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8.

º D
25 de Abril

Beatriz Ribeiro de Lima


N.º 5
8.º D
25 de Abril

Índice

Índice.....................................................................................................................................................1
Introdução sobre o 25 de abril..............................................................................................................2
Importância da poesia e da cantiga de intervenção..............................................................................3
Testemunho..........................................................................................................................................4
Webgrafia..............................................................................................................................................5

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25 de Abril

Introdução sobre o 25 de abril

A Revolução de 25 de Abril, também conhecida como Revolução dos Cravos, Revolução de


Abril ou apenas por 25 de Abril, teve vários motivos para impor o fim da ditadura, entre eles
destacam-se:

 O falecimento do seu criador e mentor, Antônio de Oliveira Salazar, em 1970, que


encarnava os princípios e valores daquela doutrina;
 O desgaste provocado pela guerra colonial travada principalmente em Angola e em
Moçambique, que estava cada vez mais difícil de manter e justificar;
 As tímidas reformas do próprio regime, desde a posse de Marcello Caetano (1906-
1980), foram insuficientes, pois a sociedade portuguesa queria experimentar a
mesma vida que se levava na Europa Ocidental.

Na madrugada de 25 de Abril de 1974,


militares do MFA ocuparam os estúdios do
Rádio Clube Português e, através da rádio,
explicaram à população que pretendiam
que o País fosse de novo uma democracia,
com eleições e liberdades de toda a
ordem. Inclusive, foram postas no ar
músicas de que a ditadura não gostava,
como Grândola Vila Morena, de Zeca
Afonso.
Durante o dia, a população de Lisboa foi-
se juntando aos militares.

E o que era um golpe de Estado


transformou-se numa revolução. Por isso,
hoje em dia lhe chamamos Revolução dos
Cravos.

Foram dados alguns tiros para o ar, mas ninguém morreu nem foi ferido: foi uma revolução
pacífica, como nunca existiu na história.

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Os militares


colocaram-nos nos canos das espingardas.

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25 de Abril

Importância da poesia e da cantiga de intervenção

Nos anos 60 e 70 do século XX, em várias ditaduras da Europa e Brasil, era muito comum
utilizar a música de intervenção, ou música de protesto. São canções de música popular
compostas com o intuito de chamar a atenção dos ouvintes, a um determinado problema
do país, podendo ser de caráter social, político ou económico.
Natália Correia escreveu o poema “Queixa das almas jovens censuradas” que foi cantado
por José Mário Branco.
Este poema é um lamento dos jovens a quem impediram de ser livres. Uma geração que foi
obrigada a receber uma educação destinada a produzir bonecos sem alma, sem ideias
próprias, sem identidade, sem nada, como se fossem “cadáveres adiados”.
https://www.youtube.com/watch?v=e7adFDo1Dyw

Sérgio Ortega Alvarado e os Quilapayún, antes do golpe fascista, em 1973, escreveram “El
Pueblo Unido Jamás Será Vencido”, esta canção tornou-se um dos hinos da resistência
chilena e da esquerda internacional. Em 1974 a banda chilena acompanhou Luís Cília na
versão portuguesa, “Povo Unido Jamais Será Vencido”. Este poema diz-nos que se tivermos
todos juntos a lutar pelo mesmo ideal jamais seremos vencidos, pois a voz de muitas
pessoas é mais forte.
https://www.google.com/search?q=O+Povo+Unido+Jamais+Será+Vencido

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25 de Abril

Testemunho

O testemunho da minha avó materna sobre o que se lembra da revolução.


“Nem me apercebi que estava a haver reuniões para combinar uma revolução, mas dava
para perceber que as pessoas não estavam satisfeitas.
A revolução aconteceu à meia-noite do dia 24 de abril. Só me apercebi no dia 25 de manhã,
vimos nas notícias. Grândola Vila Morena foi a chave da manifestação, foi com esta música
que a manifestação começou.
Quando saímos para ir trabalhar é que vimos os soldados e os militares. Começaram a
espalhar-se os boatos que estava a acontecer uma revolução.

Havia uma menina que estava a vender


cravos e as pessoas começaram a comprar
e a oferecer aos militares, que os
colocaram nas espingardas. Mais tarde
descobrimos que prenderam o Salazar e o
Marcello Caetano no quartel do Carmo.
As músicas de intervenção eram proibidas
de se cantar naquela altura, mas elas
diziam o que a população sentia. Recordo-
me principalmente da música dos
Vampiros de Zeca Afonso, que contava
como é que as pessoas do Estado eram. A
música Tourada de Fernando Tordo foi ao
festival da canção, mas alteraram a letra
para não ofender o estado. Depois do 25
de abril os cantores das cantigas de
intervenção começaram a regressar para
Portugal. Depois da revolução a tropa é
que ficou a tomar conta do governo por
dois anos. Depois do 25 de abril, estudava
à noite, e quando ia a regressar a casa
passava por grupos de pessoas estavam a
manifestar satisfeitos com a vitória.
Com esta vitória começou a haver médicos de família, liberdade para contar histórias nos
jornais e direito ao voto num partido que apoiemos.
Antes fugiam de Portugal para mudar de país, agora podemos sair livremente. Não se podia
falar mal do estado, podíamos ir presos, ou dos chefes, podíamos ser despedidos, agora
podemos falar e conversar com eles para tentar melhorar o que nos incomoda.”

Beatriz Lima 4
25 de Abril

Webgrafia

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_de_25_de_Abril_de_1974
 https://www.todamateria.com.br/revolucao-dos-cravos/
 https://visao.sapo.pt/visaojunior/noticias/2016-04-11-o-que-foi-o-25-de-abril-de-
1974/
 https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_de_interven%C3%A7%C3%A3o
 https://www.timeout.pt/lisboa/pt/musica/cancoes-revolucionarias

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