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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PEDRA AZUL

TRABALHO POR ÁREA DE CONHECIMENTO


CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE
PROFESSORES DE CIÊNCIAS HUMANAS:
ANA CLARA, EDIRLEIA, IZABELA, LUIZ E UANDERSON.
ENSINO MÉDIO VALOR: 15 pontos.
ESTUDANTE: SÉRIE: 3ª Série I e II

COMO ESSA TEMÁTICA SE ENCONTRA NO CURRÍCULO:

TEMA INTEGRADOR DO CURRÍCULO RELACIONADO À PROPOSTA DESTE TRABALHO:


(TI06) EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS.
(TI08) SAÚDE, VIDA FAMILIAR E SOCIAL.
(T114) ÉTICA E CIDADANIA.
(TI16) GÊNERO, SEXUALIDADE, PODER E SOCIEDADE.

HABILIDADES RELACIONADAS À GEOGRAFIA:


EF08GE03/ES: Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características
da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial) e, posteriormente, comparar
os dados de um lugar com outro para conhecer o comportamento populacional do estado, região ou país.
EF07GE04ES/ES: Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade
étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo, idade e
processo de ocupação territorial, nas regiões brasileiras e dentro do Espírito Santo.

HABILIDADES RELACIONADAS À HISTÓRIA:


EF06HI19/ES: Descrever e analisar os diferentes papéis sociais das mulheres no mundo antigo e nas
sociedades medievais, evidenciando tanto as representações sociais que estabelecem padrões, ideias de
comportamento ou de desvios das normas vigentes (como nas sociedades cristãs são símbolos de Eva,
Maria, Maria Madalena), como a sua participação, em conflitos bélicos, desempenhando funções
religiosas e intelectuais (a exemplo de Hildegarda de Bingen, Christine de Pisan). Problematizando o
controle sobre o corpo, sexualidade e os saberes femininos e como os ideais de beleza, através do culto
ao corpo físico e estético, são recodificados e organizados de acordo com a cultura, religião, etnia e
tempo histórico.
EF69LP01: Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a
esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia, quando for o caso.
EF09HI026/ES: Discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas (negros,
indígenas, mulheres, homossexuais, camponeses, pobres etc.) com vistas à tomada de consciência e à
construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas. Problematizando índices e dados da
vitimização e mortalidade de minorias (afrodescendentes, mulheres, crianças e adolescentes, idosos, etc.)
no sentido de buscar projetos de vida que contribuam para perspectivas que levam à cultura de paz e
respeito à diversidade no Espírito Santo, na comunidade e na unidade escolar.
TEXTO 01- GEOGRAFIA: VIOLÊNCIA DE GÊNERO

O que é violência de gênero e como se manifesta?


A violência de gênero se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra
alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua identidade de gênero ou orientação sexual. De acordo com a
estimativa global publicada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2017, uma em cada três mulheres em todo o
mundo, especificamente 35%, já foram vítimas de violência física ou sexual durante a sua vida. Dessa forma, constata-se
que as mais atingidas por essa coerção são pessoas do sexo feminino. Contudo, vale lembrar que homens e minorias
sexuais e de gênero também podem ser alvos dessas agressões.

No plano do Direito Internacional dos Direitos Humanos não existe uma definição precisa do que é violência de gênero,
pois, por muito tempo, o conceito de gênero foi considerado como sinônimo de sexo. Por isso, a ONU (Organização das
Nações Unidas) adota uma concepção amplificada da definição de violência contra mulher em alguns tratados
internacionais que versam sobre o tema. Por exemplo, tem-se o caso da Convenção sobre Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW, sigla em inglês) que foi promulgada em 1979 pelas Nações
Unidas e ratificada por 188 países. A regulamentação, que busca estabelecer parâmetros mínimos nas ações estatais para
promover os direitos humanos das mulheres e reprimir violações, define como discriminação:

“toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher,
independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da
mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político,
econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo” (artigo 1°, CEDAW).

Já a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, a qual ocorreu no ano
de 1994 em Belém no Pará e que foi assinalada por 32 dos 35 Estados do continente americano, definiu essa prática
como uma ofensa à dignidade humana e manifestação das relações de poder historicamente desiguais entre
mulheres e homens.

