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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS DE SOBRAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS
PÚBLICAS

NÚMERO DE INSCRIÇÃO: 108840

MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO E GRAVE SOFRIMENTO


PSÍQUICO RELACIONADO: REFLEXÕES SOBRE ATENDIMENTOS EM SERVIÇOS
ESPECIALIZADOS DE SAÚDE MENTAL DA CIDADE DE SOBRAL-CE

LINHA DE PESQUISA: CLÍNICA, SAÚDE E POLÍTICAS PÚBLICAS

POSSÍVEIS ORIENTADORES:
JULIANA VIEIRA SAMPAIO
PAULO HENRIQUE DIAS QUINDERÉ

SOBRAL
2023
RESUMO

O presente projeto tem como objetivo geral refletir sobre as práticas dos profissionais de
dispositivos especializados de saúde mental nos atendimentos a mulheres que estão em
situação de grave sofrimento psíquico e que têm como um dos determinantes desse sofrimento
a violência de gênero. Este tipo de violência caracteriza-se por ser praticada por homens e
beneficiada pelo poder patriarcal presente em nossa sociedade, tendo como vítimas principais
as mulheres, crianças e adolescentes, e ocorre nas formas física, sexual e emocional
(SAFFIOTI, 2001). Esta pesquisa será específica sobre as mulheres como vítimas por elas
terem grande expressividade tanto numérica quanto de consequências mais graves advindas
desse tipo de violência, como o feminicídio, por exemplo. Quando uma mulher sofre
violência de gênero, é recomendado que sejam ofertados alguns tipos de cuidado a ela, como
nos serviços de justiça, assistência social, saúde, e outros que ela necessite. Mesmo que o
serviço de saúde em que a mulher é atendida não tenha o propósito inicial de atender
mulheres vítimas de violência, é comum que elas revelem nesses espaços o seu sofrimento
relacionado a isso, e é muito importante que os profissionais de saúde saibam acolher e seguir
com as devidas condutas nesses casos, visto que a saúde engloba todos os aspectos
biopsicossociais. É frequente também o adoecimento mental das mulheres vítimas de
violência de gênero, tornando-se muitas vezes um adoecimento mental grave, que necessita de
acompanhamento multiprofissional. Pensando sobre esses aspectos, entendemos que seja
importante refletirmos sobre as práticas profissionais em serviços de saúde que atendam
mulheres em grave sofrimento psíquico. Pretendemos realizar uma pesquisa de campo nos
três CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), que são locais que realizam atendimentos de
saúde mental a pessoas com grave sofrimento psíquico, da cidade de Sobral – CE. Os
participantes serão divididos em dois grupos: os profissionais que realizam atendimentos
diretamente a mulheres com grave sofrimento psíquico nesses serviços; e as mulheres que são
atendidas nesses serviços e que tenham a violência de gênero como agravante ao sofrimento
mental. Todos os participantes serão entrevistados individualmente e os dados coletados serão
analisados qualitativamente. Esperamos como resultado que possamos refletir sobre as
práticas profissionais voltadas às mulheres em grave sofrimento mental, considerando
principalmente as falas dessas mulheres; bem como também pretendemos realizar orientações
que sejam significativas a essas práticas, de modo que alcancem não só os profissionais da
cidade de Sobral, mas também de outros locais.
Palavras-chave: violência de gênero; mulheres; grave sofrimento psíquico; dispositivos
especializados de saúde mental;
INTRODUÇÃO
É comum vermos nos telejornais, na internet – ou por meio de outras fontes –,
notícias e relatos de mulheres que sofreram algum tipo de violência de gênero. De acordo com
o Fórum Brasileiro de Segurança Pública - FBSP (2022), vem sendo registrado um
significativo crescimento no número de casos de feminicídio e de estupro de vítimas do sexo
feminino nos últimos anos no Brasil: do primeiro semestre de 2021 ao primeiro semestre de
2022, houve um aumento de 3,2% nos casos de feminicídio e de 12,5% nos casos de estupro
de vítimas do sexo feminino.
A violência contra a mulher ainda se faz bastante presente em nosso país,
sendo praticada em sua maioria por homens com os quais as mulheres geralmente possuem
algum envolvimento afetivo, mas também pode ser praticada por conhecidos e desconhecidos
da vítima. e se dá muitas vezes pelo sentimento de posse que o homem tem em relação à
vítima, sentimento esse que nem sempre é algo intencional ou totalmente consciente da parte
do homem, mas que é resultado de uma construção social que faz acreditar que a mulher é
inferior e o homem superior. O fato do sentimento de posse não ser totalmente intencional não
faz com que os homens não devam cumprir pelas agressões causadas, mas infelizmente o que
percebemos é que esses homens são facilmente “perdoados” socialmente, devido justamente a
essa equivocada noção de que o homem pode fazer o que quiser com a mulher que considera
“sua”.
A violência de gênero pode ser caracterizada, segundo Saffioti (2001), como aquela
em que as vítimas são mulheres, crianças e adolescentes, e em que há agressões de diversos
