guerra mundial (devido as armas usadas nessa

guerra).

Factores da guerra

Os factores da IIª guerra foram:

1. A primeira Guerra Mundial;

2. O aparecimento do Fascismo;
3. Descontentamento dos países fascistas (Alemanha e Itália);

4. Negação do plano apresentado para uma nova partilha do mundo pelas potências;

mundiais (EUA, Inglaterra e França);

5. Crise económica mundial de 1929;

6. O Pacto do Eixo Roma-Berlim;

7. E ascensão do Socialismo.

O carácter da guerra

A 2ª guerra mundial teve início no dia 01 de Setembro de 1939 e terminou em Agosto de 1945,

tendo durado 6 anos. A guerra teve um carácter imperialista e expansionista. No início, com a

ocupação de vários países independentes pela Alemanha, o seu carácter mudou quando os

países ocupados dissidiram lutar. A guerra adquiriu um carácter anti- fascista e se tornou uma

guerra de libertação.

As vitórias Alemães

A Polónia foi o primeiro país a ser ocupado pelas tropas nazis, em Setembro de 1939 os países

aliados colocaram-se na defensiva ao abrigo da linha Maginot, um conjunto de fortificações

construída na fronteira francesa. Esta situação continuou até 1940. Mas entre Abril e Junho, as

forças armadas alemães invadiram a Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica e Franca. Obtendo

espectacular êxito militar. Durante um ano, as tropas de Hitler lançaram poderosas ofensivas

através de colunas blindadas e movimentação rápida e poder de fogo apoiados pelos

bombardeamentos de aviação, esta primeira fase chamou-se de «guerra relâmpago». No

verão de 1940 no Noete e Ocidente da Europa apenas os países neutros eram: Portugal,

Espanha, Suíça e Suécia, esses não tinham sofrido o ataque alemão. A Inglaterra isolada

resistia ao expansionismo nazi dirigida pelo primeiro- ministro Winston Churchill, com a sua

forca aérea RoyalAir Force, que tratava a aviação alemã Luftaffe (na ilha britânica e no canal
daMaucha). Em 1941 deu-se a mundialização da guerra com dois grandes conflitos em áreas

distintas do globo:

1. No leste da Europa a 22 de Junho de 1941 a cruzada contra o bolchevismo. A invasão

da Rússia por três milhões de homens, dez mil carros blindados e três mil aviões, isso

abalou profundamente o exército russo muito mal armado.

2. No pacífico, ao 7 de Dezembro de 1941 a aviação Japonesa ataca de surpresa a forca

americana em PearlHarbor no Hawai. Alguns dias mais tarde, a Alemanha e a Itália de

acordo com o pacto do eixo, declararam guerra aos E.U.A, este golpe profundo nas

forcas americanas no pacífico, permitiu ao Japãoconquistar fácil as Filipinas e a

Malásia.

Nos primeiros meses de 1942, os avanços das tropas do eixo atingiu o auge. As forcas

Japonesas ameaçaram a índia e a Austrália, os alemães atacaram e tentaram ocupar a cidade

russa de Estalinegrado, enquanto no Norte de Africa as topas Alemães chegaram as portas do

cairo (Egipto) e do Suez. Ainda em 1942, o domínio alemão estendeu-se quase por toda

Europa, atacando a Noruega. Este domínio faz-se sentir nos seguintes aspectos:

 A exportação de bens e utilização de mão-de-obra.

 A repressão extermínio, principalmente os judeus. Entretanto, os países

submetidos a ditadura Hitleriana organizaram resistências ao exército ocupante e

aos governos colaboracionistas.