Não obstante, ressalta-se que embora os termos sejam utilizados como sinônimos, nem todo ato contra a mulher é
violência de gênero. Isso por que para que uma agressão seja classificada como violência de gênero deve ser direcionada
a vítima em razão de sua identificação sexual ou de gênero.

E quais as principais formas de violência de gênero?


Violência física
Caracteriza-se pela agressão física, tais como: tapas, socos, empurrões, arremesso de objetos ou qualquer conduta que
ofenda a integridade e saúde corporal da mulher. Em caso de morte por agressões motivadas pelo simples fato de ser
mulher, utiliza-se o termo feminicídio.

Violência sexual
Qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, manter ou a participar de algo que viole sue corpo. São
exemplos: forçar o aborto, usar anticoncepcionais contra sua vontade ou ainda sofrer assédio sexual mediante ameaça
ou intimidação.

Violência virtual
Ocorre quando se utilizam os ambientes virtuais para importunar, intimidar, perseguir, ofender ou chantagear alguém ou
determinado conjunto de indivíduos, tais como: divulgação de fotos, textos ou documentos por vingança. O agressor
também pode utilizar chantagem emocional ou financeira. Perseguição on-line (stalking): o agressor persegue
virtualmente a mulher de forma incansável, invadindo sua privacidade, com envio de mensagens indesejadas, exposição
de fatos e boatos nas redes sociais.

Violência simbólica
Refere-se a uma forma de violência “invisível”, percebida em comportamentos, pensamentos e modelos das instituições
sociais em que se perpetuam e se impõem determinados valores culturais. São exemplos de violência simbólica as
expressões: “toda mulher dirige mal”; “cozinha bem, já pode casar”; “vai ficar para titia”.

Feminicídios de mulheres negras e não negras no Brasil


Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, a diferença racial nas vítimas de feminicídio é menor do que
a diferença nas demais mortes violentas intencionais. Em 2021, 37,5% das vítimas de feminicídio eram brancas e 62%
negras. Nas demais mortes violentas intencionais, contudo, 70,7% eram negras e apenas 28,6% brancas. Em última
instância, o que os dados nos indicam é uma possível subnotificação das mulheres negras enquanto vítimas de
feminicídio. Demais estudos ainda devem ser realizados para aprofundar o fenômeno, entretanto, levanta-se a hipótese de
que há menor enquadramento dos homicídios de mulheres negras enquanto feminicídio. Ou seja, mais mulheres negras,
mesmo sendo mortas pela condição de ser mulher, são incluídas na categoria de homicídio doloso e não feminicídio, o que
parece acontecer menos com as mulheres brancas. Essa hipótese ganha força quando analisamos a mortalidade geral de
mulheres por agressão ao longo da última década e verificamos que, se os assassinatos de mulheres brancas caíram, os
de mulheres negras se acentuaram, aumentando a disparidade racial da violência letal.

TEXTO 01- GEOGRAFIA: VIOLÊNCIA DE GÊNERO-ATIVIDADES

01- O que é violência de gênero e quais grupos podem sofrê-la?

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02- Como podemos classificar os distintos tipos de violência?

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03 – "O stalking é uma perseguição reiterada, de forma obsessiva tanto no meio físico como no digital. O perseguidor pode agir por inveja,
ciúmes, paixão obsessiva. A perseguição pode ser de uma pessoa do relacionamento social ou até de um estranho. O crime de
perseguição, conhecido como "stalking", pode levar o perseguidor a pegar até três anos de prisão”.
Esse tipo de violência pode ser classificada como “Violência Virtual”. Em sua opinião, as redes sociais podem contribuir para
a ampliação desse tipo de conduta violenta?
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04- Associe a primeira coluna de acordo com a segunda:

TIPOS DE VIOLÊNCIA
(1) Violência Sexual ( ) Ocorre quando se utilizam os ambientes
virtuais para importunar, intimidar, perseguir,
ofender ou chantagear alguém ou determinado
conjunto de indivíduos, tais como: divulgação de
fotos, textos ou documentos por vingança.
(2) Violência Física ( )Forma de violência “invisível”, percebida em
comportamentos, pensamentos e modelos das
instituições sociais em que se perpetuam e se
impõem determinados valores culturais.
(3) Violência Virtual ( )Qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar,
manter ou a participar de algo que viole sue corpo.
(4) Violência Simbólica ( )Caracteriza-se pela agressão física, tais como: tapas,
socos, empurrões, arremesso de objetos ou qualquer conduta
que ofenda a integridade e saúde corporal da mulher.