tipos (emocionais, físicas e sexuais), sendo protagonizada por homens, beneficiados pelo
poder patriarcal existente em nossa sociedade. Aqui, falaremos mais sobre essa violência
direcionada às mulheres, visto que elas são as vítimas mais expressivas em quantidade e que
sofrem as maiores consequências – chegando muitas vezes a morrer. Devido à grande
quantidade de mulheres que sofreram, ainda sofrem, das que morreram e para evitar mais
mortes relacionadas a essa questão, foram criados no Brasil alguns mecanismos judiciais para
a proteção da mulher. Dentre esses mecanismos, um dos principais e mais conhecidos é a lei
11.340/2006, também conhecida como lei Maria da Penha, em alusão a uma mulher que sofria
de muitas violências do seu marido e que ficou paraplégica por causa de tiros que levou dele
enquanto dormia. O principal objetivo dessa lei é “coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher” (BRASIL, 2006). Outra lei muito importante, que foi sancionada no
ano de 2015 pela então presidenta Dilma Rousseff, foi a lei 13.104/15, conhecida como a lei
do feminicídio, que institui “o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de
homicídio [...] no rol dos crimes hediondos” (BRASIL, 2015).
Infelizmente a existência de leis específicas que proíbem a violência contra a mulher
não é suficiente para a conscientização, principalmente a masculina, pois ainda é muito
grande o número de mulheres que morrem apenas por serem mulheres. Segundo a ONUBR
(2018), a violência contra a mulher é um dos elementos mais difíceis de serem extintos em
relação à desigualdade de gêneros, e essa violência também implica o fator étnico-racial, pois,
apesar do número total de mortes de mulheres ter diminuído após a sanção da lei Maria da
Penha, a realidade das mulheres negras é bem diferente; o número de mortes entre elas
aumentou significativamente, e o assassinato de mulheres indígenas é praticamente um
mistério, visto que quase não há dados sobre isso.
Quando uma mulher sofre violência de gênero, é recomendado que sejam ofertados
alguns tipos de cuidado a ela, como nos serviços de justiça, assistência social, saúde, e outros
que ela necessite. Nos serviços de saúde, é comum que aconteçam atendimentos voltados
tanto para a saúde física quanto para a saúde mental da mulher vítima de violência. Guedes,
Silva & Fonseca (2009) trazem relatos de mulheres que sofreram violência de gênero e que
realizaram atendimentos em serviços de saúde, e algumas delas não foram devidamente
acolhidas, tendo até mesmo seu sofrimento banalizado por alguns profissionais de saúde.
Mesmo que o serviço de saúde em que a mulher é atendida não tenha o propósito
inicial de atender mulheres vítimas de violência, é comum que elas revelem nesses espaços o
seu sofrimento relacionado a isso, e é muito importante que os profissionais de saúde saibam
acolher e seguir com as devidas condutas nesses casos, visto que a saúde engloba todos os
aspectos biopsicossociais. Do mesmo modo, consideramos que a saúde mental possui
diversos determinantes, que perpassam pelas condições sociais, econômicas, de
vulnerabilidade, de gênero, de raça e de outras variáveis possíveis. Assim, a saúde mental
envolve a criação, manutenção e constante aprimoramento de diversos dispositivos que estão
presentes na rede de saúde, desde a Atenção Primária à Saúde até a Atenção Terciária,
passando também pela Atenção Secundária e dispositivos especializados de saúde mental.
Entendendo que na maioria dos serviços especializados de saúde mental existem
equipes multiprofissionais, formadas pelas mais diversas categorias, e considerando que a
saúde mental possui diversos determinantes, o problema de pesquisa a ser investigado aqui é:
como acontecem os atendimentos, em serviços especializados de saúde mental, a mulheres
que têm a violência de gênero como um dos determinantes do sofrimento psíquico grave?
Percebendo em meu cotidiano de trabalho – em um serviço especializado de saúde
mental da atenção psicossocial, o CAPS Infantojuvenil – a grande quantidade de mulheres e
meninas que chegam em grave sofrimento psíquico e que relatam como um dos maiores
fatores agravantes desse sofrimento a violência de gênero e, corroborando com as pesquisas,
estatísticas e literaturas que demonstram que a violência contra a mulher vêm aumentando,
justifica-se a importância deste trabalho, a fim de que os profissionais de saúde que realizarem
atendimentos dessas meninas e mulheres possam mostrar empatia, sensibilidade e tomar
condutas acolhedoras, apropriadas e sem julgamentos. Compreendendo também que na
atenção psicossocial os atendimento são realizados de forma mais especializada, envolvendo
não só o sofrimento mental mas ainda viabilizando a reinserção social e outros aspectos que
envolvem os sujeitos na contemporaneidade, torna-se necessária a criação de um instrumento
mais específico de orientações para profissionais da rede especializada de saúde mental.

