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Então pessoal, a página 102 fala sobre a ATIVIDADE URBANÍSTICA NOS

SÉCULOS XV E XVI. E oque foram essas atividades? Durante esse período,


as transformações urbanas frequentemente se limitavam às áreas intramuros
das cidades, o que resultava em poucas variações na estrutura geral. Apesar
da idealização utópica de cidades perfeitamente geométricas, a realidade do
cotidiano ocorria em ambientes medievais caracterizados por praças
irregulares e pitorescas, além de ruas estreitas e sinuosas.
O autor também menciona que durante o período barroco, o planejamento
urbano valorizava a criação de novas ruas com edifícios grandiosos e
uniformes, bem como a construção de praças regulares ou quase regulares
para acomodar monumentos importantes, estátuas em homenagem a reis ou
príncipes e, sediar eventos públicos. Esses empreendimentos eram
amplamente apoiados e continuamente aprimorados, refletindo a busca por
uma estética mais ordenada e simétrica nas cidades.
O texto apresenta a ideia do arquiteto León Baptista Alberti, que propõe uma
visão mais eclética da arquitetura urbana. Ele antecipa o princípio moderno da
hierarquia das ruas, (já conversamos sobre isso em sala quando falamos do
outro livro) colocando em pauta que as ruas principais devem se sobressair em
relação as ruas secundarias. Enquanto as ruas principais devem ter uma
aparência uniforme e simétrica, com edifícios da mesma altura em ambos os
lados, as ruas secundárias tem outra função e devem ser mais flexíveis em sua
aparência. Então ele propõe que as ruas secundarias sejam curvas para que
de lá se possa ver os edifícios das ruas principais.
Em Paris tem um arco romano chamado “arco do triunfo” que fica numa rua
principal que é toda simétrica, enquanto as ruas de trás são secundarias e
curvas para que as pessoas possam ver as atrações da rua principal (arco).
Goitia também menciona o arquiteto Sebastiano Serlio que propõe que uma
praça quadrada ou proporcional à fachada do edifício monumental deve ser
criada na frente desses edifícios para criar uma relação visual equilibrada.
Essa ideia de Serlio foi amplamente adotada pelos teóricos da arquitetura, e
resultaram em ruas e praças com uma estética uniforme e equilibrada em todo
o mundo. Um exemplo é a Via Júlia em Roma, que é uma rua reta e ampla com
edifícios uniformes e proporcionais em ambos os lados, criando uma sensação
de ordem e equilíbrio visual.
O papa Sixto V traçou alinhamentos urbanos de estético-religioso que cruzam
a cidade de Roma em uma rede de diagonais para reunir os pontos mais
importantes com a mesma filosofia de Serlio. Isso se tornou uma das principais
características da cidade de Roma.
Em geral, o texto apresenta uma visão histórica sobre a atividade urbanística
nos séculos XV e XVI, apresentando a relação entre o pensamento utópico e a
vida real nas cidades medievais, e os tipos de empreendimentos urbanos mais
valorizados na época.
Em suma, a ideia de Sebastiano Serlio sobre a importância da relação visual
equilibrada entre edifícios monumentais e seu entorno urbano teve uma grande
influência na arquitetura e urbanismo modernos, resultando em ruas e praças
com uma estética uniforme e equilibrada em todo o mundo.

- Hierarquia das ruas


> ruas principais
> ruas

O texto apresenta uma análise sobre as ideias de León Baptista Alberti e


Sebastiano Serlio acerca da arquitetura urbana. Alberti defende um critério
mais eclético para a arquitetura urbana, antecipando o princípio moderno da
hierarquia das ruas, sugerindo que as principais ruas sejam amplas, retas e
com edifícios da mesma altura em ambos os lados, enquanto as ruas
secundárias sejam curvas para permitir a visibilidade de novas formas de
edifícios. Por sua vez, Serlio destaca a importância de praças quadradas na
frente de edifícios monumentais, relacionando as dimensões com a fachada do
monumento em uma proporção simples. O texto menciona a Via Júlia em
Roma e os grandes alinhamentos traçados por Sixto V como exemplos de
como essas ideias se manifestaram na forma de ruas retas e arquitetura
uniforme. A análise destaca como essas ideias influenciaram a arquitetura
urbana na época e como ainda podem ser relevantes atualmente.