05- “Feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, mais definido como o assassinato de mulheres
em violência doméstica ou em aversão ao gênero da vítima, mas as definições variam dependendo do contexto
cultural”. Levando em consideração o texto acima, podemos dizer que existe diferença estatística entre
feminicídio de mulheres negra e não negras? Como os dados apresentados revelam isso?
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TEXTO 02- FILOSOFIA: MULHERES E TRABALHO

Mulher no mercado de trabalho: avanços e desafios

A presença da mulher no mercado de trabalho está cada dia mais forte e a


tendência é só aumentar. Esbanjando competência e qualificação
profissional, elas ocupam cargos de liderança e provam que lugar de mulher
é onde ela quiser. As mulheres estão na política, na ciência e na economia.
São empreendedoras, juízas e doutoras. Estão por toda parte e seguem
lutando por seus direitos. Continue com a gente e descubra os principais
avanços e desafios das mulheres no mercado de trabalho.

História da mulher no mercado de trabalho

A revolução industrial no Brasil é um dos principais marcos da entrada da mulher no mercado de trabalho.
Com o avanço dos processos de industrialização, sobretudo a partir da década de 1930, o aumento da demanda por mão
de obra abriu espaço para que as mulheres saíssem de casa e entrassem na indústria. Mas com salários menores que os
dos homens, mesmo ao exercer as mesmas funções. Antes disso, elas se dedicavam exclusivamente ao trabalho
doméstico. Nos cuidados com a casa, com as crianças e com a alimentação da família. Garantiam uma base sólida para
que os homens pudessem trabalhar fora e “sustentar” o lar.
Movimento Feminista
A industrialização abriu espaço para as mulheres e junto delas, as suas lutas.
Em 1970, o Movimento Feminista explodiu no EUA e atingiu com força o Brasil. Os gritos por liberdade, igualdade de
gênero e direito das mulheres ecoaram por toda a América, dando início a um longo processo de lutas e muitas
conquistas.

Conquistas

Desde então, as mulheres ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho, contribuindo maravilhosamente para a
economia do país. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a economia brasileira poderia
aumentar até 382 bilhões de reais se incluísse mais mulheres no mercado.

Cargos e posições

Se antes eram atribuídos a elas somente os trabalhos domésticos ou de cuidados, como enfermeiras, costureiras,
professoras ou cozinheiras, hoje as coisas são bem diferentes.
As mulheres estão presentes em praticamente todos os setores do mercado. Muitas já assumem cargos de liderança.
Elas estão na política, na engenharia, na ciência e na tecnologia. São protagonistas do próprio negócio, empreendedoras,
juízas e doutoras.
Estão por toda parte e o céu é o limite!
Desafios: a luta continua
Apesar dos direitos já conquistados pela mulher no mercado de trabalho, ainda há muitos desafios pela frente.
De acordo com dados do IBGE divulgados em 2019, 65% da mão de obra geral do mercado ainda é masculina, em
comparação com 45% feminina.
Ainda segundo a mesma pesquisa, as trabalhadoras brasileiras podem receber até 20% a menos que os homens. Mesmo
quando têm ensino superior e exercem a mesma função.

Jornadas duplas de trabalho

Outro grande desafio ainda enfrentado por muitas mulheres é a jornada


dupla de trabalho.
Como os serviços domésticos ainda são atribuídos quase exclusivamente
à elas, as mulheres precisam dividir o seu tempo entre o trabalho de
dentro e fora de casa. E não é pouca coisa!
São elas as responsáveis por limpar, cozinhar, fazer compras, administrar
as contas e cuidar dos filhos. E ainda cumprir as jornadas externas do
mercado de trabalho.
O resultado são mulheres mega sobrecarregadas e sem tempo para si
próprias.

