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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Nome: Eduarda Egineta Safo


Turma: B1,Nr 17

Docente: Mapae

Maputo 16 de maio 2022


Introdução:

A grande maioria dos crimes sexuais contra mulheres não são revelados e a violência
sexual continua subestimada. A violência sexual é um tipo de violência particularmente
tabu nas sociedades, ainda que comporte várias formas como a violação, o incesto, o
abuso sexual de crianças, a violência em relações de intimidade, a exploração sexual, o
assédio sexual, a perseguição, a pornografia, etc... A maioria das vítimas são mulheres.
Considera-se violência sexual qualquer situação em que um indivíduo é forçado a ter
relações sexuais com outra pessoa contra sua vontade, usando força, ameaças,
comprometimento físico ou psicológico da vítima, chantagem ou coerção.
Uma das formas mais conhecidas de violência sexual é a violação, em que o ato sexual
é realizado de maneira forçada. Também está incluído nesta categoria todo esse tipo de
relação sexual em que um dos sujeitos não é capaz de dar ou negar o consentimento
devido a alterações de consciência, falta dela ou incapacidade de compreender ou ser
responsável pelos próprios atos.
Violência sexual 
Um conceito de violência sexual é: “tipo de violência em que envolve relações sexuais
não consentidas e pode ser praticada tanto por conhecido ou familiar ou por um
estranho.
violência sexual é qualquer ato sexual ou tentativa de obtenção de ato sexual
por violência ou coerção, ataques ,comentários ou investidas sexuais indesejados,
atividades como o tráfico humano ou diretamente contra a sexualidade de uma pessoa,
independentemente da relação com a vítima. Ocorre tanto em tempos de paz quanto em
situações de conflito armado, é generalizada e considerada como uma das violações
dos Direitos humanos mais traumáticas e comuns.

Em um relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), define como violência


sexual como: “Qualquer ato sexual ou tentativa do ato não desejada, ou atos para
traficar a sexualidade de uma pessoa, utilizando repressão, ameaças ou força física,
praticados por qualquer pessoa independente de suas relações com a vítima, qualquer
cenário, incluindo, mas não limitado ao do lar ou do trabalho”. A violência estabelece-
se em uma transgressão dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher, principalmente
ao atentado de direito físico e ao controle de sua capacidade sexual e reprodutiva.

Prevenção:
 Não aceite boleia de desconhecidos.
 Ao entrar num carro fixe discretamente a matrícula;
 Em festas ou entre amigos não beba em demasia e não ingira substâncias que
desconhece.
Em caso de violação:
 Mantenha a calma e tente fixar o maior número de indicadores que lhe permitam
descrever o agressor: cor e corte do cabelo; cor dos olhos; cicatrizes; sotaque
outras características, quer do agressor quer do veículo, se existir, como marca,
cor, matrícula, etc…;
 Não faça uma higiene profunda, a nível ginecológico, sem ser vista/o por um
médico ou perito;
 Preserve todas as peças de roupa que vestia na altura da violação, sem as lavar;
 Preserve qualquer objecto que lhe pareça ser pertença do agressor, mesmo uma
ponta de cigarro;
 Dirija-se à esquadra da PSP, posto da GNR ou piquete da PJ mais próximos e o
mais rapidamente possível. As peças de roupa e os objectos referidos
anteriormente são para entregar na altura da apresentação da queixa.
Caso a vítima seja criança:
 Esteja atento aos sinais exteriores manifestados pelas crianças que podem
revelar situações de abuso sexual;
 Se a criança verbalizar os factos, não dramatize, pelo menos na sua presença. A
criança verbaliza de forma natural e sem ter a noção da gravidade do problema;
 Não duvide do que a criança conta. Normalmente as crianças não inventam nem
têm fantasias sexuais, pelo menos até à fase da pré-adolescência;
 Procure ajuda de um psicólogo ou de um pedo-psiquiatra nos serviços de
urgência dos hospitais pediátricos.