Posição dos EUA na Guerra

Enquanto os imperialistaseuropeus lutavam e se arruinavam mutuamente, os EUA declarou-se

neutro em relação a guerra. As razões da sua neutralidade durante IIª guerra mundial, prende-
se com as vantagens que esperava obter o conflito, apenas encomendava armamento e

género alimentício aos países europeus. No entanto três grandes motivos levaram os EUA a

abandonarem a sua política de neutralidade:

1. Reconquistar as suas possessões que estavam com o Japão e salvaguardar os

seus interesses que encontrava ameaçado pelo fascismo;

2. Fazer crer aos aliados ocidentais que os EUA eram forte do ponto de vista

económico, político e militar;

3. Formar uma aliança anti-fascista, anti hitleriana para medir a libertação da

Europa pelos soviéticos (URSS-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).

A carta do Atlântico Sul

A Carta do Atlântico Sul foi assinada a 12 de Agosto e publicado a 14 de Agosto de 1941.

Muitos nacionalistas pensavam que uma vez terminado a IIª Guerra Mundial, haveria uma

nova ordem mundial em que a liberdade e a igualdade substituiriam o racismo e a

descolonização ou indecência dos países seria uma aposta das potências da IIª guerra mundial.

Foram subscritos desta carta os seguintes líderes:

1- Presidente Roosevelt (EUA);

2- Primeiro-ministro WilstonChurchill;

3- França, o general Charle de Gaule.

Mas no entanto, o primeiro ministro inglês Wilston Churchill apressou-se a declarar dias

depois, que o princípio de Auto-determinação diz respeito somente aos povos ainda sujeitos

ao domínio fascista e as colónias do império colonial inglês manteria tal como era. Estas

declarações do 1º ministro inglês indignaram os líderes pan-africanistas, principalmente

KwameNkrumah, Williams Dubois, Jorge Pandmon e foram apoiados pelo Presidente


Roosevelt e pelo general francês Charle de Gaule e os 26 Estados aliados na guerra contra o

fascismo (IIª Guerra Mundial).

A coligação Anti-Fascista

Temendo enfrentar sozinho o poderoso exército japonês, os EUA persuadiram a Inglaterra que

se encontrava em agonia, decidiu fazer conversações com a URSS com vista a formar uma

coligação anti-fascista conjunta. A URSS, interessado em abrir uma segunda frente na Europa

Ocidental com objectivo de desactivar as bases de apoio dos alemães. Assim, entre Maio e

Junho de 1942, os EUA, a Inglaterra e a URSS reuniram-se em Moscovo e assinaram o acordo

que criava a coligação. O acordo continha as seguintes decisões:

1. Formar uma coligação conjunta integrada pelos EUA, URSS Inglaterra e França;

2. Ajuda mútua no prosseguimento da guerra contra Alemanha e seus aliados;

3. Cooperar depois do término da guerra;

4. Criar uma paz colectiva entre as potências.

A derrota da Alemanha e o fim do Terceiro-reino (Reich)

Em Julho a Agosto de 1943, os nazistas ainda lançaram um contra-ataque. Mas foram

massacrados (na barra de Kursk), esta foi considerada como o maior confronto de toda IIª

guerra mundial. Os ataques russos e os famosos foguetes mostraram surpreendentemente

superiores as armas alemães. Neste mesmo ano, os alemães foram surpreendidos, um inverno

terrível com temperatura de 30 grau negativo condiciona as deslocações das tropas alemães.

Os alemães tendo perdas muito alta dos seus soldados (mais de 1,5 milhões de soldados)
decidiram mudar de estratégia. Foram para o Sul em direcção do Cáucaso, região riquíssima

em petróleo para poder atacar Moscovo (Rússia), na retaguarda.

Os alemães pretendiam chegar em Estalinegrado, mas os russos pregavam boas resistências.

Os combates se arrastaram de Setembro de 1942 a Fevereiro de 1943, no fim deste tempo os

alemães estavam esgotados. O marechal soviético Júkov deu golpe final: mandou tropas

preparadas para o frio, o exército alemão viu-se cercado sem ter mais nada a fazer, o

comandante alemão entregou-se ao exército vermelho, Hitler sem saída suicida no dia 8 de

Maio a Alemanha se rende. Já em Itália Mussolini foi capturado ao tentar fugir para Suíça. Foi

condenado e fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de Abril de 1945.