O texto apresenta uma análise histórica sobre a arquitetura urbana no período


Renascentista e Barroco, destacando as ideias de León Baptista Alberti e
Sebastiano Serlio em relação à organização das ruas e praças. Alberti propõe
a hierarquia das ruas, com as principais sendo amplas e retas, e as
secundárias curvas, para permitir a apreciação de novas formas de edifícios. Já
Serlio destaca a importância de praças quadradas ou proporcionais à fachada
de monumentos para dar destaque à arquitetura. Essas ideias influenciaram a
criação de ruas retas e uniformes, como a Via Júlia em Roma, e grandes
alinhamentos traçados por Sixto V na cidade eterna. A análise do texto destaca
a importância da concepção urbana e da arquitetura na construção da
identidade de uma cidade e como as ideias dos tratadistas influenciaram a
organização espacial urbana até os dias de hoje.

León Baptista Alberti aborda o tema da arquitetura urbana em diversos


momentos de sua obra "De re aedificatoria" de forma eclética. Ele antecipa o
princípio moderno de hierarquização das ruas, defendendo que as principais
devem ser amplas, retas e ter edifícios com a mesma altura em ambos os
lados. Em contrapartida, aceita que as ruas secundárias sejam curvas para
permitir a visualização de novas formas de edifícios a todo momento.
Sebastiano Serlio também destaca a importância de haver uma praça
quadrada ou proporcional à fachada do edifício monumental na frente destes.
Essas ideias influenciaram na criação de ruas de traçado retilíneo, com
arquitetura uniforme e compassada, como a Via Júlia em Roma, ou nos
grandes alinhamentos planejados por Sixto V na planta da cidade eterna (1585-
1590).

A intervenção urbana deste pontífice é uma das mais notáveis realizadas para
ordenar uma cidade antiga e extensa. Duas importantes vias radiais, uma com
origem na Porta do Povo e outra em Santa Maria Maior, cruzam a cidade com
uma rede de diagonais que buscam conectar os pontos mais relevantes,
especialmente as grandes basílicas, por meio de alinhamentos retos. Foram
instalados obeliscos nos centros e cruzamentos de perspectivas. Trata-se de
uma intervenção urbanística de cunho estético-religioso voltada para as
grandes romarias. O barão Haussmann fará algo bastante semelhante, embora
com outros objetivos, quase três séculos depois.
Parte superior do formulário
A intervenção urbana realizada por este papa é uma das mais importantes já
feitas para organizar uma cidade grande e antiga. Duas vias principais, uma
com origem na Porta do Povo e outra em Santa Maria Maior, cortam a cidade
com uma rede de diagonais que procuram conectar os locais mais
significativos, especialmente as grandes basílicas, através de alinhamentos
retos. Obeliscos foram posicionados nos centros e cruzamentos para criar
perspectivas marcantes. É uma obra de urbanismo com um forte viés estético-
religioso, com o objetivo de receber grandes peregrinações. O barão
Haussmann, com outros objetivos, fará algo muito semelhante quase três
séculos depois.
--Meu tema de hoje é a atividade urbanística nos séculos XV e XVI. Durante
esse período, as mudanças nas cidades geralmente ocorriam dentro das
antigas muralhas, resultando em poucas alterações na estrutura geral.
Enquanto a mente utópica sonhava com cidades geométricas ideais, a vida
cotidiana ocorria em ambientes medievais com praças irregulares e ruas
estreitas e tortuosas. O surgimento de algumas novas ruas, com edifícios
uniformes e solenes, e principalmente a criação de novas praças, regulares ou
quase regulares, para emoldurar um monumento destacado, uma estátua em
homenagem a um rei ou príncipe, ou para representações e celebrações
públicas, foram as iniciativas urbanas mais incentivadas, e o período barroco
deu continuidade a esses projetos em uma escala ainda maior
--Durante os séculos XV e XVI, a atividade urbanística envolvia principalmente
mudanças internas nas velhas cidades, sem muitas alterações na estrutura
geral. Enquanto a utopia planejava cidades geométricas ideais, a vida
acontecia em ambientes medievais com praças irregulares e pitorescas, além
de ruas estreitas e sinuosas. As principais iniciativas urbanas apoiadas nesse
período incluíam a abertura de novas ruas com edifícios solenes e uniformes,
bem como a criação de novas praças regulares ou quase regulares, destinadas
a enquadramento de um monumento em destaque, uma estátua para
homenagear um rei ou príncipe, ou mesmo para celebrações e eventos
públicos. Essas atividades foram ampliadas durante o período barroco em uma
escala ainda maior.
--Durante os séculos XV e XVI, grande parte da atividade urbanística se
concentrava em alterar o interior das cidades antigas, sem afetar
significativamente a estrutura geral. Enquanto o pensamento utópico idealizava
cidades geométricas perfeitas, a vida seguia nos antigos ambientes medievais,
com suas praças pitorescas e irregulares, bem como as ruelas estreitas e
tortuosas de tempos passados. As iniciativas urbanas mais valorizadas eram a
abertura de algumas ruas novas, com edifícios uniformes e solenes, e
principalmente a criação de novas praças, regulares ou quase regulares, que
serviam de moldura para monumentos destacados, estátuas em homenagem a
reis ou príncipes, ou para celebrações e eventos públicos. O período barroco
continuou a impulsionar esses projetos urbanos em maior escala.