Maternidade

A maternidade também é outro desafio para as mulheres no mercado de trabalho.


Isso porque, além da dificuldade em relação aos horários comerciais, os direitos trabalhistas não dão o suporte necessário
para essas mulheres.
A maioria das mães precisam deixar seus bebês muito cedo em creches para voltar ao trabalho externo e sofrem muito
preconceito por isso. .
Em razão disso, muitas acabam recusando boas propostas de emprego ou deixam de ser promovidas pelo simples fato de
terem se tornado mães.
De acordo com um estudo divulgado pela Crescer, 94% das mulheres sentem dificuldade de conciliar a maternidade com o
trabalho.
Transformações no mercado: mais conquistas!
A boa notícia é que as coisas estão mudando!
Com o objetivo de colocar em prática a tão falada equidade de gênero, muitas empresas estão se adaptando à realidade
da mulher no mercado de trabalho, flexibilizando os horários e formas de atuação.
Como é o exemplo do home office, que tem surgido como uma alternativa para as mulheres que ainda precisam cuidar
sozinhas da casa e dos filhos.
As redes de apoio entre mães e mulheres também estão crescendo e se mostram valiosíssimas nesse processo de
estabilidade e inserção das profissionais no mercado.
5 diferenciais da mulher no mercado de trabalho
Como falamos no início do texto, apesar dos desafios, a presença das mulheres no mercado de trabalho cresce cada vez
mais. E não é à toa!
Com suas inúmeras habilidades e competências, elas contribuem de maneira significativa para o crescimento das
empresas e para a economia do país.
Elas ocupam cargos importantes, tomam decisões e contribuem para o desenvolvimento das empresas e para a economia
do país.
Apesar dos desafios, que ainda são muitos, elas seguem firmes na luta por direitos, provando a sua potência profissional.

TEXTO 02- GEOGRAFIA: MULHERES NO TRABALHO-ATIVIDADES

1-Enem 2014

Maria da Penha […]


Não vem que eu não sou
Você não vai ter sossego na vida, seu Mulher de ficar escutando esculacho
moço Aqui o buraco é mais embaixo
Se me der um tapa A nossa paixão já foi tarde
Da dona “Maria da Penha” […]
Você não escapa Se quer um conselho, não venha
O bicho pegou, não tem mais a banca Com essa arrogância ferrenha
De dar cesta básica, amor Vai dar com a cara
Vacilou, tá na tranca Bem na mão da “Maria da Penha”
Respeito, afinal, é bom e eu gosto
ALCIONE. De tudo o que eu gosto. Rio de Janeiro: Indie; Warner, 2007.
A letra da canção faz referência a uma iniciativa destinada a combater um tipo de desrespeito e exclusão social associado, principalmente, à(s)

a) mudanças decorrentes da entrada da mulher no mercado de trabalho.


b) formas de ameaça doméstica que se restringem à violência física.
c) relações de gênero socialmente construídas ao longo da história.
d) violência doméstica contra a mulher relacionada à pobreza.
e) ingestão excessiva de álcool pelos homens.

2-A respeito da relação entre o papel social da mulher e o mercado de trabalho, estão corretas as afirmativas
abaixo, exceto:

a) O salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos homens na atualidade, fator que fica ainda mais
crítico quando nos referimos às mulheres negras.
b) O número de mulheres que ocupam cargos de nível superior e chefia nas empresas supera o de homens, que se
tornaram minoria nesses níveis hierárquicos privilegiados.
c) Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma desigualdade no que se refere aos diferentes
gêneros.
d) A mulher ainda procura conciliar as responsabilidades relacionadas com a sua atividade profissional e as tarefas
familiares e domésticas.
e) Estereótipos que distanciam a mulher de características ditas como masculinas, tais como objetividade, dureza para
tomar decisões e frieza racional, são frequentemente usados como justificativa para a não contratação de mulheres para
determinados cargos e promoção para níveis hierárquicos superiores

3-Nos cargos políticos, as mulheres ainda são minoria, entretanto, alguns países latino-americanos já tiveram
mulheres nos cargos de Presidente da República. Assinale a alternativa que não possua o nome de um país latino-
americano e sua referida presidente:

a) Jamaica – Portia Simpson-Miller


b) Brasil – Dilma Rousseff
c) Uruguai - Tabaré Vázquez
d) Argentina – Cristina Kirchner
e) Chile – Michelle Bachelet

4-(UFG 2014) Leia o texto e analise a figura a seguir.

