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Abaixo o pão, habitação Acordai

Saúde e educação Acordai


Abaixo o pão, habitação Homens que dormis
Saúde e educação A embalar a dor
Viemos com o peso do passado e da semente Dos silêncios vis
Esperar tantos anos, torna tudo mais urgente Vinde no clamor
E a sede de uma espera só se estanca na torrente Das almas viris
E a sede de uma espera só se estanca na torrente Arrancar a flor
Vivemos tantos anos a falar pela calada Que dorme na raíz
Só se pode querer tudo quando não se teve nada Acordai
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Acordai
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Raios e tufões
Aí Que dormis no ar
Só há liberdade a sério E nas multidões
Quando houver Vinde incendiar
A paz, o pão, habitação De astros e canções
Saúde, educação As pedras do mar
Só há liberdade a sério quando houver O mundo e os corações
Liberdade de mudar e decidir Acordai
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir Acendei
E quando pertencer ao povo o que o povo produzir De almas e de sóis
Viemos com o peso do passado e da semente Este mar sem cais
Esperar tantos anos, torna tudo mais urgente Nem luz de faróis
E a sede de uma espera só se estanca na torrente E acordai depois
E a sede de uma espera só se estanca na torrente Das lutas finais
Vivemos tantos anos a falar pela calada Os nossos heróis
Só se pode querer tudo quando não se teve nada Que dormem nos covais
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Acordai!
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada (Acordai, Fernando Lopes-Graça)

Só há liberdade a sério
Quando houver Quis saber quem sou, o que faço aqui
A paz, o pão, habitação, saúde, educação Quem me abandonou, de quem me esqueci
Só há liberdade a sério quando houver Perguntei por mim, quis saber de nós
Liberdade de mudar e decidir Mas o mar não me traz tua voz
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir
E quando pertencer ao povo o que o povo produzir Em silêncio amor, em tristeza enfim
Viemos com o peso do passado e da semente Eu te sinto em flor, eu te sofro em mim
Esperar tantos anos, torna tudo mais urgente Eu te lembro assim, partir é morrer
E a sede de uma espera só se estanca na torrente Como amar é ganhar e perder
E a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada Tu vieste em flor, eu te desfolhei
Só se pode querer tudo quando não se teve nada Tu te deste em amor, eu nada te dei
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Em teu corpo amor, eu adormeci
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada Morri nele e ao morrer renasci

Só há liberdade a sério E depois do amor, e depois de nós
Quando houver O dizer adeus, o ficarmos sós
A paz, o pão, habitação, saúde, educação Teu lugar a mais, tua ausência em mim
Só há liberdade a sério quando houver Tua paz que perdi, minha dor que aprendi
Liberdade de mudar e decidir
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir De novo vieste em flor te desfolhei
E quando pertencer ao povo o que o povo produzir E depois do amor, e depois do nós
A paz, o pão, habitação, saúde, educação... O adeus, o ficarmos sós
(Liberdade, Sérgio Godinho) (E depois do adeus, Paulo de Carvalho)
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
(Grândola Vila Morena, Zeca Afonso)

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