Este texto trata da atividade urbanística nos séculos XV e XVI e suas


características. O autor destaca que as mudanças realizadas nas cidades
antigas geralmente não afetavam muito a estrutura geral, mas sim o interior
das cidades. Enquanto isso, o pensamento utópico idealizava cidades
geométricas perfeitas, mas a vida real acontecia em ambientes medievais, com
suas praças pitorescas e ruas estreitas e tortuosas.

Durante esse período, as mudanças nas cidades geralmente ocorriam dentro


das antigas muralhas, resultando em poucas alterações na estrutura geral.
Enquanto a mente utópica sonhava com cidades geométricas ideais, a vida
cotidiana ocorria em ambientes medievais com praças irregulares e ruas
estreitas e tortuosas.

O autor também menciona que a abertura de algumas ruas novas, juntamente


com a criação de novas praças regulares ou quase regulares, eram os
empreendimentos urbanos mais apoiados na época, principalmente para
enquadramento de monumentos ou celebrações públicas. E destaca que esse
tipo de iniciativa continuou a ser impulsionado no período barroco, em maior
escala.

A actividade urbanística durante os séculos XV e XVI consiste, em grande parte, em


alterações no interior das velhas cidades que, geralmente, modificam muito pouco a
estrutura geral. Enquanto o pensamento utópico elabora cidades geométricas ideais, a
vida decorre nos velhos ambientes medievais, nas praças irregulares e pitorescas e
nas estreitas e tortuosas ruelas de outros tempos. A abertura de algumas ruas novas,
com edifícios solenes e uniformes, e sobretudo a criação de novas praças, regulares
ou quase regulares, para enquadramento de um monumento destacado, uma estátua
para honrar um rei ou um príncipe, ou para representações ou festejos públicos, são
os empreendimentos urbanos mais apoiados, que o período barroco irá continuar

León Baptista Alberti ocupa-se do problema da arquitectura urbana em vários trechos da sua
obra De re aedificatoria, com um critério bastante mais ecléctico. Antecipa-se ao princípio
moderno da hierarquia das ruas, e pensa que as principais devem ser amplas, rectas e todas
com edifícios da mesma altura de ambos os lados. Aceita, em contrapartida, que as ruas
secundárias sejam curvas para que se possa ver a todo o momento novas formas de edifícios.
Sebastiano Serlio exprime a conveniência de que, na frente de todos os edifícios monumentais,
exista uma praça quadrada ou cujas dimensões estejam relacionadas com a fachada do
monumento numa proporção simples. Estas ideias dos tratadistas deram os seus frutos sob a
forma de ruas de traçado rectilíneo, de arquitectura compassada e uniforme, como a Via Júlia,
em Roma, ou dos grandes alinhamentos que Sixto V traçou (1585-1590) na planta da cidade
eterna. A obra urbanística deste papa é uma das mais consideráveis que foram levadas a cabo
para sistematizar uma grande e antiga cidade. Duas importantes radiações, uma com o vértice
na Porta do Povo e outra em Santa Maria Maior, cruzam a cidade com uma rede de diagonais
que procura reunir os pontos mais significativos, principalmente as basílicas maiores, por meio
de alinhamentos rectos. Foram colocados obeliscos nos centros e cruzamentos de
perspectivas. É uma obra de urbanismo estético-religioso com vista às grandes peregrinações.

Além de antecipar o princípio moderno da hierarquia das ruas, León Baptista


Alberti propõe uma visão mais eclética da arquitetura urbana em sua obra "De
re aedificatoria". Ele acredita que a cidade deve ser vista como um todo
integrado e harmonioso, onde as ruas principais devem ter uma aparência
uniforme e simétrica, com edifícios da mesma altura em ambos os lados. Isso é
importante para criar uma sensação de equilíbrio visual e para garantir que a
cidade tenha uma aparência mais ordenada.
No entanto, Alberti reconhece que as ruas secundárias têm uma função
diferente das principais, e por isso devem ser mais flexíveis em sua aparência.
Ele propõe que essas ruas sejam curvas, para permitir que novas formas de
edifícios sejam vistas a todo momento, criando uma sensação de descoberta e
surpresa para os transeuntes. Dessa forma, Alberti enfatiza a importância de
uma abordagem holística e equilibrada para a arquitetura urbana, onde cada
rua e edifício é considerado em relação ao todo da cidade.

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