Em 1991, a renda média das brasileiras correspondia a 63% do rendimento


masculino. Em 2000, chegou a 71%. As conquistas comprovam dedicação, mas
também necessidade. As pesquisas revelam que quase 30% delas apresentam em
seus currículos mais de dez anos de escolaridade, contra 20% dos profissionais
masculinos.
PROBST, Elisiana Renata. “A evolução da mulher no mercado de trabalho”. Revista
do Instituto Catarinense de Pós Graduação. Disponível em: <www.icpg.com.br>.
Acesso em: 15 setembro 2023

Tendo em vista o texto e o implícito no discurso iconográfico, percebe-se.

a) as diferenças na valorização da força de trabalho entre os gêneros e a ampliação


das demandas das mulheres na luta pelo reconhecimento social.
b) a queda da taxa de fecundidade, elevando a renda feminina, e os tabus da
adequação a padrões de beleza vigentes.
c) a alteração do perfil das trabalhadoras que se tornam mais velhas, casadas e mães e a participação das mulheres no
movimento feminista.
d) a classificação do trabalho doméstico contabilizado como atividade econômica e a continuidade de modelos familiares
tradicionais.
e) as diferenças da jornada de trabalho entre os gêneros e a influência da mídia estabelecendo um padrão de corpo
feminino.

5- Diante da leitura feita e de seus conhecimentos, escreva como fica a jornada dupla de trabalho da mulher. Qual sua
opinião sobre essa situação, existe uma forma de melhorar?
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TEXTO 03- SOCIOLOGIA: MULHERES E TRABALHO

Contribuição Das Mulheres Nas Conquistas Dos Direitos Feminino

Todo dia 8 de março, as mulheres acordam com uma certeza: receberão algum mimo, geralmente flores; ouvirão
algum discurso sobre terem força combinada com delicadeza e provavelmente alguma piada sobre tarefas
domésticas. Mas o Dia Internacional da Mulher é celebrado mundialmente como um marco na luta por direitos
humanos.
A data nasceu de uma série de manifestações de mulheres por melhores condições de trabalho no século XX e é
utilizada para promover a reflexão sobre o longo caminho percorrido na trilha da igualdade entre homens e
mulheres. No entanto, passados mais de 100 anos de conquistas, ainda persiste um fosso de desigualdade,
sobretudo, salarial entre homens e mulheres. Essa desigualdade se reflete nas sobrecargas de trabalho doméstico e
salários mais baixos para funções de mesmo nível, além de sofrerem violências motivadas por gênero.
De acordo com dados do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça (ONU), o rendimento médio real das
mulheres brasileiras equivale a 70% do que recebem os homens. Quando inserido o recorte racial, a disparidade
salarial entre homens brancos e as mulheres negras é ainda maior. O rendimento das mulheres negras acima de 16
anos corresponde a menos de 42% do que recebem os homens brancos.
Tal desigualdade é mais flagrante, quando se mensura a presença feminina nos postos de trabalho. Apesar das
mulheres ter vantagem em relação aos homens no contingente de aprendizes e estagiários, com participação de
55,9% e 58,9%, respectivamente, no entanto perdem espaço, nos cargos de trainees, com 42,6%. Nos níveis
hierárquico mail alto, estão ainda menos presentes que os homens, com porcentagens de 35,5% no quadro
funcional, 38,8% na supervisão, 31,3% na gerência. O quadro piora quando se mostra o percentual de apenas
13,6% no quadro executivo e 11% no conselho de administração, segundo estudos do Instituto Ethos de 2016.
Apesar deste quadro desalentador, no entanto, vale lembrar a contribuição que algumas mulheres tiveram para
garantir este direito a partir de 191, dentre elas, podemos destacar:
Nísia Floresta: Uma das precursoras do feminismo no Brasil. Foi escritora, intelectual e mais: uma
revolucionária que lutou, por meio da Literatura e da Educação, pela emancipação e independência das mulheres.
Maria Quitéria de Jesus: Foi uma heroína que lutou contra tropas portuguesas pela Independência do
Brasil. Nascida na Bahia, Maria Quitéria serviu de inspiração para que outras mulheres se juntassem às tropas,
formando um grupo comandado por ela, sendo reconhecida pela sua coragem e seu protagonismo na Guerra da
Independência.
Maria Felipa de Oliveira: Mulher negra, pescadora, capoeirista e marisqueira. Nascida em Itaparica (BA),
ficou conhecida por liderar um grupo de 200 pessoas – entre elas, povos indígenas – na luta pela libertação
portuguesa. Em 2018, foi declarada heroína da Pátria Brasileira.
TEXTO 03: MULHERES E TRABALHO-ATIVIDADES