Após a queda da Alemanha, chega a vez do Japão. No pacífico (isto em 1943), os japoneses

passaram a ter os dias contados. Temendo que a união soviética declarasse guerra ao japão e

ocupasse seus territórios, os EUA (isto em 6 de Agosto de 1945), lançaram uma bomba

atómica sobre Hiroshima (cidade japonesa) procurando vencer os japoneses antes da URSS.

Ainda no dia 8 do mesmo mês, os EUA lançaram outra bomba à cidade de Nagasaqui, o japão

não tendo mais forças para lutar, rendeu-se (em 2 de Setembro).

As reuniões entre os aliados:(AConferência de Yalta e de Potsdam)

A Conferência de Yalta: foi realizada em Maio de 1945 na URSS, depois da libertação dos países

da Europa Ocidental. Esta teve como objectivo examinar os problemas do mundo no período

pôs guerra e tomar medidas para a resolução dos mesmos. Participaram nesta conferência três

países, representados pelos seus chefes de Estados: A URSS representado pelo Estaline, EUA

representado pelo Roosevelt e a Inglaterra representado pelo Winston Churchill.

As conclusões encontradas nesta conferência foram as seguintes:

1º Esmagar definitivamente a Alemanha at a sua capitulação incondicional.


2ºDesarmar a Alemanha política, económica e militarmente.

3º Instaurar regimes democrática aos Estados europeus libertados.

Estas medidas visavam impedir o renascimento do fascismo na Alemanha e instaurar a

democracia na Alemanha.

A Conferência de Postdam: esta aconteceu depois da capitulação incondicional da Alemanha,

melhor dito, depois da capitulação incondicional da Alemanha, as potências reuniram-se em

Postdam perto de Berlim, isto em 17 de Julho a 2 de 1945 e tomaram as seguintes decisões:

1º Transferência do poder da Alemanha para as mãos das potências

2º Divisão da Alemanha em quatro (4) zonas, Berlim ficou na zona da URSS.

3º Desmilitarizar completamente a Alemanha.

4º Criar um tribunal internacional para julgar os grandes culpados ou criminosos de guerra,

etc.

As Consequências da segunda (2ª)Guerra Mundial

A Segunda (2ª) Guerra Mundial distinguiu-se por duas características principais: foi uma guerra

total e alimentada por motivações ideológicas. Foi total pelo factode afectar todos os sectores,

sociais, económico, político e militar. A população, (os velhos, as crianças) e os militares

sofreram com os bombardeamentos, estragos, destruições e ruínas. A eliminação sistemática

de prisoneiros realizadas nos campos de concentração nazi e a crise de abastecimentos

essências que afectou os países envolvidos no conflito, com a morte de milhares de homens, a

mulher foi chamada a intervir mais na vida activa da sociedade.

As cidades ficaram totalmente destruídas, as estradas, as fábricas, os caminhos-de-ferro e

consequentemente a economia. No campo político, a influência da Europa, (Inglaterra e a


França) decaiu em função do surgimento de duas novas potência mundiais: EUA e a URSS. A 2ª

guerra mundial trouxe também o aparecimento de novos países socialistas na Europa Oriental

como: Tcheco-Eslováquia, Roménia, Hungria,Polonia, JugosláviaeAlbânia. Já Alemanha foi

dividida em duais: a parte Oriental ficou com a Rússia que implementou um regime socialista e

chamava-se República Democrática da Alemanha RDA, na parte Ocidental estava a República

Federal da Alemanha RFA com um governo liderado pelo EUA, França e Inglaterra. E em 1949,

Através de uma Revolução chinesa liderada por MaoTseTung, a China vai se tornar também

comunista. Estes factos, vão constituir um perigo para os países capitalistas.