Tipos de violação e violência sexual


1. Violação por cônjuge ou parceiro
Em muitos casos, estupros ou agressões sexuais são cometidos por sujeitos com os
quais a vítima mantém um relacionamento. Nesses casos, o estuprador geralmente
acredita ter certo direito de se livrar sexualmente de seu parceiro, ignorando a opinião e
o consentimento deste último a esse respeito.
2. Agressão sexual contra indivíduos com consciência alterada
Algumas das violações que são realizadas estão ligadas aos estados em que o sujeito
sexualmente agredido não está em condições de dar ou não por não ter um nível
suficiente de consciência.
3. Agressão sexual infantil
A pedofilia é um crime em que um menor é usado como objeto sexual por um adulto,
aproveitando a diferença de idade, conhecimento, maturidade e / ou poder.
4. Estupro
É chamado de estupro para praticar atividades sexuais entre um adulto e um menor, no
qual este dá seu consentimento. À consumação do ato devido à sedução e manipulação
realizadas pelo adulto. A diferença básica com a agressão sexual infantil é que,
enquanto isso, a criança não tem consciência do que significa fazer sexo, do próprio
estupro.
5. Agressão sexual incestuosa
Geralmente ligado à prática de pedofilia ou agressão sexual infantil, este tipo de abuso é
realizado pelas pessoas mais importantes da vítima de agressão sexual, aproveitando
essa relação para manipular o indivíduo e forçar seu consentimento. Às vezes é
realizado à força, com o conhecimento de que a queixa é improvável devido à
importância do agressor para a vítima.
6. Assalto a pessoas com deficiência
Em muitos casos, pessoas com deficiências podem ser vítimas de assédio sexual e
agressão. Devido à sua deficiência, um agressor pode encontrar maiores facilidades para
forçar um relacionamento sexual. Um dos casos mais frequentes deste tipo de agressão
sexual é com pessoas com deficiências intelectuais.
7. Violação por estranhos
Este tipo de violação é um dos mais conhecidos pela maioria da população, embora seja
um dos menos comuns. Nele, uma pessoa sem conexão anterior com a vítima usa força,
ameaças, coerção ou outros meios para forçá-la a fazer sexo.
8. agressão sexual
Este tipo de violação refere-se àquele cujo objetivo não é especificamente a obtenção de
gratificação, quer seja sexual ou derivado da necessidade de poder, é realizado com um
objetivo específico. Exemplos disso são obter um benefício econômico ou causar danos
a terceiros ligados à vítima.

9. Agressão sexual contra idosos


Os idosos também são vítimas freqüentes de abuso sexual. Devido a uma menor
capacidade física do que na juventude, os idosos são uma população que alguns
violadores podem facilmente acessar e podem ser mais dominados fisicamente.
Além disso, em muitos casos, os agressores podem aproveitar o estado de deterioração
cognitiva característica de indivíduos com demência avançada, com abuso de poder.

Conclusão:

A violência sexual é caracterizada como um abuso de poder no qual a vítima é usada


para gratificação sexual do agressor sem seu consentimento. É um grave problema de
saúde pública, na medida em que, inevitavelmente, traz prejuízos significativos para
quem o sofre de forma imediata ou mesmo tardiamente, devido ás consequências físicas
ou emocionais decorrentes do ato. Trata-se de uma violação de direitos e da intimidade
que atinge os mais variados grupos sociais faixa etária e gênero, apesar de as vítimas
mais frequentes serem do sexo feminino e principalmente crianças, adolescentes e
mulheres jovens.
Há necessidade de introduzir uma abordagem de género na análise da violação sexual,
cometida contra crianças dos dois sexos. Analisando a violação sexual numa perspectiva
de relações sociais de género, transversalizadas por poder, compreender-se-á como se
constrói a naturalização da violação sexual, principalmente quando é cometida no
contexto familiar, permitindo a ruptura com uma visão fatalista do mal.
A violação sexual de crianças é, pois, uma manifestação brutal de como a construção
social das identidades sociais de género são estruturadas por um modelo de
masculinidade e feminilidade que conforma os corpos sexuados ao controlo social, que
pune em função do que é culturalmente reconhecido como aceitável ou não.
Referência:

1. Organização Mundial da Saúde, World report on violence and health (Geneva:


World Health Organization, 2002), Capítulo 6, p. 149.
2.  Tribunal Internacional de Justiça, Elements of Crimes Arquivado em 6 de maio
de 2015, no Wayback Machine., Art. 7(1)(g)-6 Crimes against humanity of
sexual violence, elements 1.
3.  International Committee of the Red Cross (ed.). «Advancement of women:
ICRC statement to the United Nations, 2013». Consultado em 29 de dezembro
de 2014
4. Marshall, W. (2001). Agressores sexuais Estudos sobre violência. Ed. Ariel. p.
107.
5. Organização Mundial de Saúde (2013). Compreender e abordar a
violência contra as mulheres. Violência sexual Organização Pan-
Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde.

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