OBJETIVOS
Esta pesquisa tem como objetivo geral refletir sobre as práticas dos profissionais de
dispositivos especializados de saúde mental nos atendimentos a mulheres que estão em
situação de grave sofrimento psíquico e que têm como um dos determinantes desse sofrimento
a violência de gênero.
Como objetivos específicos, podemos destacar: compreender de que maneira se dá o
atendimento nos serviços especializados de saúde mental (Centros de Atenção Psicossocial)
da cidade de Sobral – CE a mulheres com grave sofrimento psíquico vítimas de violência de
gênero; perceber as dificuldades dos profissionais desses dispositivos ao lidarem com esse
tipo de atendimento; entender como as mulheres que têm a violência de gênero como
agravante para o sofrimento psíquico percebem e sentem esses atendimentos nos serviços
especializados de saúde mental.

METODOLOGIA
A fim de alcançarmos os objetivos propostos, realizaremos uma pesquisa de campo,
nos serviços de saúde mental especializados da cidade de Sobral – CE, os Centros de Atenção
Psicossocial, que existem em três tipos no município: o CAPS Geral, CAPS AD e CAPS
Infantojuvenil. Os participantes serão: os profissionais que realizam atendimentos diretamente
aos usuários nos serviços de saúde mental especializados; e as mulheres com grave sofrimento
psíquico que tenham sofrido algum tipo de violência de gênero que implique em agravante
para esse sofrimento que são atendidas nesses serviços.
Os critérios de inclusão para os profissionais serão: ter mais de 18 anos; trabalhar em
um dos CAPS da cidade de Sobral; realizar atendimentos a mulheres no serviço de atuação; e
aceitar participar da pesquisa. Os critérios de exclusão para os profissionais serão a negativa
dos critérios de inclusão. Os critérios de inclusão para as mulheres participantes serão: ter
mais de 18 anos; estar em acompanhamento em um dos CAPS de Sobral; ter a violência de
gênero como um dos agravantes ao sofrimento mental; e aceitar participar da pesquisa. Os
critérios de exclusão para as mulheres serão a negativa dos critérios de inclusão. Como um
dos critérios de inclusão é ter mais de 18 anos, as meninas atendidas no CAPS Infantojuvenil
não poderão participar.
Os dados serão coletados em dois momentos diferentes, mas em ambos por meio de
entrevistas abertas, que serão realizadas individualmente. O primeiro momento será realizado
com os profissionais, onde faremos, individualmente e em horários a serem combinados com
cada um, perguntas abertas acerca dos atendimentos realizados no serviço e, mais
especificamente, sobre os atendimentos realizados às mulheres com sofrimento mental
relacionado à violência de gênero, com o intuito de perceber as condutas, dificuldades e
potencialidades desses profissionais.
No segundo momento da coleta de dados, realizaremos entrevistas abertas, também
individuais, com as mulheres que são atendidas no serviço e que possuem sofrimento psíquico
relacionado à violência de gênero, com a intenção de assimilar o que elas pensam e sentem
em relação às maneiras como são atendidas pelos profissionais e quais são os pontos
positivos, negativos, e no que poderia haver melhorias e/ou mudanças. Para a seleção das
mulheres que serão entrevistadas nessa fase da pesquisa, contaremos com a ajuda dos
profissionais do serviço para identificá-las; em seguida entraremos em contato
individualmente com cada uma para explicar a pesquisa e perguntar se aceitam participar do
momento; caso aceitem, combinaremos horário e local com cada uma. Tomaremos os
cuidados éticos necessários para que essas mulheres se sintam acolhidas na medida do
possível nesse momento que pode trazer algum desconforto.
Após a coleta dos dados, estes serão analisados qualitativamente, de maneira que se
busque compreender as afetações, os posicionamentos e as formas dos atendimentos
realizados; bem como entender as percepções, os afetos, os sentidos desses atendimentos para
as usuárias e suas contribuições para que os atendimentos sejam aprimorados. Com essas
informações, poderemos começar a tomar um direcionamento nas reflexões e possíveis
orientações que farão parte de uma cartilha, que será produzida eletronicamente, e que
propomos que seja um dos produtos técnicos finais desta pesquisa.
Após a formulação inicial da cartilha de reflexões e orientações, esta será apresentada
em um seminário aberto ao público e organizado pela autora da pesquisa, a fim de que se
discuta sobre o tema não só com profissionais de saúde, como também profissionais de outras
áreas, estudantes e pessoas da população em geral interessadas pelo tema. As discussões
realizadas no evento também podem gerar conteúdo a ser adicionado na cartilha, visto que
englobam conhecimentos e percepções de públicos diferentes. Após o evento, a cartilha será
finalizada e publicada digitalmente para que o acesso seja estendido, sem deixar de considerar
que o tema deve ser sempre e continuamente estudado, e que as orientações devem ser
reavaliadas quando necessário, podendo haver, assim, outras edições posteriores da cartilha
com atualizações.
O projeto será submetido ao Comitê de Ética para que sejam assegurados os aspectos
éticos da pesquisa e os profissionais participantes deverão assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, onde haverá a descrição da pesquisa e onde os direitos do entrevistado
serão garantidos.