A Conferência de S. Francisco

Depois do término da IIª guerra mundial, o segundo plano era a criação de uma organização

internacional. Winston Churchill (Inglaterra), Roosevelt (EUA), e Estaline (URSS), concordaram

em convocar uma conferência na cidade de S. Francisco (na Califórnia EUA), a mesma decorreu

entre Abril a Junho de 1945, onde participaram 51 países ou nações vencedoras e aprovaram a

carta das Nações Unidas, criando assim a ONU com o objectivo de garantir a paz e segurança

no mundo

A doutrina e o plano Marshall para a recuperação da Europa

Em 1947, Harry Truman presidente dos E.U.A, estabeleceu a doutrina Truman que propunha a

intervenção Americana nos países aonde os sues interesses estivessem ameaçados pela

expansão soviética ou socialista. Esta doutrina afirmava o seguinte: “Aquilo que é meu não

pode ser negociado, aquilo que é teu pode ser negociado”.

A economia estava débil e os preços cresciam duma maneira especulativa, isso, não se vivia só

nos países capitalistas. A URSS também encontrava-se numa situação desastrosa, nenhum

outro país foi assim tao castigado pelo exército alemão. Com o medo dessa pobreza estimular

o crescimento político de países comunistas e (fascistas), os E.UA resolveram apoiar a


reconstrução económica da Europa. Em Junho de 1947 o general Marshall propôs aos países

Europeus um programa de reconstrução económica, que oferecia uma ajuda de bilhões de

dólares. Em 1947 a URSS, em forma de resposta, criou a Kominform (comité de informação

dos partidos comunistas e operários) para a coordenação das actividades dos partidos

comunistas, troca de experiencias e informações. O plano Marshall foi muito bem-sucedido,

ao contrário da Konminform. Em pouco tempo os países da Europa Ocidental recuperaram a

sua economia e os países do terceiro mundo (muito deles apoiados pela URSS), continuaram

na mesma.

Criações das Nações Unidas – ONU

A ONU é a máxima entidade organização mundial intergovernamental. Fundado pelos 51

governos aliados a 2ª Guerra mundial em 26 de Junho de 1945 em S. Francisco-Califórnia

(EUA). A ONU ficou oficialmente constituída a 24 de Outubro de 1945, quando foi ratificada A

Carta Das Nações Unidas proposta pelos seguintes países: URSS,EUA,GRÃ-BRETANHA E CHINA.

A organização das Nações Unidas ONU, é encarregue da manutenção da e Segurança

internacional.

A ONU e uma organização de Estados que se comprometeram, ao assinar a Carta, a manter a

paz e a segurança internacional e cooperar no estabelecimento das condições políticas,

económicas e sociais. A ONU intervém nos assuntos internos dos Estados, através da

autorização da Carta.

b) Objectivo da ONU

A ONU tem os seguintes objectivos:

1. Manter a paz e a segurança internacional.

2. Prevenção e anulação de ameaças à paz e supressão de actos agressivos.


3. Desenvolver entre às nações relações amigáveis, baseada no respeito pelo princípio

dos direitos.

Os principais órgãos das Nações Unidas são: Assembleia geral, conselho de segurança,

conselho Económico-social, conselho de administração Fiduciário, Tribunal de Justiça e o

Secretariado.

A declaração dos direitos Humanos

Em 1948 isto em 10 de Dezembro, a ONU motivada pelos horrores da 2ª guerra mundial

acontecido em varias partes do mundo, como nos campos de concentração (Alemanha), o

genocídio de ciganos e judeus, e os milhões de mortos, vai elaborar a carta ou documento dos

direitos humanos.

A crise da Europa e a ascensão das duas superpotências (E.U.A e URSS)

Terminada a 2ª guerra mundial, a Europa encontrava-se totalmente destruída. Esta crise na

Europa, trouxe a bipolarização que terminou com eurocentrismo. As grandes decisões do

mundo, passaram para as E.U.A e União soviética.

