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No dia 24 de abril o país preparava-se para os próximos 2 dias de revolução.

Na noite do dia 24 de abril, no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha é instalado o posto de


comando do MFA, onde por volta das 22 horas já estão seis oficiais, incluindo Otelo Saraiva de
Carvalho que vai liderar as operações da Liberdade.

Por volta das 23 horas, uma das senhas da revolução, a canção "E Depois do Adeus", cantada
por Paulo de Carvalho é emitida dando sinal do começo das operações militares.

Já na madrugada do dia 25 passando 20 minutos da meia-noite é transmitida a canção


"Grândola Vila Morena", canção de Zeca Afonso, pela Rádio Renascença para confirmar que as
operações já estão em curso e não há volta a dar.

Até à 1 da manhã, a RTP, a Emissora Nacional, o Rádio Clube Português, o Aeroporto de Lisboa,
o Quartel General do Estado-Maior do Exército, Ministério do Exército e o Banco de Portugal já
tinham sido ocupados pelas forças militares.

Ás 6 da manhã as tropas da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandadas por


Salgueiro Maia, ocupavam o Terreiro do Paço, e umas horas mais tarde a fragata “Gago
Coutinho” assume uma posição importante no rio Tejo em frente à Praça do Comércio.

Ao meio-dia o Movimento das Forças Armadas anunciava ao país, através de um comunicado


transmitido pela RTP, que dominava a situação de norte a sul do país. Meia-hora depois as
tropas de Salgueiro Maia cercam o Largo do Carmo e recebem ordens para abrir fogo sobre o
quartel da GNR para obter a rendição de Marcelo Caetano e mais 2 ministros que lá se
encontravam. Centenas de pessoas acompanhavam a situação no local.

Durante 3 horas as tropas de Salgueiro Maia esperaram a rendição do chefe de estado, até que
chegam a disparar contra a fachada do quartel para tornar mais rápida a rendição do mesmo.
Depois dos disparos Marcelo Caetano anuncia a sua rendição.

O General António de Spínola vai negociar a rendição com Marcelo Caetano e momentos
depois é hasteada a bandeira branca no quartel do Carmo.

Já ao fim da tarde as tropas retiram o chefe de estado do Quartel do Carmo e transportam-no


até ao posto de comando do Movimento das Forças Armadas no quartel da Pontinha.

No início da noite é anunciada a proclamação do Movimento das Forças Armadas.

Na madrugada do dia 26 é finalmente anunciada a Junta de Salvação que conta com Rosa
Coutinho, Galvão Melo, Costa Gomes, Jaime Silvério Marques, Pinheiro de Azevedo e Manuel
Diogo Neto. Todos menos Diogo Neto são filmados pelas câmaras da RTP. Spínola lidera esta
emissão.

Nessa mesma amanhã Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira e outros elementos
do anterior governo partiram para o exílio na Madeira e a Pide/DGS rendem-se.

Por volta da hora de almoço começa a libertação de presos políticos de Caxias e Peniche.

Até novembro de 1975 procedeu-se a descolonização das colónias de Angola, Moçambique,


Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe e acabou-se com a guerra do Ultramar.

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