PRODUTOS TÉCNICOS POTENCIAIS


Esta pesquisa terá como resultado dois produtos técnicos finais. O primeiro será uma
cartilha que terá como objetivos trazer reflexões acerca das práticas profissionais e possibilitar
orientações com base no que foi ouvido e compreendido tanto dos profissionais quanto das
mulheres atendidas nos serviços estudados. A cartilha será um produto de editoração
eletrônica a ser divulgado em meio digital, portanto terá grande abrangência; permitirá amplo
acesso aos profissionais que entendam a língua portuguesa, para que possam também refletir e
reproduzir as orientações profissionalmente; poderá ser atualizada em futuras edições, de
acordo com as demandas que surgirem; possibilitará aprimoramento na capacidade técnica
dos profissionais acerca de uma demanda que vem sendo muito presente, que é o atendimento
a mulheres vítimas de violência de gênero.
O segundo produto será o seminário, um evento organizado que proporcionará não só
a apresentação da cartilha, como também discussões e escutas de opiniões sobre o tema aqui
estudado. Será um evento de um dia, que contará com a participação de profissionais
qualificados e estudiosos sobre o tema, bem como serão convidadas mulheres vítimas de
violência de gênero que se colocam a falar abertamente sobre o tema, respeitando o limite de
conforto de cada uma. O evento poderá ser gravado para que posteriormente outras pessoas
que não estiverem presentes possam assistir e ter acesso às informações transmitidas.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES Ago/23 - Dez/23 - Abr/24 - Ago/24 - Dez/24 - Abr/25 -


Nov/23 Mar/24 Jul/24 Nov/24 Mar/25 Jul/25

Revisão bibliográfica X X X X X X

Escrita do projeto de X
pesquisa

Submissão ao comitê de X
ética

Qualificação do projeto X

Ida a campo X X

Análise e transcrição do X X
material

Produção do produto X X
técnico

Escrita de artigos X X X X X X

Defesa e apresentação X
dos produtos técnicos
finais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, 2006.Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em 18 de
fevereiro de 2023.

BRASIL. Lei 13.104, de 9 de março de 2015, 2015. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm>. Acesso em 18 de
fevereiro de 2023.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA – FBSP. Violência contra meninas e
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https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/12/violencia-contra-meninas-
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GUEDES, R. N.; SILVA, A. T. M. C.; FONSECA, R. M. G. S. A violência de gênero e o


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Disponível em: < https://brasil.un.org/sites/default/files/2020-07/Position-Paper-Direitos-
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SAFFIOTI, H. I.B. Contribuições feministas para o estudo de violência de gênero. Cadernos


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https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/12/violencia-contra-meninas-
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