A Guerra Fria e a Desintegração do bloco Soviético

Política de Blocos

Terminada a guerra, os EUA e a URSS, passaram a dominar o mundo. Os EUA lideravam o bloco

capitalista e a URSS o bloco socialista, isto trouxera uma profunda divisão na Europa. Assim,

em 1946 de Norte a Sul da Europa, os países ocidentais estabeleceram uma cortina de ferro

com o objectivo de isolar a URSS e a Europa do Leste, os EUA tomaram uma outra medida (o

Plano Marshall), a fim de combater a miséria dos países capitalistas da Europa e travar o

expansionismo da URSS.
Guerra Fria: foi uma luta ideológica entre os EUA e URSS ( que começou aos anos 50 e

terminou com a queda do bloco Socialista em 1989). A guerra fria provocou uma corrida

armamentista entre as superpotências ameaçando várias vezes a paz mundial.

Os Blocos Militares

Durante este período, a Europa estava dividida. De um lado, os países capitalistas liderados

pelos Estados Unidos, e de outro os países de democracia populares, ou seja os países

socialistas.

Em 1949 os Estados Unidos e os outros países ( Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e fazer

parte desta organização, a Itália, Canadá, Dinamarca, Noruega, Islândia e Portugal, isto em

1952. Esta organização tinha como objectivo defender os interesses, político, económico,

sociais, culturais ( ideológico ) do mundo capitalista. O objectivo da OTAN era união das forças

militares Ocidentais contra o comunismo.

Pacto de Varsóvia: foi um pacto militar criado em Maio de 1955 pela Rússia e os países da

Europa Oriental (Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia e Roménia). Tinha como objectivo

defender os interesse político, económico, social e cultural(ideológico) do mundo socialista.

A corrida aos armamentos e a coexistência pacífica

Os dois países representados pelas organizações (OTAN e Pacto de Varsóvia), aceleram o

fabrico de armamentos. Criavam foguetes equipados com bombas potentes do tipo V-2 (criado

pelo físico alemão WernerVonBraun utilizadas por Hitler no bombardeio de Londres, em 1944),

o avanço da tecnologia nuclear permitiu a redução do tamanho da bomba atómica: em 1955 a

bomba já podia ser transportada na ogiva de um foguete.

Em 1957 a União Soviética inaugura os mísseis de longo alcance. Em Outubro, lançaram um

foguete que colocou em órbita o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik-1. Em


Novembro do mesmo ano (1957), foi lançado o Sputnik-2 (com uma cachorra da raça laica

dentro, que permaneceu dez dias no espaço). Ainda em Novembro os russos, em Moscovo

fizeram uma exibição de mísseis nucleares de curto alcance, os chamados Mísseis tácticos.

O sucesso do projecto Sputnik, pôs em evidência o potencial armamentista da Rússia. Por trás

de todo avanço bélico e tecnológico estava NikitaKhruschev, sucessor de Josef Estaline no

comando União Soviética, dono de uma personalidade carismática, ele tratou de aproveitar as

conquistas soviéticas para fazer propaganda do regime. Gostava de lançar dúvidas sobre a

capacidade dos Estados Unidos de conter o avanço do socialismo.

Os americanos, em resposta aceleraram ao máximo o seu programa armamentista. Era lógica

da Guerra-Fria. Em Janeiro de 1958, os Estados Unidos lançaram o satélite Explorer. Em

Outubro anunciaram a criação da NASA- Nacional AeronauticsspaceAdministration,órgão

encarregado de coordenar as pesquisas para o desenvolvimento de foguetes e artefactos

especiais. Os projectos soviéticos e Norte-Americanos, seguiam duas vertentes paralelas e

complementares.

