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A Revolução do 25 abril de 1974

Beatriz Almeida santos, nº2, 5ºC


A 28 de maio de 1926 instaurou-se em Portugal uma ditadura militar que pôs fim à
instabilidade da primeira experiência republicana em Portugal. Este regime levará António de
Oliveira Salazar ao poder. Salazar consolidou o regime conforme a sua ideologia e instaurou em
Portugal um regime totalitário, autoritário, repressivo e conservador, tendo esta última
característica constituído uma particularidade da ditadura portuguesa face às restantes
ditaduras europeias.

Contudo, a população vivia reprimida e despojada de qualquer tipo de liberdades. A PIDE-


Polícia de Intervenção e Defesa do Estado- garantia o alinhamento de todos ao regime de
Salazar. Aqueles que assim não procedessem, eram torturados e presos. Não havia qualquer
liberdade de expressão para emitir opiniões ou juízos de valor acerca do sistema.

A guerra colonial, movimento de libertação das colónias portuguesas, eclodiu em 1961. O


alinhamento no exército era obrigatório, o que levou milhares até África para combater. A
única solução seria a emigração ilegal.
Os mortos, inválidos e perturbados
somavam-se, o que deixou imensas
famílias órfãs de pais, maridos e avôs.

O descontentamento da população
avolumou-se e começou a preparar-se a
Revolução. Militares que participaram
na Guerra Colonial projetaram a revolta
do 25 de abril de 1974. Esta revolução
visava o fim da ditadura, já sob os
comandos de Marcello Caetano, depois
da morte de Salazar em 1970.

O Movimento das Forças Armadas


(MFA) era constituído maioritariamente por capitães e liderou a revolução. Destaca-se o
Capitão Salgueiro Maia, ex-combatente do Ultramar. Com reduzido poderio militar e com uma
adesão em massa da população ao movimento, a reação do regime foi praticamente
inexistente.

Para o triunfo da revolução era imperativo a tomada dos meios de comunicação, mais
especificamente a rádio. A primeira movimentação do MFA seria na tomada da rádio. Assim, se
a rádio fosse tomada, às 00:00 em ponto passaria a música antirregime de José Afonso-
“Grândola Vila Morena”. Este seria o sinal para o início da revolução, constituindo um apelo
para toda a população. Os soldados, juntamente com a população decoraram as suas
espingardas com, cravos fornecidos pelas floristas lisboetas, sendo esta flor um dos símbolos
da “Revolução dos Cravos”. Marcello Caetano refugiou-se no Quartel do Carmo, acompanhado
dos seus ministros, onde foram cercados e obrigados a ceder o poder. Este foi entregue ao
General António de Spínola, que seria o primeiro presidente da Segunda República Portuguesa.

Em 1976, seria elaborada a Constituição da República Portuguesa, ainda vigente e que guiou o
país para a via democrática. A ação do MFA contribuiu para que desta maneira os direitos
inalienáveis do homem voltassem a ser respeitados: a liberdade de expressão, de imprensa,
liberdade política- a LIBERDADE retornou a Portugal.

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