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25 de abril de 1974

Trabalho realizado por:


Luís Rodrigues 
Introdução
• Com este trabalho, realizado no
âmbito da disciplina da Historia
A, pretende-se aprofundar o
conhecimento sobre as causas e
os acontecimentos principais do
25 de abril de 1974, e sobre os
valores da democracia. Pretende-
se também chegar a uma opinião
pessoal acerca do que foi e/ou o
que é o 25 de abril
Os últimos anos antes do
25 de abril de 1974
Portugal vivia num regime autoritário desde 1933. Nos últimos anos
antes do 25 de abril de 1974, era liderado por Marcello
Caetano, governo que ficou marcado:
• Por uma crise económica agravada pelo 1º choque petrolífero, que
faz crescer o descontentamento popular contra o aumento do custo
de vida;
• Pela necessidade de preparar o país para a aproximação à Europa
comunitária e ao progresso, desejo de um setor empresarial
moderno;
• Pela continuação da guerra colonial, que se encontrava num impasse
e que gerava um crescente descontentamento da sociedade
portuguesa;
• Pela falta de liberdades públicas e pela continuidade do regime
autoritário.
Causas que conduziram
ao movimento
Foi no seio das Forças Armadas que o
descontentamento e a tensão se acentuaram,
devido:
• A continuação da guerra colonial (que nesta
altura já estava perdida);
• A possibilidade de acesso dos milicianos ao
quadro permanente do exercito (desagrada
aos militares de carreira);
• A diminuição considerável do poder de
compra dos oficiais devido à inflação
(consequência do choque petrolífero).
Estes levaram à criação do Movimento dos
Capitães, em agosto de 1973, para a defesa dos
interesses dos oficiais das Forças Armadas. Este
movimento transformou-se no Movimento das
Forças Armadas (MFA), quando as
reivindicações se tornaram políticas.
Preparação do golpe
de 25 de abril de 1974
A 5 de março de 1974 foi aprovado, em plenário o
documento de Cascais, no qual os militares
participantes declaram pretender derrubar o
regime, democratizar o país e pôr fim à guerra
colonial
Otelo Saraiva de Carvalho
Foi neste contexto que o MFA encarregou Otelo
Saraiva de Carvalho de planear a estratégia do
golpe de 25 de abril de 1974, a chamada
"Operação Fim-Regime", contando com o apoio António de
dos generais António de Spínola e Francisco da Spínola 
Costa Gomes
As operações visavam a ocupação de pontos
estratégicos em Lisboa, nomeadamente, a rádio, a
televisão, o quartel-general, o aeroporto e os
ministérios no Terreiro do Paço.
Francisco
da Costa
Gomes
O 25 de abril,
acontecimentos principais
A canção "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho e a leitura da
primeira quadra da canção "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso,
anunciaram o arranque da operação
Na madrugada de 25 de abril, os militares saíram dos quarteis e, cerca
das 4 da manhã, parte dos objetivos da operação já estavam cumpridos.
O comunicado do MFA às 7:30 anunciou a "libertação do país, do regime
que há longo tempo o domina" 
No Terreiro do Paço, o MFA encontrou a oposição do Regimento de
Cavalaria 7, afeto ás forças do regime. Porém, a coluna militar liderada
pelo capitão Salgueiro Maia, conseguiu dissuadir as forças fiéis ao
regime de intervir
Uma multidão (que já não tem medo) junta-se aos militares e a coluna
segue em direção ao quartel do Carmo, onde se encontrava Marcello
Caetano
Depois de uns disparos para forçar a rendição, Salgueiro Maia entrou no
quartel do Carmo onde Marcello Caetano lhe disse que se rendia a um
oficial de alta patente para que o "poder não caísse na rua"
Às 18 horas, Marcello Caetano rendeu-se ao general Spínola. A operação
terminava no Largo do Carmo, sem mortos nem feridos, e estava aberto
o caminho para o fim da guerra colonial e para a restituição das
liberdades aos cidadãos.
E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso

Musicas utilizadas no 25 de abril de 1974


Valores da
democracia
Existem vários valores democráticos...
• Igualdade (garante que todas as pessoas que vivem no mesmo Estado
tenham o mesmo valor. Isso significa que todos os cidadãos têm os
mesmos direitos e obrigações, sem distinção);
• Liberdade (é fundamental para o funcionamento de qualquer modelo
democrático. Isso ocorre porque nas democracias, o poder reside no povo
e a liberdade é o componente que permite ao povo governar-se);
• Justiça (responsável por garantir o bem comum. Na sociedade, a justiça é
expressa através de leis e é personificada na figura dos juízes. Quando
uma regra é violada, os juízes dão justiça para tentar corrigir o mal que
ocorre aos cidadãos com essa ação);
• Pluralismo (associado à igualdade, a aceitação de uma sociedade plural é
o reconhecimento de que é formada por uma diversidade de indivíduos e
grupos. O pluralismo é a aceitação de que, embora sejamos todos iguais
perante o Estado e a lei, nem todos têm as mesmas crenças, ideologias,
pontos de vista, etc.);
• Tolerância (refere-se à ação de respeitar a diferença dos outros);
• Respeito (é o valor que regula que, nas sociedades democráticas, as
relações interpessoais ocorrem harmoniosamente);
• Participação (garante que as pessoas possam exercer o seu direito de voto,
exercendo assim o seu poder de governo).
Opinião sobre o
25 de abril
Para mim o 25 de abril de 1974 foi um ato
de coragem, união e de demonstração de
que o povo é quem deve liderar o governo
do seu país, "o povo é quem mais ordena".
É o símbolo da liberdade, sobretudo a de
expressão, de todos os portugueses e da
luta pela igualdade de todos perante a lei.
Os direitos dos cidadãos devem sempre ser
respeitados e ninguém tem o direito de os
infringir
O 25 de abril deve sempre ser recordado
como o momento em que o povo
demonstrou toda a força que tem e para
que nunca voltem, ao poder, os regimes
autoritários que infringem os direitos
universais do homem.
Fim

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