01- De acordo com dados do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça (ONU), no Brasil, qual o rendimento médio
das mulheres em relação aos homens?
A ( ) 80%
B ( ) 50%
C ( ) 30%
D ( ) 70%
E ( ) 15%

02- Quando inserido o recorte ________, a disparidade salarial entre ___________________ é ainda maior. O rendimento
das mulheres negras acima de 16 anos corresponde a menos de ____ do que recebem os homens brancos.
A ( ) Social, mulheres negras, 10%
B ( ) Racial, homens brancos e as mulheres negras, 42%
C ( ) Cultural, mulheres brancas e mulheres negras, 25%
D ( ) Racial, homens brancos e as mulheres negras, 10%
E ( ) Racial, asiáticas e brasileiras, 42%

03- Segundo estudos do Instituto Ethos de 2016 a presença das mulheres no posto do trabalho em relação aos homens,
obedece a seguinte proporção:
Nos níveis hierárquicos mais alto, apenas ____ enquanto ____ estão presente no quadro funcional e _____ na gerência.
No quadro executivo apenas______ enquanto _______ estão presente no conselho de administração.
A ( ) 35,5%, 38,8%, 31,3%. 13,6% e 11%.
B ( ) 31,3%. 13,6%, 11%. 1,3% e 13,6%,
C ( ) 13,6%, 35,5%, 38,8%, 1,3% e 11%.
D ( ) 31,3%. 13,6%, 11%. 35,5% e 38,8%.
E ( ) N.D.A

04- _________________ Mulher negra, pescadora, capoeirista e marisqueira. Nascida em Itaparica (BA), ficou conhecida
por liderar um grupo de 200 pessoas – entre elas, povos indígenas – na luta pela libertação portuguesa. Em 2018, foi
declarada heroína da Pátria Brasileira
A ( ) Maria Felipa de Oliveira:
B ( ) Nísia Floresta
C ( ) Maria Quitéria de Jesus
D ( ) Cecilia Meireles
E ( ) Olga Benário Prestes

05- Quem foi Nísia Floresta?


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TEXTO 04- HISTÓRIA: MULHERES BRASIELIRAS E SUAS CONQUISTAS HISTÓRICAS

Algumas conquistas das mulheres brasileiras ao longo da história

No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. A data nasceu após uma série de manifestações
feministas por melhores condições de trabalho no século XX, e é celebrada até hoje para lembrar das conquistas das
mulheres ao longo da história rumo à igualdade de gênero, e para não se esquecer o quanto ainda se precisa
conquistar. Uma projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial em 2018 mostra que serão necessários mais de dois
séculos para haver igualdade de gênero no mercado de trabalho. Em outros segmentos, como educação, saúde e na
política, as desigualdades entre homens e mulheres precisarão de 108 anos para terminarem.

Para a historiadora e doutora em história política Angélica Ferrarez, o processo de empoderamento feminino passa
pela educação e pela comunicação. Foi apenas em 1827, a partir da Lei Geral é que as mulheres foram autorizadas a
ingressar nos colégios e a estudar além da escola primária. Mas somente em 1852 foi lançado um jornal editado por
mulheres e direcionado para elas, o ‘Jornal das Senhoras’. O veículo, entretanto, afirmava que as pessoas do sexo
feminino não deveriam executar afazeres do lar.

