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RA: 3289439
Turma: 003208A03
Pode ser dizer, que a violência sempre existiu nas relações humanas,
principalmente quando falamos de violência doméstica, sendo considerada um aspecto
social presente em todas as culturas. Pode perceber que Aa Organização Mundial da
Saúde (OMS) aponta que a violência é um problema de saúde pública e a define como:
Há certo tipo de relação que perdura no tempo cujo objetivo é anular o outro
enquanto sujeito por meio do controle absoluto sobre ele, levando-o a uma
condição de perda total de autoestima e de dignidade pessoal. Muitas vezes,
esses casos vêm disfarçados sob o manto do ciúme. É o caso do namorado
ciumento, entendido como apaixonado, que pouco a pouco vai controlando
todos os aspectos da vida do outro. A justificativa é a paixão, a
impossibilidade de viver sem o outro (o que muitas vezes é sedutor ou
encantador, afinal, quem não quer ser tão desejado?); daí resultam as
loucuras. (MUSZKAT, 2016, p. 89)
Carol comenta que conheceu o namorado quando ela estava com 16 anos e ele,
com 20. Foi seu primeiro amor. Ela diz: “Eu achava que eu era um anjo na vida dele”.
No começo era tudo bom, ele era um cara legal. A primeira coisa estranha que
aconteceu, foi que ela tinha um grupo de forró, e certo dia saíram para dançar, e neste
dia ela disse que não iria dançar porque estava cansada, mas acabou encontrando com
um parceiro de dança que a convidou para dançar e ela aceitou. Neste dia seu namorado
ficou com a cara estranha, mas não falou nada, e demorou uns 3 meses para ele tocar no
assunto, mas isso só ocorria quando brigavam e sempre eram as mesmas ameaças, você
acha que não sou capaz de fazer algo com “aquele cara”, e ela sempre se preocupava
quando ouvia tal comentário. No decorrer do relacionamento ela sofria várias ameaças,
apesar da relação afetiva ser boa, passou de “bom” por “obrigação”, para não
transparecer o medo, e a relação sexual, passou a ser um refúgio.
Quando ela decide terminar, ele ameaçou matá-la. Ele busca-la nos lugares, não
rebatia o que ele falava, fazia “vistoria” no seu corpo, pra saber se ela tinha feito algo de
errado, acusando ela de ter aprontado. Ela dizia ser tratada como um pedaço de carne,
como se estive na padaria.
Depois de 4 anos, ela acreditava que ele iria melhorar, mudar, mas seu
relacionamento nunca mudou, então ela tomou coragem de ir na delegacia e denunciar
ele.
Em retrospectiva, Carol vai contando sobre os primeiros sinais estranhos,
que lhe diziam que algo não ia bem, ela descreve a evolução desta relação em que
se gerou vários transtornos emocionais e físicos, fazendo com que as vitimasvítimas
tenham duvidasdúvidas sobre si mesma.
Com tal relato, podemos ver como é Na prática, tal postura leva ao homem
querer dominar a mulher, a transformando-a em objeto, querendo controlá-la,
submeter, até que tenha total controle, e o porquê disso? Segundo, Muszkat,
existem duas justificativas:
Eu acredito nesta desconfiguração que o mundo tenta criar, onde elas são
humilhadas, traídas, submetidas a situações que eu realmente gostaria de entender o que
leva a mulher a não conseguir se impor, a dizer “não”, o que levar o homem a pensar
que aquele ser tão frágil deve passar por este martilho.
Partindo dessa premissa entendemos que a inclusão desta temática na
educação, desenvolvimento, desde as escolas até a fase adulta, é de suma importância
para a mutação social e consequente extinção da violência contra as mulheres. A
conscientização a partir de um trabalho educacional de humanização, respeito e
informação, de forma que, havendo o cometimento da violência, seja ela denunciada e
reprimida com veemência, fazendo deste mundo um lugar melhor.
Referências