Uma delas era a pesquisa nuclear, com a fabricação de bombas cada vez menor e mais

potentes. A outra vertente, era a construção de foguetes cada vez mais velozes e precisos. A

UniãoSoviética e os Estados Unidos, desenvolveram bases subterrâneas e plataformas móveis,

incluindo submarinos, para o lançamento de misseis. Criaram também misseis antibalístico,

capaz de detectar foguetesinimigos antes de eles atingirem o alvo. Durante a guerra fria tanto

os E.U.A como Rússia desenvolveram armas químicas e bacteriológicas, estas que começaram

a ser fabricadas no período da primeira guerra.

Método da luta (guerra fria)


Consistia na confrontação indirecta entre as duas superpotências, envolvendo mais os seus

aliados. Isto é, apoiavam os conflitos regionais com financiamentos, material bélico (armas),

conselho militar e tropas, etc.

exemplos: A guerra entre a coreia do Norte e do Sul, a luta dos movimentos de libertação da

Asia e da Africa, aqui temos os exemplos da luta entre MPLA, FNELA e UNITA.

A conferência de Bandung

Bandung marca o início da aproximação entre asiáticos e africanos na elaboração da estratégia

contra o inimigo comum, o colonialismo. Esta conferência realizou-se entre 18 a 24 de Abril de

1955 na Indonésia.

Estiveram presentes, os líderes de 29 estados Asiáticos (Afeganistão, Arabia Saudita,

BirmâniaCeilão, Filipinas, Líbano, republica popular da China, japão,Cambodja republica

democrática do Vietnam etc.) e africanos (etiópia, líbia, libéria, Ghana, sudão e Egipto). E os

observadores dos movimentos de libertação nacional desses dois continentes. Estiveram

presentes os seguintes líderes: Sukarno (indonésia), Nehru (índia), Nasser (Egipto), e Chu Enlai

(china). Foi a partir de Bandung que nasce o bloco dos não-alinhados (3ª linha de

desenvolvimento ou seja, países que não aderiram ao bloco socialista nem o capitalista)

constituído por países subdesenvolvidos de africa e da asia, conhecido por terceiro mundo. o

objectivo era a promoção da cooperação económica e cultural afro-asiática

Os dez princípios da Conferência de Bandung

1. Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU.

2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações.

3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas


4. Não intervenção e não ingerência nos assuntos internos de outros países (auto

determinação dos povos)

5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e colectivamente de

acordo com a Carta da ONU

6. Recusa na participação dos preparativos da defesa colectiva destinada a servir aos

interesses particulares das superpotências.

7. Abstenção de todo acto ou ameaça de agressão, ou de emprego da força contra a

integridade territorial ou a independência política de outro país

8. Solução de todos os conflitos internacionais por meio pacífico

9. Estimulo aos interesses mútuos de cooperação

10. Respeito pela justiça e obrigações internacionais.

Os não-alinhados (Países do Terceiro Mundo)

Os não-alinhados são o resultado da Conferência de Bandung. A mensagem de Bandung foi

tomando corpo através de vários encontros internacionais. O Movimento dos países não-

alinhados nasceu graças aos seguintes líderes: Nehru Presidente da India, Nasser do Egipto e

Tito da Jugoslávia. Este movimento afirmava uma corrente pacífica e anticolonialista. Esse

movimento não se alinhava nem à Rússia, nem aos Estados Unidos, com vista ao

estabelecimento da paz mundial. Na prática o objectivo deste movimento, era a luta contra o

colonialismo.

Este grupo condena na assembleia geral da ONU, a actuação dos franceses na Argélia, dos

Portugueses em Angola e Moçambique e a actuação dos E.U.A no Vietname. O primeiro

encontro deste movimento aconteceu em Belgrado Jugoslávia, no dia 1 a 16 de Setembro de

1961. Estiveram representados 24 países, que apresentavam enormes diferenças tanto do

ponto de vista social e politico. Os outros encontros aconteceram de: 5 a 10 de Outubro


de1964 no Cairo (Egipto),a terceira conferência aconteceu em 1970 em Lusaka (Zambia) a 10

de Setembro, a quarta foi em Argel (Argélia) de 5 a 9 de (mês) de 1973 e a ultima de 16 a 20 de

Agosto de 1976 em Sli Lanka.