“Uma reflexão que faço sobre esses primeiros jornais que foram dirigidos para o público feminino da segunda metade
do século 19, é sobre o compromisso deles muito mais com as ideias de padrão, norma, conduta, o comportamento
desejável para a criação de um tipo de mulher. Estes jornais, em geral, traziam notícias de moda, normas de etiqueta,
culinária, crônicas e tinham muitas crônicas direcionadas às mulheres. Mas na verdade ali existia uma vontade no
imaginário social de criar o tipo ideal de mulher no Império. Se for observar até os nomes destes jornais são
conservadores, ‘Jornal das Senhoras’. Quem é essa senhora? A que mulheres esses jornais estão dedicando suas
linhas?”, questiona a professora.

A historiadora ressalta ainda a visão das mulheres como público consumidor já no século XIX: “Esses jornais não estão
refletindo, de modo crítico, o lugar social das mulheres na escala da humanidade, as conquistas femininas, os desafios
das mulheres. Não estão problematizando, por exemplo, a condição subalternizada e inferiorizada das mulheres na
sociedade. Então são jornais de cunho conservador voltados para a criação de tipos sociais, mas não deixam de ser
uma conquista, na medida em que estão enxergando o feminino como público consumidor”, explica.

Outra grande conquista das mulheres, sobretudo no combate à violência, é a Lei 11.340/06, que recebeu o nome de
“Lei Maria da Penha”, em homenagem a uma farmacêutica que ficou sem os movimentos das pernas após ser vítima
de violência doméstica.

Até 2006, o Brasil não tinha nenhuma lei que tratasse especificamente da violência doméstica. Casos como estes eram
enquadrados na lei 9099, a dos Juizados Especiais Cíveis, conhecidos como “pequenas causas”. Foi então que, após
pressões populares, a Justiça concluiu que a violência doméstica não podia ser considerada um delito de menor
potencial ofensivo, porque existe uma escalada dessa violência que pode levar ao feminicídio.

“Esta é uma lei de muita potência contra o feminicídio, uma grande conquista, mas se a gente for pensar que a Maria
da Penha ficou 20 anos lutando para que seu agressor, seu ex-marido, fosse preso, a gente percebe a morosidade das
leis dedicadas ao universo feminino. Em geral, sou otimista, mas gosto muito de lembrar os desafios que a gente ainda
enfrenta. Uma das reclamações das mulheres é que elas podem denunciar o agressor na delegacia especializada e
encontrar uma equipe despreparada para o acolhimento, para o atendimento. A lei é uma conquista que vem carregada
de desafios, daí é necessário instrumentalizar o exercício da lei”, analisa a historiadora

Conquistas das mulheres na política


No Brasil, a mulher conquistou o direito ao voto em 1932. O sufrágio feminino, garantido pelo primeiro Código Eleitoral
brasileiro, foi uma conquista que aconteceu graças à organização de movimentos feministas no início do século XX,
que tiveram grande influência na luta por direitos políticos das mulheres nos EUA e na Europa.

Um ano após conquistarem o direito ao voto, em 1933, foi eleita a Carlota Pereira de Queirós, a primeira deputada
federal brasileira. No ano seguinte, em 1934, a professora Antonieta de Barros, filha de uma escrava liberta, foi eleita
para a Assembleia de Santa Catarina. Ela foi a primeira parlamentar negra da História do Brasil. Atualmente, as
mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mesmo assim,
elas ainda são minoria na política. Apenas 12% das prefeituras brasileiras são comandadas por mulheres, segundo o
TSE.

“Imagine que o voto no Brasil, sempre existiu. Em todos os períodos, império, República, inclusive na colônia, o voto
sempre existiu e as mulheres nunca foram vistas como sujeitas, como cidadãs com direito ao voto. A gente, enquanto
Brasil, ensaia uma democracia, então é importante termos a participação feminina neste ensaio geral”, ressalta a
historiadora.

Confira a linha do tempo com as principais conquistas das mulheres ao longo da história:
1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escola
1852 – Primeiro jornal feminino
1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades
1910 – O primeiro partido político feminino é criado
1928 – É eleita a primeira prefeita do Brasil e da América Latina
1932 – Mulheres conquistam o direito ao voto
1962 – Criação do Estatuto da Mulher Casada
1977 – É aprovada a Lei do Divórcio
1979 – Direito à prática do futebol
1988 – Primeiro encontro nacional de mulheres negras
2006 – Lei Maria da Penha
2015 – É sancionada a Lei do Feminicídio
2018 – A importunação sexual feminina passou a ser considerada crime
2023 – É sancionada a Lei que garante igualdade salarial entre mulheres e homens.
Disponível em: https://futura.frm.org.br/conteudo/mobilizacao-social/noticia/conquistas-das-mulheres-ao-longo-da-
historia. Acesso em: 19/09/2023.

TEXTO 4: MULHERES BRASIELIRAS E SUAS CONQUISTAS- ATIVIDADES


HISTÓRICAS DADES

01-Fazendo uma análise objetiva e histórica, quais seriam as possíveis razões que podem ser apontadas para a difícil luta
das mulheres por reconhecimento e espaço? E por que as previsões para melhorias nesse cenário são demoradas e nada
promissoras?
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02-“Uma reflexão que faço sobre esses primeiros jornais que foram dirigidos para o público feminino da segunda metade
do século XIX, é sobre o compromisso deles muito mais com as ideias de padrão, norma, conduta, e comportamento
desejável para a criação de um tipo de mulher” [...]. Qual é a principal crítica histórica que a professora estabelece nesse
trecho de sua entrevista e por que ela associa o fato ao conservadorismo?
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3-O marco inicial das discussões parlamentares em torno do direito do voto feminino são os debates que antecederam a
Constituição de 1824, que não
trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita
quanto à possibilidade desse exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 18 anos, que as
mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do
Código Eleitoral de 1932.
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br. Acesso em: 14 maio 2018.

Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no texto foi a
A) Superação total da cultura patriarcal, ou seja, o homem é quem manda.
B) Influência de igrejas protestantes, principalmente pastores famosos.
C) Pressão do governo revolucionário, sem levar em conta os movimentos feministas.
D) Fragilidade das oligarquias regionais, que perderam força com a eleição de João Pessoa.
E) Campanha de extensão da cidadania, que após a luta e reivindicação de vários grupos de mulheres conquistou o
sufrágio feminino.

04 Analise a imagem ao lado:


Sobre as informações da imagem e do texto analise as
afirmações e julgue-as se são verdadeiras ou falsas:

( ) A Lei Maria da Penha foi inspirada em um caso


de uma mulher brasileira agredida por cerca de 20
anos pelo seu companheiro.
( ) O índice de feminicídios e agressão domestica
aumentou significativamente no Brasil durante o 2º
semestre de 2020, como mostram os dados.
( ) A Lei Maria da Penha trouxe maior transparência
para a realidade problemática que envolve a violência
doméstica no país, após ser desconsiderada um delito
com menor potencial ofensivo.
( ) Entre as causas para o aumento dos índices de
feminicídio está a diminuição no número de medidas
protetivas de urgência concedidas às mulheres.
( ) Uma das medidas objetivas para acabar ou
diminuir o feminicídio ou agressão às mulheres no
país é trata-las com dignidade, como sujeitos de
opinião que devem proteger sua honra limitando-se a
ficar em casa nos serviços domésticos e obedecendo
ao marido em tudo.

Assinale abaixo a alternativa que corresponde à


sequência correta das questões analisadas:
A) F – F – V – V
B) V – F – V – V
C) F – V – V – F
D) V – F – F – F
E) F – V – F – V

5- Diante das muitas vitórias que as mulheres têm conquistado na sociedade brasileira nos últimos anos, uma que se
destacou no cenário nacional nos últimos dias foi a equiparação legal da remuneração entre mulheres e homens,
corrigindo, assim, um problema de décadas em que os homens recebiam mais que as mulheres, mesmo desempenhando
a mesma função. O texto da lei 1085/23 dispõe sobre a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens; e
altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. O quão você
julga essa medida importante na luta pelos direitos das mulheres brasileiras? Quais as lutas históricas que você ainda
observa que precisam avançar em nosso país? Qual seria o papel da mulher na sociedade brasileira segundo a sua visão?
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