A Nova Ordem Económica Internacional- NOEI

Foi imposta por um conjunto de proposta elaboradas e expressas pela assembleia geral dos

Países Não-alinhados na declaração de estabelecimento de uma nova ordem económica

mundial. Resolução 3.201 (1º de Maio de 1974) e plano de Acçãopara o estabelecimento de

uma nova Ordem económica Mundial. Resolução 3.202 (1º de Maio de 1974). E carta de

direitos e deveres dos estados- Resolução3.281 (12 se Dezembro de 1974). O objectivo era

diminuir a disparidade de poder nas relações económicas entre os países industrializados e

países em vias de desenvolvimento. As propostas situavam-se em torno de alguma

reivindicações específicas dos países em desenvolvimento, dentre os quais podemos citar:

estabilidade de preços, transferência de recursos de países ricos para pobres, industrialização

e tecnologia, corporações transnacionais, acesso a mercados, reforma no sistema Monetário

internacional e maior poder nas discussões internacionais. A conferencia deu origem o

chamado sistema BrettonWoods, que criou dois órgãos financeiros internacionais permanente,

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Banco Internacional para

reconstrução e desenvolvimento).

O Fim do bloco socialista e a queda do murro de Berlim (1989)

Em 1958,as relações da União Soviética com a China comunista se deterioraram exactamente

no momento em que Mão Tse-Tung lançou o Grande Passo á Frente a fim de modernizar a

economia chinesa. Em 1960, havia uma ruptura entre as duas potências. A Albânia e alguns
movimentos comunistas do mundo em desenvolvimento seguiram a liderança de Mão

TseTung, e o mundo comunista se dividiu entre a aliança de Moscovo e a de Pequim.

Na Europa Ocidental, os partidos comunistas se tornaram altamente crítico quanto ao

autoritarismo do modelo soviético. Até 1980, as nações comunistas eram forçadas a adaptar as

realidades de um ocidente mais próspero. Em 1985, o novo líder da União Soviética, Mikhail

Gorbatchev, embarcou em uma nova política de abertura e reestruturação (glasnost e

perestroika) para tentar introduzir um comunismo reformado com maiores liberdades

económicas. A reforma da União Soviética influenciou outras populações do bloco soviético a

questionarem o sistema comunista.

Em 1989, quando Gorbatchev exigiu que os outros regimes comunistas aceitassem a mudança,

não houve uma movimentação generalizada.

A queda do Murro de Berlim

A Murro de Berlim (em alemão BerlinerMauer) foi uma barreira física, construída pela

República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda

zona de Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental. Este murro,além de dividir a

cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República

Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçado pelos

Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas

simpatizantes do regime soviético.

Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de

gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 rede metálicas electrificadas com

alarme e 255 pistas de corrida para ferozes de cães de guarda. Este muro provocou a morte de
80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de

atravessar. Esta separação também é a chamada cortina de ferro.

Durante uma onda revolucionária que varreu o Bloco de Leste, o governo da Alemanha

Oriental anunciou em 9 de Novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que

todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental.

Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães

ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes,

partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs, mais

tarde, equipamento industriais foram usados para remover quase todo da estrutura. A quedo

do Muro de Berlim, abriu o caminho para reunificação alemã, que foi formalmente celebrada

em 3 de Outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de

trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso

que o muro fazia quando estava erguido.

A queda do murro de Berlim em 1989, constitui vitória para o mundo Ocidental e o desfecho

da Guerra Fria. A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda

do muro de Berlim foi o acto simbólico que decretou o encerramento de década de disputas

económicas, ideológicas e militares entre os blocos Capitalista, comandado pelo Estados

Unidos e o Socialista comandado pela União Soviética.

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